Quem tem mais de 40 anos o conhece de novelas de sucesso das décadas de 1970 e 1980. Quem tem menos, deve lembrar de suas participações no Zorra Total. João Carlos Barroso foi, na juventude, um dos galãs mais requisitados da TV Globo: só na segunda metade da década de 1970, atuou, seguidamente, em seis novelas. Foi o auge de sua fase de galã jovem. De acordo com o noticiado pelo UOL, Barroso faleceu nesta segunda-feira, 12 de agosto, no Rio de Janeiro, aos 69 anos, vítima de câncer no pâncreas.
Carioca, João Carlos Barroso nasceu em 28 de fevereiro de 1950. Sua paixão pelo futebol se expressava desde criança. Foi jogando com amigos, aos 11 anos, que Barroso foi “descoberto” e recebeu o convite para participar do filme Pedro e Paulo (1961), no qual atuou com Jardel Filho, Francisco Cuoco e Jece Valadão. Já adulto e ator profissional, participou de times de futebol de artistas da televisão, que costumeiramente se reuniam para jogar bola.
Em 1965, com 15 anos, estreou na TV, na série Rua da Matriz, na recém-inaugurada TV Globo. A primeira novela foi a clássica O Bem Amado, em 1973, como Eustórgio, filho do matador Zeca Diabo, papel de Lima Duarte. Diga-se de passagem, Lima talvez tenha sido o ator com quem Barroso mais atuou na televisão. Os dois foram pai e filho em mais duas novelas: Pecado Capital (1975-1976) e Marron-Glacé (1979-1980), e contracenaram ainda em Os Ossos do Barão (1973-1974), Roque Santeiro (1985-1986), O Salvador da Pátria (1989), Pedra Sobre Pedra (1992) e Uga Uga (2000-2001).
Não encontrei registros de suas peças de teatro. No cinema, além da estreia em Pedro e Paulo, o ator foi visto em O Pistoleiro (1976), Nos Tempos da Vaselina (1979) e no curta Dona Eulália (2004). Dublador, é de Barroso a voz do menino Verruga no desenho de longa-metragem A Espada Era a Lei, da Disney, lançado em 1963, quando o ator tinha 13 anos.
Foi na TV que João Carlos Barroso ficou conhecido e arrancou suspiros em papeis de mocinho ou “jovem transviado” – como um de seus personagens mais marcantes, o Caniço da novela Estúpido Cupido (1976-1977), membro da turma do Mederix (Ney Latorraca), fazendo um divertido par romântico com Djenane Machado, em uma trama que se passava nos anos 1950. Os convites para bailes de debutantes se multiplicaram por conta de sua cancha de galã jovem em novelas da Globo. Entre 1973 e 1979, estrelou O Bem Amado, Os Ossos do Barão, Pecado Capital, Estúpido Cupido, Locomotivas, O Pulo do Gato, Pecado Rasgado e Marron-Glacé – praticamente uma novela por ano.
Na década de 1980, Barroso atuou em Pão-Pão Beijo-Beijo, Livre para Voar, Roque Santeiro, Direito de Amar e O Salvador da Pátria. Em Roque Santeiro, o ator viveu outro personagem marcante: Toninho Jiló, misto de garoto de recados e guia turístico de Asa Branca (que apresentava a cidade aos romeiros que chegavam). Nos anos 1990, atuou em Mico Preto, Pedra Sobre Pedra, Mulheres de Areia, Tropicaliente e Era Uma Vez. A partir da década de 2000, os papeis em novelas diminuíram porque Barroso integrou o elenco fixo do humorístico Zorra Total por mais de dez anos (de 2002 a 2015).
O último trabalho de João Carlos Barroso na televisão foi o delegado Mesquita na novela Sol Nascente, exibida entre 2016 e 2017. Na época, escrevi um texto sobre sua participação, enaltecendo esse retorno às novelas, gênero pelo qual ficou popularmente conhecido e ao qual sempre foi associado.
São 3 h05 sábado 19 de março de 2022 está passando filme nos tempos da vaselina ele ainda um ótimo ator permanece vivo seu talento seu carisma sua alegria
nossa me pegou de surpresa fui amigo da irmá dele conheci ele amigo de Andre Valle meu amigo tbm que ja se foi que pena todos ja partiu. triste mais a vida é mesmo assim como falava meu pai.
Nossa. Que triste. Lembro dele. Fez bastante novelas, no final dos anos 80 e começo dos anos 90. Triste isso. Os atores, das antigas, morrendo tudo, aos poucos.