Sinopse

A ação se desenvolve durante a Revolução Espanhola. A condessa Estela apaixona-se pelo primo, o capitão Fernando. Em meio à guerra, ele é dado como morto. Triste, a moça entra para um convento, lá assumindo o nome de Irmã Tereza. Porém Fernando não está morto e volta para reconquistar a amada.

Em uma festa cigana, Fernando conhece a bela cigana Esmeralda, fisicamente idêntica à condessa. Cheio de dúvidas, Fernando procura desvendar o mistério. Gêmeas, sósias ou uma mulher com dupla personalidade? Durante o dia, ela é uma freira convicta. À noite, aparece dançando em um acampamento como uma cigana.

Quando Fernando decide se casar com Esmeralda, a freira sai do convento e retorna para casa. Todos, assim, descobrem a verdade. O pai de Fernando, quando jovem, tinha tido um relacionamento amoroso com uma cigana, que deu à luz duas meninas gêmeas. Uma foi criada por ele e a outra pela mãe.

Tupi – 20h
de 2 de março a 8 de maio de 1964

novela de Ivani Ribeiro
baseada no original de Manuel Muñoz Rico
direção de Geraldo Vietri

Novela posterior no horário
A Gata

ANA ROSA – Estela (Irmã Tereza) / Esmeralda
AMILTON FERNANDES – Capitão Fernando
MARISA SANCHES – Carlota
ELÍSIO DE ALBUQUERQUE – Dom Rafael
DAVID JOSÉ – enfermeiro
ROLANDO BOLDRIN – Afonso
AÍDA MAR – Madre
MARCOS PLONKA – Dr. Vilares
CLENIRA MICHEL
RILDO GONÇALVES – Diego
MARIA CÉLIA CAMARGO – Madre Angélica
NÉA SIMÕES – Irmã Tereza
XISTO GUZZI – médico
PERCY AIRES

Sucesso

A primeira telenovela diária da TV Tupi e a primeira no horário nobre, das oito da noite.

A novela foi um sucesso e destacou-se por conquistar a audiência sem ferir os censores e os bons costumes da década de 1960.

Teve um tratamento melhor que as novelas da TV Excelsior, que já davam mostras da força do seriado diário.

Elenco

Foi a estreia de Ana Rosa, em papel duplo: a freira Estela e a cigana Esmeralda. A atriz foi premiada com o Troféu Imprensa de revelação feminina na TV em 1964.

Também foi o trabalho de base para que Amilton Fernandes fosse o escolhido para ser Albertinho Limonta em O Direito de Nascer, dez meses depois.

Ana Rosa contou em entrevista a Mauro Gianfrancesco e Eurico Neiva para o livro “De Noite Tem… Um Show de Teledramaturgia na TV Pioneira”:
“Todos tinham dúvidas se não se tratava de dupla personalidade, pois a Madre Superiora comentava que a freira sempre saía à noite e no dia seguinte estava sempre cansada. Enquanto isso, a cigana aparecia nas festas e, depois, sumia no meio do mato. Isso só aumentava o mistério.”

O escritor Vilmar Ledesma contou no livro “Geraldo Vietri – Disciplina é Liberdade”:
“No último capítulo, ocorreu o tão esperado encontro das duas personagens. E, em uma cena curta, Ana Rosa contracenou com ela mesma, uma ousadia da produção na época. (…) Com o cenário iluminado só de um lado, Ana Rosa gravou primeiro vestida com as roupas da cigana. Dizia o texto e, como sabia a resposta, mentalmente dava um tempo, depois vinha a fala seguinte e mais tempo. Na sequência, com o cenário iluminado do outro lado e vestida como condessa Estela, que já tinha saído do convento e não mais usava o hábito de freira, gravou o texto da personagem contracenando com a cigana. Com as duas fitas sobrepostas, apareciam as partes iluminadas e o escuro caía fora e, como em um passe de mágica, as duas personagens interpretadas pela mesma atriz estavam lado a lado. Em um determinado momento, as duas se abraçavam e uma colega vestia a roupa da condessa e aparecia de costas.”

Plágio?

Em 1971, a Globo exibia com grande sucesso a novela Irmãos Coragem, de Janete Clair. Quem viu Alma Cigana sentiu a grande semelhança entre as personagens de Ana Rosa desta novela com as vividas por Glória Menezes em Irmãos Coragem: afinal, a retraída Lara e a esfuziante Diana eram irmãs, a mesma pessoa ou apenas sósias? A mesma questão que Alma Cigana suscitava.

Na época, a Tupi, diante de um suposto plágio, ou aproveitando-se do sucesso na concorrência, resolveu fazer um remake de Alma Cigana, com outro título: A Selvagem, e novamente com Ana Rosa revivendo suas personagens, a recatada Estela e a sedutora Esmeralda.

Salathiel Coelho apresenta temas de novelas

01. PEQUENO CONCERTO QUE FICOU CANÇÃO – Geraldo Vandré (O Sorriso de Helena)
02. TEMA DE HELENA (A SONÂMBULA) – Bellini (O Sorriso de Helena)
03. TEMA DE TEREZA (MARCHA NUPCIAL) – Geraldo Vandré (Teresa)
04. TEMA DO PROFESSOR (SUMMER LOVE) (Teresa)
05. TEMA DE AURORA E MÁRIO (THE END OF THE WORLD) (Teresa)
06. TEMA DE ALBERTINHO (AMOR ETERNO) (O Direito de Nascer)
07. TEMA D AMOR (ETERNA SAUDADE) – Dilermando Reis (Se o Mar Contasse)
08. SE PIANGI, SE RIDI (O Cara Suja)
09. TEMA DE AMOR (O Cara Suja)
10. TEMA DE AMOR (THE WAR LOVER) (Quando o Amor é Mais Forte)
11. TEMA DE AMOR (ROMANCE DE AMOR) (Alma Cigana)

Em 1965, o sonoplasta da Tupi gravou o disco Salathiel Coelho apresenta temas de novelas com músicas de Alma Cigana, Se o Mar Contasse, Quando o Amor é Mais Forte, O Sorriso de Helena, O Direito de Nascer, Teresa e O Cara Suja.

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