Sinopse

O jovem empresário Tito (Ângelo Paes Leme) é noivo de Karina (Juliana Baroni), mas acaba se envolvendo com Filomena (Liliana Castro), uma moça desajeitada, mas muito prestativa. Tito é dono de uma empresa de esportes radicais que fez com que a pequena cidade de Ribeirão do Tempo ficasse conhecida. Um crime vai chocar a até então pacata Ribeirão.

Dirce (Françoise Forton), uma moradora, é assassinada dentro de sua casa, colocando em polvorosa a única delegacia do local. A investigadora Marta (Flávia Monteiro) vai pegar o caso com unhas e dentes. Porém, ela não contava com a “ajuda” de Joca (Caio Junqueira), um guia turístico metido a detetive particular que fez seu curso por correspondência e é muito atrapalhado.

O grande segredo desta história está com Madame Eleonora Durrell (Jacqueline Laurence). A elegante senhora chega em Ribeirão para construir um resort, que vai gerar vários investimentos na cidade e mudar sua rotina. Na verdade, ela está atrás do filho que abandonou há 50 anos, antes de ir para a Europa acumular fortuna. Qual dos moradores de Ribeirão será seu filho desaparecido?

Lendas também povoam o imaginário do povo de Ribeirão do Tempo. Os moradores acreditam que na Praça do Enforcado existe um tesouro escondido há 250 anos. A praça tem esse nome porque, no passado, um representante da coroa portuguesa veio cobrar impostos por causa do suposto ouro e os moradores o enforcaram. A cidade se vangloria de ter matado o opressor.

Record – 22h15
de 18 de maio de 2010
a 2 de maio de 2011
250 capítulos

novela de Marcílio Moraes
escrita por Marcílio Moraes, Paula Richard, Joaquim de Assis, Eduardo Quintal e Consuelo de Castro
direção de Edgard Miranda, Vicente Barcellos, Daniel Ghivelder e Guto Arruda Botelho
direção geral de Edgard Miranda

Novela anterior no horário
Bela, a Feia

Novela posterior
Vidas em Jogo

BIANCA RINALDI – Arminda
CAIO JUNQUEIRA – Joca
TAUMATURGO FERREIRA – Querêncio
ÂNGELO PAES LEME – Tito
LILIANA CASTRO – Filomena
HEITOR MARTINEZ – Nicolau
ANTÔNIO GRASSI – Dr. Flores
JULIANA BARONI – Karina
LETÍCIA MEDINA – Diana / Tião
ANA PAULA TABALIPA – Iara
ANDRÉ DI BIASE – Ari Jumento
CÁSSIO SCAPIN – Sereno
EDUARDO LAGO – Lincoln
UMBERTO MAGNANI – Sr. Ajuricaba
STELA DE FREITAS – Virginia
VICTOR FASANO – Dr. Teixeira / Edward Briggs
FLÁVIA MONTEIRO – Marta
GIUSEPPE ORISTÂNIO – Bruno
DANIELA GALLI – Marisa
ANGELINA MUNIZ – Léa
ÍRIS BRUZZI – Beatriz
JOSÉ DUMONT – Romeu
MÔNICA TORRES – Célia
THELMO FERNANDES – Nasinho
PATRÍCYA TRAVASSOS – Clóris
RAYMUNDO DE SOUZA – Virgilio
REJANE GOULART – Larissa
SILVIA SALGADO – Patrícia
SOLANGE COUTO – Sancha
LOUISE D’TUANI – Sonia
VITOR FACCHINETTI- André
JORGE PONTUAL – Mateus
MARIANA HEIN – Zuleide
RAFAEL CALOMENI – Newton
BRUNA DI TÚLIO – Lílian
GILSON MOURA – Bill
ALINE BORGES – Helen
CAIO VYDAL – Guilherme
ISABELA DIONÍSIO – Dália
CAROLINA BEZERRA – Carmem
KALEO MACIEL – Carlos
TIÃO D’ÁVILA – Alfredo Lorota
HENRIQUE RAMIRO – Sérgio
ARI GUIMAS – Esculápio
JOSSANA VAZ – Elza
JAQUELINE MACOEH – Fátima
PÂMELA COTO – Rosa
SHEILA MELLO – Vera

