Sinopse

O deputado federal conservador Severo Toledo Blanco, o homem mais poderoso da região de Ouro Verde, escolhe o ingênuo, simplório e analfabeto boia-fria Salvador da Silva, o Sassá Mutema, para casar-se com sua amante Marlene, tentando desviar as atenções de seu adultério. O fato chega até Juca Pirama, um radialista inescrupuloso que explora demagogicamente o episódio em seu programa de rádio.

Logo, um duplo homicídio vitima Marlene e Juca Pirama e tem em Sassá Mutema o principal suspeito – o suposto marido traído que lavou a honra com sangue. O matuto boia-fria chega a ser preso, porém, sua inocência é provada com o apoio popular e da bela professora Clotilde, sensibilizada com sua situação. Descobre-se que o moralista Juca Pirama era na realidade corrupto e estava ligado ao narcotráfico.

Sassá ganha popularidade e passa a ser alvo das atenções dos políticos locais, que querem manipulá-lo, transformando-o em prefeito da pequena cidade de Tangará. Apoiado por pessoas influentes, Sassá chega ao poder, mas rebela-se e conquista posição política própria, sonhando com a carreira em Brasília. Em sua trajetória, conta com a amizade de Clotilde, por quem se apaixona e com quem acaba vivendo um romance.

Enquanto isso, segue uma intriga policial e política envolvendo o deputado Severo Blanco, por meio de Gilda, sua personalística esposa, que tudo faz para manter o casamento fracassado; Marina Sintra, uma rica fazendeira, sua opositora política; e Bárbara Souza Telles, neta do maior banqueiro da região, com quem o deputado mantem um romance secreto e que, ao final, descobre-se, comanda a organização ligada ao narcotráfico.

Também a trama do piloto João Matos, que, envolvido pelo irmão Juca Pirama, é injustamente acusado de tráfico de drogas. Na verdade, ele foi usado como bode expiatório. Para fugir da polícia, João assume outra identidade: Miro Ferraz. Com o casamento com Ângela em crise, ele acaba por viver um romance com Marina Sintra, enquanto luta para provar sua inocência e desbancar a organização criminosa da qual foi vítima.

Globo – 20h
de 9 de janeiro a 12 de agosto de 1989
186 capítulos

novela de Lauro César Muniz
colaboração de Alcides Nogueira e Ana Maria Moretzsohn
direção de Gonzaga Blota, Denise Saraceni e José Carlos Piéri
direção geral de Paulo Ubiratan

Novela anterior no horário
Vale Tudo

Novela posterior
Tieta

LIMA DUARTE – Sassá Mutema (Salvador da Silva)
MAITÊ PROENÇA – Clotilde Ribeiro
JOSÉ WILKER – João Matos / Miro Ferraz
BETTY FARIA – Marina Campos Sintra
FRANCISCO CUOCO – Severo Toledo Blanco
SUSANA VIEIRA – Gilda Pompeu Toledo Blanco
LUIS GUSTAVO – Juca Pirama (José Matos Jr.)
LÚCIA VERÍSSIMO – Bárbara Souza Telles
LUCINHA LINS – Ângela Mendes Matos
CECIL THIRÉ – Lauro Brancatto
MÁRIO LAGO – Seu Quinzote (Joaquim Xavier)
MAYARA MAGRI – Camila Sintra
ANTÔNIO CALLONI – Tomás Siqueira
GRACINDO JÚNIOR – Ricardo Ribeiro
MARCOS PAULO – Paulo Silveira Jr.
CLÁUDIO CAVALCANTI – Eduardo Corrêa
THALES PAN CHACON – Cássio Marins
MAURÍCIO MATTAR – Sérgio Toledo Blanco
NARJARA TURETTA – Rafaela Toledo Blanco
SUZY RÊGO – Alice Sintra
EDUARDO GALVÃO – Régis de Abreu
ANTÔNIO GRASSI – Plínio Kohl
FLÁVIO MIGLIACCIO – Nilo Assunção
JOSÉ AUGUSTO BRANCO – Padre Alberto Jardim
BENJAMIN CATTAN – Hermínio Souza Telles
NELSON DANTAS – Décio de Abreu
CLÁUDIO CURI – Sidney
TÁCITO ROCHA – Gil Eanes
WÁLTER SANTOS – Jaime Neves
LUTERO LUIZ – Bodão (José da Silva)
JOÃO CARLOS BARROSO – Fidélis
ALDINE MÜLLER – Diná Amaral (Aída)
GEORGE OTTO – Roberto Amaral (verdadeiro Miro Ferraz)
ALEXANDRA MARZO – Silvia
MARCELA MUNIZ – Zezé (Maria José)
LUÍS MAÇÃS – Marco Antônio
HUGO GROSS – Brazito (Braz Vasconcelos)
ANDRÉA RICHA – Cris (Cristina)
ALEXANDRE ACKERMAN – Dirceu Barreto
NORMA GERALDY – Noêmia
MARCO MIRANDA – Ciro
WALDIR SANTANNA – Neco Carranca (Manoel da Cunha)
CHICO EXPEDITO – Valdemar
SOLANGE THEODORO – Daniela

