Sinopse

Maria do Carmo fez fortuna acreditando no negócio do pai, um português humilde que progrediu trabalhando com ferro-velho. Determinada, autêntica e de personalidade forte, ela chega aos anos 1990 com os negócios ampliados e consolidados, podendo abrir uma casa de shows, a lambateria Sucata, no alto de um edifício da Avenida Paulista, de sua propriedade.

Tal poder econômico, no entanto, não faz Maria do Carmo esconder uma mágoa da juventude, quando foi humilhada por Edu Figueroa, seu amor colegial. Este, milionário no passado, atualmente enfrenta problemas financeiros ao lado do pai, o playboy Betinho, casado com a socialite Laurinha Albuquerque Figueroa, quatrocentões falidos que ainda ostentam a pose dos bons tempos.

A nova rica e cafona Maria do Carmo aproxima-se de Edu e, acenando com sua conta bancária, conquista-o para o casamento com a promessa de ajudar os Figueroa a se reerguerem economicamente em troca de uma posição na alta sociedade paulistana. Conhece então dias de terror ao enfrentar Laurinha, mulher esnobe e prepotente apaixonada pelo enteado e inconformada com essa união.

O mau casamento é acompanhado de perto por outros infortúnios. Os negócios de Maria do Carmo enfrentam a derrocada provocada pelo administrador Renato Maia, que nutre por ela um misto de amor e ódio. E ainda perde o prédio da Sucata para sua vizinha, Dona Armênia, uma mulher tresloucada que se diz a legítima proprietária do imóvel e que sonha em ver o prédio “na chon”.

Globo – 20h
de 2 de abril a 26 de outubro de 1990
179 capítulos

novela de Silvio de Abreu
escrita por Silvio de Abreu, Alcides Nogueira e José Antônio de Souza
direção de Jorge Fernando, Mário Márcio Bandarra, Fábio Sabag e Jodele Larcher
direção geral de Jorge Fernando

Novela anterior no horário
Tieta

Novela posterior
Meu Bem Meu Mal

REGINA DUARTE – Maria do Carmo Pereira
TONY RAMOS – Edu (Eduardo Figueroa)
GLÓRIA MENEZES – Laurinha Albuquerque Figueroa
DANIEL FILHO – Renato Maia
RENATA SORRAH – Mariana Szemanski
RAUL CORTEZ – Jonas Queiroz Scott
ARACY BALABANIAN – Dona Armênia (Armênia Giovanni)
PAULO GRACINDO – Betinho (Alberto Figueroa)
ANTÔNIO FAGUNDES – Caio Szemanski
CLÁUDIA RAIA – Adriana Ross (Adriana Albuquerque Figueroa)
CLÁUDIA OHANA – Paula Ramos
MAURÍCIO MATTAR – Rafael
PATRÍCIA PILLAR – Alaíde
MARISA ORTH – Nicinha (Eunice Moreira)
CLEYDE YÁCONIS – Isabelle de Brésson
NICETTE BRUNO – Neiva
GIANFRANCESCO GUARNIERI – Saldanha (Irineu Saldanha)
LOLITA RODRIGUES – Lena
ANDRÉA BELTRÃO – Ingrid
MARCELLO NOVAES – Geraldo
GERSON BRENNER – Gerson
JANDIR FERRARI – Gino
FLÁVIO MIGLIACCIO – Seu Moreiras (Osvaldo Moreira)
ANDRÉ FILLIPPI – Maneco (Manuel Muniz de Souza)
MÔNICA TÔRRES – Guida
PAULO REIS – Guga
ALDINE MÜLLER – Ângela
IVAN CÂNDIDO – Franklin
PAULO GUARNIERI – Sérgio
MARIA HELENA DIAS – Samira
JOSÉ AUGUSTO BRANCO – Ademar
DILL COSTA – Vilmar