e
ADRIANA PRADO – Heleninha
CAROL CAVALCANTI – Andrea (secretária de Arminda na Patrimônio Eterno)
CRISTINA PEREIRA – Matilde (mãe de Dália)
FELIPE CARDOSO – Jairo (investigador da Polícia Federal)
FRANÇOISE FORTON – Dirce
GRACINDO JR. – General (mentor do Professor Flores em seus atos criminosos)
GUSTAVO OTONI – Quincas (assessor do presidente)
HENRIQUE MARTINS – Senador Érico
JACQUELINE LAURENCE – Eleonora Durrell
JÚLIO BRAGA – presidente do partido de Nicolau
MARCELO ESCOREL – Zé Mário
MARINA RIGUEIRA – Adriana (prostituta que dá guarita a Joca quando ele foge da Polícia Federal)
NICOLAS BAUER – Claudel (auditor da Patrimônio Eterno)
PAULO GORGULHO – Presidente da República
PERFEITO FORTUNA – Dr. Ventania (advogado de Bill e Joca)
RODRIGO FARO como ele mesmo (amigo de Tito que visita a pousada)
RODRIGO PHAVANELLO – Silvio
Cardoso (auxiliar de Jairo)
Sereia (auxiliar de Lorota no bar)

– núcleo de ARMINDA (Bianca Rinaldi), poderosa executiva que parte para Ribeirão do Tempo no intuito de construir um resort:
a empresária ELEONORA DURRELL (Jacqueline Laurence), protetora de Arminda. Dona da construtora Patrimônio Eterno, se muda para Ribeirão do Tempo e planeja inúmeros seqüestros na cidade, na tentativa de encontrar seu filho desaparecido. Acaba morrendo envenenada;
o advogado DR. TEIXEIRA (Victor Fasano), aliado de Madame Durrell, de quem fora amante, que se volta contra Arminda após a morte da empresária, tentando assumir a presidência da construtora. Descobre-se que ele é, na verdade, Edward Briggs, que escondia sua identidade por ter fugido da Europa, após engravidar uma moça que morreu em conseqüência de um aborto mal-sucedido
a órfã DIANA (Letícia Medina), que perambula pelas ruas de Ribeirão do Tempo disfarçada como o menino Tião. Após ser descoberta, é adotada por Arminda;
a empregada do solar em que Arminda vive, ELZA (Jossana Vaz).

– núcleo de JOCA (Caio Junqueira), detetive amador que investiga os crimes de Ribeirão do Tempo. Envolve-se com Arminda:
a mãe LÉA (Angelina Muniz), que o auxilia em suas investigações;
a amiga de Léa, SANCHA (Solange Couto), que passe de dona de casa a secretária-executiva da prefeitura;
o marido de Sancha, ROMEU (José Dumont), jardineiro.

– núcleo de QUERÊNCIO (Taumaturgo Ferreira), artista plástico beberrão que tem sua vida completamente modificada quando se descobre filho de Madame Durrell. Chega a prefeito de Ribeirão do Tempo:
a filha FILOMENA (Liliana Castro), responsável pelo sustento da casa. Modifica seus modos e sua personalidade ao ficar milionária, chegando a comprar um marido;
a namorada MARISA (Daniela Galli), dançarina da boate da cidade, com quem acaba se casando. Se sente presa após a união e acaba abandonando o marido para voltar aos palcos;
os funcionários da boate VERA (Sheila Mello), também dançarina, e ESCULÁPIO (Ari Guimas), barman, ambos amigos de Marisa;
o amigo BILL (Gilson Moura), figura misteriosa que habita as matas de Ribeirão do Tempo. É nomeado Secretário do Silêncio, durante a gestão de Querêncio como
prefeito;
o amigo ALFREDO LOROTA (Tião D’Ávila), dono do boteco Já Era, frequentado por Querêncio e Romeu.

