Sinopse

Quando criança, Rita (Mel Maia) sofreu nas mãos da inescrupulosa madrasta Carminha (Adriana Esteves), que, com a ajuda do amante, Max (Marcello Novaes), armou para Genésio (Tony Ramos), pai da menina, perder tudo o que tinha. Abandonada por Carminha em um lixão, aos cuidados do asqueroso Nilo (José de Abreu), Rita se refugiou na casa de Mãe Lucinda (Vera Holtz), onde conheceu Batata (Bernardo Simões), seu amor infantil. Porém, o destino fez com que eles se separassem quando um casal de argentinos adotou a menina.

O artilheiro do campeonato carioca de 1999 foi Jorge Araújo, mais conhecido como Tufão (Murilo Benício). Cria do Divino Futebol Clube, time do subúrbio carioca, onde reside até hoje, Tufão vive a boa fase no Brasil depois de morar no exterior, e está pronto para casar com o amor de sua vida, a apaixonada e divertida cabeleireira Monalisa (Heloísa Périssé). Quem não gosta muito da ideia de casamento é a mãe do rapaz, Muricy (Eliane Giardini), que vive aos trancos e barrancos com Leleco (Marcos Caruso), o boêmio pai do jogador.

No dia da final do campeonato, depois da brilhante vitória, Tufão acaba atropelando, acidentalmente, na Avenida Brasil, um senhor que vinha transtornado pelo acostamento: Genésio. Ao prestar socorro, só conseguiu ouvir do homem o nome de sua mulher: Carmem Lúcia Moreira de Souza. Culpado pelo acidente, Tufão sai a procura da viúva fingindo ser um amigo de longa data do falecido, e oferece toda a ajuda necessária, já que é um homem rico. Enquanto isso, a esperta Carminha descobre que o jogador foi o culpado pela morte do marido e vê a chance da sua vida em se dar bem.

Com a ajuda de Max, Carminha consegue separar a cabeleireira do jogador e se casa com Tufão grávida do amante, dizendo ser fruto do verdadeiro amor que tinha com o falecido. Com uma vida de luxo, e com Max ao seu lado – ele se casa com Ivana (Letícia Isnard), irmã de Tufão -, Carminha volta às suas raízes no lixão atrás de Lucinda. Conhecidas do passado, ela vai decidida a levar o filho que abandonou quando bebê para ser criado por ela e Tufão: Batata.

Doze anos depois, Batata, agora chamado de Jorginho (Cauã Reymond), é um jovem jogador de futebol em ascensão, namorado da bela Débora (Nathália Dill), mas atormentado com o sentimento de raiva que sente pela mãe, que ele acredita ser de criação. Já Rita, agora Nina (Débora Falabella), se tornou uma excelente chef de cozinha. Os anos se passam, mas ela jamais esqueceu a ferida profunda que Carminha deixou em sua vida, voltando ao Brasil para se vingar. Nina vai trabalhar como cozinheira na casa da ex-madrasta, que não a reconhece. Seu plano maior é destruir aos poucos a vida da patroa.

Globo – 21h
de 26 de março a 20 de outubro de 2012
179 capítulos

novela de João Emanuel Carneiro
colaboração de Alessandro Marson, Antônio Prata, Luciana Pessanha, Márcia Prates e Thereza Falcão
direção de Gustavo Fernandez, Paulo Silvestrini, Joana Jabace, Thiago Teitelroit e André Câmara
direção geral de Amora Mautner e José Luiz Villamarim
núcleo Ricardo Waddington

Novela anterior no horário
Fina Estampa

Novela posterior
Salve Jorge

DÉBORA FALABELLA – Nina Hernandez / Rita Fonseca de Souza
ADRIANA ESTEVES – Carminha (Carmem Lúcia Moreira)
MURILO BENÍCIO – Tufão (Jorge Araújo)
CAUÃ REYMOND – Jorginho (Batata / Cristiano)
MARCELLO NOVAES – Max (Maxwell Oliveira)
VERA HOLTZ – Mãe Lucinda
JOSÉ DE ABREU – Nilo
MARCOS CARUSO – Leleco
ELIANE GIARDINI – Muricy
HELOÍSA PÉRISSÉ – Monalisa Barbosa da Silva
LETÍCIA ISNARD – Ivana
JUCA DE OLIVEIRA – Santiago
NATHÁLIA DILL – Débora
ÍSIS VALVERDE – Suelen
ALEXANDRE BORGES – Cadinho / Dudu (Carlos Eduardo)
DÉBORA BLOCH – Verônica
CAMILA MORGADO – Noêmia
CAROLINA FERRAZ – Alexia
FABIULA NASCIMENTO – Olenka
JULIANO CAZARRÉ – Adauto
AÍLTON GRAÇA – Silas
OTÁVIO AUGUSTO – Diógenes
DANIEL ROCHA – Roni
THIAGO MARTINS – Leandro
BRUNO GISSONI – Iran
JOSÉ LORETO – Darkson
DÉBORA NASCIMENTO – Tessália
BIANCA COMPARATO – Betânia (falsa Rita)
CAROL ABRAS – Begônia
CACAU PROTÁSIO – Zezé
CLÁUDIA MISSURA – Janaína
EMILIANO D’ÁVILLA – Lúcio
PAULA BURLAMAQUI – Soninha Catatau (Dolores Neiva)
BETTY FARIA – Pilar
RONNY KRIWAT – Tomás
BRUNA GRIPHAO – Paloma
FELIPE ABIB – Jimmy Bastos
LUANA MARTAU – Beverly
ANDRÉ LUIZ MIRANDA – Valentim
MÁRCIO TADEU DE LIMA – Padre Solano
LEANDRO SANTANNA – Herculano
MURILO ELBAS – Branco

