
Sinopse
Zezé é um menino pobre de seis anos, inteligente, sensível e carente. Carente de um afeto que não encontra na família – ninguém tem muita paciência com ele. O endiabrado garotinho sai pelas ruas fazendo mil travessuras. Aprende tudo sozinho, é o “descobridor das coisas”. Percebe que na vida existem alegrias, como ter um amigo, e também tristezas, como quando o amigo vai embora para sempre. Uma de suas maiores surpresas é perceber que pode cantar sem abrir a boca – ou seja, ficar pensando em uma música e deixá-la tocar dentro da cabeça.
Quando a família se muda para uma casa onde há muitas árvores no quintal, cada irmão escolhe uma para si – um fica com a mangueira, outro pega o pé de tamarindo e assim por diante. Sobra para Zezé um pequeno pé de laranja lima. No entanto, essa árvore fica tão amiga que eles conversam muito e até brincam juntos. Zezé inventa para si um mundo de fantasia em que o grande confidente é Minguinho, o pé de laranja lima. Porém, a vida lhe ensina tudo cedo demais, e Zezé descobre a dor e a saudade, assim como a ternura e o carinho no afeto do solitário português Manuel Valadares, o Portuga, como o menino o chama.
o garoto CAIO ROMEI – Zezé
GIANFRANCESCO GUARNIERI – Manuel Valadares, o Portuga
FLÁVIA PUCCI – Jandira
FERNANDO PAVÃO – Raul
GENÉZIO DE BARROS – Paulo
ELIANA GUTTMAN – Estefânia
KARLA MUGA – Godóia
RODRIGO LOMBARDI – Henrique
REGIANE ALVES – Lili
ANDRÉ CURSINO – Diogo
CRISTINA BONNA – Cecília
SEBASTIÃO CAMPOS – Caetano
SUELI OLIVEIRA – Eugênia
LU GRIMALDI – Donana
LUI STRASBURGER – Gabriel Garcia
HELEN HELENE – Santinha
MIWA YANAGIZAWA – Gilda
FAUSTO MAULE – Bernardo
JACQUELINE DALABONA – Heloísa
LEONARDO MEDEIROS – Demétrio
MARISTANE DRESCH – Sofia
MALU PESSIN – Letícia
EDUARDO CONDE – João Pedro
DANIELI ÁVILA – Ritinha
as crianças
RAFAEL PARDO – Totoca
VANCLEY PIMENTEL – Luisinho
TALITA CANTORI – Vavá
BRUNO BEZERRA – Serginho
ÍCARO SILVA – Juvenal
GABRIELA BRITO – Biluca
e
CÁSSIO SCAPIN – voz de Minguinho, o pé de laranja lima
KIKO MASCARENHAS – Zezé (adulto)
VITOR ROMEI – Manuelzinho
Tentativa de ressuscitar a história de José Mauro de Vasconcellos, adaptada por Ivani Ribeiro com sucesso na TV Tupi, em 1970-1971, e na própria TV Bandeirantes, em 1980-1981. Desta vez, sem a repercussão que as novelas anteriores tiveram.
Na primeira adaptação (1970-1971), Haroldo Botta e Cláudio Corrêa e Castro viveram os protagonistas Zezé e Manuel Valadares. Na segunda (1980-1981), esses personagens ficaram a cargo de Alexandre Raymundo e Dionísio Azevedo.
O romance também já havia sido adaptado para o cinema, em 1969, no filme de Aurélio Teixeira.
Em 2013, ganhou uma nova versão no cinema, no filme de Marcos Bernstein.
A escolha dessa história foi definida às pressas pela direção da Band.
“Sugeri a trama da Ivani por ser um trabalho não muito difícil de ser feito às pressas”, disse a adaptadora Ana Maria Moretzsohn em entrevista ao Jornal do Brasil (17/09/1998, TV Pesquisa PUC-Rio)).
Diferente das versões anteriores, em que a trama era ambientada em um bairro pobre da periferia, nesta as desventuras de Zezé ocorreram em uma cidade do interior paulista, com casas humildes e muita natureza. A família continuou pobre, mas não sem um certo glamour, já que o pai do garoto, desempregado, foi morar com a família de favor em um casarão emprestado.
Ana Maria Moretzsohn contou na época do lançamento que as principais diferenças de sua novela em relação às versões anteriores são a mudança na plástica da trama e o perfil de Zezé, o menino protagonista:
“As outras versões tinham um cenário pobre, as ruas eram de terra, tudo era muito feio. A família, agora, continuará pobre, mas a estética da trama será mais bonita. Para acompanhar a criançada de hoje, o Zezé será mais malicioso e espoleta, mas sem perder a sua pureza. E ele não apanhará tanto como acontecia.”
Outra novidade foi a árvore com que Zezé conversava. Foram usados efeitos especiais para marcar os diálogos do garoto.
