Sinopse

Monarquistas e republicanos se defrontam em Araruna, pequena cidade do interior paulista, em 1886, dois anos antes da promulgação da Lei Áurea. A história de amor de Sinhá Moça, filha do Barão de Araruna, ferrenho escravocrata, com o jovem Dr. Rodolfo, um ativo abolicionista republicano, ante as dificuldades da campanha para a abolição de escravizados.

Sinhá Moça e Rodolfo se conhecem no trem, quando ela, depois de terminar seus estudos na capital da província, retorna a Araruna. Assim como Rodolfo, ela tem ideias abolicionistas e critica as atitudes do pai, lutando em defesa dos negros. Para aproximar-se de sua amada, o rapaz finge-se de aliado do Barão para conquistar a confiança dele.

Também a história do mestiço alforriado Rafael e sua obstinada luta para destruir o Barão, seu verdadeiro pai com uma negra da fazenda. Antes de ser vendido pelo Barão, Rafael foi amigo de Sinhá Moça, com quem passou a infância. Ele retorna a Araruna com sede de vingança, sob outra identidade, Dimas, e torna-se o braço direito do jornalista Augusto, um abolicionista convicto, despertando o amor em Juliana, neta dele.

Globo – 18h
de 13 de março a 14 de outubro de 2006
185 capítulos

novela de Benedito Ruy Barbosa
adaptação de Edmara Barbosa e Edilene Barbosa
baseada no romance homônimo de Maria Dezonne Pacheco Fernandes
direção de Marcelo Travesso, Luiz Antônio Pilar e André Felipe Binder
direção geral de Rogério Gomes
núcleo Ricardo Waddington

Novela anterior no horário
Alma Gêmea

Novela posterior
O Profeta

DÉBORA FALABELLA – Sinhá Moça (Maria das Graças Ferreira)
DANTON MELLO – Rodolfo Garcia Fontes
OSMAR PRADO – Coronel Ferreira, o Barão de Araruna
PATRÍCIA PILLAR – Cândida (Baronesa)
ERIBERTO LEÃO – Rafael (Dimas)
ELIAS GLEIZER – Frei José
REGINALDO FARIA – Dr. Fontes
LU GRIMALDI – Inês
BRUNO GAGLIASSO – Ricardo
ÍSIS VALVERDE – Ana do Véu
CARLOS VEREZA – Augusto
VANESSA GIÁCOMO – Juliana
HUMBERTO MARTINS – Feitor Bruno
ZEZÉ MOTTA – Virgínia (Bá)
GÉSIO AMADEU – Justo
ROSAMARYA COLIN – Balbina
OSCAR MAGRINI – Manoel Teixeira
GISELE FRÓES – Nina
CAIO BLAT – Mário
EDUARDO PIRES – José Coutinho
LUCY RAMOS – Adelaide
ALEXANDRE MORENNO – Justino
SÉRGIO MENEZES – Fulgêncio
MAURÍCIO GONÇALVES – Capitão do Mato (Justo)
FABRÍCIO BOLIVEIRA – Bastião
ALEXANDRE RODRIGUES – Bentinho
JACKSON ANTUNES – Delegado Antero
OTHON BASTOS – Coutinho
CHICO ANYSIO – Everaldo
EDWIN LUISI – Martinho (Antônio José Pereira Martinho)
EDYR DUQUI – Rute
CLÁUDIO GALVAN – Bobó
GUILHERME BERENGUER – Eduardo
JOHN HERBERT – Viriato
FERNANDO PETELINKAR – Tibúrcio
ROGÉRIO FALABELLA – Nogueira
BRUNO UDOVIC – Vila
BRUNO COSTA – Renato
JOAQUIM DE CASTRO – Pedro