– núcleo do PROFESSOR FLORES (Antônio Grassi), conhecido e respeitado na cidade por ter participado ativamente da luta contra a ditadura. Não conseguiu fazer a revolução nos anos de chumbo, algo que está tentando realizar agora, manipulando os habitantes de Ribeirão do Tempo em benefício de seus ardilosos planos. Se envolve com Léa e CLÓRIS (Patrícya Travassos):
a esposa DIRCE (Françoise Forton), esfaqueada logo no início da novela, deflagrando a série de crimes que dominou a trama;
o afilhado de Dirce, SERENO (Cássio Scapin), que sofre de distúrbios psiquiátricos e auxilia Flores a convocar jovens na internet, através do Comando Invisível para que estes lutem pela revolução;
o companheiro de luta na época da ditadura, ZÉ MÁRIO (Marcelo Escorel), envenenado pelo professor após descobrir os intentos dele;
a empregada FÁTIMA (Jaqueline Macoeh), alvo do assédio de Sereno.

– núcleo de NICOLAU (Heitor Martinez), playboy inconsequente que se envolve nos planos de Flores. Acaba senador e candidato a presidência da república:
o pai ÉRICO (Henrique Martins), também senador. Acabo morte pelo próprio filho, seu suplente, quando este almeja tomar seu posto no senado;
a amante de Érico, HELENINHA (Adriana Prado), dançarina da boate, morta a tiros por Nicolau;
a mãe BEATRIZ (Íris Bruzzi), que sofre com as traições do marido e enlouquece diante dos atos criminosos cometidos pelo filho;
a irmã de Beatriz, LARISSA (Rejane Goulart), que tenta alertar a irmã sobre o caráter do sobrinho;
a assessora de imprensa de Érico, LÍLIAN (Bruna di Túlio). A princípio, é amante de Nicolau, mas acaba descartada por ele quando se coloca contra seus planos de assumir sua cadeira no senado. Vai trabalhar no jornal da cidade;
o escrivão NASINHO (Thelmo Fernandes), cúmplice de Nicolau em suas armações. Acaba assassinado a mando dele;
a menina DÁLIA (Isabella Dionísio), empregada da fazenda de Nicolau, que acaba violentada por ele;
a mãe de Dália, MATILDE (Cristina Pereira), que aceita dinheiro de Nicolau para sumir da cidade, mas acaba retornando para denunciar o abuso sofrido por sua filha.

– núcleo de TITO (Ângelo Paes Leme), dono de uma pousada e adepto de esportes radicais.Disputa com Nicolau as terras onde está instalado o seu estabelecimento. Se casa com Filomena apenas para conseguir um empréstimo, mas acaba apaixonado por ela:
a mãe CLÓRIS (Patrícya Travassos), perua que se envolve com Flores;
a funcionária IARA (Ana Paula Tabalipa), praticante de pára-quedismo;
o contador VIRGÍLIO (Raymundo de Souza), que descobre o desvio de dinheiro feito por Iara e passa a chantageá-la em troca de sexo. Se alia a Nicolau para destruir Tito, auxiliando na explosão de um avião da pousada. Denunciado por Iara, acaba morto por Nasinho, um dos cúmplices do senador;
o aviador MATEUS (Jorge Pontual), que se apaixona por Filomena.

– núcleo de KARINA (Juliana Baroni), noiva de Tito que acaba dispensada por ele. Se envolve em uma relação doentia com Nicolau, chegando a matar Nasinho a mando
dele:
a mãe CÉLIA (Mônica Torres), secretária do turismo durante a gestão de Querêncio. Se envolve com Teixeira;
o pai BRUNO (Giuseppe Oristânio), engenheiro da Patrimônio Eterno, que aceita o caso extra-conjugal de sua esposa, apenas para não perder os privilégios que possui na construtora, por ser aliado de Teixeira.