“Quando ele falar com ela será um momento mágico”, disse a autora. (O Globo, 18/10/1998, TV Pesquisa PUC-Rio).
Para atualizar a história, Ana Maria Moretzsohn criou novos personagens, modificou alguns e incrementou outros que, na versão original, não tinham tanto peso na trama. Quem passou por uma destas transformações foi Manuel, o Portuga. De motorista de táxi das novelas do passado, nesta adaptação ele era proprietário de uma firma de turismo com uma frota de carros antigos. Porém, a maior mudança foi no perfil de Zezé, que, diferentemente do que ocorreu na nova versão, apanhava dos pais.
“Hoje em dia não podemos por um adulto batendo o tempo todo numa criança”, explicou a autora, que também mudou a estética da novela: “Será um pobre chique. Sofrimento não precisa estar associado a lugares feios.”
(Jornal O Globo, 06/12/1998, TV Pesquisa PUC-Rio)
Não passou despercebido ao telespectador mais atento, que conhece o livro de José Mauro de Vasconcelos, que a novela não era somente baseada na obra literária, mas nas novelas de 1970 e 1980, apesar de o nome de Ivani Ribeiro não ter sido creditado. A maioria das personagens não existem no livro e foram retiradas dos originais de Ivani Ribeiro.
O garoto protagonista Caio Romei – ruivo, olhos verdes, sardento, então com 10 anos – foi escolhido em São Paulo em um teste com 320 crianças. Na mesma seleção, foi escalada parte do elenco infantil. (Jornal do Brasil, 17/09/1998, TV Pesquisa PUC-Rio)
A paisagem bucólica do Centro de Mecanização e Automação Agrícola (CMAA), próximo a Jundiaí, a 50 quilômetros de São Paulo, foi o lugar escolhido para as cenas externas da novela. (O Estado de São Paulo, 15/11/1998, TV Pesquisa PUC-Rio)
Diante do fracasso da novela, a Band desistiu, mais uma vez, de produzi-las, passando para os seriados (A Guerra dos Pintos e Santo de Casa). Com o mau desempenho dos seriados, a emissora deixou de investir em teledramaturgia.
Gianfrancesco Guarnieri, o Portuga desta produção, já havia participado da versão de 1970, na Tupi, onde viveu o personagem Ariovaldo Pedrosa (que deixou de existir na versão de 1998-1999).
Estreia em novelas dos atores Rodrigo Lombardi, Fernando Pavão e Ícaro Silva (com 11 anos na época).
A novela foi reprisada no canal de TV a cabo Foxlife, de janeiro a setembro de 2006, de segunda a sexta-feira, às 7 e às 13 horas. Os capítulos da semana eram reapresentados aos sábados, continuamente, das 7 horas ao meio-dia.
Reprisada entre 02/08 e dezembro de 2010, de 2ª a 6ª feira, às 11h50 da manhã, pela emissora gaúcha Ulbra TV, que firmou uma parceria com a Band.
Ainda, reapresentada pela emissora cearense TV Diário, entre 14/03 à 28/07/2011, em 99 capítulos, às 16 horas; e pela Rede Viva, entre 05/08 a 20/12/2013, em 100 capítulos, às 21 horas.
ACALANTO – Leandro e Leonardo
CANÇÃO DA ÁRVORE – Marcus Viana
DOENDO DE SAUDADE – Daniel
O ANJO – Marcus Viana
O POETA E O ROUXINOL – Marcus Viana
O TOQUE DE AMOR – Marcus Viana
QUANDO EU ESTAVA SÓ – Jane Duboc
SANTUÁRIO DAS ÁGUAS – Marcus Viana
SONHO DE PESCADOR – Marcus Viana
Tema de Abertura: QUANDO EU ESTAVA SÓ – Jane Duboc
No final daquela rua
Tem uma casa com quintal que
Tem um sonho e uma fantasia
Descobridor de coisas tem
Caçador de estrelas tem também
Lugar menino de pura magia
Cavalo de faz de conta
Raio de luar
Árvore na ventania toca no céu
E eu quero brincar
Meu pé de laranja lima
Olhando lá de cima
O mundo é bem maior
Neste balão de faz de conta
Voar de ponta a ponta
Brincar de ser herói
Meu pé de laranja lima
Olhando lá de cima
O mundo é bem maior
Neste balão de faz de conta
Voar de ponta a ponta
Brincar de super-herói
Meu pé de laranja Lima
Meu pé de laranja Lima…
Essa novela foi escrita por Ana Maria Moretzsoh. Não tinha muito a ver com o estilo de Ivani Ribeiro.
Não tive a oportunidade de assistir. Mas vi algumas cenas e não me foi muito simpático não.
Não obteve o mesmo sucesso das versões de 1970 e 1980. Foi muito fraca apesar do forte elenco. Revelou Caio Romei, Rodrigo Lombardi e André Cursino