as crianças
MEL MAIA – Ritinha (Rita criança)
ANA KAROLINA LANNES – Ágata

e
ADRIELLI CARVALHO – Jéssica (criança)
ALEXANDRE ZACCHIA – delegado que prende Nina
ALFREDO MARTINS – médico que atende Carminha em casa quando ela tem uma crise
ALINE XAVIER – Cida (empregada de Noêmia)
AMÉLIA BITTENCOURT – Dona Elvira (mãe do Otorrino Rui)
ÂNGELA DIP – Bernadete (policial em quem Lúcio tenta dar o golpe do “boa noite cinderela”)
BERNADETE COSTA – Betânia (criança)
BERNARDO SIMÕES – Batata (criança)
BETO QUIRINO – Aldeir
BRENO DE FILIPPO – Tubarão (sequestrador de Carminha)
CARLOS FONTE BOA – Marcelo (garoto de programa que trabalha para Neide)
CAUÊ CAMPOS – menino do lixão que “celebra o casamento” entre Rita e Batata
CHARLE MYIARA – chefe da segurança do hotel onde Max não tinha dinheiro para pagar a conta
CHRISTIANO TORREÃO – Aristides (feirante que atende Tessália) / barman no bar que Cadinho frequenta
CLÁUDIA ASSUNÇÃO – Neide (cafetina que sabe do passado de Carminha)
CLAUDIANA COTRIM – mãe de Iran
CLÁUDIO CAPARICA – recepcionista de hotel
CLEITON MORAIS – Wallace (amigo de Sidney)
DANIELA CAMARGO – cliente na loja de Diógenes
DANIEL KUZNIECKA – Hector (namorado argentino de Nina)
DUDU SANDRONI – delegado que elucida o assassinato de Max
ED OLIVEIRA – Sandro (sequestrador de Tufão nos últimos capítulos)
ELAM LIMA – Santiago jovem
ELEA MERCÚRIO – Kiki (prostituta que morava com Neide)
EUNICE BRÁULIO – Dona Jussara (secretária de Cadinho)
FELIPE TITTO – Sidney (irmão de Tessália)
GABRIELAH SARAIVAH – Miluce (“filha” de Mãe Lucinda, no lixão)
GABRIEL CHADAN – Wallerson (jogador do Flamengo em quem Suelen dá em cima)
GÊ MARTU – Júlio (parente de Monalisa, do Nordeste)
GLÁUCIO GOMES – Cleberson (boleiro que negocia o passe de um jogador com Max)
HANNAH ZEITOUNE – Kerem (“filha” de Mãe Lucinda, no lixão)
ÍTALO VILLANI – um dos michês agenciados por Neide
JAIRO MATTOS – Xandão (diretor de cinema que chega com Nicole para filmar o casamento de Dolores e Diógenes)
JEAN PIERRE NOHER – Martín (pai adotivo de Rita)
JITMAN VIBRANOVSKI – Dr. Paulo (advogado contratado por Tufão para tirar Nina e Begônia da cadeia)
JOÃO FERNANDES – Picolé (“filho” de Mãe Lucinda, no lixão)
JOÃO HENRIQUE GAGO – Valdo (namorado de Betânia)
JOÃO PEDRO CARVALHO – Jerônimo (“filho” de Nilo, no lixão)
JORGE AMORIM – Robson (“filho” de Mãe Lucinda, no lixão)
JOSÉ RAMOS – Oséas (parente de Monalisa que desconfia que Silas não está doente)
JOSÉ VICTOR PIRES – Iran (criança)
KIKO PISSOLATO – Jair (o violento ex-namorado de Tessália, no início)
LEANDRO DEVELLY – Ceará (jogador que fez Adauto perder o pênalti no passado)
LEANDRO LAMAS – chaveiro que faz uma cópia de chave para Nina
LUCAS SIMÕES – Gê (“filho” de Mãe Lucinda, no lixão)
LUI STRASSBURGER – Rui (Otorrino Rui, otorrinolaringologista que namorou Alexia)
MARCELA VALENTE – Renata (secretária de Cadinho, no início)
MARIA MÔNICA PASSOS – companheira de cela de Lucinda
MARIANA XAVIER – cliente na loja de Diógenes
MARINA GLEZER – Mercedes Hernandez (irmã adotiva de Nina, da Argentina)
MÁRIO HERMETO – Zenon (amigo policial de Leleco)
MARLON CASTILHO – um dos michês agenciados por Neide
OSVALDO BARAÚNA – Roger Baiano (ator pornô, com Nicole e Xandão filmam o casamento de Dolores e Diógenes)
PATRÍCIA DE JESUS – Jéssica (vendedora da loja de Diógenes)
PEDRO LUCAS KRONEMBERGER – Fininho (“filho” de Nilo, no lixão)
PRAZERES BARBOSA – Déa (parente de Monalisa, do Nordeste)
RAFA DE MARTINS – homem que agride Max
RAFAEL SIEG – Nicolau (sequestrador de Tufão nos últimos capítulos)
REGINA SAMPAIO – Irmã Parisi (auxiliar do Padre Solano)
RENATO SCARPIN – Miguel (arquiteto de Monalisa no apartamento da Zona Sul)
RICARDO TOSTES – Marreta (figurão que tenta entrar na festa de Tufão, no primeiro capítulo)
RITA GUEDES – Nicole (atriz pornô, irmã de Soninha Catatau)
ROBERTA PIRAGIBE – Nice (“filha” de Mãe Lucinda, no lixão)
RODRIGO RANGEL – Moreira (sequestrador de Carminha)
RONALDO TORTELLI – Torquato (gerente da conta que confirma a Tufão que Carminha fez um vultoso saque)
ROSE LIMA – Zulmira (empregada de Janaína)
SÉRGIO STERN – médico que examina Silas
TATI PASQUALE – Virgínia (mãe de Carminha, nas cenas de flashback)
TONY RAMOS – Genésio (pai de Rita, marido de Carminha, morre no início)
VICENTINI GOMEZ – Serjão (sequestrador de Carminha)
VILMA MELO – Conceição (empregada de Verônica)
WANDI DORATIOTTO – Tio Francisco (revela a Roni que Dolores é sua mãe)
WILLIAM VITA – Ramon (cafetão que perseguia Suelen)
Dr. Guilherme (psiquiatra que interna Carminha)
Patrícia (advogada, fã de Tufão, ao final)

– núcleo de RITA (Mel Maia), cujo pai morreu em decorrência de um golpe armando pela esposa e o amante dela. Rita acaba abandonada em um lixão por eles, onde é criada por uma catadora. Lá se apaixona por um dos garotos que também vive no local. Vai ser adotada por uma família argentina e passa a se chamar NINA (Débora Falabella), tornando-se chef de cozinha. Volta ao Brasil anos depois decidida a se vingar da ex-madrasta, responsável por arruinar sua vida:
o pai GENÉSIO (Tony Ramos, em participação especial), viúvo. Após a morte da primeira mulher, casou-se de novo sem imaginar o caráter de sua nova mulher e também que era traído. Acaba morrendo atropelado no primeiro capítulo, logo após descobrir as maldades de sua esposa
o pai adotivo MARTIM (Jean Pierre Noher), que a tirou do lixão na infância e a adotou, levando-a para a Argentina
a irmã adotiva BEGÔNIA (Carol Abras), jovem problemática, vai ao Brasil atrás de Nina
a amiga BETÂNIA (Bianca Comparato), também criada no lixão. Ajuda em sua vingança.

