Sinopse

O dia a dia na comunidade pode não ser fácil, mas as amigas Zulma (Karin Hils), Lia (Lilian Valeska), Tilde (Corina Sabbas) e Soraia (Maria Bia) fazem o que podem para levar a vida de cabeça erguida e com muita alegria. Moradoras da Cidade Alta de Cordovil, as “negas” mostram que são mulheres batalhadoras e que, quando têm um tempinho, adoram aproveitar os prazeres da vida, como curtir uma noite animada no baile da comunidade.

Zulma é camareira de Leonor Canhoto (Bia Nunnes), famosa atriz do teatro e da TV. Lia trabalha como recepcionista em uma churrascaria frequentada por celebridades e homens de negócio. Já Soraia é cozinheira de uma família no Leblon, e Tilde está desempregada. Mesmo com todas as dificuldades, essas mulheres correm atrás do que querem e não deixam que ninguém as coloque para baixo.

Quem conta a história das quatro amigas e de todos os outros personagens é Jesuína (Claudia Jimenez), moradora da Cidade Alta e dona de um bar e da rádio local. Na comunidade também mora a gaúcha Gaudéria (Alessandra Maestrini), dona do salão de beleza frequentado pelas negas e que, mesmo sob o forte sol do Rio de Janeiro, não desgruda do seu chimarrão.

Globo – 23h
de 16 de setembro a 16 de dezembro de 2014
13 episódios

de Miguel Falabella
escrito por Miguel Falabella, Alessandra Poggi, Antônia Pellegrino, Artur Xexéo, Flávio Marinho e Luiz Carlos Góes
colaboração de Ana Quintana
roteiro final de Miguel Falabella
direção de Cininha de Paula, Hsu Chien e Charles Daves
direção geral de Cininha de Paula

KARIN HILS – Zulma
LÍLIAN VALESKA – Lia
MARIA BIA – Soraia
CORINA SABBAS – Tilde
CLÁUDIA JIMENEZ – Jesuína
BIA NUNNES – Leonor Canhoto
ALESSANDRA MAESTRINI – Gaudéria
ALESSANDRA VERNEY – Bibiana
MARIA GLADYS – Fumaça
MARCOS BREDA – Alaor
RAFAEL MACHADO – Big
RAFAEL ZULU
FRANK BORGES – Vinagre

Protestos

Antes de estrear, Sexo e as Negas foi alvo de uma campanha na Internet de boicote ao programa. Diversas organizações do movimento negro e de mulheres se manifestaram contra a série de TV, acusando-a de racista e sexista. Foram mais de 17 acusações na Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR). No Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ), também foi realizada uma queixa contra o programa.

Em entrevista ao UOL, o autor Miguel Falabella relatou que o texto da série foi cortado, mas negou que tenha havido censura. O autor usou as redes sociais para rebater as críticas contra o racismo da série.
“A minha série não explora muito sexo. Estamos em tempo de politicamente correto e, por isso, volta e meia precisamos fazer ginástica com o texto. Tive algumas falas cortadas, sim, mas está tudo bem. Não reclamo porque estou fazendo um produto para a TV aberta, que tem todo um código, toda uma regra”, revelou à reportagem.

Em novembro de 2014, o então deputado federal Jean Wyllys foi criticado por lideranças de seu próprio partido (PSOL) e por grupos de defesa dos direitos dos afro-brasileiros por ter declarado uma defesa em relação a Sexo e as Negas. Wyllys, disse que, ao contrário daqueles que acusam o seriado de ser sexista e racista, a produção na verdade denunciava o racismo e afirmou que “Miguel Falabella é um cara que está longe, muito longe mesmo, de ser um racista”.

Referências

Sobre Sexo e as Negas, a primeira referência que veio à cabeça foi Sex & the City (1998-2004). Porém, as protagonistas da série brasileira passavam longe do glamour das personagens da série americana. Nem por isso eram menos interessantes.

Zulma (Karin Hils), Tilde (Corina Sabbas), Soraia (Maria Bia) e Lia (Lilian Valeska) viviam conflitos parecidos com os de Carrie (Sarah Jessica Parker) e companhia, mas o cenário era o complexo da Cidade Alta, no bairro de Cordovil, Zona Norte do Rio.

“Eu falo de mulheres que, por acaso, moram em uma comunidade, mas que querem ficar bonitas, querem arrumar homens que as amem e que cuidem de suas possíveis crias”, explicou Miguel Falabella na época do lançamento de Sexo e as Negas. “É como qualquer outra mulher no mundo.”

Falabella revelou que a ideia da série surgiu quando visitou o local a convite da camareira que o acompanhava, Nieta, que vivia lá. Passou a observar as mulheres do local, “vibrantes, extremamente arrumadas e donas de outra relação com o corpo”.

Assim como na série americana, cada uma das amigas tinha um perfil definido: Zulma era descolada; Tilde, romântica; Soraia era a devoradora de homens; Lia, a batalhadora.
“Escrevi os papéis para cada uma das atrizes”, disse Falabella, que já havia trabalhado com todas elas em musicais. A experiência, aliás, fez com que ele incluísse um clipe musical ao final de cada programa. A canção sempre tinha a ver com o tema que norteava o episódio, como preconceito, mobilidade e cabelos.

A produção marcou também a volta da atriz Cláudia Jimenez à TV após problemas de saúde – como Jesuína, a dona do bar onde as amigas se reuniam.

Preparação de elenco

Apesar da referência aos arquétipos de Sex & the City, as atrizes afirmaram que suas personagens tinham vida própria. Durante a preparação, as quatro fizeram laboratório no complexo da Cidade Alta.

“O bacana é que essas mulheres têm uma autoestima muito grande”, observou Karin Hils. “Enquanto a gente está preocupada em gastar não sei quanto para se enfeitar, a autoafirmação delas vêm de dentro.”

Para Lilian Valeska, as personagens misturavam referências da periferia e da classe alta, porque elas trabalhavam na Zona Sul.“Então têm influências que não são apenas do lugar onde moram”, disse.

A atriz Maria Bia, comemorou o fato de a Globo ter escolhido quatro mulheres negras para protagonizar a atração. “A gente está levantando a bola dessas mulheres. A série mostra, por exemplo, que você pode ter cabelo crespo e bonito. Eu sentia – e sinto – falta dessas referências.”

Já Corina Sabbas destacou que a série levantava também a questão da amizade feminina. “Não acredito nessa história de que mulher não consegue ser amiga de outra mulher”, afirmou. “Essa cumplicidade que elas têm na série a gente tem na vida também.”

01. ACELERA
02. CABELO
03. OLHA PRA MIM
04. VAZA!
05. PURO PRECONCEITO
06. ENCAIXE
07. ALGUNS SONHOS
08. TERRITÓRIO DO CORPO
09. AMOR DE CONSUMO
10. TRAIÇÕES
11. PULO DO GATO
12. VENTOS DE MUDANÇA
13. ADEUS
14. SEXO E AS NEGAS

Tema de abertura: SEXO E AS NEGAS

Nega!
Acorda, a hora é essa
Simbora eu tô com pressa
Vamos fazer o amor acontecer pra nós

Nega!
Com a cara e a coragem
A vida é uma passagem
Escuta a minha voz

Mas uma ilusão
Faz bem pro coração
Dona do meu nariz
Eu quero é ser feliz

Agora eu vou viver
Do jeito que eu quiser
Sem medo de dizer
Sou negra, sou mulher!

Nega!
Agora é sexo, nega!
Agora é sexo e as negas

Oh yeah! Tamu chegando!

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