a menina NATÁLIA LAGE – Regina

e
ABRAÃO RIBEIRO – boia-fria
ADELAIDE PALETTE (ADELAIDE CONCEIÇÃO) – funcionária da fábrica
AGUINALDO ROCHA – escrivão da delegacia de Tangará
ALCIRO CUNHA – policial na fronteira do Brasil com a Bolívia, aborda João e Roberto/Miro em uma blitz
ANA MARIA NASCIMENTO E SILVA – Vera / Verônica / Valéria / Virgínia / Vitória / Valquíria / Vilma / Violeta / Vespúcia (Maria Aparecida, loira misteriosa que usa nomes falsos para atuar em nome da organização)
ANDRÉ CECCATO – funcionário de Severo, contrata Otávio para se casar com Marlene, no início
ÂNGELA TORNATORE – boia-fria
ANJA BITTENCOURT – enfermeira que segura o bebê de Clotilde enquanto ela retira leite para o banco de leite da maternidade
ANTÔNIO VIANA – Antônio (funcionário do clube de Ouro Verde)
BIA JUNQUEIRA – repórter da TV Ouro Verde que entrevista Sassá no dia de sua posse
BILECO – faxineiro da prefeitura que fala com Clotilde
BRANDÃO FILHO – Padre Elísio (pároco de Tangará que se aposenta e é substituído pelo Padre Alberto)
BRENO BONIN – Dr. Miranda (advogado de Neco Carranca)
CARLÃO ELEGANTE – Bento
CARLOS GREGÓRIO – Rubens (advogado a serviço da organização criminosa)
CARLOS SANTOS – boia-fria
CÉSAR AUGUSTO – Gaiato (boia-fria amigo de Sassá e Bodão)
CHITÃOZINHO E XORORÓ como eles mesmos, contratados pelo prefeito Sassá para um show em Tangará
CHRISTIANA GUINLE – Leda (secretária de Severo na fábrica)
CICO CASEIRA – vendedor da loja de roupas que atende Sassá, quando ele vai se casar, no início
CIRO JATENE – imitador de Juca Pirama
CLÁUDIA WAGNER – Elza (boia-fria)
CLÁUDIO AYRES DA MOTTA – Saulo (membro da organização criminosa, morto em um fuzilamento com Zen e Rubens)
CLEONIR DOS SANTOS – Hermenegildo (dono do bar frequentado pelos boias-frias)
CLEYDE BLOTA – dona do restaurante onde Clotilde e Ricardo almoçam em Goiânia
DANTON JARDIM – apresentador do desfile de moda da Dumond
DENIS DERKIAN – Delegado Arnaldo (da Polícia Federal, encarregado da prisão de João, no início)
DIRCEU RABELLO – policial federal que prende João no aeroporto transportando pasta de cocaína
DOMINGUINHOS como ele mesmo, canta na festa de aniversário de Sassá, na fazenda de Severo
ÉDER DE SÁ – diretor da colônia penal agrícola onde João cumpre pena, no início
EDUARDO PARANHOS – oficial de Justiça que entrega uma intimação na fazenda de Severo
EDUARDO PORTO – tabelião
EDWIGES GAMA – Lúcia (empregada de Severo e Gilda na fazenda)
ELIAS TUFFY – funcionário do clube de Ouro Verde
ELY REIS – empregado na fazenda de Severo
FÁBIO MÁSSIMO – médico que faz exames em Sassá, a pedido de Severo, no primeiro capítulo
FERNANDO AMARAL – Dr. Cardoso (advogado de Severo, trata da separação dele e Gilda)
FERNANDO JOSÉ – Luís (fazendeiro que, em uma reunião com Sassá, aceita as melhorias para os boias-frias)
FLÁVIO SÃO THIAGO – Bené (companheiro de cela de João na colônia penal agrícola)
FRANCISCO DANTAS – pai de Vera/Maria Aparecida
FRANCISCO MILANI – apresentador da TV Mundial, âncora do programa “Mundial Repórter”
FREDDY MONTEIRO – operador de áudio da Rádio Clube de Tangará
GERMANO FILHO – Pastor Mendes (pai de Ângela)
GLÓRIA BEUTTENMÜLLER como ela mesma, fonoaudióloga
GONZAGA BLOTA – médico que atende João na colônia penal agrícola
GUARACY VALENTE – segurança de Marina
GUTI FRAGA – funcionário da fazenda onde Bárbara dá o nome de Américo para ver Severo
GUTO SINVAL – diretor da TV Mundial, onde Sassá denuncia a organização criminosa, no final
HÉLIO GUERRA – guarda na colônia penal agrícola onde João cumpre pena
HÉLIO SOUTO – delegado em São Paulo, quando João é preso pela segunda vez
HEMÍLCIO FRÓES – Jorge (pai de Silvia, marido de Graça)
HORTÊNCIA MARCARI como ela mesma, jogadora de basquetebol, com José Victor Oliva, então seu marido
IBAÑEZ FILHO – Manoel Gitano (membro da organização criminosa, acaba morto por Roberto/Miro Ferraz)
IVAN CÂNDIDO – Zen (Zenóbio Reis, da organização, principal contato de Juca Pirama e, depois, de João)
JEAN-PAUL RAJZMAN – Jacques Étienne (namorado francês de Bárbara)
JIMMY RAW – funcionário da Rádio Clube de Tangará
JORGE CHERQUES – juiz que condena João à prisão, no início
JORGE DE JESUS – boia-fria
JOSÉ CARLOS PIERI – diretor de TV procurado por João e Lauro, que querem saber da aparição de Juca Pirama na televisão
JOSÉ PLÍNIO – repórter de TV que faz a cobertura do torneio de tênis no qual Juca aparece na televisão
JOSÉ VICTOR OLIVA como ele mesmo, empresário, com Hortência Marcari, então sua mulher
KAKAO BALBINO – um dos jornalistas na TV Mundial, quando Sassá denuncia a organização criminosa, no final
KAUÊ KAJALLY – Nivaldo (locutor da Rádio Clube de Tangará)
KIKI LAVIGNE – Baianinha (prostituta do bordel de Cida Capivara, paga para se passar por Marlene)
LEDA BORBA
LEONARDO FRANCO – repórter no debate entre os candidatos à prefeitura de Tangará
LEONARDO JOSÉ – Dr. Meirelles (delegado regional)
LIA FARREL – vizinha de João e Ângela, avisa Juca Pirama que não há ninguém em casa, no início
LILA HAMDAN – secretária da Rádio Clube de Tangará
LUCA RODRIGUES – repórter do programa “Mundial Repórter”, vai a Tangará fazer um programa especial sobre Sassá
LUIZ AUGUSTO – funcionário da fábrica
LUIZ KOMANCHE – boia-fria
LUIZ WASHINGTON – mâitre
LU MARINHO
MANOEL ELIZIÁRIO – Antônio (barman do clube de Ouro Verde)
MARINO JARDIM – funcionário do clube de Ouro Verde
MARTA MORTERÁ – boia-fria
MAURO RUSSO – Luizão (um dos seguranças de João na fazenda)
MIGUEL ROSEMBERG – Oswaldo Cerqueira (advogado de Ricardo no caso da guarda do filho dele com Clotilde)
MIRA PALHETA – uma das vizinhas que testemunham as mortes de Juca Pirama e Marlene
MOZART RÉGIS JR. – jornalista da TV Ouro Verde, entrevista Sassá
MYRIAN PÉRSIA – Graça (mãe de Silvia, esposa de Jorge)
NANCY GALVÃO – Vânia (empregada de Gilda)
NELSON FREITAS – preso
NEWTON MARTINS (NILTON BARROS) – policial federal que Juca Pirama procura para tentar contato com João em La Paz
ODENIR FRAGA – Nivaldo (companheiro de cela de João na cadeia, no início)
ORION XIMENES – líder dos capangas contratados por Sassá, após ele ser eleito prefeito de Tangará
PAULO BARROS
PAULO CÉSAR PEREIO – Tião Machado (pai de Marlene)
PAULO FIGUEIREDO – Eduardo (presidente da Câmara de Vereadores de Tangará)
PELÉ como ele mesmo, em Tangará para conhecer o trabalho de Sassá frente à prefeitura
RENATO COUTINHO – delegado que investiga a morte de Verônica
REYNALDO GONZAGA – Bento Crispim (matador profissional, se passa pelo assassino de Juca Pirama e Marlene)
ROBERTO LIMA – preso
RÔMULO DEL DUQUE – repórter que entrevista Severo depois de ele anunciar a fundação da Sociedade dos Amigos de Juca Pirama
SANDRA PÊRA – uma das vizinhas que testemunham as mortes de Juca Pirama e Marlene
SANDRO SOLVIAT – personagem de um filme de terror na televisão que assusta Sassá com uma risada macabra
SILVIO POZATTO – repórter da revista Fala Brasil que publica uma matéria de capa com Sassá Mutema
SORAYA OCANHA – funcionária do aeroporto
TARCÍSIO FILHO – Otávio (candidato a marido de Marlene, mas substituído por Sassá a mando de Severo, no primeiro capítulo)
TÁSSIA CAMARGO – Marlene (amante de Severo, por armação dele, casa-se com Sassá, mas acaba assassinada)
TEREZA BRIGGS – Tereza (membro da organização, se passa por empregada para vigiar João, Ângela e Regina na fazenda)
THADEU SANTOS – operador
THELMA RESTON – Cida Capivara (cafetina do bordel de Tangará)
VICTOR BRANCO – repórter
WALMOR CHAGAS – Bispo Dom Arlindo Soares de Moura (da diocese de Ouro Verde, conversa com Sassá por telefone quando ele está preso)
WILLIAM GAVIÃO – capanga de Zen na organização criminosa
YAÇANÃ MARTINS – enfermeira da equipe médica do Dr. Lauro Brancato
YAN ZELLER – frequentador do bordel de Cida Capivara
Dadá (babá de Regina)
Débora (repórter da revista Proposta, faz uma matéria de capa com Severo)

