Sinopse

Tendo como cenário as ruas e as areias das praias de Salvador, a história trata da vida de meninos de rua sem família que viviam em um velho armazém abandonado no cais do porto. Os motivos que os uniram eram os mais variados: ficaram órfãos, foram abandonados ou fugiram dos abusos e maus tratos recebidos em casa. Aproximadamente quarenta meninos, entre nove e dezesseis anos, dormiam nas ruínas do velho trapiche.

Eram conhecidos como os Capitães da Areia e praticavam roubos, o que os tornou temidos e procurados pela polícia, que estava em busca do esconderijo e do líder do grupo, Pedro Bala, rapaz de quinze anos, loiro, com uma cicatriz no rosto. Generoso e valente, há dez anos Pedro vagabundeava pelas ruas de Salvador, tendo conhecido cada palmo da cidade.

No bando, destacavam-se também: Sem-Pernas, espécie de espião; João Grande, negro forte e o mais alto de todos; José, o Professor, único que lia corretamente e gostava de contar histórias; Pirulito, excessivamente místico e introvertido; Gato, malandro elegante que tinha um caso com a prostituta Dalva; Volta-Seca, mulato sertanejo, afilhado de Lampião; e Boa-Vida, muito preguiçoso.

No dia a dia, o bando contava com o apoio de alguns adultos. Don’aninha, mãe de santo, sempre os socorria em caso de doença ou necessidade. O Padre José Pedro, introduzido no grupo por Boa-Vida, conhecia o esconderijo dos capitães e aos poucos conquistou sua confiança, indo com frequência visitá-los. O pescador Querido-de-Deus e o estivador João-de-Adão também tinham a confiança dos capitães.

Bandeirantes – 20h50
de 5 a 16 de dezembro de 1989
10 capítulos

minissérie escrita por Antônio Carlos Fontoura, José Louzeiro, Marcos Lazzarini e Walter Lima Jr.
baseada no romance homônimo de Jorge Amado
direção de Walter Lima Jr.

os capitães da areia
LEANDRO DE SOUZA – Pedro Bala
BRUNO SOBRAL – Sem-Pernas (Augusto)
PABLO SOBRAL – Pirulito
ROBERTO PEREIRA DA SILVA – Gato
PAULO HAMILTON – Professor
ALESSANDRO DAVI FRANÇA – Barandão
JEAN CARLOS RODRIGUES PIRES – Dedinho
RENATO NUNES DE OLIVEIRA – Almiro
IVAN SÉRGIO LADEIRA RIBEIRO – João Grande
ALEX VIEIRA DA SILVA – Volta Seca
ALETHEA MIRANDA – Dora
AYMARA LIMMA – Glorinha
ANDRÉ GONÇALVES – Boa Vida

GERALDO DEL REY – Padre José Pedro
TAMARA TAXMAN – Dalva
RODRIGO PEREIRA DA SILVA – Gato
MIRIAN PIRES – Ester
THAÍS PORTINHO – Laurinda
ISOLDA CRESTA
JACKSON DE SOUZA
MARCUS VINÍCIUS – Querido-de-Deus
RENATO COUTINHO – Raimundo (pai de Pedro Bala)
THELMA RESTON – prostituta
JACYRA SILVA – Donaninha
JOSÉ STEIMBERG – padre
MÁRIO ROBERTO – dono da banca de jornal
FLÁVIO SANTIAGO – delegado
LUIZ CARLOS LABORDA – chefe de polícia
ROBERTO BOMTEMPO – policial
ORÃ FIGUEIREDO – amante de Dalva
ALEX SÉRGIO
ALEXANDRE DAVID
BENTINHO
YOLANDA CARDOSO
ROMEU EVARISTO
CLEMENTE VISCAÍNO
TONICO PEREIRA
YEDA DANTAS
GUTTI FRAGA
ADRIANA BOCALÓN
ÉDER DE SÁ
GABRIELA LABORDA
BEATRIZ BARROS
INÊS PILLAR
HORÁCIO WETTER
NATAN MUNIZ BARRETO

Minissérie baseada no romance de Jorge Amado, dirigida pelo cineasta Walter Lima Jr. em locações baianas.

O livro

Este livro foi escrito na primeira fase da carreira de Jorge Amado, e nota-se grandes preocupações sociais. As autoridades e o clero são sempre retratados como opressores (Padre José Pedro é uma exceção, mas nem tanto: antes de ser um bom padre foi um operário), cruéis e responsáveis pelos males.

Os Capitães da Areia são tachados como heróis no estilo Robin Hood. No geral, as preocupações sociais dominam, mas os problemas existenciais dos garotos os transforma em personagens únicos e corajosos.

E mais

Jorge Amado foi autor mais adaptado para a televisão. Além de Capitães da Areia: Gabriela (1975 e 2012), Terras do Sem Fim (1981), Tenda dos Milagres (1985), Tieta (1989), Tereza Batista (1992), Tocaia Grande (1995), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1998), Porto dos Milagres (2001 – adaptação dos romances Mar Morto e A Descoberta da América pelos Turcos), Pastores da Noite (2002) e alguns casos especiais inspirados em sua obra.

Tema de Abertura: CIDADE MALDITA – Jack

Cidade maldita
Onde as pessoas passam mal
O que é certo é errado
O que é errado é normal

No meio da rua
Toda sem esperança
E a culpa não é sua
Tem pessoas que só vivem de suborno
Por que tanto trabalha
Que não tem tanto retorno
Tá vendo esse lugar
Tem muito contrabando
Artigos roubados e gente roubando
Alguns vão em cana
Por simples vadiagem
Mas o bolso do bandido
Comprará sua liberdade
E acontece de tudo
Que você nem imagina
Várias prostitutas a cada esquina
E então, o que você me diz ?
Será que nessa cidade
Alguém pode ser feliz ?

Cidade maldita
Onde as pessoas passam mal
O que é certo é errado
O que é errado é normal…

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