e
ALDRI D’ANUNCIAÇÃO – um dos escravizados alforriados contratados por Ricardo para trabalharem em sua fazenda
ALEXANDER SIL – Tomás (um dos escravizados fugitivos da fazenda do Barão de Araruna, no início)
ALEXANDRE ACKERMANN – soldado da delegacia de Araruna
ALEXANDRE DAMASCENA – auxiliar do Capitão do Mato
ANDRÉ VIEIRA – Luiz (segundo auxiliar do Capitão do Mato)
ANTÔNIO CARLOS FEIO – elogia Coutinho no armazém de Manoel, por ele ter alforriado seus escravizados
BIJÚ MARTINS – um dos auxiliares de Bruno na fazenda
CÁSSIO PANDOLPH – bilheteiro no trem onde viajam Sinhá Moça e Rodolfo, anuncia que a próxima estação é a de Araruna
CELSO FRATESCHI – Inácio (comprou Maria das Dores e Rafael criança do Barão e os levou para a capital da província)
CLEMENTINO KELÉ – Tobias (escravizado da fazenda do Barão de Araruna)
CREO KELLAB – um dos dois escravizados capturados pelo Capitão do Mato e depois soltos pelo Irmão do Quilombo
CRIS VIANNA – Maria das Dores (mãe de Rafael, que nasceu de seu envolvimento com o Barão de Araruna)
DÉRIO CHAGAS – um dos dois escravizados capturados pelo Capitão do Mato e depois soltos pelo Irmão do Quilombo
FLÁVIO BAURAQUI – André (quilombola)
GUIDA VIANNA – Dona Elvira (costureira de Araruna)
HARLEY VAS – Soldado Alcebíades (da delegacia de Araruna)
JOÃO JÚNIOR – auxiliar de Bruno depois que Honório é assassinado
JOSÉ ARAÚJO – escravizado de Coutinho que atira sua carta de alforria no fogo
JOSÉ AUGUSTO BRANCO – Dr. João Amorim (médico que vem a Araruna atender doentes)
JÚNIOR PRATA – homem a quem Rafael pede uma informação quando chega a Araruna
LARISSA BIONDO – Sinhá Moça (criança)
LARISSA VEREZA – uma das moças na reunião na casa de Ana do Véu
LUCAS ROCHA – Rafael (criança)
MARCELO BATISTA – Bento
MILTON GONÇALVES – Pai José (escravizado da fazenda do Barão de Araruna, pai e avô de vários negros, morre no tronco)
NANDO CUNHA – um dos escravizados alforriados contratados por Ricardo para trabalharem em sua fazenda
OSVALDO BARAÚNA – Honório (auxiliar do feitor Bruno, assediava Adelaide, acaba morto por Justino no início)
PAULO DE ALMEIDA – Soldado Antão (da delegacia de Araruna)
RUTH DE SOUZA – Maria (quilombola)
VALNEI AGUIAR – um dos escravizados alforriados contratados por Ricardo para trabalharem em sua fazenda
WILLIAM VITA – Sião (jagunço do Barão de Araruna)

– núcleo de SINHÁ MOÇA (Débora Falabella), jovem de temperamento doce, mas personalidade forte. Filha de um rico fazendeiro escravocrata, entra em conflito com o pai por defender veementemente a causa abolicionista:
os pais: CORONEL FERREIRA, o BARÃO DE ARARUNA (Osmar Prado), rico fazendeiro. Homem autoritário, intransigente e insensível no trato com os escravizados. Uma espécie de líder na região de Araruna, temido por todos. Mantem uma fortuna em ouro escondida na casa grande,
e CÂNDIDA (Patrícia Pillar), mulher bela, fina e recatada. Submissa, sofre com os desmandos do marido e com sua tempestuosa relação com a filha
os escravizados da casa: VIRGÍNIA, a (Zezé Motta), tivera seu filho recém-nascido tirado dos braços pelo Barão e transferiu seu amor maternal a Sinhá Moça, a quem amamentou e trata como uma filha. Ainda sonha em reencontrar o filho desaparecido,
BASTIÃO (Fabrício Boliveira), esperto, mas morre de medo do barão. Vive implicando com Bá. Na reta final, descobre ser o filho desaparecido dela,
e ADELAIDE (Lucy Ramos), dama-de-companhia de Sinhá Moça, protegida por ela. Bela mulata, apaixona-se por um branco
os escravizados da fazenda que sonham em fugir para o quilombo, os irmãos JUSTINO (Alexandre Morenno), revoltado, odeia os brancos. Apaixonado por Adelaide, não se conforma de ser preterido por um branco,
e FULGÊNCIO (Sérgio Menezes), um tipo dócil, ficou cego pelas mãos do Barão,
o feitor BRUNO (Humberto Martins), homem rude, pau-mandado do Barão, odiado pelos negros. É quem mantém os mantem disciplinados, debaixo de chicote
o CAPITÃO DO MATO (Maurício Gonçalves), temido perseguidor e caçador de escravizados fugitivos, apesar de ser negro. Vai trabalhar para o barão. Ao longo da trama, rebela-se e muda de lado, aliando-se a Justino e Fulgêncio.