– núcleo de CARMINHA (Adriana Esteves), uma mulher fria e ambiciosa. No começo, está casada com Genésio e tem um amante. Depois de viúva, manda sua enteada Rita para um lixão e se casa com um famoso jogador de futebol visando todo o dinheiro de sua família. Teve um filho, fruto de seu caso, que também deixou no lixão no passado por um motivo desconhecido, mas que resgata do local ao se casar com o jogador. No decorrer da trama, enfrenta o plano de vingança de Rita/Nina, infiltrada em sua mansão como cozinheira. Carminha se afeiçoa a Nina sem imaginar que a mesma deseja destruir sua vida:
o amante MAX (Marcello Novaes), seu grande parceiro em todos os planos e também pai de seus filhos. É dissimulado e interesseiro, mas pouco inteligente. Acaba se casando com a irmã do novo marido de Carminha, apenas para ficar próximo dela e continuar auxiliando-a em suas armações
LUCINDA (Vera Holtz), conhecida como a Mãe do Lixão por dar abrigo a meninos abandonados no depósito de lixo onde vive. Dentre as crianças, ela ajudou a criar Rita e o filho de Carminha. Tenta dissuadir Rita/Nina de seu plano de vingança contra Carminha. Tem um passado misterioso, e descobre-se que passou anos presa por um crime
NILO (José de Abreu), morador do lixão, beberrão e explorador de menores. Ao contrário de Lucinda, que tenta dar carinho, amor e alimento às crianças do lixão, Nilo as maltrata. No decorrer da novela, descobre-se que ele é ex-marido de Lucinda e pai de Max, com quem não se dá bem. Mas ainda guarda mais mistérios em seu passado, como o fato da família ter se separado e ido viver no lixão
o pai SANTIAGO (Juca de Oliveira), entra em cena na metade da história. Trabalha consertando brinquedos e não se dá bem com Carminha. Homem de aparência bondosa e frágil, tem ligações do passado com Lucinda e Nilo. Ao final revela-se um vilão
e PICOLÉ (João Fernandes), uma das crianças do lixão, de papel importante na trama num determinado momento.

– núcleo de TUFÃO (Murilo Benício), ex-jogador de futebol de sucesso, do Flamengo. É rico, mas continua morando no Divino, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. Tufão nunca abandonou as suas origens, apesar do dinheiro que ganhou ao longo da vida. É um homem simples e generoso e que valoriza a família. Atropela Genésio acidentalmente na Avenida Brasil, no início da história e, com a morte dele, decide amparar a viúva, Carminha. Através de uma armação da vilã, acaba casando-se com ela, sem saber de seu verdadeiro caráter, e criando os dois filhos da relação dela com Max:
o pai LELECO (Marcos Caruso), ex-lutador de boxe, figura carismática do Divino, é o melhor amigo e conselheiro de Tufão. Amável e boêmio, vive às turras com a esposa, e devido ao gênio forte de ambos, acaba abrindo mão de seu casamento para envolver-se com uma garota mais jovem, sem, no entanto, esquecer a ex-mulher
a mãe MURICY (Eliane Giardini), deu duro na vida trabalhando como camelô para criar os filhos. De bom coração, é, no entanto, desbocada e geniosa. Quando se separa de Leleco, também embarca em um relacionamento com um rapaz mais jovem
a irmã IVANA (Letícia Isnard), administradora de vários de seus negócios. Estava encalhada até conhecer Max, com quem se casa. Como ele só está com ela por interesse, Max a trata mal, apesar de ela ser completamente apaixonada pelo marido. Por conta disso, Ivana sofre de baixa autoestima e carência afetiva
os filhos: JORGINHO (Bernardo Simões / Cauã Reymond), adotado por Tufão e Carminha, com quem não se dá bem. Na realidade, é filho biológico da vilã e de Max. Quando criança, foi deixado pelos pais no lixão com Lucinda. Conhecido como BATATA, apaixonou-se por Rita quando eles eram crianças. É levado de lá pela mãe quando ela se casa com Tufão, imaginando estar sendo adotado. Assim como o pai adotivo, a quem ama profundamente, dedica-se ao futebol e joga pelo Divino Futebol Clube. Ao reencontrar Rita, decide reviver o amor de infância,
e ÁGATA (Anna Karolina Lannes), também filha de Carminha e Max, mas que Tufão pensa ser de Genésio. A menina, doce e inteligente, é desprezada pela mãe, que a trata com indiferença e sem a menor paciência
TESSÁLIA (Débora Nascimento), jovem linda e sensual que chega do interior para se instalar no Divino. Acaba apaixonando-se verdadeiramente por Leleco e, com o fim do casamento dele com Muricy, passam a viver juntos
ADAUTO (Juliano Cazarré), ex-jogador do Divino Futebol Clube, apaixonado por Muricy desde a infância, acaba envolvendo-se com ela. Vai viver na mansão de Tufão
as empregadas: ZEZÉ (Cacau Protásio), fofoqueira, adora saber da vida dos patrões e de tudo que rola pela casa. Implica com Nina quando ela passa a trabalhar na casa de Tufão. É bastante fiel à Carminha,
e JANAÍNA (Cláudia Missura), batalhadora, trabalha muito para que seu filho tenha uma boa vida. Mas decepciona-se ao descobrir que ele está envolvido em crimes planejados por Max e Carminha
LÚCIO (Emiliano D’Ávila), filho de Janaína, bandido que acaba se envolvendo nas maldades de Max e Carminha.
o motorista e vigia da mansão HERCULANO (Leandro Santanna)
o PADRE SOLANO (Márcio Tadeu de Lima), pároco do Divino.