– núcleo de SASSÁ MUTEMA (Lima Duarte), mineiro do sertão, matuto, simplório e analfabeto. Muito pobre, chega à cidadezinha de Tangará, na região de Ouro Verde, interior de São Paulo, para trabalhar como boia-fria. Participa da escola rural e se apaixona por sua professora, uma bela mulher. É usado pelos poderosos da região para abafar o adultério de um famoso deputado em época de eleição. Após um incidente, em que é injustamente acusado de assassinato, ganha popularidade e passa a ser alvo das atenções dos políticos locais, que querem manipulá-lo, transformando-o em prefeito. Apoiado por pessoas influentes, Sassá chega ao poder, mas rebela-se e conquista posição política própria, surpreendendo sempre pela sua anacrônica pureza e pela sabedoria instintiva:
a professora CLOTILDE (Maitê Proença), que chega a Tangará para lecionar na escolinha rural. Em contato com os boias-frias, ensina-os a ler enquanto colhe dados para uma tese sobre o processo de dedução lógica de adultos alfabetizados. Desperta a paixão de Sassá, e, diante de seu crescimento pessoal, passa a sentir um imenso orgulho dele
o marido de Clotilde, RICARDO RIBEIRO (Gracindo Jr.), de quem ela estava separada. Surge em Tangará a fim de uma reconciliação
o melhor amigo BODÃO (Lutero Luiz), tão simplório e matuto quanto ele.