– núcleo de RODOLFO (Danton Mello), jovem advogado, abolicionista. Rapaz de boa índole e pulso firme. Quando volta para Araruna, conhece Sinhá Moça durante a viagem e nasce entre eles um amor levado às últimas consequências. Entra em conflito com o Barão, que desaprova o namoro com sua filha. Ele é o IRMÃO DO QUILOMBO, figura mascarada e misteriosa que à noite, montado em um cavalo, abre as portas das senzalas das fazendas para que os escravizados fujam para o quilombo:
os pais: DR. FONTES (Reginaldo Faria), advogado, de princípios rígidos, prosperou honestamente. No início, trabalhava para o Barão, apesar de não concordar com suas atitudes em relação aos escravizados, já que é abolicionista. Ao apoiar os ideais do filho, rompe com ele
e INÊS (Lu Grimaldi), mulher bondosa e cordata, vive para a família
o irmão mais novo RICARDO (Bruno Gagliasso), diferente dele, é um tipo meio bronco e tímido. Amante da natureza e dos animais, preferiu ficar em Araruna a estudar na capital da província, como Rodolfo. Tem uma paixão platônica pela Baronesa Cândida
os empregados da casa: JUSTO (Gésio Amadeu), escravizado alforriado, sujeito simplório mas matreiro, questiona a liberdade. Ao longo da trama, descobre ser o pai do Capitão do Mato
RUTE (Edyr Duqui), também alforriada, cozinheira querida na casa, ajudou a criar Rodolfo e Ricardo
e BENTINHO (Alexandre Rodrigues), vivia na fazenda do Barão e não se conformava de ter nascido um dia antes da promulgação da Lei do Ventre Livre. Comprado pelo Dr. Fontes, ganhou a alforria e a confiança de Rodolfo.

– núcleo de RAFAEL (Eriberto Leão), filho do Barão de Araruna com a negra MARIA DAS DORES (Cris Vianna, participação). Cresceu com Sinhá Moça, por quem tem grande afeição. Odeia o Barão, por ele ter desprezado e vendido sua mãe, e promete vingança. Alforriado, mudou de nome, DIMAS, e voltou à cidade disposto a lutar pela causa abolicionista. Vai trabalhar como tipógrafo no jornal da cidade:
o jornalista AUGUSTO (Carlos Vereza), que publica o jornal de Araruna. Abolicionista, abraça a causa e os ideais de Dimas/Rafael e lhe dá emprego em seu jornal
a neta de Augusto, JULIANA (Vanessa Giácomo), bela e romântica, apaixona-se por Dimas/Rafael, mas, a princípio, ele reluta a esse amor.

– núcleo do FREI JOSÉ (Elias Gleizer), homem caridoso que faz de tudo para apaziguar os ânimos entre abolicionistas e escravocratas em Araruna:
o sacristão BOBÓ (Cláudio Galvan), falastrão e fofoqueiro, um papa-hóstias – literalmente. Também trabalha na taberna de Araruna.

– núcleo de ANA DO VÉU (Ísis Valverde), jovem que passou boa parte de sua vida escondida de todos atrás de um véu, por imposição da mãe carola, que fizera uma promessa. Por causa disso, é motivo de curiosidade, comentários e chacota na cidade. Prometida a Rodolfo, ele desfaz o compromisso assumido entre seus pais, já que ama Sinhá Moça. Ana envolve-se com o irmão dele, Ricardo, que vai consolá-la e acaba se apaixonando por ela, sem nunca ter visto seu rosto. Ana quebra o suspense e abandona o véu durante um baile, revelando o belo rosto. Passa a ser cortejada pelos rapazes solteiros de Araruna, especialmente por Ricardo, com sem acaba se casando. Mas o casamento fracassa:
os pais: MANOEL TEIXEIRA (Oscar Magrini), comerciante próspero, dono de uma taberna e mercearia e de algumas casas de aluguel,
e NINA (Gisele Fróes), religiosa, fez uma promessa a Santa Rita envolvendo o destino da filha. Temendo as represálias da santa, não permite que ela quebre a promessa – mostrar o rosto em público. Diante da pressão do marido e da filha, aceita que Ana tire o véu no baile
o engenheiro EDUARDO (Guilherme Berenguer), que vem a Araruna montar uma usina de beneficiamento tornando-se sócio de Manoel Teixeira no negócio. Apaixona-se por Ana.