e
ADILSON BARROS – assaltante
AGNALDO RAYOL como ele mesmo, canta no casamento de Nicinha e Maneco
AGUINALDO ROCHA – Cristiano
ALCÍRIO CUNHA – psiquiatra que trata de Mariana na clínica em que Renato a internou
ALEXANDRE LIPIANI – policial civil que atende em uma delegacia
ALFREDO MURPHY – delegado
ANA CAROLINA AGUIAR – namorada de Edu na adolescência
ANDERSON MÜLLER – acessor de Rebello
ANDRÉ BARROS – Denis (funcionário da Do Carmo Veículos que, a mando de Renato, frauda um documento para prejudicar Dona Armênia)
ANDRÉ GONÇALVES – filho do dono da vaca que Renato coloca na pista para atrapalhar a corrida de Edu
ANJA BITTENCOURT – vendedora da loja onde Laurinha compra chocolates para Betinho
AURICÉIA ARAÚJO – secretária de Ademar
BEATRIZ LYRA – prima de Neiva
BRENO BONIN
CARINA POLATNIK – acompanhante de Edu
CARLOS GREGÓRIO – pai de Renato, assassinado por Onofre na frente dele (em flashback)
CARLOS KROEBER – Conde Giacomo di Lampedusa
CARLOS ZARA – Olegário
CASTRO GONZAGA – jornalista, trabalha com Paula
CATALINA BONAKI – interna na clínica psiquiátrica onde Renato internou Mariana
CAZARRÉ – militar
CHAGUINHA – Germano
CLARITA STEINBERG – tia de Caio e Mariana
CLAUDE HAGUENAUER – Julien Sorel
CLÁUDIA NETTO – empregada vesga, amiga de Alaíde que vai com ela a uma lambateria
CLÁUDIO AYRES – investigador de polícia
CLÁUDIO CAVALCANTI – delegado que investiga a morte de Laurinha
CLÁUDIO CORRÊA E CASTRO – Dr. Rogério (advogado, esclarece Renato sobre os direitos de Mariana na herança de Onofre)
DÉBORA CATALANI – jornalista
DELANO AVELAR – rapaz na festa do colégio, quando Maria do Carmo é humilhada, no início
DIOGO VILELA como ele mesmo, no show de reinauguração da Sucata estrelado por Adriana, ao final
DUDA MAMBERTI – agente de viagens
EDGARD AMORIM – colega de trabalho de Paula, no jornal
EDSON SILVA – Profº Palhares (técnico que prova ser falsa a assinatura de Dona Armênia na escritura da venda do terreno da Av. Paulista)
ELIAS ANDREATTO – assaltante
ELIZABETH GASPER – mulher de Gouveia, aparece com ele no aeroporto quando ele tenta fugir de Edu
EMILIANO QUEIROZ – diretor do colégio
ÊNIO SANTOS – delegado
FELIPE WAGNER – Lourival Freitas/Fontes (detetive contratado por Isabelle para lhe dar informações sobre Jonas)
FERNANDA MONTENEGRO – Salomé Szemanski (mãe de Caio e Mariana, tinha um caso com Onofre, morre no início)
FERNANDO AMARAL – Dr. Juarez (médico)
FERNANDO JOSÉ – delegado em Santana
FERNANDO WELLINGTON – vendedor que atende Lena e Neiva na compra de um freezer
GABRIELA DUARTE – repórter que entrevista Edu em uma coletiva, no relançamento de seu carro
GILBERTO MARTINHO – Geraldo Gomes (especialista em corridas de carros)
GISELE FRÓES – enfermeira
GRACINDO JÚNIOR – delegado que prendeu Maria do Carmo por ela ter atirado em Edu
GUSTAVO GASPARINI – fotógrafo que trabalha com Paula, com ela invade o prédio da Sucata na provável implosão deste
HEMÍLCIO FRÓES – Muniz (comerciante a quem Maria do Carmo vende suas joias para financiar o carro de Edu)
HENRI PAGNONCELLI – Aranha (advogado da Do Carmo Veículos)
HILDA REBELLO – Dona Jorgina (vizinha de Maria do Carmo em Santana)
HUMBERTO MARTINS – Osvaldinho (ajuda Maria do Carmo a comprar as ações da Do Carmo Veículos sem que Renato fique sabendo quem é o comprador)
IBAÑEZ FILHO – tabelião, testemunha na audiência da disputa entre Dona Armênia e Neiva
ILKA SOARES – Júlia (socialite amiga de Laurinha e Betinho, mulher de Alberico)