– núcleo de SEVERO TOLEDO BLANCO (Francisco Cuoco), fazendeiro ambicioso e sagaz, fez carreira política na região, chegando a Deputado Federal. Conservador, tem um casamento formal e frio, mas educadamente mantido pelas partes. Mascara uma fachada de austeridade e moralidade. Porém, fora de casa, tem um caso amoroso que acaba descoberto pelos seus opositores. Para desviar a atenção do adultério que poderia manchar sua imagem, elege o ingênuo Sassá Mutema como o namorado de sua amante:
a mulher GILDA (Susana Vieira), inteligente, culta e fria. Mantem a fachada de um casamento exemplar, mas é conivente com a infidelidade do marido, desde que a honra da família não seja maculada. Quando Severo assume publicamente um caso com outra mulher, vai lutar pelo casamento
os filhos: RAFAELA (Narjara Turetta), vive criticando a mãe e tem uma adoração exacerbada pelo pai,
e SÉRGIO (Maurício Mattar), rapaz apático, mimado pela mãe e dominado pelo poder do pai. Não tem grandes ambições, mas é impulsionado pela família a concorrer à prefeitura da região
a nora SILVIA (Alexandra Marzo), apaixonada pelo marido, que casou com ela mais por força das circunstâncias do que por amor. É incentivada pelos sogros a impulsionar Sérgio para que assuma o seu papel político na cidade
o secretário CIRO (Marco Miranda), fiel ao patrão
o capataz NECO CARRANCA (Waldir Santanna), seu homem da confiança
a secretária de Gilda, DANIELA (Solange Theodoro), quando ela decide entrar para a política.

– núcleo de MARLENE (Tássia Camargo), moça alegre, bela e sensual, é amante de Severo, mas vê-se obrigada a se ligar a Sassá para desviar a atenção da população do caso que ela e o deputado mantinham. Acaba misteriosamente assassinada e a culpa recai sobre Sassá:
o pai TIÃO MACHADO (Paulo César Pereio), homem inescrupuloso e ganancioso, aceita dinheiro de Severo para que se cale diante do plano arquitetado para abafar o adultério do deputado.

– núcleo de BÁRBARA SOUZA TELLES (Lúcia Veríssimo), moça bonita, rica, fina, determinada e inteligente. Seu status lhe permite brincar com as pessoas. Vai ter um caso avassalador com Severo. Ao final, descobre-se que comanda uma organização ligada ao narcotráfico:
o avô HERMÍNIO (Benjamin Cattan), banqueiro em Ouro Verde. Inteligente, rico e simpático. É aliado político de Severo, mas reage duramente quando descobre a relação dele com sua neta.

– núcleo de JOÃO MATOS (José Wilker), comandante da aviação comercial, feliz no casamento e com uma filha pequena. Torna-se vítima do irmão e tem sua vida destruída: é injustamente acusado de tráfico de drogas. Na verdade, foi usado como bode expiatório. Para fugir da polícia que está em seu encalço, assume outra identidade, MIRO FERRAZ, enquanto luta para provar sua inocência e desbancar a organização criminosa da qual foi vítima:
o irmão JUCA PIRAMA (Luis Gustavo), radialista em Ouro Verde, sujeito inescrupuloso e ambicioso. Faz uso do microfone para se projetar popularmente. Moralista, acusa os poderosos da região, especialmente Severo Toledo Blanco. Envolve seu irmão em uma intriga política como bode expiatório que serve a uma organização de narcotráfico. Acaba assassinado juntamente com Marlene, pois sabia do caso da moça com Severo
a mulher ÂNGELA (Lucinha Lins), vive o dilema de amar o marido e, por pressão familiar, romper com ele ao descobrir que ele está envolvido com tráfico de drogas
a filha pequena REGINA (Natália Lage), louca pelo pai e paparicada por ele
o médico LAURO BRANCATTO (Cecil Thiré), amigo da família, sempre foi apaixonado por Ângela. Vai investir nela após a sua separação
os membros da associação criminosa, ligados a Juca Pirama: TOMÁS (Antônio Calloni), trabalhava com Juca na rádio. Incumbido de vigiar João, torna-se seu amigo e aliado, ajudando-o a desmantelar a organização,
e ZEN (Ivan Cândido), com quem Juca negociava a droga que João transportava sem saber. Mais tarde descobre-se ser chefe da organização rival à de Bárbara.

