
Sinopse
Fábio (Fábio Enriquez), autor e diretor de teatro, decide convocar, por meio da Internet, jovens para um teste de elenco. No dia da audição, ele se surpreende com a quantidade de pessoas na porta do teatro.
São jovens de diferentes cantos do Brasil, mas com um mesmo sonho: viver da arte. Idealista e nada prático, Fábio conta com a ajuda de sua racional produtora, Elisa (Elisa Pinheiro), amiga e ex-namorada, para ajudá-lo a tomar decisões e organizar suas ideias.
FÁBIO ENRIQUEZ – Fábio
ELISA PINHEIRO – Elisa
ADELAIDE DE CASTRO – Adelaide
ALEJANDRO CLAVEAUX – Alejandro
CHANDELLY BRAZ – Chandelly
BRUNO HEITOR – Edmilson
DEBORAH WOOD – Deborah
EDUARDO LANDIM – Eduardo
EMILIANO D´AVILA – Emiliano, o Pedro Bala
GISELLE BATISTA – Giselle
MICHELLE BATISTA – Michelle
HUGO LEÃO – Hugo
JÚNIOR VIEIRA – Júnior
LUANA MARTAU – Luana
MARCELA COELHO – Marcela
NANDA COSTA – Nanda
PEDRO GRACINDO – Pedro
RENATA GUIDA – Renata
SUZANA CASTELO – Estela
ADREN ALVES
ANA LUIZA FERMEZA
FELIPE SANTANA
FERNANDA ELISA VIEIRA
ISABELLA LUZ
JEFFERSON SCHROEDER
LAILA GARIN
LILIAN DIETZE
MARISA PAIVA
ZÉ WENDELL
DAI FIORATTI
e
FÁBIO ASSUNÇÃO – ator que esbarra em Adelaide durante uma gravação de rua
DENNIS CARVALHO
A proposta de Clandestinos – O Sonho Começou era aproximar a realidade da ficção, a começar pelos atores – desconhecidos do grande público – e seus personagens. Fábio Enriquez era Fábio. Elisa Pinheiro era Elisa. Eduardo Landim era Eduardo, etc. Ou seja, os personagens tinham os mesmos nomes de seus intérpretes, o que deixava a dúvida se eram personagens reais ou fictícios.
Baseada na peça de João Falcão, a série contou histórias de jovens dos quatro cantos do Brasil que sonhavam com o estrelato. Ela surgiu a partir de experiências próprias de atores anônimos e suas lutas para conseguirem um lugar ao sol na profissão.
“Eu queria pessoas que estivessem representando algo que eles estariam vivendo de verdade”, explicou João Flacão.
No dia 26/05/2008, mais de 3 mil candidatos fizeram fila na frente do Hotel Glória, no Rio de Janeiro, para se inscrever nas oficinas gratuitas de dramaturgia ministradas pelo diretor João Falcão. O objetivo principal era escalar e preparar o elenco da peça “Clandestinos”. Jovens de todo Brasil acamparam – literalmente – na calçada do hotel. Personagens de universos tão diferentes tinham fortes pontos em comum: todos nasceram nos anos 1980, acreditavam no seu talento e alimentavam o mesmo sonho de viver da sua arte.
A partir dos dados contidos nas fichas de inscrição, foram escolhidos 400 candidatos para audições individuais com João Falcão. Durante a seleção, cada candidato foi entrevistado e teve um minuto e meio para demonstrar sua capacidade de interpretação.
Desta primeira etapa, 30 artistas passaram para as oficinas. Após um mês de aulas, a lista com os 14 atores escolhidos para o elenco da montagem foi divulgada e, a partir daí, começaram os ensaios. No dia 30/10/2008, finalmente estreou “Clandestinos” – primeiro espetáculo da Companhia Instável de Teatro. Com texto e direção de João Falcão, a peça apresentava um painel poético e bem humorado das histórias vivenciadas durante todo o processo.
Dois anos após ser idealizada, a história desses sonhadores chegou à televisão na série Clandestinos, o Sonho Começou, baseada na peça.
Feito sem um roteiro pré-estabelecido, João Falcão decidiu compor o enredo do programa a partir dos atores:
“Foi na hora dos testes que vi que o tema de Clandestinos estava ali, na minha frente”, contou João, que apostou em anônimos.
Para a diretora Flávia Lacerda, o elenco desconhecido deu um toque especial à produção e foi um dos motivo para ela existir:
“Se eles fossem conhecidos, não teria sentido. Acho que a graça está aí.”
O realismo e o lúdico, estilos aparentemente opostos, marcaram a linguagem estética de Clandestinos. A cenógrafa Márcia Inoue preferiu ousar, lançando mão de uma visão nada convencional para representar o encontro da realidade com a ficção vivido pelos personagens da série.
Tanto efeitos realistas – como a recriação do palco do Teatro Glória – quanto especiais – maquetes e cenários virtuais em 3D – serviram para contar as histórias dos 15 novatos atores. Cada um deles teve seus sonhos representados de maneira única, ora a partir de trabalhos manuais, ora com tecnologia de ponta. Assim, o olhar do diretor da peça sobre as sagas dos personagens foi traduzido de modo poético e divertido. Cada história foi representada de maneira única, como, por exemplo, a do personagem Pedro, que era de papel, e a de Renata, que era um desenho.
O figurinista Antonio Medeiros e a caracterizadora Mary Help resolveram vestir os atores com elementos da moda usada em grandes metrópoles do mundo, como Amsterdam, Londres e Paris. Além do figurino cosmopolita da série, o desafio também incluiu a caracterização de alguns atores em diferentes idades de seus personagens. Foi o caso de Fábio, que teve flashbacks de épocas distintas de sua vida, como a adolescência em Brasília e, mais tarde, na faculdade de teatro.
A Globo cortou um beijo entre dois homens em uma cena que iria ao ar no episódio de 09/12/2010. O ator Hugo (Hugo Leão) aparecia para fazer teste para o elenco da peça de teatro. Ele e Fábio (Fábio Henriquez, o diretor) já se conheciam, foram amigos no colégio, onde deram os primeiros passos no teatro amador. Os dois acabaram se separando e ficaram anos sem ver. Ao reconhecer Hugo, Fábio subiu ao palco para abraçá-lo. Porém, o cumprimento dos dois era com um beijo na boca. A Globo, no entanto, cortou a cena a partir do momento em que Fábio e Hugo se aproximavam, aparentemente para um abraço. A sequência da história, no entanto, deixou no ar que aconteceu mais do que um abraço.
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