INÊS GALVÃO – Manon (prostituta que Renato mata na noite do casamento de Maria do Carmo)
IVAN MESQUITA – Gouveia (empresário que comercializa os carros de Edu e lhe dá um golpe)
JAIME LEIBOVITCH – juiz
JORGE CAETANO – empregado da Sucata
JORGE CHERQUES – Cyro Laurenza
JORGE DÓRIA – Alberico (amigo de Laurinha e Betinho, marido de Júlia)
JORGE FERNANDO – Rebello (diretor dos shows de inauguração e reinauguração da Sucata)
JOSÉ STEIMBERG – juiz de paz que casou Maria do Carmo e Edu
KÁTIA BRONSTEIN – colega na aula de dança que implica com Adriana
KEN KANECO – engenheiro responsável pela implosão do prédio da Sucata, sempre ao lado de Dona Armênia
LAURA CARDOSO – mãe de Renato
LEONARDO JOSÉ – Itamar
LÍCIA MAGNA – serve na casa de Maria do Carmo, no churrasco em que são convidados Laurinha e Betinho
LIMA DUARTE – Onofre Pereira (pai de Maria do Carmo, morre no início)
LUIZ RAMALHO – Coruja
MARCELO MANSFIELD – garçom
MÁRCIO ERLISCH – Alexandre Vidigal (acionista da Do Carmo Veículos)
MARCO MIRANDA – vendedor de jóias de quem Edu compra um presente para Maria do Carmo
MARCOS MANZANO – Otávio (convidado em um jantar oferecido por Laurinha)
MARCUS ALVISI – Giuliano Laurenza (filho de Cyro Laurenza, joga golfe com Caio)
MARIA AUGUSTA – empresária
MARÍLIA PÊRA como ela mesma, como estrela do show de inauguração da Sucata
MARILU BUENO – socialite
MÁRIO GOMES – Clóvis (pai dos filhos de Vilmar)
MÁRIO LAGO – Dr. Almeida (médico de Betinho)
MÁRIO PETRAGLIA – Gervásio (motorista dos Figueroa, no início)
MIGUEL ROSEMBERG – Dr. Zimbalista
MILTON ANDRADE – tio de Caio e Mariana
MILTON MORAES – Vicente
MOACYR DERIQUÉM – Marcelo Ramos (advogado dos Figueroa)
NELSON FREITAS – comprador do avião da escola de Dona Armênia
NESTOR DE MONTEMAR – Giorgio (costureiro que faz o vestido de noiva de Adriana)
NEUZA AMARAL – Dalva (presidiária que revela o passado de Laurinha a Maria do Carmo)
NEUZA BORGES – carcereira que humilha Maria do Carmo e Dalva, na cadeia
NILDO PARENTE – diretor do jornal onde trabalha Paula
NORIVAL RIZZO – funcionário do cemitério
ORION XIMENES – barman do cassino frequentado por Renato
OSWALDO LOUZADA – Tião (funcionário mais antigo da Do Carmo Veículos que fala em nome dos outros quando Maria do Carmo tem que deixar a empresa)
PAULO BRAME como ele mesmo, leiloeiro
PAULO PINHEIRO – Abílio
PAULO REZENDE – vizinho de Maria do Carmo em Santana
REGINALDO FARIA – Edson Paes de Melo (novo namorado de Paula, no final)
RENATO COUTINHO – Olegário (acionista da Do Carmo Veículos)
ROMEU EVARISTO – cliente reclamão do La Bodeguita, restaurante de Lena e Neiva
ROSELY SILVA – recepcionista
ROSITA TOMAZ LOPES – Estela (socialite amiga de Laurinha)
RUTH DE SOUZA – juíza
SEBASTIÃO LEMOS – Joel (contador da Do Carmo Veículos)
SERAFIM GONZALEZ – Gianlucca Muniz de Souza (pai de Maneco)
SILVIA BANDEIRA – Heloísa (organiza o casamento de Maria do Carmo e Edu)
SILVIO POZATTO – vai à Do Carmo Veículos para mostrar uns tecidos para o casamento de Maria do Carmo
SORAYA RAVENLE – atendente de uma clínica, onde Lena descobre que Saldanha é casado
STÊNIO GARCIA – mendigo
SUELY FRANCO – prima de Neiva
TESSY CALLADO – hostess na reinauguração da Sucata, no final
THELMA RESTON – enfermeira na clínica psiquiátrica em que Renato internou Mariana
TOTIA MEIRELES – prostituta que Renato coloca junto de Julien Sorel para o distrair
TUCA ANDRADA – iluminador da Sucata
VINÍCIUS SALVATORE – advogado de Gouveia
ZENI PEREIRA – Mãe Mercedes