– núcleo de MONALISA (Heloísa Périssé), noiva de Tufão no início da trama. Chegou ao Rio de Janeiro vinda do Nordeste sem dinheiro, mas, com muita fibra e disposição, conquista seu espaço em um salão de beleza. Perde Tufão para Carminha por uma armação da vilã. Anos depois, o que a une a Tufão é uma rede de salões de beleza, que administram em sociedade:
o filho adotivo IRAN (Bruno Gissoni), talentoso jogador de futebol. Melhor amigo de Jorginho, faz um enorme sucesso com as mulheres e a mãe morre de ciúmes dele
a amiga OLENKA (Fabiula Nascimento), cabeleireira despachada e sem papas na língua, acaba apaixonando-se por Adauto
a funcionária BEVERLY (Luana Martau), trabalha em seu salão de beleza.

– núcleo de CADINHO (Alexandre Borges), empresário bem-sucedido do mercado financeiro. Nasceu no Divino, e foi o melhor amigo de Tufão na infância. Apesar de ainda torcer pelo time do bairro, vive confortavelmente na Zona Sul. Mas esconde que é polígamo e mantém relacionamentos estáveis com três mulheres, precisando se desdobrar em vários para dar conta das três e manter essa vida em segredo das próprias:
as três mulheres: VERÔNICA (Débora Bloch), perua consumista, completamente sustentada pelo marido, a quem ama tanto quanto o luxo que ele proporciona e é exigido por ela
NOÊMIA (Camila Morgado), ex-hippie e vegetariana. É uma filósofa e intelectual, sempre muito discreta e chique
e ALEXIA (Carolina Ferraz), socialite falida, é a única que sabe, desde o começo, que Cadinho possui outras duas mulheres
os três filhos: DÉBORA (Nathalia Dill), filha com Verônica. Acrobata, é uma moça decidida, de personalidade forte. É namorada de Jorginho no começo, mas Iran apaixona-se por ela,
TOMÁS (Ronny Kriwatt), filho com Noêmia. DJ, interessa-se por Débora, sua meia-irmã, mas acaba descobrindo a vida tripla do pai,
e PALOMA (Bruna Griphao), filha com Alexia. Manipula a mãe através de chantagens emocionais
a sogra PILAR (Betty Faria), mãe de Alexia, entra em cena na metade da trama, totalmente falida. Descompensada e espevitada, vive sempre com um copo de drink na mão
o funcionário JIMMY (Felipe Abib), seu braço-direito, mas que, na realidade, prepara um grande golpe contra ele e acaba ficando com todo seu dinheiro.

– núcleo de DIÓGENES (Otávio Augusto), dono de uma loja de artigos femininos e presidente do Divino Futebol Clube, amigo de Tufão e Leleco. Teve seu filho com uma atriz pornô no passado. Fica muito tempo sem ver a mulher e, para poupar o filho, diz a ele que ela morreu. Até que ela volta anos depois completamente mudada:
o filho RONI (Daniel Rocha), passou a vida achando ser órfão de mãe. É jogador de futebol do Divino Futebol Clube e se casa com a maior periguete do bairro, mas demonstra fortes sentimentos por um amigo do time
a ex-mulher SONINHA CATATAU (Paula Burlamaqui), mãe de Roni. Foi atriz pornô e abandonou Diógenes, deixando Roni com ele. Até que um dia, volta ao Divino com um novo nome, DOLORES NEIVA. Tornou-se evangélica e, agora, sente-se digna de se aproximar do filho e de Diógenes
SUELEN (Ísis Valverde), maria-chuteira de carteirinha e a maior periguete do Divino. Trabalha na loja de Diógenes e vive se engraçando com os clientes. Teve casos amorosos com vários homens do Divino. Acaba se casando com Roni, o único que não a queria. Só que, junto a ele, envolve-se também em um triângulo amoroso com seu melhor amigo
LEANDRO (Thiago Martins), jovem trazido para o Rio de Janeiro por Max como uma das promessas para o sucesso do Divino Futebol Clube. Acaba indo morar na casa de Diógenes e constrói uma forte amizade com Roni, que apaixona-se por ele. Caidinho por Suelen, envolve-se também com ela. Mas o relacionamento dos três fica complicando quando Roni e Suelen se casam e ele acaba indo morar com o casal
BRANCO (Murilo Elbas), técnico do Divino Futebol Clube.

– núcleo de SILAS (Ailton Graça), dono de um carro de mensagem e de um bar no Divino. Gente boa, boêmio, é completamente apaixonado por Monalisa, com quem mantém um relacionamento há anos e deseja se casar, mas ela se esquiva. Envolve-se também com Olenka, melhor amiga de Monalisa:
o filho DARKSON (José Loreto), funcionário de Diógenes. Cheio de ginga e lábia, é contratado por Leleco para testar a fidelidade de Tessália. Mas acaba apaixonando-se perdidamente por ela
o funcionário do bar VALENTIM (André Luiz Miranda).

Comoção popular

Um grande sucesso popular, Avenida Brasil causou uma verdadeira comoção entre o público – o último capítulo parou o país, como há tempos não se via.

Excelentes direção (equipe de Amora Mautner e José Luiz Villamarim em núcleo de Ricardo Waddington) – cinematográfica em cenas, tomadas e fotografia – e elenco – atores que, aliados ao bom texto e à direção, deram vida a uma galeria de personagens carismáticos e de forte apelo popular.

Avenida Brasil conquistou o Grande Prêmio da Crítica de 2012, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte. A APCA também elegeu Adriana Esteves e José de Abreu, respectivamente, a melhor atriz e o melhor ator do ano.
A produção também foi premiada com o Troféu Imprensa de melhor novela de 2012, melhor ator (Murilo Benício) e melhor atriz (Adriana Esteves).

Transgressão

Como que para atender a todos os públicos, Avenida Brasil reuniu vários estilos de dramaturgia em um só produto. Transgrediu a fórmula do folhetim clássico ao apresentar uma história de vingança em detrimento da história de amor. Apresentou uma heroína torta, de personalidade dúbia: a protagonista Nina (Débora Falabella) foi capaz de roubar e enganar para atingir seus objetivos. A estética da novela a aproximou do cinema. A linguagem narrativa fez lembrar as séries americanas.