– núcleo dos jovens abolicionistas de Araruna:
JOSÉ COUTINHO (Eduardo Pires), enfrenta o pai escravocrata ao apaixonar-se e casar-se com Adelaide, escravizada do Barão,
MÁRIO (Caio Blat), apaixona-se por Juliana e vai trabalhar no jornal de Augusto,
VILA (Bruno Udovic), RENATO (Bruno Costa) e PEDRO (Joaquim de Castro).

– núcleo dos fazendeiros. Apoiam o Barão de Araruna, ou não, de acordo com seus interesses econômicos:
MARTINHO (Edwin Luisi), vai à bancarrota quando o Irmão do Quilombo solta os seus escravizados, que fogem para o quilombo
COUTINHO (Othon Bastos), pai de José, repudia o filho após o casamento dele com Adelaide, a quem não aceita por ser uma escravizada. O nascimento do neto o faz amolecer o coração e passa a aceitar o casamento do filho
EVERALDO (Chico Anysio), pai de Mário, não gosta de ver o filho metido com o movimento abolicionista e o repreende por trabalhar no jornal de Augusto,
VIRIATO (John Herbert), TIBÚRCIO (Fernando Petelinkar) e NOGUEIRA (Rogério Falabella).

– demais personagens:
o DELEGADO ANTERO (Jackson Antunes), prepotente com os fracos, subserviente diante dos poderosos, defende seu cargo a todo custo. Ao longo da trama, revela-se abolicionista enfrentando o Barão
a escravizada BALBINA (Rosamarya Colin), antiga paixão de Justo que estava desaparecida. Caduca, vive em um mundo de fantasia. Na reta final, descobre-se que os dois são os pais do Capitão do Mato
o escravizado PAI JOSÉ (Milton Gonçalves, participação), da fazenda do Barão, morreu no tronco. Descendente de um rei africano, era pai da maioria dos negros da fazenda.

Remake

Remake da novela exibida em 1986 com a história dos personagens Sinhá Moça, Rodolfo e Barão de Araruna, vividos por Lucélia Santos, Marcos Paulo e Rubens de Falco na ocasião – agora interpretados por Débora Falabella, Danton Mello e Osmar Prado.

Baseada no romance de Maria Dezonne Pacheco Fernandes (lançado em 1950), a história já tivera uma versão cinematográfica, produzida pela Vera Cruz em 1953, dirigida por Tom Payne e Oswaldo Sampaio, com Eliane Lage (Sinhá Moça), Anselmo Duarte (Rodolfo) e José Policena (Barão de Araruna).

Sinhá Moça foi a segunda das novelas do horário das seis de Benedito Ruy Barbosa que ganharam remakes. A primeira foi Cabocla, em 2004. As demais foram Paraíso, em 2009, e Meu Pedacinho de Chão, em 2014. Em 2022, a Globo levou ao ar o remake de Pantanal, na faixa das nove.

Elenco

Patrícia Pillar, que viveu a personagem Ana do Véu em 1986, voltou nessa versão como a Baronesa Cândida.
Gésio Amadeu, o negro Fulgêncio da novela original, passou a interpretar Justo.
José Augusto Branco, que viveu Manoel Teixeira em 1986, fez algumas aparições nesse remake como o médico João Amorim.
Alexandre Morenno, um dos escravizados da fazenda Araruna em 1986, voltou como o escravizado Justino em 2006.
E o personagem Pai José ficou a cargo de Milton Gonçalves nas duas versões da novela.

Para o papel de Ana do Véu, fez-se mistério sobre o rosto da atriz escolhida para viver a personagem, já que Ísis Valverde (sua intérprete) era estreante e passou parte da trama com o rosto coberto.

Também a primeira novela da atriz e cantora Rosamaria Colyn e do ator Fabrício Boliveira.

Fotografia e locações

Sinhá Moça apresentou uma novidade: sua imagem, que parecia de cinema ou de TV digital de alta definição, foi tratada com programas de computador na pós-produção para dar um efeito de película. Por conta disso, chamadas de estreia foram anunciadas em salas de cinema.

A novela contou com cenas nas cidades de Três Rios, no estado do Rio de Janeiro, Campinas e Bananal, no interior paulista. Além das locações em fazendas coloniais em São Paulo e no Rio de Janeiro, a produção ergueu uma cidade cenográfica com 8.868m2 no Projac, a Central Globo de Produção em Jacarepaguá (RJ).

