Sinopse

O hipócrita e interesseiro Ambrósio ambiciona ser o único herdeiro da crédula Florência, viúva que pretende desposar. Para isso, planeja uma vida religiosa para os filhos dela, Juca e Emília, e para o sobrinho de criação, Carlos. Porém, o rebelde Carlos, transformado em noviço, arma diversas arapucas atrapalhando os intentos do vilão.

Primeiro, Carlos foge do convento para casar-se com sua prima, Emília. Em seguida, surge Rosa, primeira esposa de Ambrósio, que foi abandonada por ele após ter seus bens roubados. Rosa fornece meios para Carlos chantagear Ambrósio e permitir-lhe sair corretamente do convento e retirar Emília e Juca da vida religiosa.

Florência, por sua vez, descobre que o marido é bígamo e ele foge. Após muita confusão, Ambrósio é preso e Carlos liberto do convento e de ser preso (ele atacara um frade na fuga), ficando livre para casar com Emília, por quem é apaixonado.

Globo – 18h
de 2 a 27 de junho de 1975
20 capítulos

novela de Mário Lago
baseada na peça homônima de Martins Pena
direção de Herval Rossano

Novela anterior no horário
Helena

Novela posterior
Senhora

PEDRO PAULO RANGEL – Carlos
JORGE DÓRIA – Ambrósio
ISABEL RIBEIRO – Florência
MARIA CRISTINA NUNES – Emília
FÁBIO MÁSSIMO – Juca
LUÍS LINHARES – Flávio
MARILU BUENO – Rosa
ANDRÉ VALLI – Mestre
GERMANO FILHO – abade
LAJAR MUZURIS – Zé Piaba
LUÍS MAGNELLI – Xenxem
JOTA BARROSO – Sebastião
HAROLDO DE OLIVEIRA – José
PEDRO VERAS – noviço
ELIANO MEDEIROS – noviço
JACY NASCENTES – noviço
MARCELO HELENO – noviço
LUIZ CARLOS BURUCA – noviço

– núcleo de CARLOS (Pedro Paulo Rangel), mandado para o convento como parte do plano do tio vigarista que quer se apoderar de sua herança. Esperto, de temperamento aventureiro e contra qualquer tipo de autoritarismo, não tem a menor vocação para a vida religiosa:
a tia de criação FLORÊNCIA (Isabel Ribeiro), viúva, envolve-se com um vigarista com quem acaba casando-se. Submissa e apaixonada, concorda com todas as imposições do marido, inclusive no que diz respeito à educação dos filhos
os primos, filhos de Florência: EMÍLIA (Maria Cristina Nunes), por quem é apaixonado. Não aceita a ideia de ser enviada para o convento como deseja seu padrasto. Sem força para se rebelar, acaba sempre cedendo às pressões da mãe
e JUCA (Fábio Mássimo), não suporta a ideia de entrar para o convento apesar de ter apenas nove anos.

– núcleo de AMBRÓSIO (Jorge Dória), vigarista, envolve-se com Florência interessado em sua herança. Após o casamento, assume a figura de pai incontestável, conduzindo com rigor e autoridade a educação de Carlos e dos filhos dela, Emília e Juca, enviando-os para um convento para ficar com a herança deles:
ROSA (Marilu Bueno), mulher humilde e muito assustada. Envolvera-se com ele, quando ele vivia no Ceará. Após ter todos os bens roubados pelo vigarista, decide procurá-lo no Rio de Janeiro
FLÁVIO (Luiz Linhares), homem inescrupuloso, conhece o seu passado e usa isso para chantageá-lo
JOSÉ (Haroldo de Oliveira), guarda-costas sempre disposto a defendê-lo
SEBASTIÃO (Jota Barroso), dono do bar, seu amigo.

– núcleo do convento:
o MESTRE (André Valli), frade, seguiu a vida religiosa por imposição dos pais. Ao contrário de Carlos, não tivera força para se rebelar contra a vontade alheia. Por conta disso, persegue o noviço de maneira quase histérica, como forma de punir a si mesmo pela submissão do passado
o ABADE (Germano Filho), superior do convento, onde é muito respeitado
os meirinhos ZÉ PIABA (Lajar Muzuris) e XENXEM (Luiz Magnelli), a pedido do Abade, estão sempre atrás de Carlos quando ele foge do convento
os noviços (Pedro Veras, Eliano Medeiros, Jacy Nascentes, Marcelo Heleno e Luiz Carlos Buruca), amigos de Carlos no convento.

Adaptação

Ligeira e graciosa adaptação de Mário Lago a partir da comédia teatral de Martins Pena (escrita em 1845), valorizada pela protagonização do ator Pedro Paulo Rangel e pelas nuances de Jorge Dória e Isabel Ribeiro. (“Memória da Telenovela Brasileira”, Ismael Fernandes)

O Noviço foi a única novela assinada por Mário Lago na TV Globo. Na adaptação da peça para a televisão, o autor criou um novo personagem, que não existia na história original: Flávio (Luís Linhares), velho conhecido do inescrupuloso Ambrósio (Jorge Dória). E atualizou a linguagem para torná-la mais acessível aos telespectadores. (Site Memória Globo)

Segunda produção da Globo para o horário das seis lançada como mininovela, assim denominada na época por ter apenas 20 capítulos. Fazia parte do projeto de tornar a faixa das 18 horas fixa para novelas na emissora, com produções de época adaptadas de obras da Literatura Brasileira e direção de núcleo de Herval Rossano. A anterior foi Helena. As produções seguintes, além de mais longas (mínimo de 80 capítulos), passaram a ser produzidas em cores.

Locações e cenografia

Gravou-se no Pontal da Barra da Tijuca, no Largo do Boticário e nos estúdios da emissora, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro.

Para as cenas em flashback, foram construídos cenários especiais, produzidos por Arlindo Rodrigues: o fundo era neutro e apenas emoldurado pelo cenário principal.

Trilha sonora

Algumas músicas da trilha sonora foram compostas especialmente para a novela pelo maestro Júlio Medaglia. As demais foram adaptadas para o estilo da época. No entanto, não foram lançadas comercialmente.

Reprises

O Noviço foi reprisada entre 26/07 e 20/08/1976, às 13h30 – época em que a faixa Vale a Pena Ver de Novo ainda não tinha esse nome.

Em setembro de 1982, a RBS TV, filial da Globo em SC e RS, reprisou O Noviço pelas manhãs, dentro do TV Mulher, como forma de ajustar a grade com o resto do Brasil, uma vez que neste ano (1982) o programa estava estreando nesses estados, enquanto já existia no resto do país desde 1980.

Veja também

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Escrava Isaura (1976)

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Vejo a Lua no Céu

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A Moreninha (1975)

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O Feijão e o Sonho