“Amo personagens ambivalentes, como o Raskólnikov [de ‘Crime e Castigo’], do Dostoiévski”, afirmou o autor João Emanoel Carneiro, em uma das referências literárias que associou à novela.
“O lixão, pra mim, é muito Charles Dickens. Essa novela tem um quê de ‘Oliver Twist’, é um drama infantil inglês do século 19, uma saga em duas fases.”

Para a trama do jogador Tufão (Murilo Benício), o autor inspirou-se no clássico do cinema Não Matarás (1932), de Ernst Lubitsch, em que um militar alemão, no fim da Primeira Guerra Mundial, pede ao soldado francês que atirou nele que “vá a Dusseldorf, procure Ana e diga que eu a amo.” O francês, tomado pela culpa de ter matado o alemão, cumpre o prometido e acaba apaixonado pela namorada de sua vítima. (Revista Piauí nº 204)

Nova classe C

Focada na “nova classe C” (a que emergiu após o Governo Lula), Avenida Brasil foi uma “novela Zeitgeist”, que captou o espírito de seu tempo, fazendo bom uso da então situação socioeconômica do país para refletir na TV um retrato pitoresco de nossa realidade. Pode-se dizer que o fictício bairro do Divino (onde se passava a trama) era um microcosmo do Brasil.

O núcleo secundário da trama vivia na Zona Sul carioca. Era no subúrbio que acontecia a trama central de Avenida Brasil, formada por personagens empreendedores, otimistas e orgulhosos de sua identidade.
“As pessoas já não tinham mais interesse na alta sociedade. O Leblon soava velho e pouco vibrante. O subúrbio, por outro lado, tinha mais libido”, disse o autor João Emanuel Carneiro em entrevista a Tiago Coelho para a Revista Piauí (nº 204).

“A classe C era fortíssima, consumidora e detentora de uma identidade cultural afinada com o funk e o sertanejo. Morar em Ipanema, escutar Chico Buarque, ir para Paris, nada disso era um referencial para essa classe. O rico aspiracional era Anitta, cantor sertanejo, jogador de futebol”, completou o autor.

Entretanto, João Emanuel Carneiro negou uma busca pela audiência da “nova classe C”.
“Esse subúrbio que eu estou criando [o fictício bairro do Divino] não tem uma ambição sociológica, não tenho vontade de fazer uma novela sociológica sobre o Brasil atual, é um exercício de ficção. Tanto que eu inventei um bairro que não existe, é o meu subúrbio, não tenho de prestar satisfação a nada.”

A “nova classe C” reproduzida na trama cativou todas as classes. Como em um jogo de certo e errado, o autor brincou com as nuances simbólicas de ricos e pobres, elaborando uma crítica social muito pertinente, seja por meio da grã-fina da Zona Sul (Verônica/Débora Bloch) que fazia pouco caso do suburbano, ou do pobre novo-rico que zombava do elitismo.

Da língua ferina de Verônica ouviu-se todo o discurso preconceituoso contra pobres. Enquanto isso, Carminha (Adriana Esteves) debochou ao fazer pouco caso dos pratos refinados da chef Nina (Débora Falabella) – que ganhou um apelido pejorativo: Maria Antonieta -, e do intelectualismo tardio de Tufão (Murilo Benício), que começou a interessar-se por leitura e seguia os livros indicados por Nina.

Entre os livros emprestados por Nina, que Tufão lia: “A Metamorfose”, de Franz Kafka; “Madame Bovary”, de Gustave Flaubert; “A Interpretação dos Sonhos”, de Sigmund Freud; “O Idiota”, de Dostoiévski; “O Primo Basílio”, de Eça de Queiroz; e “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Dom Casmurro” e “O Alienista”, de Machado de Assis (*) – cujas histórias sempre refletiam um momento de Tufão, como se, ao emprestar os livros, Nina pretendesse passar um recado ou abrir os olhos do jogador por meio das histórias.

Condução da trama

O ritmo alucinante da trama e os ganchos bombásticos cativaram e mantiveram o telespectador preso à novela. Lamenta-se apenas que a história tenha perdido o fôlego na segunda metade para o final. Não houve “barriga” (aquele parte da trama em que nada acontece), haja vista os ganchos sempre fortes. Porém, a história começou a dar voltas, a patinar, a enrolar o público. Foi quando deflagrou-se o maior problema da novela: furos no roteiro e algumas atitudes incoerentes de Nina (como ter ignorado métodos modernos de armazenamento de informações na trama das fotos que incriminavam Carminha – o caso do “pendrive da Nina”) não passaram despercebidos nem pelo telespectador mais distraído.

A história de Avenida Brasil terminou na penúltima semana, quando Nina foi vingada (por meio de Max) e Carminha foi expulsa da mansão de Tufão. Pelo menos a história apresentada desde o início da novela, a da vingança de Nina contra Carminha.
A última semana serviu como epílogo da trama. Com uma semana para terminar, novos entrechos vieram à tona. Um novo vilão apareceu: Santiago (Juca de Oliveira), o pai de Carminha, revelou-se do mal. O mistério do assassinato de Max explicou a origem dos personagens do lixão e os elos que os ligavam. O batido clichê do assassinato incomodou. Contudo, o “Quem matou Max?” serviu como pano de fundo para explicar a origem da “Família Lixão”.

João Emanuel Carneiro esclareceu, ao comparar Avenida Brasil com A Favorita (2008), seu sucesso anterior:
“Com exceção do núcleo da casa do jogador, que é o núcleo dramático, os arredores são muito cômicos e coloridos. Ao contrário de A Favorita, que era uma novela muito ‘preta e branca’, eu quis fazer algo bem colorido. A história de Cadinho [Alexandre Borges] e suas três mulheres – três relacionamentos modernos – é uma grande comédia. Na verdade, todos os arredores têm comédia. Pensei em fazer uma novela que tenha a espinha dorsal de um folhetim russo e um entorno todo colorido.”

