Sinopse

A trama é ambientada em Tóquio, onde vive o aristocrata inglês Sir Philip, sua mulher Rebeca e o filho Carlinhos.

Após perder a esposa em um desastre de avião, Philip se envolve com a japonesa Suzuki. O casal passa a enfrentar os preconceitos da sociedade inglesa, que não aceita o romance.

Quando descobre que sua mulher não morreu, Philip decide se afastar de Suzuki. Preterida, ela pratica o haraquiri, suicidando-se com uma espada.

Globo – 20h
de 21 de fevereiro a 23 de junho de 1967
90 capítulos

novela de Glória Magadan
direção de Henrique Martins

Novela posterior no horário
Anastácia, a Mulher Sem Destino

YONÁ MAGALHÃES – Suzuki
CARLOS ALBERTO – Sir Philip
NEUZA AMARAL – Rebeca
MÁRIO LAGO – Tamura
EMILIANO QUEIRÓZ – Thomas
MIRIAN PIRES – Miss Leila
DARCY DE SOUZA – Norma
NORMA BENGELL – Diana
ÁLVARO AGUIAR – Jair
GRACINDA FREIRE – Missionária Milenne
ÊNIO SANTOS – General Koburi
MÁRCIA DE WINDSOR – Josui
LUÍS ORIONI – Lord Percy Harrison
HENRIQUE MARTINS – Sir Alex

e o menino ANTÔNIO DRESJAN – Carlinhos

Whitewashing

Versão de Glória Magadan da ópera “Madame Butterfly”, de Puccini, com a fusão do romance “Rebecca”, de Daphne du Maurier.

Um dos primeiros casos de whitewashing na telenovela brasileira. O termo designa a escalação de atores brancos para personagens não-brancos. Ou, para ser mais específico, um caso de yellow-face – uma correlação do black-face -, em que uma atriz branca é caracterizada de japonesa.

Yoná Magalhães, vivendo a japonesa Suzuki, aparecia de olhos amendoados (!). A atriz teve aulas sobre cultura japonesa com um funcionário do consulado do Japão no Rio de Janeiro.

Outro caso acintoso de whitewashing aconteceu na novela Sol Nascente, em 2016-2017: o ator Luís Mello, caracterizado, viveu Tanaka, um descendente de japoneses.

Haraquiri feminino

Ao final, por desilusão amorosa, Suzuki comete um haraquiri – ritual japonês que consiste no suicídio com uma espada. Entretanto, de acordo com a tradição oriental, esse rito é restrito ao homem japonês.

De acordo com o depoimento de Yoná Magalhães ao projeto Memória Globo, a princípio, a personagem não morreria, mas, por insistência da própria atriz, Glória Magadan modificou o final da trama.

A cena do haraquiri tinha ao fundo uma ária da ópera “Madame Butterfly”.

Roda e avisa!

Régis Cardoso, então diretor de imagens de A Sombra de Rebeca, mencionou em seu livro “No Princípio Era o Som”:

“Quando anunciamos a produção dessa novela, tivemos um feliz aviso de que, por motivo de economia de luz, teríamos que gravar de madrugada. (…) Quando, uma noite, iniciávamos a gravação por volta de 20 horas, recebi na sala de controle a visita de Abelardo Barbosa, o Chacrinha [então contratado da Globo], que pediu licença porque queria assistir a gravação da novela por curiosidade. (…)

Quando estava tudo pronto para gravar no estúdio, eu avisava a sala de videoteipe e, onde se encontrava o aparelho que gravava a novela, através de interfones, eu pedia para o operador que começasse a gravar. Eu sempre me atrapalhava porque, no nervosismo de iniciar logo a cena, eu não esperava os oito segundos necessários para que a máquina entrasse em sincronismo.

Daquele dia em diante, por coincidência, eu disse ao operador através do intercomunicador: ‘Olha, faz o seguinte: roda e avisa’. O Chacrinha surpreso pediu que eu repetisse. (…) Ele, muito alegre, perguntou-me se podia usar essa expressão. (…) Em seu programa seguinte, lá estava ele gritando: “Roda e avisa!” E entrava o comercial.”

E mais

Primeira novela na Globo das atrizes Neuza Amaral, Norma Bengell e Gracinda Freire e do ator Álvaro Aguiar.

A novela A Sucessora, escrita por Manoel Carlos em 1978-1979, adaptação do romance homônimo de Carolina Nabuco, trazia elementos semelhantes aos usados em A Sombra de Rebeca, já que esta fora inspirada no romance da inglesa Daphne du Maurier (publicado em 1938), que teria plagiado a brasileira Carolina Nabuco (cujo livro foi lançado em 1934).

Lamentavelmente não existem mais registros dessa novela, apagados porque as fitas foram reutilizadas (prática comum na época) ou porque perderam-se em um dos incêndios na TV Globo (1969, 1971 e 1976).

Lyrio Panicali e Orquestra (também com o tema de A Rainha Louca)

A RAINHA LOUCA
A SOMBRA DE REBECA

Panicali e as Novelas (com temas musicais de várias novelas)

panicalit
01. PONTE DOS SUSPIROS – Lyrio Panicali
02. A ÚLTIMA VALSA – Lyrio Panicali
03. A GRANDE MENTIRA – Lyrio Panicali
04. A GATA DE VISON – Lyrio Panicali
05. O HOMEM PROIBIDO – Lyrio Panicali (tema de Demian)
06. TEMA DE AMOR EM FORMA DE PRELÚDIUO – Manuel Marques (da novela Antônio Maria)
07. A RAINHA LOUCA – Lyrio Panicali
08. O PASSO DOS VENTOS – Lyrio Panicali
09. CABANA DO PAI TOMÁS – Lyrio Panicali
10. A ROSA REBELDE – Lyrio Panicali
11. A SOMBRA DE REBECA – Lyrio Panicali
12. UM DIA SABERÁS (SOMEDAY YOU´LL KNOW) – Erlon Chaves (da novela O Sheik de Agadir)
13. SANGUE E AREIA – Lyrio Panicali
14. MAGIA – Lyrio Panicali e Raymundo Lopes

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