Trilha sonora e abertura

De sua trilha sonora, as músicas “Na Ribeira Deste Rio”, interpretada por Dori Caymmi, e “Camará”, interpretada por Walter Queiroz, haviam feito parte da trilha da primeira versão da novela.

Com uma fotografia quente, em tons terrosos e dourados, a abertura da novela exibia um casal de época apaixonado enquanto a vida dos escravizados era contada em silhuetas de sombras projetadas sobre uma fachada ao fundo, em referência à trama (uma história de amor no contexto da escravidão).

A música-tema – “Sinhá Moça” – foi especialmente composta (por Marcelo Barbosa, Bozzo Barretti, Guarabyra e Vitor Martis) e gravada (pelo cantor Leonardo) para a novela.

Apesar da abertura do remake em nada lembrar a abertura da primeira versão, o logotipo da novela foi mantido, com pequenos ajustes formais e efeitos dourados e brilhantes que não existiam na versão original.

Reprise

A novela foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo de 15/03 a 10/09/2010. Curiosamente, a reprise da primeira versão desta novela (de 1986) também estreou em um dia 15 de março – de 1993 no caso.

Reprisada também no Viva (canal de TV por assinatura pertencente ao Grupo Globo) a partir de 01/01/2024, às 15h30.

Primeira indicação ao Emmy

Sinhá Moça foi a primeira novela brasileira indicada ao prêmio Emmy International (o Óscar da TV mundial). A novela foi inscrita como “série dramática” (na época, não existia a categoria “novela”). Por sua atuação, Milton Gonçalves foi indicado a melhor ator. Não foram premiados.

E mais

Tal qual em sua primeira versão, Sinhá Moça terminou com a descrição na tela da Lei Áurea, que libertava todos os escravizados, seguida da seguinte frase de Benedito Ruy Barbosa: “E de tudo que plantaram, nada lhes restou… nem da terra, nem dos frutos. Apenas a liberdade.” (narração do ator Carlos Vereza, que vivia na trama o jornalista Augusto).

01. SINHÁ MOÇA – Leonardo (tema de abertura)
02. AMOR ETERNO – Gian & Giovani (tema de Cândida)
03. É AMOR, É PAIXÃO – Chitãozinho & Xororó (tema de Sinhá Moça e Rodolfo)
04. NEGRO REI – Cidade Negra (tema do núcleo dos escravizados)
05. QUANDO A GENTE AMA – Oswaldo Montenegro (tema de Dimas e Juliana)
06. MISTÉRIOS DA VIDA – Arleno Farias (tema do núcleo dos escravizados)
07. CUSTE O QUE CUSTAR – Fagner (tema de Ricardo)
08. VOCÊ E EU – Fernanda Porto (tema de Adelaide e José Coutinho)
09. MINHA NAMORADA – Maria Bethânia (tema de Ricardo e Ana)
10. NA RIBEIRA DESTE RIO – Dori Caymmi (tema de Coronel Ferreira)
11. MANHÃS BONITAS – Guarabyra (tema de locação – Araruna)
12. SER UM SÓ – Chico César (tema do núcleo dos escravizados)
13. ESSE NEGRO NÃO SE ENXERGA – Batacotó (tema de Bastião)
14. CAMARÁ – Wálter Queiróz (tema de Justino)

Sonoplastia: Nelson Zeitoune e Irla Leite
Produção musical: Rodolpho Rebuzzi e Marcelo Barbosa
Direção musical: Mariozinho Rocha
Seleção de repertório: Marcelo Barbosa, Rogério Gomes, Ricardo Waddington, Mariozinho Rocha, Benedito Ruy Barbosa, Edmara Barbosa e Edilene Barbosa

Tema de abertura: SINHÁ MOÇA – Leonardo

Tão meiga que nem parece nascida nesse lugar
Anjo que desce às manhãs antes de clarear
Tem a força capaz de acalmar e dar paz
De dar esperança e alento a todos os ais

Sinhá Moça, guia do seu próprio coração
Guardiã do sonho e da razão
É uma mulher, sabe o que quer
Sinhá Moça, nada, nada, nada faz mudar
Seu jeito de ser e de viver
Sinhá Moça minha guia
Minha estrela noite e dia…

Sinhá Moça…

Veja também

  • sinha86

Sinhá Moça (1986)

  • cabocla2004_logo

Cabocla (2004)

  • paraiso09

Paraíso (2009)