Várias sequências marcaram a trama:
– a pequena Rita abandonada por Max no lixão;
– Carminha, após descobrir a verdadeira identidade de Nina, enterra a rival viva, em cenas dignas de filme de terror;
– Nina, indo à forra, se vingando de Carminha em uma sequência de tortura psicológica que durou quase uma semana;
– a tentativa frustrada de Carminha afundar o barco com Max;
– a expulsão de Carminha da mansão de Tufão;
– o misterioso assassinato de Max;
– a reconciliação de Nina e Carminha, nas cenas finais da novela.

Repercussão

Sucesso de audiência e de repercussão, Avenida Brasil foi a primeira novela coqueluche da internet, provando que a telenovela pode se aliar à rede, e não encará-la como uma concorrente.

Que o digam os memes referenciando a trama, a “cascata” diária de “oioiois” no Twitter (aos primeiros acordes do tema de abertura), as inúmeras charges engraçadinhas no Facebook, os bordões “Culpa da Rita!”, “Me serve vadia!”, “Quero ver você me chamar de amendoim” e “hi hi hi” (a risadinha de Nilo/José de Abreu), os GIFs animados com as caretas de Carminha e suas frases de efeito, e os avatares “congelados” ao estilo das fotos dos personagens sobre o fundo com bolinhas coloridas ao final de cada capítulo.

No Twitter, a novela reuniu, todas as noites, milhões de brasileiros em um mesmo sofá, virtual, ávidos por compartilhar opiniões.

A novela foi o programa mais visto da TV em 2012. No dia 08/10 (uma segunda-feira) registrou 49 pontos no Ibope, com 76% de share (participação no total de televisores ligados), com a expulsão de Carminha da mansão de Tufão. Este número repetiu-se uma semana depois. O capítulo recorde de audiência foi o último, em 19/10: 52 pontos (cada ponto equivalia a 60 mil domicílios na Grande São Paulo).

O fenômeno Avenida Brasil também chegou à imprensa internacional. A popularidade da trama de João Emanuel Carneiro chamou a atenção do jornal britânico The Guardian e da rede BBC depois que a campanha de Fernando Haddad (então candidato à prefeitura de São Paulo pelo PT) adiou um comício com a presidente Dilma Rousseff para evitar a concorrência com o final da novela.

O último capítulo, exibido na sexta-feira de 19/10/2012, parou – literalmente – o país. Com receio de não haver plateia, agendas e eventos foram cancelados. Ruas, shopping centers, bares e restaurantes ficaram vazios – a não ser os que promoveram encontros, com telão, para que o público pudesse se reunir para acompanhar o desfecho da novela. Um fenômeno igualado a finais de Copa do Mundo com seleção brasileira.

O Operador Nacional do Sistema (ONS), órgão que coordena a operação da energia elétrica no país, chegou a preparar um esquema especial para o último capítulo, na noite de 19/10/2012. A expectativa era que as pessoas adiassem para logo depois da novela atividades que normalmente fazem antes ou durante a atração, o que geraria um efeito chamado “rampa de carga”, nos minutos seguintes ao término de transmissões com grande audiência, como foi o último capítulo. De acordo com órgão, o fenômeno acontece porque as pessoas retomam suas atividades normais – como tomar banho, acender as luzes da casa ou abrir a geladeira – simultaneamente em um curto espaço de tempo. A concentração do consumo nos primeiros oito minutos depois do capítulo final da trama exigia um rápido equilíbrio entre a demanda e a carga de energia.

Elenco

Adriana Esteves consagrou-se na interpretação antológica da vilã Carminha, o melhor papel de sua carreira até então. A atriz havia sido convidada pelo diretor Ricardo Waddington para viver outra personagem, a cabeleireira Monalisa, namorada de Tufão na juventude. Já estava apegada ao papel quando os diretores sugeriram que ela fizesse o teste para Carminha.
“Durante aquele ano em que gravei a novela, cada cena que fazia, eu sabia que seria um grande sucesso. Eu sou suburbana como a Carminha. Tenho fortemente essa característica de ser uma atriz popular e o texto da novela também era”, disse a atriz em entrevista a Tiago Coelho para a Revista Piauí (nº 204).

Débora Falabella também defendeu bem sua protagonista Nina, não deixando-se engolir por uma antagonista algumas vezes mais interessante.
Foi também o melhor papel de Marcello Novaes, como Max. José de Abreu esteve irrepreensível como o monstruoso e divertido Nilo, bem como Vera Holtz, que esbanjou emoção como a misteriosa Mãe Lucinda.

Muitos coadjuvantes brilharam em Avenida Brasil: Marcos Caruso (Leleco), Eliane Giardini (Muricy), Letícia Isnard (Ivana), Ísis Valverde (Suelen), Débora Bloch (Verônica), Cláudia Missura (Janaína), Fabiula Nascimento (Olenka), Juliano Cazarré (Adauto) e outros. Cacau Protásio – como a cômica empregada Zezé – roubou a cena a ponto de ter a importância de sua personagem elevada no decorrer da trama.

A primeira fase da novela destacou a pequena Mel Maia (então com 7 anos, estreando em novelas), que ganhou notoriedade e atenção da mídia ao esbanjar talento e segurança em cena interpretando a personagem Rita quando criança. Seus embates com a madrasta Carminha eram emocionantes.

Primeira novela do ator Daniel Rocha.

Preparação de elenco

Para viver Nina, Débora Falabella fez aulas de culinária e aprendeu a pilotar uma scooter. Marcos Caruso, o Leleco, teve de aprender a jogar sinuca. Murilo Benício e Cauã Reymond – os jogadores Tufão e Jorginho, respectivamente – passaram por treinos de futebol com atletas como Cláudio Adão.

Nathalia Dill, intérprete de Débora, treinou muito para executar com perfeição os movimentos no tecido acrobático. Monalisa e Olenka, vividas por Heloísa Périssé e Fabiula Nascimento, respectivamente, fizeram laboratório em salões de beleza para entenderem a dinâmica de trabalho das cabeleireiras.

Bianca Comparato, a Betânia, esteve em um posto de gasolina para ver de perto o dia a dia de uma frentista e fez um laboratório no aterro sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Juliano Cazarré, o Adauto, foi gari na primeira fase da trama, para isso acompanhou um pouco da realidade desses profissionais.