– núcleo de LINCOLN (Eduardo Lago), jornalista, dono da Folha da Corredeira. Intelectual que lutou contra a ditadura, preza pela sua liberdade de expressão, mas se vê obrigado a aceita uma sociedade com Nicolau, para manter o periódico em circulação:
a esposa PATRÍCIA (Sílvia Salgado), dona de uma livraria, que costuma apaziguar os conflitos entre o marido e o filho;
o filho ANDRÉ (Vitor Facchinetti), que luta a favor do Comando Invisível. Entra em atrito com o pai ao se apaixonar pela filha de um de seus inimigos;
o amigo de André, SÉRGIO (Henrique Ramiro), também integrante do Comando Invisível.

– núcleo do DELEGADO AJURICABA (Umberto Magnani), ex-torturador, responsável pela perseguição sofrida por Lincoln durante a ditadura, o que gerou o ódio entre suas famílias;
a esposa VIRGÍNIA (Stela Freitas), secretária da prefeitura;
a filha SÔNIA (Louise D’Tuani), que engravida de André;
a inspetora MARTA (Flávia Monteiro), sua auxiliar na delegacia, contrária ao modelo arcaico utilizado por Ajuricaba em suas investigações;
o ex-prefeito ARI JUMENTO (André di Biase), derrotado por Querêncio nas urnas. Apaixona-se por Clóris;
a sobrinha de Ari Jumento, ROSA (Pâmela Coto), garçonete do bar Agito Colonial, de propriedade de seu tio. Se envolve com Sérgio.

– núcleo de ELLEN (Aline Borges), secretária do meio ambiente, contrária a instalação do resort em Ribeirão do Tempo:
o marido SILVIO (Rodrigo Phavanello), aviador, vitimado no atentado promovido por Nicolau;
o filho GUILHERME (Caio Vydal), namorado de Diana que se revolta com a morte do pai;
a irmã CARMEM (Carolina Bezerra), jornalista, apaixonada por Lincoln;
o amante NEWTON (Rafael Calomeni), que trabalhava com Sílvio. Acaba sendo acusado pela explosão de avião, quando seu caso com Ellen é descoberto;
a ex-mulher de Newton, ZULEIDE (Mariana Hein), funcionária da boutique de Karina. Se envolve com Nasinho;
o filho de Newton e Zuleide, CARLOS (Kaleo Maciel), que sofre com a rejeição do amigo Guilherme, após a explosão do avião e a acusação de Newton.

Abordagens

Para escrever Ribeirão do Tempo, o autor, Marcílio Moraes, usou personagens de um romance policial inacabado, de uma sinopse de uma história de esportes radicais, e inspiração no livro “Os Demônios”, de Dostoiévski.
“Tem drama, tragédia, mas é para ser uma comédia satírica, popular”, afirmou Marcílio na época do lançamento.

A novela satirizou a política brasileira, principalmente quando o beberrão Querêncio (Taumaturgo Ferreira) se elegeu prefeito da cidade de Ribeirão do Tempo. Após dar vexame diante de um assessor da presidência da República, por causa de seu vício, Querêncio instituiu a Lei Úmida, que permitia aos moradores da cidade beberem uma única vez na semana. Uma clara referência à então recente Lei Seca.

Da mesma forma, o fictício Presidente da República assassinado na trama (Paulo Gorgulho) era considerado piadista e fã de cachaça. Qualquer semelhança com o ex-presidente Lula não deve ter sido mera coincidência.

Por meio do senador Nicolau, interpretado por Heitor Martinez, o autor abordou temas polêmicos, como política corrupta e pedofilia. Marcílio contou em entrevista que se baseou na política brasileira de um modo geral:
“A começar por essa história de que o senador tem um suplente que não é votado pelo povo. Se ele renunciar ou morrer, como aconteceu com o pai do Nicolau, o suplente assume. E, no caso de Ribeirão, Nicolau é um perverso, alucinado total. Ele não é um vilão comum porque tem perversões, como a pedofilia, e gosta de poder. Para piorar, o partido ainda o indica para a presidência.”

