Sinopse

A sucessão de um grande jornal paulista está sendo disputada por três irmãs, Giovana, Jane e Délia, em uma acirrada luta pelo poder. A história gira em torno do império jornalístico do egoísta e ambicioso Lear, que, por motivos de saúde, se afasta da direção da empresa e resolve começar a dividir a herança entra as filhas.

Durante cinquenta anos, Lear encabeçou o jornal. No entanto, para sua infelicidade, teve apenas filhas mulheres. Giovana – Gio -, a mais velha, casou-se por conveniência com Albano, mas, em vez de dar-lhe um neto homem, deu-lhe uma neta. Jane, a segunda, casada com Joel, é mesquinha e frívola. Délia, a caçula, é a única esperança de Lear.

Por ser jornalista, Délia é a que mais se assemelha ao pai, porém, por causa de suas ideias progressistas, vive em atrito com o conservadorismo dele. Ao redor desse núcleo familiar, estão Jacques, Dr. Gaspar, advogado de Lear, seus dois filhos, Eduardo e Edmundo, e os que trabalham no jornal e também almejam uma fatia de poder.

Contudo, um fato muda todo o seguimento da ação: o assassinato de Lear e de Gio estarrece a família e escandaliza a sociedade.

Tupi – 20h
de 1º de maio a 28 de outubro de 1978

novela de Sérgio Jockyman
escrita por Sérgio Jockyman e Walther Negrão
direção de Atílio Riccó e Henrique Martins

Novela anterior no horário
O Profeta

Novela posterior
Aritana

OSWALDO LOUREIRO – Lear
EVA WILMA – Gio (Giovana)
OTHON BASTOS – Albano
KATE HANSEN – Délia
CLÁUDIO MARZO – Jacques
MARIA ESTELA – Jane
GERALDO DEL REY – Noel
FÚLVIO STEFANINI – Edmundo
ROLANDO BOLDRIN – Eduardo
SADI CABRAL – Dr. Gaspar
LIANA DUVAL – Rosa
RENATO BORGHI – Bogo
FRANCISCO MILANI – Dr. Bento
SERAFIM GONZALEZ – Barbosa
SÍLVIO ROCHA – Esteves
RIVA NIMITZ – Consuelo
BETH GOULART – Paula
INDIANARA GOMES – Catarina
CRISTINA MULLINS – Luísa
ANNAMARIA DIAS – Sofia
INDIANARA GOMES – Catarina
FERNANDO SOUZA – Borges
MIGUEL RAMOS – Ramón
SEBASTIÃO CAMPOS – Osvaldo
SÉRGIO GALVÃO – Dr. Carlos
YARA GREY – Jussara
EDSON RABELO – Chico
DINÁ RIBEIRO – Helga
RENATO MASTER – médico
VERA PAXIE – repórter
ROGÉRIO MÁRCICO
MARCOS CARUSO
DAVID JOSÉ
VERA LIMA
CARLO BRIANI
CUBEROS NETO
JACK MILITELLO
CHICA LOPES
SÔNIA MARIA DA SILVA
RENÊ MAURO DE FREITAS
MALU RENZI
SÉRGIO MIGLIACCIO
CÉLIA MAFRA
SUELI AOKY
WILMA GUERREIRO
CLARICE SEABRA
LORE LIKIFE
MARIA PAULA PLANK
CARLOS LARANJEIRA
VÍTOR BRANCO
PAULO ROBERTO
LUIZ ANTÔNIO
FELIPE VON RHEIN

e
GIANFRANCESCO GUARNIERI – Dr. Vitor (delegado que investiga a morte de Gio)
KARIN RODRIGUES – advogada que defende Albano

Novela homônima

A novela Roda de Fogo, escrita por Sérgio Jockyman e Walther Negrão, produzida pela TV Tupi em 1978, nada tem a ver com a Roda de Fogo da Globo, escrita por Lauro César Muniz e Marcílio Moraes entre 1986 e 1987. São produções homônimas com tramas distintas.

O único ponto em comum entre a Roda de Fogo da Tupi e a da Globo é a presença, nos elencos das duas novelas, da atriz Eva Wilma – em personagens diferentes, logicamente.

Abandono do autor

A novela começou sendo escrita por Sérgio Jockyman, baseando-se em “O Rei Lear”, de Shakespeare. Dois meses e meio depois, ante a baixa audiência, tudo mudou: o autor desentendeu-se com a emissora e abandonou a produção.

A partir do capítulo 65, Walther Negrão assumiu a continuidade do texto. Os personagens de Eva Wilma e Oswaldo Loureiro foram mortos. A partir daí, assistiu-se a um puro policial.