Para viver a dependente química argentina Begônia, Carol Abras mergulhou fundo no universo da personagem e aprendeu muito em seu laboratório, que incluiu visitas a clínicas de reabilitação e curso intensivo de espanhol. Para compor Dolores Neiva, Paula Burlamaqui foi a cultos evangélicos e também assistiu a alguns pela internet. (*)

O charme, dançado no Divino Futebol Clube, exigiu que Ísis Valverde (Suelen), Fabiula Nascimento (Olenka), Débora Nascimento (Tessália), José Loreto (Darkson), Ailton Graça (Silas), Bruno Gissoni (Iran) e Daniel Rocha (Roni) fizessem aulas coreografadas, ministradas pelo professor Dudu Neves. (*)

Locações e cenografia

Em Uberlândia (MG), foram gravadas cenas de uma partida de futebol, protagonizadas por Tufão (Murilo Benício) no início da novela. Na trama, a partida acontecia no Maracanã, mas, como o estádio estava em reforma para a Copa das Confederações de 2013, a produção buscou um local que se assemelhasse ao cenário original. O escolhido foi o Estádio Municipal João Havelange, conhecido como Parque do Sabiá. O locutor esportivo Cléber Machado fez uma participação especial na cena, narrando o jogo. (*)

Na Argentina, foram feitas as cenas (do início da novela) de Rita/Nina (Mel Maia/Débora Falabella) com sua nova família. Os takes ajudaram a contar o que aconteceu com a personagem após deixar o depósito de lixo. Para ambientar as cenas gravadas em terras argentinas, a cidade escolhida foi Mendonza, região conhecida pela produção de vinho, sendo uma das mais importantes do país. (*)

A mansão cenográfica de Tufão tinha piscina, edícula e colunas de mármore na fachada para mostrar imponência. Os ambientes internos foram criados dentro do estúdio, com um visual bem dourado e muitos detalhes em veludo.

O lixão cenográfico foi construído perto do Projac, em Jacarepaguá, seguindo o resultado de pesquisas em aterros sanitários reais, como o de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, também no Rio de Janeiro. Todo o material cenográfico do lixão não era perecível e foi lavado. Lata, ferro e garrafas pet de todos os tipos foram alguns dos itens usados. (*)

Caracterizações e figurinos

O núcleo do lixão, encabeçado por Nilo (José de Abreu) e Lucinda (Vera Holtz), precisava chegar, em média, três horas antes das gravações para a preparação da maquiagem. Cabelos amarelados, unhas e dentes maltratados, manchas na pele e um suor frequente no rosto faziam parte da composição. A equipe de caracterização usava pomadas e talcos para cabelos, além de tintas especais para criar esses efeitos.

As peças vestidas pelos personagens recebiam um tratamento para serem escurecidas e desbotadas. As roupas eram vestidas umas por cima das outras, como se pudessem proteger os moradores de todo o lixo do depósito. Chapéus, boinas, bonés, luvas e meias grossas compunham o acervo de roupas, além das capas de plástico presas em volta do corpo.

Os filmes Estamira (2004), de Marcos Prado; Lixo Extraordinário (2010), de Lucy Walker, Karen Harley e João Jardim, e Oliver Twist (2005), de Roman Polanski, serviram de inspiração para a equipe. (*)

Abertura

Para a abertura, 135 bailarinos de charme (o ritmo musical) dançaram a versão brasileira da música “Vem Dançar Kuduro” (originalmente gravada por Lucenzo e Big Ali), que se transformou em “Vem Dançar Com Tudo” na adaptação do produtor musical Eduardo Oliveira, cantada por Robson Moura e Lino Krizz. Eduardo explicou:
“A versão foi uma ideia do Ricardo Waddington [diretor artístico da novela], porque tem o espírito da trama. Fiz uma pequena adaptação na letra e trocamos algumas palavras para facilitar o entendimento das pessoas, mas com o espírito original da canção, que é alegre e festivo.”

O clipe foi dirigido por Alexandre Pit Ribeiro, diretor de criação, e Joel Lopes, diretor de fotografia. Nele, os dançarinos se apresentavam em uma passarela, que simulava uma avenida, dançando à noite em meio a uma iluminação de carros e sinais de trânsito que representava uma via movimentada, como a própria Avenida Brasil que deu nome à trama. (Gshow)

As bolinhas desfocadas, em cores quentes, de faróis de carros, foram a marca registrada da novela – faziam parte, inclusive, das cenas de congelamento, ao final dos capítulos.

Exibições

Reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo, ente 07/10/2019 e 01/05/2020, Avenida Brasil repetiu o sucesso de audiência: registrou o maior Ibope da faixa na década de 2010 até então, com uma média final de 18,8 pontos na Grande SP.

A reprise pegou o período da pandemia de Covid-19 (o que fez as pessoas ficarem em casa em quarentena, aumentando as audiências da TV em geral), mas apenas nas últimas semanas – a novela já havia batido o recorde de audiência da década antes da quarentena.

Dados consolidados pela Diretoria de Negócios da Globo comprovam o sucesso da trama em mercados internacionais: até janeiro de 2016, 132 países compraram os direitos de exibição da novela. Avenida Brasil, segundo a mesma fonte, está no topo do ranking de programas mais vendidos ao exterior pela Globo.

Na Argentina, a novela foi também um fenômeno de audiência, com direito a transmissão do último capítulo direto de um estádio de futebol, com show e a presença de atores do elenco.

(*) Site Memória Globo.