A trama de Marcílio Moraes teve média de 13 pontos. Ribeirão do Tempo não foi uma campeã de audiência, mas foi boa. Acima de dez pontos na Record é bem razoável”, justificou o autor.

A mais longa

Atrasos na produção de Vidas em Jogo, sucessora no horário, fizeram com que Ribeirão do Tempo fosse esticada duas vezes pela Record e terminasse às vésperas de completar um ano de exibição, com 215 capítulos escritos, desmembrados em 250 na edição levada ao ar. (“Novela, a Obra Aberta e Seus Problemas”, Fábio Costa)

Após onze meses e quinze dias, Ribeirão do Tempo tornou-se uma das mais longas novelas da Record. A trama precisou de fôlego para durar tanto tempo. Entre outros acontecimentos, a novela acumulou oito assassinatos, três casamentos, um avião sabotado, uma bomba na prefeitura e um atentado a tiro contra o detetive Joca (Caio Junqueira), um dos protagonistas.

O autor, Marcílio Moraes, equilibrou, de forma bem-humorada, esportes radicais, ecologia, política e crimes cercados de mistérios em uma cidadezinha do interior.
“Sempre tive frente de capítulos e pude administrar a trama. Quando soube que ficaria no ar até maio, segurei algumas histórias e me aprofundei em outras. Nunca queimo tudo de uma vez. A trama política, por exemplo, eu soltei aos poucos” revelou o autor.

Outro trunfo de Marcílio foi aumentar as participações especiais, como a do ator Jorge Pontual, cujo intérprete, o piloto Mateus, entrou em cena no começo de dezembro de 2010 para complicar ainda mais o casamento de fachada de Tito (Ângelo Paes Leme) e Filomena (Liliana Castro).

O autor também não teria matado o personagem Nasinho (Thelmo Fernandes) se a novela tivesse terminado mais cedo. Essa queima de arquivo era um recurso que o autor dispunha. O crime foi ao ar nos últimos capítulos como resultado de uma emboscada planejada pelo senador Nicolau (Heitor Martinez). Depois de executar Virgílio (Raymundo de Souza), Nasinho foi assassinado por Karina (Juliana Baroni), noiva do político, por saber demais.

Dos oito assassinatos cometidos durante a novela, quatro foram a tiros. Primeira vítima, logo no começo da trama, Dirce (Françoise Forton), a mulher do vilão Flores (Antônio Grassi), foi esfaqueada. A ricaça Madame Durrel (Jacqueline Laurence) morreu envenenada. E o piloto Silvio (Rodrigo Phavanello) estava no avião sabotado a mando de Nicolau.
“Preferi não usar um “quem matou?”. Os vilões são todos conhecidos. A expectativa da reta final é saber como eles vão se dar mal. E todos serão punidos”, avisou o autor.
O segredo de Bill (Gilson Moura) também só foi revelado no fim (o personagem sabia algo que destruiria a cidade).

De acordo com Marcílio, a novela conseguiu manter seu fôlego por tanto tempo justamente por ter vários núcleos em constante movimento.
Ribeirão do Tempo não tem um protagonista absoluto. O personagem principal é a cidade. Fiz a novela que planejei. A minha intenção foi trabalhar com ironia. Quis brincar com esse simulacro do Brasil, esclareceu o novelista.

Divulgação em pizza

Para alavancar Ribeirão do Tempo, a Record resolveu ampliar a estratégia de divulgação: colocou a novela em caixas de pizza. Foram produzidas 150 mil embalagens decoradas com ilustração, fotos dos atores Caio Junqueira, Bianca Rinaldi, Ângelo Paes Leme, Victor Fasano, Juliana Baroni, Taumaturgo Ferreira e Antônio Grassi e os nomes do diretor, Edgar Miranda, e do autor, Marcílio Moraes.

A campanha fez graça: “De um jeito ou de outro, esta novela vai te deixar de boca aberta”.