– núcleo de MARIA DO CARMO (Regina Duarte), bonitona, despachada, inteligente, de personalidade forte. Emergente, possui vários negócios. De origem humilde, fez fortuna com o pai a partir de um ferro-velho – daí o apelido “rainha da sucata”, ou “sucateira” – e tornou-se uma empresária de sucesso. Abriu uma lambateria, a Sucata, no alto de um edifício na Avenida Paulista, de sua propriedade. Quer conquistar a alta sociedade paulistana e percorre um longo caminho de mudanças e adaptações até que isso aconteça. Romântica, às vezes é cômica, outras é trágica:
os pais: ONOFRE PEREIRA (Lima Duarte, participação), português no Brasil há muitos anos. Esperto negociante, prosperou com seu ferro-velho. Bom, até que se descubram as suas falcatruas. Morre no início da trama,
e NEIVA (Nicette Bruno), viúva, portuguesa como o falecido marido. Descobre durante o enterro dele que a traía com sua vizinha, fato que a deixa profundamente traumatizada
o advogado ADEMAR (José Augusto Branco), vai prestar serviços de ordem jurídica durante a trama.

– núcleo de EDU FIGUEROA (Tony Ramos), paixão de adolescência de Maria do Carmo, com quem ela estudou no colegial. Playboy, fino, elegante, cobiçadíssimo outrora, hoje falido. Tem paixão por automobilismo e carros de luxo. A família, de origem quatrocentona, está na penúria financeira. Maria do Carmo o conquista acenando sua conta bancária: um casamento põe fim aos problemas financeiros e ela ainda realiza o seu sonho de construir o carro que tanto deseja. Os dois se casam, mas ele não a ama. O fracasso do casamento é inevitável:
o pai BETINHO (Paulo Gracindo), figura proeminente na sociedade paulistana. Não tem o pé na realidade, vive das lembranças do passado glorioso e farto e faz pouco caso da situação financeira ruim. Mas é dono de um coração boníssimo. Descobre que está doente e que precisa se cuidar melhor, mas se recusa a aceitar também essa realidade. Morre no decorrer da trama
a madrasta LAURINHA ALBUQUERQUE FIGUEROA (Glória Menezes), segunda mulher de Betinho. Socialite elegantíssima, arrogante e esnobe. Muito mais nova do que o marido, nutre uma paixão recolhida e proibida pelo enteado. Inescrupulosa, joga com todas as armas para conseguir o que quer e manter as aparências. É dela a ideia de unir Edu e Maria do Carmo para salvar a família da falência total. Mas logo se arrepende, pois morre de ciúmes e tem ódio de sua rival
os irmãos por parte de pai, filhos de Laurinha, que saíram de casa por não suportarem o estilo de vida dos pais: ADRIANA (Cláudia Raia), bailarina bonita, atrapalhada e divertida. Ansiosa, não consegue acertar na profissão que escolheu, então topa qualquer parada para não ter que voltar para a casa dos pais. Sonha com shows da Broadway e neles se vê como a estrela perfeita
e RAFAEL (Maurício Mattar), piloto de avião e instrutor de paraquedismo. De espírito livre, cuca fresca, bonito, mulherengo e meio irresponsável
a tia, ISABELLE DE BRÉSSON (Cleyde Yáconis), irmã de Betinho, amiga e comparsa de Laurinha em suas armações. Já foi muito rica, pelos vários casamentos milionários. No momento, sem marido e sem renda, chega da França, sua última moradia, e se instala na casa do irmão. Fútil e inconsequente, não tem o lado mau de Laurinha, mas também é capaz de maldades
a prima INGRID (Andréa Beltrão), filha de Isabelle. Viva, esperta, curiosa, animada, de ótimo caráter, expõe suas ideias e influencia as pessoas
a cozinheira LENA (Lolita Rodrigues), está com a família desde os tempos de fartura. Submissa e leal, defende a patroa Laurinha em qualquer circunstância e está sempre à mão para servir
a filha de Lena, ALAÍDE (Patrícia Pillar), ajuda a mãe na casa, é arrumadeira. Estuda à noite e sonha mudar de vida. Garota alegre, mas revoltada, não leva desaforo para casa e não suporta o jeito submisso da mãe com os patrões. Vai viver um romance com Rafael, para o desespero de Lena. Ao longo da trama, descobre-se que é filha de Betinho e que Rafael foi fruto de uma traição de Laurinha, o que possibilita o envolvimento dos dois
o mordomo JONAS (Raul Cortez), misterioso. Sempre simpático e gentil, é um homem de classe e charmoso. Ninguém entende por que serve aos Figueroa, já que possui um currículo invejável e aceitou trabalhar na mansão sem garantias de receber salário. Foi amante de Isabelle no passado, segredo que eles guardam a sete chaves
o amigo GUGA (Paulo Reis), companheiro de farras e corridas de carro
a mãe dos filhos de Rafael, VILMAR (Dill Costa), dançarina, mulata bonita. Viveu com Rafael, com quem tem dois filhos pequenos, mas os pais dele nunca ficaram sabendo dessa união. Atualmente está separada e vive brigando com ele pelo sustento dos filhos
a namorada no início, PAULA (Cláudia Ohana), amiga de Adriana com quem divide um apartamento. Jornalista dinâmica, inteligente e competente. Ao final, descobre-se que é filha de Jonas.

– núcleo de RENATO MAIA (Daniel Filho), administrador das empresas de Maria do Carmo, gerente e idealizador da casa de shows Sucata. Homem charmoso e elegante. Esperto e absolutamente mau-caráter, sem transparecer. Vive cheio de planos e faz qualquer negócio para conseguir os seus intentos. Nutre por Maria do Carmo, sem que ela perceba, um sentimento doentio que vai do amor ao ódio extremos. Homem perigoso:
a secretária GUIDA (Mônica Torres), com quem mantem um caso
os cúmplices em seus golpes FRANKLIN (Ivan Cândido) e ÂNGELA (Aldine Müller), trabalham para ele.

– núcleo de DONA ARMÊNIA (Aracy Balabanian), vizinha da família de Maria do Carmo, dona da escola de paraquedismo na qual Rafael trabalha. Como o nome diz, descende de armênios. Viúva, foi casada com um italiano e tem três filhos que tenta dominar a todo custo. Exagerada, passional, extravagante e tragicômica, é capaz das piores chantagens emocionais para ter os filhos sempre debaixo de suas asas. Sente ciúmes de toda mulher que se aproxima deles. Aceita o namoro de Maria do Carmo com seu filho mais velho, já que ela é rica e isso pode lhe trazer benefícios. Quando ela rompe com o rapaz, Armênia se volta contra ela. Tem certeza que o terreno na Avenida Paulista onde está o prédio da Sucata lhe pertence e fará de tudo para tê-lo. Seu maior desejo é ver o prédio na chon:
os filhos, que disputam entre si o amor de Ingrid: GERSON (Gerson Brenner), o mais velho, namorado de Maria do Carmo no início. Um tipo bonitão, atleta e pouco inteligente. Custa a superar o fim do namoro com a “sucateira”,
GERALDO (Marcello Novaes), o mais esperto, gosta de levar vantagem em tudo. Sempre foge das encrencas que arruma e deixa a bomba e a mãe estourarem em cima dos irmãos,
e GINO (Jandir Ferrari), o caçula, o mais romântico e fechado. Tem um romance misterioso que esconde de todos, do qual só se veem bilhetes, telefonemas e presentes.