– núcleo de MARINA SINTRA (Betty Faria), inimiga política de Severo Toledo Blanco. Viúva, bela, inteligente, de personalidade forte e sensualidade contida. Adquiriu capacidade de liderança colocando-se à frente dos negócios do falecido marido. É uma líder natural das forças progressistas da região de Ouro Verde. Vai viver um intenso romance com Miro Ferraz – na verdade João Matos:
as filhas: CAMILA (Mayara Magri), moça rebelde e problemática. Antiga namorada de Sérgio, não se conforma de ter sido preterida. Ainda é apaixonada por ele e luta por essa paixão
e ALICE (Suzy Rêgo), ao contrário da irmã, é alegre, brincalhona e leva a vida muito pouco a sério
o engenheiro PAULO SILVEIRA JR. (Marcos Paulo), chega à cidade para construir uma fábrica para Marina. Charmoso, vai a se relacionar com várias mulheres, entre elas Camila, Ângela, Clotilde e Alice
o forasteiro EDUARDO CORRÊA (Cláudio Cavalcanti), mau-caráter, chega a Tangará para fazer chantagem contra Marina, explorando o que sabe sobre o seu passado. Por ela tem uma paixão antiga e recalcada
a secretária DINÁ (Aldine Müller), moça pudica, beata e reprimida sexualmente. Tudo fachada: ao final, descobre-se que seu nome verdadeiro é AÍDA e que é membro da organização criminosa
o companheiro de partido NILO ASSUNÇÃO (Flávio Migliaccio), preside o sindicato rural
o PADRE ALBERTO (José Augusto Branco), progressista, voltado para a causa dos mais humildes.

– núcleo de JOAQUIM XAVIER, conhecido como SEU QUINZOTE (Mário Lago), um senhor simpático e sonhador que vive de lembranças do passado glorioso na região. Foi um rico produtor de café, mas atualmente não consegue administrar mais seus negócios, vendo-se obrigado a vender boa parte de suas terras:
a empregada NOÊMIA (Norma Geraldy).

– núcleo da delegacia de Tangará:
o delegado PLÍNIO KOHL (Antônio Grassi), amigo de Marina, honesto e fiel cumpridor dos deveres. Encanta-se por Diná, porém ela, cumprindo a fachada de “santinha”, é sempre resistente às suas investidas
o investigador JAIME (Wálter Santos)
o cabo FIDÉLIS (João Carlos Barroso).

– núcleo do clube de Ouro Verde, frequentado por políticos e por membros da alta sociedade local, como Severo, Gilda, Hermínio e Bárbara:
o diretor SIDNEY (Cláudio Curi), amigo de Severo, encoberta seus casos amorosos
o advogado CÁSSIO MARINS (Thales Pan Chacon), inicialmente chamado à cidade por Severo para defender Sassá. O que pensa ser um caso rotineiro, depois se transforma na ponta de um iceberg de injunções políticas, sociais e policiais
o juiz da comarca GIL EANES (Tácito Rocha)
o promotor público DÉCIO DE ABREU (Nelson Dantas)
o jornalista RÉGIS DE ABREU (Eduardo Galvão), filho de Décio. Apaixona-se por Camila, mas ela o renega. Acaba casando-se por interesse com Rafaela.

– núcleo jovem, amigos de Alice, Camila, Sérgio, Silvia e Rafaela:
ZEZÉ (Marcela Muniz), MARCO ANTÔNIO (Luís Maçãs), BRAZITO (Hugo Gross), CRIS (Andréa Richa), DIRCEU (Alexandre Ackermann)
e ROBERTO AMARAL (George Otto), que, ao final, revela-se ser membro da organização criminosa, o verdadeiro MIRO FERRAZ, que todos acreditavam ser João Matos. Essa identidade fora atribuída a João pela organização rival, que acreditava ter liquidado Miro Ferraz, mas ele havia sumido com o falso nome Roberto Amaral e se infiltrado na sociedade de Ouro Verde.

Conflitos diluídos em excesso de personagens

O ponto de partida para a novela foi o Caso Especial da TV Globo O Crime do Zé Bigorna, também estrelado por Lima Duarte, escrito pelo próprio Lauro César Muniz, exibido em 1974 e transformado em filme em 1977. Sassá Mutema, o protagonista da novela, era, praticamente, uma reedição de Zé Bigorna.

