Finalzinho do capítulo dessa quarta-feira, 25 de dezembro, de Amor de Mãe. Passou despercebido para muitos, porque foi uma cena rápida, na qual a personagem Lurdes, de Regina Casé, apenas balbuciou algumas palavras.
Lurdes está em sua casa, passando roupa, de olho grudado na televisão. Fala sozinha, comentando o que está vendo na TV (a câmera não focaliza o que ela está assistindo):
– O meu Deus! Tristeza… Ave Maria! Que desgraceira!
Entra Sandro (Humberto Carrão) e ela pede:
– Desliga isso aí, filho, que eu não tô aguentando nem olhar. É só mãe chorando por causa de filho. Coisa tão triste! Não posso ver isso não.
Houve quem percebesse na fala de Lurdes um desabafo da autora de Amor de Mãe, Manuela Dias, às críticas que vem recebendo para o fato de sua novela ser dramática demais. Ou seria uma autocrítica da autora na fala de sua personagem?
Vejo como uma sutil ironia, quase um deboche contra os críticos da novela – afinal a frase veio de Lurdes – com Thelma e Vitória (Adriana Esteves e Taís Araújo) formam a tríade de máter-dolorosas protagonistas da novela.
Amor de Mãe continua um primor de texto, atuações e direção. Que continue assim, ignorando algumas críticas e seguindo seu rumo, independentemente da audiência que conquistar. Tem drama, mas também vilões, humor e todos os ingredientes de um folhetim de qualidade, aliado a uma estética cinematográfica que cabe perfeitamente em telenovela. A ironia e a sutileza também.
PS Na sequência, Sandro entrega à mãe o dinheiro do mês pago por seu trabalho com Vitória. Detalhe: ele está usando uma camiseta do Divino Futebol Clube, da novela Avenida Brasil.
Uma novela para se assistir com o coração só que Lourdes, às vezes se empolga e exagera “nas tintas”, fica piegas demais, com excesso de açúcar, aí o bicho pega, mas é natural que isso ocorra, porque tênue é a linha que demarca o equilíbrio, do exagero, ainda mais quando se é a atriz principal: tudo ELA para dar conta do recado “nos trinks”. Como disseram alguns comentaristas, tomara não mudem o foco a fim de contentar “gregos e troianos”, ficar de bem com a crítica ou supostamente aumentar a audiência porque importante é manter a ideia inicial da trama até o último capítulo, fiel ao pensamento da autora ou pode dar zebra.
Amo essa novela.
Espero que tenha um final mais glamouroso e não igual final da novela anterior “A dona do pedaço “.
Não perco um capítulo!
“Amor de Mãe” faz a gente sentir vontade de sentar no sofá pra ver novela… Sem sombra de dúvidas entra para as melhores das nove. Texto primoroso, elenco afiado e direção impecável!!! Merecemos esse folhetim de Manuela Dias (Fenomenal) após a canastrona e fatídica “A Dona do Pedaço”… Um alívio para nós!!!
A melhor novela dos últimos anos, texto bem escrito? Elenco ótimo e diferente, excelente.
Amor de mãe é uma novela extraordinária. Um texto super realista e que lembra Janete Clair. SUCESSO!
Vejo pouco devido aos meus horários, mas é uma novela com nova linguagem, muito semelhante de filme.
Espero que caia no gosto da maioria. E se não der audiência, que a história não seja alterada (como aconteceu em “Velho Chico”, que era primorosa na 1a.fase).
Para mim, Amor de Mãe é a melhor novela que a Globo já produziu. Simples assim. Se aqui não for valorizada pelo público, que está mal acostumado com novelas de gosto duvidoso (até com políticos péssimos tem se acostumado), lá fora há de ser um grande sucesso e conquistar mais um Emmy.
Amor de Mãe não é novela, é obra de arte, e justamente por isso ainda não conquistou toda a audiência que merecia, a exemplo de obras igualmente sofisticadas como Lado a Lado e O Rebu. Acostumado a bobagens descartáveis mal escritas e ao simplorismo adotado por autores como Walcyr Carrasco, o público não digere um produto tão refinado e bem produzido. Eu, particularmente, me vejo diante de uma das melhores novelas a que já assisti nos últimos anos!
Amor de Mãe é um primor, uma maravilha. Espero que a emissora continue com o projeto original da novela, sem render-se a questões de audiência.
Assino por baixo tudo aquilo que escreveu Nilsson. Amo a história e a crescente interligação das personagens. O apuro estético e cinematográfico é de tirar o fôlego. As interpretações inexcedíveis! Bravo para todos! Espero que a Globo, pressionada por audiências fracas, não pressione por sua vez a autora e acabe com a novela como fizeram com “Babilônia”. No género (novela) nunca vi produto tão bom. Emmy Internacional em 2020 para “Amor de Mãe” e Regina Casé.