A escolha das pizzarias foi feita por uma empresa de marketing em bairros de toda a cidade e não necessariamente foi decidida pela Record. Segundo o canal, a estratégia visava atingir anunciantes e telespectadores e não possuía meta específica (por exemplo, de audiência).

Cenografia e figurinos

O diretor geral de dramaturgia da Record à época, Hiran Silveira, afirmou ter gastado R$ 4 milhões com a construção da cidade cenográfica, em Ilha de Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Bianca Rinaldi, que interpretou Arminda, uma das protagonistas, usou uma média de 4.400 figurinos durante a novela. Sua personagem desfilou 140 looks completos em cena. Já a vilã Karina, interpretada por Juliana Baroni, outra mulher bem-vestida do folhetim, apareceu com 114 modelos.

Abertura

Para a construção da abertura, fotos antigas eram sobrepostas e organizadas em um ritmo de stop motion de modo a formar uma animação. Referências claras ao famoso vídeo “The Pen Story”, que, por sua vez, é inspirado na animação japonesa “Stop Motion with Wolf and Pig”.

No caso da novela, o stop motion foi simulado, fazendo as movimentações de câmera parecerem artificiais. (André Luiz Sens, blog Televisual)

Como forma de prender o telespectador ao capítulo que se iniciava, a Record suprimiu a abertura, mas não deixou de apresentar os créditos, que vinham sobre as cenas do capítulo que começava.

Exibição

Ribeirão do Tempo entrou no ar estrategicamente em uma terça-feira, um dia depois de Passione estrear na Globo – assim evitou o confronto direto com uma estreia global.

A novela ocupou o horário usado por Bela, a Feia, que, por sua vez, continuou a ser exibida logo após a trama de Marcílio Moraes até o dia 02/06/2010, quando saiu do ar.

A novela foi reapresentada entre 06/03/2017 e 23/01/2018, às 15 horas.

ribeiraot
01. FÃ – Christian & Cristiano (tema de Arminda e Joca)
02. VOCÊ É MÁ – Zeca Baleiro (tema de Karina)
03. NOVA PAIXÃO – Saulo Roston (tema de Carmem)
04. VOU MAIS LONGE – Banda Vega (tema dos paraquedistas)
05. QUEM SOU EU? – Tchê Garotos (tema de Querêncio)
06. NAQUELA MESA – Otto (tema de Ari Jumento)
07. POR QUE? – Rodrigo Faro (tema geral)
08. PERDEU, PERDEU – Alcione (tema de Helen e Newton)
09. SELVA DE FERAS – Falamansa (tema de locação: Ribeirão do Tempo)
10. LUZES DA RIBALTA – Ataíde & Alexandre
11. CABECINHA NO OMBRO – Wando (tema de Marisa e Querêncio)
12. EVIDÊNCIAS – Tony Francis (tema de Filomena e Tito)
13. PIQUE DO TEMPO – Tom Zé (tema de abertura)
14. ELA É A TAL – Paula Lima (tema de Arminda)

Produção musical: Daniel Figueiredo

Tema de abertura: PIQUE DO TEMPO – Tom Zé

Coisa gostosa na tela se dá
Que simpatia tem
Que coisa louca também
Antipatia tal
Eu entro pela novela
Que empatia tem
Saiu da vida real
É fantasia tal
Vejo na tela você
Taquicarda dá
Dizendo a cena final
A vida como ela é
Eu quero ver, bato o pé
Pra botar moral!

Pra me ligar
Que trambique politiqueiro
Telecomunicá
A coisa fica pior
Telecomunicó
Mas o que vai dar o nó
Telecomunicá
É nossa cor virar pó
Telecomunicó
Pois somos dois é num só
Telecomunicá
Até a terra virar
Teleco, nosso xodó!

Veja também

  • vidasopostas

Vidas Opostas

  • leieocrime_logo

A Lei e o Crime

  • foradecontrole_logo

Fora de Controle

  • planoalto_logo

Plano Alto