Em um primeiro estágio, a boa ideia inicial foi correspondida, com uma trama consistente, bem amarrada e inteligente. Foi nesse momento que brilharam (além de Lima Duarte) Luis Gustavo e Tássia Camargo. Seus personagens morreram no capítulo 15 e a novela mudou de polo, com os conflitos dramáticos diluídos em um excesso de personagens. As situações acabaram se esvaziando a cada bloco de capítulos. Isso até surgir a fase mais infeliz: a volta de Juca Pirama (Luis Gustavo) por meio de uma rádio pirata. (“Memória da Telenovela Brasileira”, Ismael Fernandes)

Interferência do Governo

No início, o autor Lauro César Muniz declarou: “Trata-se de uma parábola sobre a liderança. Quero falar de um Brasil forte, num ano decisivo para a nossa história, quando vai surgir um presidente eleito pelo povo. Como é um ano de esperança, quero falar de um país que acredita na luz no fim do túnel.”
O título da novela expressava a preocupação do autor. Era janeiro de 1989 e começava a campanha pelas primeiras eleições diretas para presidente da República em 29 anos, tendo Fernando Collor de Mello e Luís Inácio Lula da Silva como principais candidatos. (“Memória da Telenovela Brasileira”, Ismael Fernandes)

Lauro César Muniz afirmou que teve de mudar a história de O Salvador da Pátria, porque “houve uma interferência direta de Brasília na cúpula da Globo”. Segundo ele, a trama foi considerada, “por algumas pessoas do governo”, uma apologia à candidatura do petista Lula à presidência. A declaração foi dada pelo autor em maio de 2002, na Escola de Comunicações e Artes da USP, durante a comemoração do aniversário de dez anos e da reinauguração do Núcleo de Pesquisa de Telenovela (hoje chamado de Centro de Estudos de Telenovela).

“Em 1989, já não havia mais a censura formal, mas houve uma interferência direta de Brasília na cúpula da Globo. Era o primeiro ano de eleições diretas, Lula contra Collor, e acharam que o Sassá Mutema fazia apologia à esquerda. Assim, acabou vindo uma pressão na emissora para que a trama fosse mudada. Tive de abandonar o aspecto político da história e focalizar apenas o policial”, declarou Lauro César Muniz. (Folha de São Paulo, maio de 2002)
Em outra ocasião: “Fiquei abalado, chocado, desci para a sala do Daniel Filho [diretor artístico] e ouvi no corredor um buchicho de que o ministro da Justiça [então Oscar Dias Corrêa) teria ligado para o Dr. Roberto Marinho [dono da Globo] com uma frase bombástica, absurda: ‘O autor dessa novela vai eleger o próximo presidente da República!’”

O autor não escondeu que ficou sob o fogo cruzado dos dois partidos, da direita e da esquerda. Para Flávio Ricco e José Armando Vannucci (no livro “Biografia da Televisão Brasileira”), declarou: “O PT achava que o personagem favorecia o Collor porque fazia certa chacota com o Lula por não ter ensino superior. E era justamente o contrário. Ele representava a ascensão do povo ao poder.”

Na mesma época, ia ao ar no horário das sete a novela Que Rei Sou Eu?, de Cassiano Gabus Mendes, por sua vez acusada de fazer apologia à campanha de Fernando Collor, já que enxergaram o político na figura do herói da trama, Jean-Pierre (vivido por Edson Celulari). Em seu livro “Gabus Mendes, Grandes Mestres do Rádio e Televisão”, o pesquisador Elmo Francfort afirmou que essa nunca foi a intenção de Cassiano: ele pretendia que Jean-Pierre representasse o povo brasileiro, cansado de sofrimento e querendo justiça e igualdade social a todos.

Lauro César Muniz revelou a André Bernardo e Cíntia Lopes, para o livro “A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo”, qual era a proposta inicial para Sassá Mutema na trama da novela:
“Segundo a sinopse original, Sassá Mutema seria cooptado para ser candidato a vice-presidente de um candidato com ligações com o narcotráfico. Um cartel de droga ligado a Medellín (…) O candidato a presidente, então, seria assassinado e Sassá assumiria o governo nas mãos de um grupo de narcotraficantes (…) Só que durante o processo, ele toma consciência de tudo o que está acontecendo, desmantela o cartel e se torna um bom governante. Infelizmente, não pude fazer nada disso.”

Se a novela ajudou na campanha do PT, não se sabe ao certo, mas a música tema de abertura era “Amarra o Teu Arado a uma ESTRELA” (estrela = símbolo do partido), de Gilberto Gil, futuro ministro do governo Lula (de 2003 a 2008). Na época em que gravou a música, Gil era vereador de Salvador pelo PMDB.

Sassá Mutema

Trabalho impecável de Lima Duarte, como Sassá Mutema, um de seus personagens mais populares, dos mais icônicos da história de nossa Teledramaturgia. Por sua atuação, Lima foi premiado com o Troféu Imprensa de melhor ator de 1989 (juntamente com José Mayer, pela novela Tieta).

O sobrenome do protagonista, Mutema, foi indicação de Lima Duarte. Ele revelou:
“Eu tinha no meu tempo de adolescente um amigo que se chamava Zé Mutema. (…) O que é Mutema? Muita teima, muita teima, até vencer na vida! (…) Muita teima, muita teima, virou mutema!” O personagem explicou no primeiro capítulo da novela.