– núcleo dos irmãos Szemanski, filhos de SALOMÉ (Fernanda Montenegro, participação), vizinha da família de Maria Carmo que foi amante de Onofre, com quem teve dois filhos e ninguém sabia. Nem os filhos sabiam da paternidade. Morre no início, durante o enterro de Onofre, após fazer um escândalo: revelou a verdade e teve uma síncope:
CAIO (Antônio Fagundes), arqueólogo e professor. Tímido, gago e introspectivo. Não consegue fazer duas coisas ao mesmo tempo, sempre se atrapalha. Mesmo noivo, acaba se envolvendo com Adriana, com quem vai viver um divertido romance,
e MARIANA (Renata Sorrah), bibliotecária introspectiva e romântica. Sempre amou Renato em segredo, o idealizando como um galã de Hollywood. A descoberta de que ela e Caio são filhos de Onofre traz à tona uma trama maquiavélica de Renato para se apoderar da herança do velho. Por isso envolve Mariana e se casa com ela. Jonas, apaixonado, tenta a todo custo demovê-la dessa ideia, a fim de protegê-la de Renato.

– núcleo de NICINHA (Marisa Orth), vizinha de Maria do Carmo, Dona Armênia e dos irmãos Szemanski. No início, noiva de Caio. Caprichosa, mandona e exigente com todos, principalmente com o noivo, de quem é namorada desde criança. Pudica, se veste como uma carola e é hipócrita, falsamente moralista. Quando Caio a troca por Adriana, muda drasticamente. Torna-se a “biscate” do bairro. Provocante e sensual, dá em cima de todos os homens. Não quer mais ser a noiva, mas “a outra” na vida de Caio:
o pai SEU MOREIRAS (Flávio Migliaccio), verdureiro do bairro. Um tipo desleixado e cômico, meio ingênuo e bobalhão. Não se conforma da filha ter ficado “falada” na vizinhança. É apaixonado por Dona Armênia e vive dando em cima dela, em vão
o playboy MANECO (André Fillippi), ex-noivo de Adriana. Ricaço inconsequente com quem se envolve para peitar Adriana.

– núcleo de SALDANHA (Gianfrancesco Guarnieri), senhor simples e romântico, trabalha na empresa de Maria do Carmo. Conhece Neiva e se apaixona de verdade por ela, que resiste muito a se envolver com um novo homem após a morte do marido:
o filho SÉRGIO (Paulo Guarnieri), rapaz problemático com quem vive brigando. Quer impedir o envolvimento do pai com Neiva
SAMIRA (Maria Helena Dias), turca. Inimiga de Dona Armênia, fora amante do marido dela. Enlouquece de paixão Sérgio e Gino. É ela a amor misterioso de Gino.

Drama e comédia

Silvio de Abreu era convocado a fazer rir no horário nobre depois de sucessivos êxitos às sete da noite. Contudo o autor constatou que o horário nobre não era exatamente o espaço para comédia e, ainda que ironizando sobre os novos-ricos e a decadência das elites brasileiras, transformou a novela em um grande e irresistível drama.

Daniel Filho – então diretor artístico da Globo e, como ator, vivendo o personagem Renato Maia na trama – mencionou em seu livro O Circo Eletrônico:
“Não existe regra para o sucesso, mas alguns aspectos são fundamentais. Temos que ser simples na maneira de apresentar a história (…) Quando a novela abre com muitos personagens, confunde o espectador (…) Rainha da Sucata é um exemplo disso. Com um elenco estelar e várias tramas paralelas, Silvio de Abreu (…) não queria perder a sua marca, a comédia (…) Resultado: a mistura de gêneros tumultuou o início da novela. (…) Onde terminava a comédia e iniciava o drama? (…) O público reagiu, no início, com audiência abaixo do desejável. Detectado o problema, Silvio definiu bem os núcleos. Dividiu o humor, o drama e o romance, conseguindo atingir níveis excelentes nos números de audiência. (…) Agora Rainha da Sucata é lembrada como bem-sucedida, mas nós sabemos do sufoco que foi no começo.”

No decorrer dos trabalhos, o irmão mais velho de Silvio de Abreu, Ubaldo, ficou muito doente, vindo a falecer. O autor pediu ajuda na roteirização ao amigo Gilberto Braga, que o fez colocar a novela em ordem e escreveu nove capítulos, fazendo significativos ajustes na forma de contar a história.
“Ele me ajudou a formatar a novela. Como estava assistindo, apontou os erros e o que precisava ser feito. Separamos os núcleos de comédia e drama e conseguimos achar uma comunicação boa com o telespectador”, declarou Silvio a Flávio Ricco e José Armando Vannucci, para o livro “Biografia da Televisão Brasileira”.