Foi difícil concorrer no horário com a Globo, que apresentava os momentos decisivos e de maior repercussão de O Astro e, em seguida, as novidades com a estreia de Dancin´ Days – dois grandes sucessos daquela época.

Saída de atrizes

A morte da personagem de Eva Wilma foi uma imposição da emissora, que resolveu escalar a atriz para protagonizar o remake de O Direito de Nascer, próxima produção da casa.

Beth Goulart também foi afastada de Roda de Fogo para atuar em O Direito de Nascer.

Quem matou?

Ao livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia” (Projeto Memória Globo), Walther Negrão declarou:
“O Carlos Zara [diretor da Tupi] me chamou para terminar a novela. (…) A saída era fazer um policial, que sempre dá certo. Mas o Oswaldo Loureiro [um dos protagonistas] não gostou da solução. O Zara agiu como um juiz: suspendeu a reunião e fomos os dois para um canto decidir o que fazer. Em seguida, sentamos na frente do elenco e dissemos que a solução era dar dois tiros: matar o pai [Loureiro] e a filha [Eva Wilma]. Ficou aquele suspense ‘quem matou?’ e conseguimos terminar a novela.”

A personagem Gio, vivida por Eva Wilma, foi assassinada no sótão da mansão de Lear (Oswaldo Loureiro), seu pai, que ela própria, bastante perturbada, assassinara segundos antes, por não querer dividir o império jornalístico da família com suas irmãs Délia (Kate Hansen) e Jane (Maria Estela).
Gio foi até a mansão do pai e o ameaçou com um revólver. Houve um apagão que durou cerca de cinco segundos e, nesse curto espaço de tempo, ouviram-se dois tiros. O primeiro foi disparado pela própria Gio, que matou Lear. E o segundo foi o que a matou.

A identidade do autor do disparo foi um mistério que perdurou até o último capítulo: o responsável foi Noel (Geraldo Del Rey), marido de Jane.
O apagão foi provocado por Délia, que sabia que o pai corria perigo de vida. Ela lembrou que Gio sempre tivera medo do escuro quando criança e achou que, como a irmã estava mentalmente abalada, provavelmente ficaria apavorada e fugiria da escuridão, dando tempo para a fuga de Lear.
Noel matou Gio porque havia sido humilhado por ela e para proteger os interesses financeiros de sua mulher, Jane.

Tema de abertura

O tema de abertura era a música instrumental “The Seven Tin Soldiers”, da banda norte-americana War, não presente no disco da novela. Com a nova fase da trama, o tema de abertura foi substituído por “Jogo da Vida”, gravada por Paulinho Nogueira, que já era tema do personagem Lear (Oswaldo Loureiro).

E mais

“O Rei Lear”, de Shakespeare, também serviu de inspiração para Aguinaldo Silva escrever, na Globo, as novelas Suave Veneno (1999) e Império (2014), e para Bosco Brasil escrever Tempos Modernos (2010).

01. JOGO DA VIDA – Paulinho Nogueira (tema de Lear e tema de abertura*)
02. LINDEZA – Secos & Molhados
03. ESQUEÇA-ME – Lady Zu
04. CANÇÃO EM DOIS TEMPOS (ERA CASA, ERA JARDIM) – Vital Farias
05. LIÇÕES DE VIDA – Toquinho (tema de Albano)
06. BEM-TE-VI – Tetê e o Lírio Selvagem
07. MAGIA – Zizi Possi (tema de Gio)
08. SOLIDÃO – Paulinho Camargo
09. SUA AUSÊNCIA EM MINHA VIDA – Super Bacana (tema de Edmundo)
10. ACERTEI NO MILHAR – Gilberto Gil
11. SAPATO VELHO – Quarteto Em Cy
12. METADES – Leci Brandão

* O tema de abertura era a música instrumental “The Seven Tin Soldiers”, da banda norte-americana War, não presente no disco da novela. Com a nova fase da trama, o tema de abertura foi substituído por “Jogo da Vida”, gravada por Paulinho Nogueira, que já era tema do personagem Lear.

Sonoplastia: José Moura
Produção musical: Caetano Zamma

Tema de abertura: JOGO DA VIDA – Paulinho Nogueira *

A ambição é quem manda
E vencer é o que importa
É o que acaba com o medo
E abre todas as portas

Quero todos me olhando
Me temendo, me amando
Implorando em desejos
Diga o preço que eu compro

É a lei do universo
Há quem venda, há quem compre
É o justo, é o certo
O amor é a mentira
Mais antiga do verso

Esta vida é um jogo
É uma roda de fogo
Jogue a vida na roda
Pro fogo crescer
Se queimar, se levante
Vamos tentar de novo
Que a vida é um jogo
É uma roda de fogo…

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