A imagem de Sassá Mutema ficou marcada por um chapéu de feltro. Tudo porque o diretor Paulo Ubiratan encomendou à figurinista Helena Gastal um chapéu que parecesse um ovo.
“A roupa dele era toda em algodão rústico, meio sem forma. Achei um chapéu que ficava enfiado na cabeça e parecia a casca de um ovo. Foi realmente um achado. Acho que era isso que o Paulo queria. O mais difícil é entrar na cabeça de um diretor e ver o que ele está imaginando. Muitas vezes, ele não sabe expressar, e saem coisas como ‘o ovo’”. (*)

Juca Pirama

Luis Gustavo viveu o radialista mau-caráter Juca Pirama, um dos seus melhores momentos na televisão. O personagem saiu de cena (foi assassinato no início da trama), mas o autor o trouxe de volta. Porém, só a voz de Juca Pirama “retornou”, já que Luis Gustavo não mais apareceu na novela. De acordo com o jornal Diário Popular (de 11/08/1989), o ator se recusou a voltar a viver o personagem.

Fábio Costa, em seu livro “Novela, a Obra Aberta e Seus Problemas”, explicou: “No desenrolar da novela, o autor promoveu uma ‘volta’ do personagem como parte da trama engendrada pela organização criminosa da história. Porém, Luis Gustavo não quis voltar à cena.”
Por meio de uma rádio pirata, Juca Pirama aterrorizou os moradores de Tangará, que o julgavam morto. No último capítulo, Bárbara (Lúcia Veríssimo), a chefona da organização, mostrou um vídeo gravado revelando que um imitador fazia a voz do morto enquanto um sósia foi colocado para confundir alguns personagens.

O nome do personagem de Luis Gustavo foi sugerido pelo próprio ator. Inicialmente, seria Juca Santana. Ao ler o script da trama, Luis Gustavo perguntou a Lauro César Muniz se seu personagem poderia se chamar Juca Pirama, em referência à poesia de Gonçalves Dias “I-Juca-Pirama”, de onde o ator tirou o bordão que marcou seu personagem: “Meninos, eu vi!” (*)

A Globo foi processada pelo radialista paulistano Afanásio Jazadji, que se viu retratado à revelia na figura de Juca Pirama. Alcides Nogueira, colaborador de Lauro César Muniz, narrou ao livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia”, do Projeto Memória Globo:
“Houve um radialista muito popular em São Paulo que achou que o Juca Pirama, personagem do Luis Gustavo, estava copiando o estilo dele. E moveu um processo. (…) Foi feita uma perícia e, é claro, o juiz nos deu ganho de causa. Era algo completamente absurdo. O cara queria faturar em cima da popularidade da Rede Globo e do fato de Juca Pirama ser um personagem com grande empatia popular.”

Elenco

Descontente com os rumos de seu personagem, o ator Cláudio Cavalcanti pediu para sair da novela. Ele vivia o mau-caráter Eduardo Correa, que chantageava Marina Sintra (Betty Faria), mas que, no decorrer da trama, foi ficando sem função na história. (“Novela, a Obra Aberta e Seus Problemas”, Fábio Costa)

“Quando me ofereceram o papel do Eduardo, achei ótimo, pois após fazer uma série de personagens bonzinhos e permanecer um tempo afastado da televisão, teria a oportunidade de fazer um mau-caráter, um homem atormentado e misterioso. Só que Eduardo acabou tão misterioso que nem eu sei coisa alguma sobre ele”, disparou o ator ao jornal O Globo de 09/04/1989.
“Mas, no final, não foi nem um bom papel nem um bom personagem. Nada foi bom para o Eduardo. Não podia ser: ele passou seis meses deitado num quarto de hotel. Na verdade, o Lauro tem um grande elenco nas mãos e começou a não poder escrever para todo mundo”, disse Cavalcanti em outra entrevista, ao jornal O Dia.

Primeira novela dos atores Eduardo Galvão e Tácito Rocha, e das atrizes Suzy Rêgo, Andréa Richa e Natália Lage (com dez anos na época).

Autor afastado

O colaborador Alcides Nogueira contou que, entre os vários percalços do trabalho, Lauro César Muniz precisou internar-se para tratar de pedras na vesícula e se viu obrigado a assumir a novela sozinho durante um curto período. Pediu ajuda a Carlos Lombardi e, depois, teve a colaboração de Ana Maria Moretzsohn. (*)

Trilha sonora e abertura

A trilha sonora internacional de O Salvador da Pátria (com a foto de Maitê Proença na capa) foi o primeiro disco de novela lançado em CD e foi recordista de vendagem na época. De acordo com o livro “Teletema, a História da Música Popular através da Teledramaturgia Brasileira” (de Guilherme Bryan e Vincent Villari), foram vendidas 1.463.543 cópias. O recorde anterior era da trilha internacional da novela antecessora no horário, Vale Tudo. O recorde foi superado em 1996, pela trilha volume 1 de O Rei do Gado. O disco (+ K7 e CD) O Salvador da Pátria Internacional é, portanto, a segunda trilha de novela mais vendida da história.