Rainha da Sucata x Pantanal

Não foi apenas a mistura de drama e comédia que inicialmente confundiu o público. Rainha da Sucata estreou em meio a uma forte campanha negativa da mídia. Primeiro por causa do Plano Collor (explicado abaixo) e, depois, porque a mídia preferiu endossar as novidades da novela Pantanal, da TV Manchete, lançada na mesma época e com grande repercussão.

Há de se ressaltar que Pantanal não concorria diretamente com Rainha da Sucata no horário: a novela da Manchete só começava depois que terminava a novela da Globo.
Para enfrentar Pantanal, a Globo lançou, em outubro de 1990, às 21h30, a novela Araponga (uma sinopse de Dias Gomes), inicialmente pensada para substituir Rainha da Sucata às oito da noite.

Parte da estratégia da Globo para diminuir a audiência de Pantanal foi desenvolvida com o aumento gradual da duração dos capítulos de Rainha da Sucata.
Silvio de Abreu desabafou para o livro “Biografia da Televisão Brasileira”: “As duas nunca concorreram, mas a imprensa só publicava comparações. Tinha noites que eu chegava aos 70 pontos de pico e mais tarde o Benedito atingia 40. Aí só falavam dele!”

Durante a exibição da novela, a Globo também decidiu acabar com as “cenas do próximo capítulo”, comprovado que, durante o intervalo entre o final do capítulo e a rápida edição que antecipava cenas que seriam apresentadas no dia seguinte, o público mudava de canal para a Manchete (para assistir Pantanal) e não voltava para a Globo. A emissora passou a encerrar a novela em seu clímax e jogar no ar, direto, a programação seguinte.

Plano Collor

Rainha da Sucata estreou em plena efervescência do sumiço do dinheiro por meio do polêmico plano econômico do recém-eleito presidente da República Fernando Collor de Mello. E os fatos entraram no cotidiano dos personagens com muita propriedade. O autor comentou em entrevista:

“Entrei no horário das vinte horas com uma novela de enorme aparato e grandes estrelas. Foi na época em que o Collor assumiu a presidência e prendeu o dinheiro de todo mundo, e todos estavam com raiva dele. Por uma enorme coincidência, a novela tratava do dinheiro que estava mudando de mão no país. Era a história de uma família fina e tradicional, sem dinheiro, e uma família cafona, com muito dinheiro. Eu já havia escrito uns 30 capítulos, e os primeiros estavam gravados. Na trama todos negociavam com dólar, aplicavam no over e isso tinha acabado. E eu precisei reescrever os capítulos iniciais para a novela estrear dentro da nova realidade econômica do país. Isso aconteceu numa quarta-feira, e a novela estreou na segunda-feira seguinte falando sobre o dinheiro preso e os personagens reclamando. No outro dia, os jornais publicaram que a Rede Globo já sabia do Plano Collor e não avisou o público, pois até a novela das oito falava no plano. Isso criou uma má vontade espantosa com a novela.”

Os capítulos foram reescritos e regravados para inserir os personagens dentro da nova realidade econômica do país. E também para não repetir o ocorrido em Cambalacho (1986), do mesmo autor, que estreou com os personagens fazendo referências a quantias em cruzeiros e a tela apresentando a legenda que convertia os valores para cruzados, nova unidade monetária do Brasil que entrou em vigor no período entre o início das gravações da novela e a estreia. (“Novela, a Obra Aberta e Seus Problemas”, Fábio Costa)

Elenco

Regina Duarte e Glória Menezes, mesmo no excesso de cafonice de Maria do Carmo e no excesso de finesse de Laurinha Figueroa, colocaram suas personagens entre as mais marcantes da história de nossa Teledramaturgia. Os nomes de Regina e Glória abriam os créditos da abertura da novela, mas alternavam diariamente a ordem de aparição na tela.

As roupas extravagantes de Maria do Carmo viraram moda na época. Entre os adereços mais desejados pelas mulheres estavam os chapéus, os laçarotes para cabelo e as bolsas Chanel com alças de corrente. (*)

O destaque maior no elenco foi Aracy Balabanian em sua memorável criação: Dona Armênia, mãe passional no trato com “seus três filhinhas”, de visual extravagante e sotaque carregado que misturava armênio e português. Para provar sua autoridade como proprietária do edifício da Sucata na Avenida Paulista, resolveu promover a implosão, fazendo todo o público rir com o seu hilariante bordão “Quero esse prédio na chon!”

Na ideia original de Silvio de Abreu, Dona Armênia seria uma mamma italiana, Dona Giovanna. Silvio queria Nair Bello no papel, mas a atriz não pôde aceitar porque, na época, estava comprometida com o SBT. Foi com a recusa de Nair que surgiu o convite a Aracy Balabanian e a mudança de nacionalidade e nome da personagem: Armênia, aproveitando as origens da atriz. Aracy nasceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, filha de armênios que vieram para o Brasil fugindo da Primeira Guerra Mundial. Dessa forma, a atriz pôde emprestar o sotaque e alguns costumes de seu povo de origem à sua personagem. (*)

O sucesso de Dona Armênia foi tanto que Silvio de Abreu “ressuscitou” a personagem e seus três filhos (vividos por Marcello Novaes, Gerson Brenner e Jandir Ferrari) em sua próxima novela, Deus nos Acuda, em 1992.

