Sinopse

Otávio é um chefe de família relapso que gasta mais do que pode e se afoga em prestações. As coisas pioram quando ele perde o emprego. Casado com a abnegada Nair, é pai de duas filhas, de temperamentos opostos: a ambiciosa Belinha e a doce Guida.

As duas moças vão disputar o mesmo homem, o rico Miguel. Enquanto Guida o ama de verdade, Belinha está apenas interessada em seu dinheiro. Mancomunada com o mau-caráter Ulisses, Belinha faz de tudo para roubar o namorado da irmã.

Excelsior – 19h
de março a abril de 1964

novela de Ivani Ribeiro
direção de Dionísio Azevedo

Novela anterior no horário
As Solteiras

Novela posterior
A Moça que Veio de Longe

LOLITA RODRIGUES – Guida
TARCÍSIO MEIRA – Miguel
ARLETE MONTENEGRO – Belinha
MAURO MENDONÇA – Ulisses
TURÍBIO RUIZ – Otávio
LÍDIA COSTA – Nair
FLORA GENY
ROGÉRIO MÁRCICO
DIONÍSIO AZEVEDO
JACYRA SILVA – Lurdes

Piques de audiência

O gênero telenovela já começava a despertar o interesse da população. Esta história, maniqueísta ao extremo, chegou ao fim com piques de audiência, preparando o primeiro grande sucesso da TV brasileira, A Moça que Veio de Longe, que a procedeu.

Ivani Ribeiro assim definiu sua novela:
“Uma história enfocando o cotidiano de uma família classe média, com seus problemas, seus dramas, acertos e desacertos. O retrato de uma porção de gente que eu conhecia, gente viva encontrada pela vizinhança.” (“Ivani Ribeiro, a Dama das Emoções”, Carolline Rodrigues)

Elenco

A atriz Arlete Montenegro, que na história vivia uma moça má, declarou que só não apanhou na rua porque seu noivo a protegeu diversas vezes dos espectadores mais agressivos.

Quando o personagem do ator Turíbio Ruiz ficou desempregado, o próprio ator recebeu três ofertas de emprego, além de roupas e mantimentos. (“Glória in Excelsior”, Álvaro de Moya)

Lolita Rodrigues, que viveu a mocinha da novela, revelou a Flávio Ricco e José Armando Vannucci, para o livro “Biografia da Televisão Brasileira”:
“Imediatamente o Carlos Manga, responsável pela direção artística [da TV Excelsior] no Rio de Janeiro, pediu uma outra novela comigo e o Tarcísio Meira nos papeis principais.”
Tratava-se de Mãe, em que a atriz novamente viveu a mocinha, ainda com os efeitos da grande repercussão de Ambição.

Confusão na igreja

Ambição foi uma das primeiras telenovelas a utilizar um ambiente real para gravação. O fato se deu porque, com o sucesso de audiência, os produtores resolveram que o próprio público participaria do capítulo final, na cena de casamento entre os principais personagens.

O diretor da novela, Dionísio Azevedo, foi ao Repórter Esso, jornalístico de grande audiência na época, convocar o público a comparecer na gravação. (“Ivani Ribeiro, a Dama das Emoções”, Carolline Rodrigues)

A encenação foi realizada na Igreja da Consolação, em São Paulo. A multidão comparecida interrompeu o tráfego, atrapalhou a gravação e danificou diversos objetos da igreja, no fascínio histérico de chegar perto de seus ídolos. (“Glória in Excelsior”, Álvaro de Moya)

E mais

Esta novela nada tem a ver com a mexicana Ambição, exibida, com muito sucesso, pelo SBT, em 1992. Produzida pela Televisa em 1986-1987, seu título original é Cuna de Lobos.

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