Trilha sonora 1

01. REZA – Rita Lee (tema de Cadinho e suas mulheres)
02. AMIGA DA MINHA MULHER – Seu Jorge (tema de Olenka e Silas)
03. HUMILDE RESIDÊNCIA – Michel Teló (tema de Adauto)
04. ASSIM VOCÊ MATA O PAPAI – Sorriso Maroto (tema de Leleco e Tessália)
05. DEPOIS – Marisa Monte (tema de Nina e Jorginho)
06. CACHORRO PERIGOSO – Tchê Garotos (tema de Darkson)
07. CORRENDO ATRÁS DE MIM – Aviões do Forró (tema de Suelen)
08. MEU LUGAR – Arlindo Cruz (tema de locação: Divino)
09. FILHO DA SIMPLICIDADE – Revelação (tema da família de Tufão)
10. ESTÓRIA DE NÓS DOIS – José Augusto (tema de Monalisa e Tufão)
11. PURA ADRENALINA – Belo (tema de Silas)
12. A MENINA DO SALÃO DE BELEZA – Pedro Luís (tema de locação: salão de Monalisa)
13. O DIA DO CORNO – Reginaldo Rossi
14. TÁ FALTANDO HOMEM – Nanda Xeiro de Mel
15. VEM DANÇAR COM TUDO – Robson Moura e Lino Krizz (tema de abertura)
16. CUPIDO – Maria Rita (tema de Débora e Jorginho)

Trilha sonora 2

01. VOCÊ DE MIM NÃO SAI – Luan Santana
02. EU QUERO TCHU TCHA TCHA – João Lucas e Marcelo (tema geral)
03. HOT DOG – Buchecha (tema de Dolores e Diógenes)
04. FAVORITA – Mc Marcinho (remix)
05. EM UM OUTDOOR – Zeca Pagodinho (tema de locação)
06. MAS QUE NADA – Sergio Mendes featuring Black Eyed Peas (tema dos treinos do Divino Futebol Clube)
07. MINHA RAZÃO – Péricles (participação especial de Chitãozinho & Xororó) (tema de Tufão)
08. PRA ME PROVOCAR – Mc Koringa (tema geral)
09. RICARDÃO – Mariozan (tema de Leleco e Muricy)
10. NEM VEM QUE NÃO TEM (NÃO VEM QUE NÃO TEM) – Wilson Simonal (tema de Nilo)
11. CHARME – Bebeto
12. NA CADÊNCIA DO SAMBA (QUE BONITO É) (instrumental) – Waldir Calmon (tema dos treinos do Divino Futebol Clube)
13. MULHER CARIOCA – Preta Gil
14. TANTA COISA – Paolo (tema geral)

Trilha sonora internacional

01. LONG LIVE – Taylor Swift featuring Paula Fernandes (tema de locação: Rio de Janeiro – Zona Sul)
02. SET FIRE TO THE RAIN – Adele (tema de Nina)
03. FINALLY FALLING – Mayer Hawthorne
04. CHARLIE BROWN – Coldplay (tema de Jorginho)
05. VIDEO GAMES – Lana del Rey (tema de Débora e Iran)
06. THE ONE THAT GOT AWAY – Katy Perry
07. HOTEL NACIONAL – Glória Estephan (tema de Cadinho e suas mulheres)
08. ADDICTED TO YOU – Shakira (tema de locação: Rio de Janeiro – Zona Sul)
09. BRING ON THE NITE – Mr. Jam featuring Ali Pierre & Cymcolé (tema de Max)
10. INFILTRADO – Bajofondo (tema de Carminha)
11. THE GLORY OF LOVE – Paul MacCartney
12. ENDLESS LOVE – Lionel Richie & Shania Twain (tema de Roni e Suelen)
13. BELLE – Cattle & Cane
14. SHE’S GOT EVERYTHING – Ellison Chase

Ainda
EU VOU PEGAR VOCÊ E TÃE – Munhoz & Mariano
RED DUST – Zero 7
SMILE – Charles Chaplin (tema de Rita e Batata crianças)
DON´T THINK TWICE, IT´S ALRIGHT – Bob Dylan (tema de Rita / Nina)
WITHOUT YOU – David Guetta e Usher

Trilha sonora instrumental: música original de Eduardo Queiroz

01. Nina
02. Eternamente (featuring Felipe Alexandre)
03. Escravidao
04. Porpetone
05. O Passado
06. Rei Do Futebol (featuring Felipe Alexandre)
07. Casamento (featuring Felipe Alexandre)
08. Max
09. Monalisa
10. Samba Blues (featuring Felipe Alexandre)
11. Amor Eterno (featuring Felipe Alexandre)
12. As Noivas (featuring Felipe Alexandre)
13. Cemiterio
14. Genesio
15. Bolero Cadinho (featuring Felipe Alexandre)
16. Groovedelik (featuring Felipe Alexandre, Lino Crizz, Claudio Machado & Eugenio Lima)
17. Herois (featuring Felipe Alexandre)
18. Nilo (featuring Felipe Alexandre)
19. Os Meninos
20. Sede De Vinganca
21. Abismo
22. Lover Grove (featuring Lino Crizz, Filipe Pegoraro, Claudio Machado, Roberta Davila & Eugenio Lima)
23. Recomeco
24. Tigrao
25. Ameacas
26. Black Divino (featuring Felipe Alexandre)
27. Cruel
28. Lucinda
29. Soft Charme (featuring Lino Criz, Filipe Pegoraro, Claudio Machado, Eugenio Lima & Roberta Davila)
30. Amor Triste (featuring Diogo Maia & Rodrigo Carrara)
31. Diabolica
32. Modern Groove (featuring Lino Crizz, Filipe Pegoraro, Claudio Machado, Eugenio Lima & Roberta Davila)
33. Outro Lado (featuring Felipe Alexandre)
34. Inocencia (featuring Felipe Alexandre)
35. Iran
36. Divino FC (featuring Felipe Alexandre)

Tema de abertura: VEM DANÇAR COM TUDO – Robson Moura e Lino Krizz

Oi, oi, oi!
Oi, oi, oi, oi!
Vem pra quebrar com tudo
Vamos dançar com tudo
Oi, oi, oi!
Oi, oi, oi, oi!
Seja morena ou loira
Vem balançar com tudo
Oi, oi, oi!

Vem dançar comigo
Seguindo meu ritmo
Quero ver balançar
Todos lado a lado
Vai ser toda noite
Vem dançar até cansar

Mexe e remexe (balança!)
Que é uma loucura (morena!)
Vem ao meu lado (ninguém vai)
Ficar parado (quero ver!)
Mexe com tudo (balança!)
Que é uma loucura (morena!)
Vem ao meu lado (ninguém vai)
Ficar parado (quero ver!)

Oi, oi, oi, oi!
Vem dançar comigo!
Oi, oi, oi!…

Veja também

  • cobraselagartos

Cobras e Lagartos

  • favorita_logo

A Favorita

  • regradojogo

A Regra do Jogo

  • segundosol_logo

Segundo Sol