A proposta da abertura da novela foi mostrar a evolução política do personagem Sassá Mutema. Em cenários giratórios, foram pintados quadros a partir de slides projetados sobre os elementos de cena, a fim de gerar o efeito “cenário dentro de cenário”. Com a câmera parada e o cenário em movimento, criou-se a ilusão de que o quadro pintado deslocava-se do cenário. Assim, um chão árido, plantações e uma paisagem campestre foram pintados sobre o cenário do interior de uma casa simples; e o Congresso Nacional (de Brasília) e uma vista espacial do planeta Terra foram pintados sobre o cenário de uma sala refinada.
Um trator e um ator representando Sassá (caminhando em uma esteira) foram gravados em chromakey e inseridos sobre as imagens finais da abertura.

Duas curiosidades sobre a abertura: em uma ação de merchandising, o trator era do fabricante Massey Ferguson; e o Sassá da abertura era o ator Breno Moroni, que já havia aparecido na abertura da novela Champagne (1983-1984) e interpretou o Mascarado em A Viagem (1994).

Repetecos

Reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo, entre 27/04 e 28/08/1998, O Salvador da Pátria foi extremamente picotada à tarde: a edição reduziu os 186 capítulos originais em 87.

Reprisada também – desta vez na íntegra – no Viva (canal de TV por assinatura pertencente ao Grupo Globo), de 12/04/2021 a 13/11/2021, às 14h15 com reapresentação à 0h45.

No exterior, a novela foi intitulada simplesmente de Sassá Mutema.

A novela foi disponibilizada no Globoplay (plataforma streaming do Grupo Globo) em 06/12/2021.

E mais

No último mês de O Salvador da Pátria, foi veiculada na novela uma campanha social sobre a Aids, com informações a respeito do tratamento dispensado às pessoas infectadas e sobre os preconceitos gerados pela doença.

Tangará, cidadezinha onde se passava parte da trama, já foi um nome usado por Lauro César Muniz para ambientar outra novela sua: O Casarão, em 1976.

(*) Site Memória Globo.

Trilha sonora nacional

01. AMARRA O TEU ARADO A UMA ESTRELA – Gilberto Gil (tema de abertura)
02. DEUS TE PROTEJA DE MIM – Wando (tema de Marina e de João)
03. O TEMPO NÃO PARA – Simone (tema de Severo)
04. DIRETO NO OLHAR – Rosana (tema de Camila)
05. ALÉM DA RAZÃO – Beth Carvalho (tema de Marina)
06. CIRANDA DO SASSÁ – Cláudio Nucci (tema de Sassá Mutema)
07. FEBRE TROPICAL – Lucinha Lins (tema de Ângela)
08. DOCE PRAZER – Walter Montezuma (tema geral)
09. JADE – João Bosco (tema de Clotilde)
10. PRA DIZER ADEUS – Wander Taffo (tema de Sérgio)
11. LUA E FLOR – Oswaldo Montenegro (tema de Sassá Mutema e Clotilde)
12. DE CORPO INTEIRO – Jane Duboc (tema de Gilda)
13. HORIZONTES – A Cor do Som (tema de João)
14. DELICIOUS – Yahoo (tema dos jovens)
15. BEM QUE SE QUIS (E PO’ CHE FA’) – Marisa Monte (tema de Bárbara e Severo)
16. TÁ NA TERRA – João Caetano (tema dos boias-frias)

Sonoplastia: Aroldo Barros
Supervisão musical: Márcio Antonucci
Produção musical: Sérgio de Carvalho

Trilha sonora internacional

01. HOLD ME INYOUR ARMS – Rick Astley (tema de Severo e Bárbara)
02. TWO HEARTS – Phil Collins (tema de Alice)
03. ONE MOMENT IN TIME – Whitney Houston (tema de Gilda)
04. I’LL BE THERE FOR YOU – Bon Jovi (tema de Ângela)
05. GIRL, YOU KNOW IT’S TRUE – Milli Vanilli (tema de locação)
06. INSIDE A DREAM – Jane Wiedlin (tema de locação: Tangará)
07. CLOSER WISH – Sarah & Leon Bishop
08. DOMINO DANCING – Pet Shop Boys (tema geral)
09. BABY I LOVE YOUR WAY – Will to Power (tema de Camila)
10. LOST IN YOUR EYES – Debbie Gibson (tema de Marina e João)
11. DEAR GOD – Midge Ure (tema de Bárbara)
12. NICE AND SLOW – George McCrae
13. JUST LIKE THE PHOENIX – Cathy Fischer
14. I BELIEVE IN YOU – Stryper (tema de Sassá Mutema e Clotilde)

Gerente de produto: Toninho Paladino
Seleção de repertório: Sérgio Motta

Tema de abertura: AMARRA O TEU ARADO A UM ESTRELA – Gilberto Gil

Se os frutos produzidos pela terra
Ainda não são
Tão doces e polpudos quanto as peras
Da tua ilusão
Amarra o teu arado a uma estrela
E os tempos darão
Safras e safras de sonhos
Quilos e quilos de amor
Em outros planetas risonhos
Outras espécies de dor

Se os campos cultivados neste mundo
São duros demais
E os solos assolados pela guerra
Não produzem a paz
Amarra o teu arado a um estrela
E aí tu serás
O lavrador louco dos astros
O camponês solto nos céus
E quanto mais longe da terra
Tanto mais longe de Deus…

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