Sinopse

Na Vila Giselda, em São Paulo, mora a família Sanches: o casal Hércules e Zilda, Dom Pepe, pai de Hércules, e os filhos Fabrício, Marisa, Sanchinha e Pedrinho. Hércules trabalha como gerente no restaurante Papafina, e Zilda comanda a cozinha, enquanto Fabrício é garçom. Seu Marcolino, o dono do restaurante, não suporta a mulher Letícia e o cunhado Filadelfo, que há vinte anos vive nas suas costas.

O industrial Dr. Lincoln, casado com a arrogante Viviane, é o rico proprietário de vários imóveis alugados na Vila Giselda e tem grandes pretensões políticas – ao contrário de Hércules, que preside uma sociedade de amigos do bairro e não tem grandes ambições. As atitudes arbitrárias de Lincoln terminam afetando diretamente a vida dos moradores da comunidade. É aí que entra em ação Dona Zilda, que resolve lutar pelos direitos dos mais humildes.

Tupi – 19h
de 11 de setembro de 1978
a 10 de março de 1979

novela de Chico de Assis
direção de Antônio Abujamra

Novela anterior no horário
João Brasileiro, o Bom Baiano

Novela posterior
Dinheiro Vivo

NICETTE BRUNO – Zilda
EDNEY GIOVENAZZI – Hércules Sanches
HÉLIO SOUTO – Dr. Lincoln
LÍLIAN LEMMERTZ – Viviane
MARIA ISABEL DE LIZANDRA – Verinha / Alina
ÊNIO GONÇALVES – Inácio
ELIAS GLEIZER – Marcolino
ETTY FRASER – Letícia
OSWALDO CAMPOZANA – Filadelfo
LAERTE MORRONE – Genaro
PAULO HESSE – Bruno
JOSÉ PARISI – Dom Pepe
CRISTINA SANTOS – Vilma
LEONOR LAMBERTINI – Dona Isaura
WILSON FRAGOSO – Oswaldo
EDSON CELULARI – Orlando
CLÁUDIA ALENCAR – Isabel
FLÁVIO GALVÃO – Rui
EWERTON DE CASTRO – Eduardo
SILVIA LEBLON – Marisa
JOÃO SIGNORELLI – Fabrício
ROSALY PAPADOPOL – Janete da Loteca
WALDEREZ DE BARROS – Augusta
BÁRBARA BRUNO – Amélia
DANTE RUY – Isidoro
ABRAHÃO FARC – Osório
JOSÉ CARLOS DE ANDRADE – Zé Roberto
TEREZA TELLER – Teca
GUILHERME CORRÊA – Gurgel
LOURDES DE MORAES – Selma
ALBERTO BARUQUE – Raul
JOÃO ACAIABE – Padre Lírio
NORMA GERALDY – Maria
LUIZ ANTÔNIO PIVA – Dr. Tomazzelli
NARJARA TURETTA – Sanchinha
DOUGLAS MAZZOLA – Fabinho
REGIANE RITTER
CLARISSE ABUJAMRA
TEREZA CAMPOS
IMARA REIS
SÉRGIO GALVÃO
ARNALDO WEISS
OSWALDO MESQUITA
ARNALDO DIAS
MANOLO FERNANDES
JOSMAR MARTINS
MÁRCIO COSTA
ÚRSULA MARCONDES
WÁLTER CRUZ

Mudança de título

Depois de escreverem juntos as novelas Ovelha Negra, Xeque-Mate e Cinderela 77 (entre 1975 e 1977), a dupla Walther Negrão e Chico de Assis se desfez. Assis escreveu sozinho Salário Mínimo, seu trabalho seguinte.

O título seria Gente Humilde, mas foi alterado na última hora. Na verdade, sua história completou mais o título original, uma vez que a trama tinha seu reforço nos moradores da periferia e na sua luta do dia a dia.

Lançada discretamente e sobrevivendo à crise que se avolumava nos últimos tempos da TV Tupi, Salário Mínimo, no entanto, se revelou uma grata surpresa.

Elenco

Primeira novela dos atores Edson Celulari, Imara Reis e Rosaly Papadopol.

Também a presença no elenco de Cristina Santos, irmã da atriz Lucélia Santos, com poucos trabalhos na televisão.

Tema de abertura

A novela começou tendo a música “Deixa”, cantada por Cláudia, na abertura. Dois meses depois foi trocada por “Sampa”, de Caetano Veloso.

01. ENTÃO VALE A PENA – Simone
02. SAMPA – Caetano Veloso (tema de abertura)
03. INCONVENIÊNCIA – Lula Carvalho
04. ICEBERG – Marília Medalha
05. VIDA NOTURNA – Zizi Possi
06. CALÇADAS – Wilson Miranda
07. TICO-TICO NO FUBÁ – Waldir Azevedo
08. TENHO – Sidney Magal
09. BAIÃO CONNECTION: ASA BRANCA / CANÁRIO DO REINO / OVO DE CODORNA / O CHÊRO DA CAROLINA / EU SÓ QUERO UM XODÓ / MARINHEIRO SÓ / QUI NEM JILÓ – Fernando Mendes (participação especial Luís Gonzaga)
10. PODE CHEGAR – Peninha (tema de Orlando e Vilma)
11. UM SONHO – Marcelo
12. DE VEZ EM QUANDO – Elizabeth
13. AMOR DE ESTRADA – Tom Zé
14. AI QUE FILOSOFIA – Neuber

Seleção de repertório e supervisão geral: Ana Maria Mazzocchi
Direção: Humberto Gargiulo e Jurandir Ferreira Neto

Tema de abertura: SAMPA – Caetano Veloso

Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui, eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas

Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa contece no meu coração
Que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E a mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes

E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E que vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso, do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas,
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos e espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva

Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mas possível novo quilombo de Zumbi
E os novos Baianos passeiam na tua garoa
E novos Baianos te podem curtir numa boa…

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