Outro bordão de sucesso, que caiu na boca do povo e é lembrado até hoje: “Coisas de Laurinha!”, proferido por Betinho (Paulo Gracindo), sempre se referindo à mulher, Laurinha Figueroa.

O público se divertiu com o triângulo amoroso formado por Cláudia Raia, Antônio Fagundes e Marisa Orth: a desastrada Adriana (a “bailarina da coxa grossa”), o gago Professor Caio Szemanski e Nicinha (o “purgante”, mais tarde a “biscate”).
Era a estreia de Marisa Orth como atriz na televisão e ela foi eleita pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) a revelação feminina na TV em 1990.

Primeira novela na Globo do ator Gerson Brenner e da veterana atriz Cleyde Yáconis.

Participação especial de Marília Pêra, interpretando ela mesma. A atrapalhada bailarina Adriana (Cláudia Raia) entrava em seu espetáculo (real) “Elas Por Ela”, na inauguração da casa de shows Sucata. Jorge Fernando (diretor da novela) também apareceu, como o diretor do espetáculo de Marília (que de fato era).

O músico Guilherme Dias Gomes, filho de Janete Clair e Dias Gomes, era quem dublava Daniel Filho nas cenas em que seu personagem, Renato, tocava trompete. (*)

Inspiração no cinema

No início da novela, a cena em que Maria do Carmo é humilhada no baile de finalistas do liceu – em que lhe jogaram lixo no momento em que foi coroada rainha da festa – foi inspirada no clássico de terror Carrie, a Estranha (de Brian De Palma, 1976). No filme, a protagonista era coberta com sangue de porco.

Como passar dos anos, a mesma referência foi usada em outras novelas, como Chocolate com Pimenta, de Walcyr Carrasco (2003-2004), em que a personagem Ana Francisca (Mariana Ximenes) passava pela mesma humilhação.

Locações e cenografia

Rainha da Sucata foi a primeira novela do horário das oito da noite da Globo ambientada na capital paulista. Antes dela, por muito tempo apenas o Rio de Janeiro (matriz da Globo) serviu de locação para as tramas das novelas do horário nobre. Esporadicamente, alguma cidade fictícia do interior do país (como em Roque Santeiro, O Salvador da Pátria e Tieta).
Paulistano, Silvio de Abreu já mostrava São Paulo em suas novelas das sete horas (Jogo da Vida, Guerra dos Sexos, Cambalacho e Sassaricando).

Na trama de Rainha da Sucata, os principais cenários estavam nos bairros de Santana, na Zona Norte, onde moravam Maria do Carmo e seus vizinhos pobres, e do Jardim Europa, na Zona Sul, onde morava a rica (mas falida) família Albuquerque Figueroa.
Construída em Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro, a cidade cenográfica reproduziu um quarteirão de Santana e a mansão dos Figueroa, do Jardim Europa.
Um dos destaques dos cenários de estúdio era a mesa do escritório de Maria do Carmo, feita com a parte da frente de um Chevrolet 1958. (*)

O prédio que serviu de fachada para o edifício na Avenida Paulista onde, na trama, ficava a Sucata (que Dona Armênia queria ver na chon e do qual Laurinha Figueroa se jogou no final) é o Cetenco Plaza, localizado na Avenida Paulista 1842 (na esquina da Alameda Ministro Rocha Azevedo). O belo edifício, todo espelhado, tem uma torre idêntica, onde funciona o Tribunal Regional Federal. As cenas para a novela foram gravadas no Cetenco Torre Norte, o mais próximo ao restaurante Spot. É possível ver entre o 18º e 19º andares, na face de frente ao Spot, as marcas de parafuso do totem da Sucata, instalado de verdade no prédio especialmente para as gravações.

A cena do suicídio de Laurinha, em que ela se joga do alto do prédio da Sucata, arrancando um brinco de Maria do Carmo para incriminá-la, é uma das mais marcantes da novela. A gravação exigiu muita habilidade de toda a equipe para mesclar o material captado em estúdio com o realizado em externa, na Avenida Paulista. Um boneco com o peso aproximado da atriz Glória Menezes foi utilizado para a queda e a gravação aconteceu sob forte esquema de segurança e sigilo, para que nenhum detalhe vazasse para a imprensa. (“Biografia da Televisão Brasileira”, Flávio Ricco e José Armando Vannucci)

Abertura

A abertura da novela – desenvolvida pelos designers Hans Donner e Nilton Nunes – exibia uma boneca de sucata (com cabeça de ventilador, cabelos de mola, pés de ferro de passar, tórax de balde e quadril de bacia de alumínio) dançando com bailarinos reais ao som da música “Me Chama que Eu Vou”, uma lambada cantada por Sidney Magal que consagrou o ritmo no país e até hoje remete à novela.

Na onda da novela, lambaterias e aulas e concursos de lambada proliferaram Brasil afora.

Repetecos

Rainha da Sucata foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo, entre 28/02 e 16/09/1994.
Durante a exibição da novela na faixa, o programa Vídeo Show deixou de ser semanal a passou a ser exibido diariamente (a partir de 11/04/1994), empurrando a exibição do Vale a Pena – que antes era após o Jornal Hoje e passou a ser após o Vídeo Show.

Reapresentada também no Viva (canal de TV por assinatura pertencente ao Grupo Globo) entre 21/01 e 27/09/2013, à 0h15 com reprise ao meio-dia do dia seguinte.

Em 2015, a Globo Marcas lançou o box de DVD de Rainha da Sucata, com 12 discos.

* Site Memória Globo.

Trilha sonora nacional

01. ME CHAMA QUE EU VOU – Magal (tema de abertura)
02. FOI ASSIM – Wanderléa (tema de Maria do Carmo e Edu)
03. CORAÇÃO PIRATA – Roupa Nova (tema de Maria do Carmo)
04. CIGANO – Djavan (tema de Renato)
05. PRÓXIMA PARADA – Marina (tema de Rafael e Alaíde)
06. A MAIS BONITA – Maria Bethânia (tema de Laurinha)
07. NA CAPTURA – Ary Sperling (tema de locação)
08. COISAS DA VIDA – Milton Nascimento (tema de Edu)
09. NUA IDÉIA – Gal Costa (tema de Caio)
10. MENINOS & MENINAS – Legião Urbana (tema de Paula)
11. MAIS VOCÊ – Ritchie (tema de Adriana)
12. LANTERNA DOS AFOGADOS – Os Paralamas do Sucesso (tema de Ingrid)
13. NAQUELA ESTAÇÃO – Adriana Calcanhoto (tema de Mariana)
14. EM BUCA DO AMOR – Ary Sperling (tema de Neiva)

Sonoplastia: Jenny Tausz
Direção e produção musical: Mariozinho Rocha

Trilha sonora internacional

01. INTO MY LIFE – Colin Haye Band (tema de Rafael)
02. ALL AROUND THE WORLD – Lisa Stansfield (tema de Adriana)
03. REBEL IN ME – Jimmy Cliff (tema de Edu e Maria do Carmo)
04. LISTEN TO YOUR HEART – Sonia (tema de locação – São Paulo)
05. COME BACK TO ME – Janet Jackson (tema de Paula)
06. FOREVER – Kiss (tema de Ingrid)
07. INSIDE OF YOU – Howard Thomas & Sarah Bishop (tema de locação – edifício da Sucata)
08. MY ROMANCE – Carly Simon (tema de Laurinha)
09. SEND ME AN ANGEL – Real Life (tema de Nicinha)
10. VISIONS OF LOVE – Mariah Carey (tema de Edu)
11. IT HAD TO BE YOU – Harry Connick Jr. (tema de Renato e Mariana)
12. BLUE – Geoffrey Williams (tema de Alaíde)
13. REVE D’AMOUR – Nuages (tema de Isabelle)
14. TOO MANY LONELY HEARTS – Petula Clark (tema romântico geral)

Gerente de produto: Toninho Paladino
Seleção de repertório: Sérgio Motta

Trilha sonora complementar: Lambateria Sucata

01. PRETA – Beto Barbosa
02. CONVERSA BONITA – Fafá de Belém
03. BOM SUAR – Moraes & Pepeu
04. MARACANGALHA – Gerônimo
05. BEIJO NA BOCA – Magal
06. GIRA, GIRA PIÃO – Dido Oliveira
07. MELÔ DA SUCATA – Grupo Sucata
08. OURO PURO – Elba Ramalho
09. PAIXÃO E LOUCURA – Jorge de Altinho
10. SABOR DE PECADO – Angel
11. VEM LAMBADEAR COMIGO – Banana Split
12. LOURINHA – José Orlando
13. MARMELADA (BAS MOIN LAIA) – Margareth Menezes
14. LAMBANÇA – Grupo Sucata

Coordenação de produção: Mariozinho Rocha

Tema de abertura: ME CHAMA QUE EU VOU – Magal

Se o corpo estremece e já não consegue parar
Se o som se espalha na pele fazendo suar
Se um ritmo é quente, bate que bate com emoção
Te abraço, te roço, te esfrego, te sujo então

A fruta é madura e da árvore não vai cair
A roupa lambuza de um jeito que é bom repetir
São cinco elementos apunhalando o coração
O fogo, a terra, a água, o ar e a paixão

Hey, eh-ô eh-ô!
Me chama que eu vou!

Te sinto por dentro, te levo na palma da mão
Te toco no centro, te abro o tesão
Brincando, bolindo, ardendo sem medo do prazer
Cara de diabo, bunda de bebê

É mesmo um luxo, é lógico que é sensual
É um doce pecado melhor que do o original
São cinco elementos apunhalando o coração
O fogo, a terra, a água, o ar e a paixão

Hey, eh-ô eh-ô!
Me chama que eu vou!…

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