Sinopse

A exploração do cacau trouxe para a região de Ilhéus, no sul da Bahia, o desenvolvimento e, com este, pessoas vindas de longe, como o aventureiro João Magalhães, jogador de cartas trapaceiro e falso engenheiro militar; o lavrador Antônio Vítor, o Sergipano, que sonhava com uma roça de cacau só sua; o advogado Dr. Virgílio que, na esperança de riqueza fácil, colocava seu conhecimento de leis a serviço da ambição dos coronéis; e a prostituta Margot, amante de Virgílio. Depararam-se com o conflito entre dois grandes latifundiários.

O Coronel Horácio da Silveira e a família Badaró, em busca de expansão do patrimônio e força política, lutavam pela posse das matas do Sequeiro Grande, que ficavam entre as suas propriedades. Coronel Horácio, ex-tropeiro, enriquecera plantando cacau. Uma vez viúvo, casara-se novamente com a bela Ester, moça fina e culta que não o amava e não suportava a vida na mata. Ao contratar os serviços de Virgílio, o Coronel Horácio nem imaginava que sua mulher e o advogado se apaixonariam, tornando-se amantes, para o desespero de Margot.

Os Badaró eram uma das famílias mais ricas e poderosas da região. Enquanto Sinhô Badaró era pela paz, matando somente em caso de extrema necessidade, Juca Badaró, seu irmão, resolvia tudo a fogo e bala. Juca se envolve com Margot, mas é casado com a futriqueira Olga, muito diferente de Donana, filha do Sinhô Badaró, sua companhia constante. Conhecida como uma moça séria e enraizada à terra, Donana era avessa a mexericos. Porém, não resiste aos encantos de João Magalhães, o falso engenheiro contratado pelo Sinhô Badaró que arrebata seu coração.

Globo – 18h
de 16 de novembro de 1981
a 27 de fevereiro de 1982
90 capítulos

novela de Walter George Durst
baseada nos romances “Terras do Sem Fim”, “Cacau” e “São Jorge dos Ilhéus”, de Jorge Amado
direção de Herval Rossano

Novela anterior no horário
Ciranda de Pedra

Novela posterior
O Homem Proibido

CLÁUDIO CAVALCANTI – João Magalhães
NÍVEA MARIA – Donana
PAULO FIGUEIREDO – Virgílio Cabral
SURA BERDITCHEVSKY – Ester
MARIA CLÁUDIA – Margô
JONAS MELLO – Coronel Horácio da Silveira
CARLOS KROEBER – Sinhô Badaró
OTÁVIO AUGUSTO – Juca Badaró
BÁRBARA BRUNO – Olga
FERNANDO TORRES – Dr. Carlos Zude
JOSÉ LEWGOY – Coronel Maneca Dantas
BÁRBARA FAZIO – Vampireza (Agripina)
STÊNIO GARCIA – Amarelo Joaquim
MILTON GONÇALVES – Damião
EDWIN LUISI – Silveirinha
MÁRIO CARDOSO – Rui Dantas
SEBASTIÃO VASCONCELOS – Coronel Teodoro das Baraúnas
ADEMILTON JOSÉ – Sergipano (Antônio Vítor)
JULCILÉA TELLES – Raimunda
ISAAC BARDAVID – Argemiro
HAROLDO DE OLIVEIRA – João Grilo
JOSÉ DE ABREU – Pepe
HELOÍSA MILET – Julieta Zude
FÁBIO JUNQUEIRA – Sérgio Moura
ALBERTO PEREZ – Dr. Jessé Freitas
GERMANO FILHO – Dr. Genaro Torres
MACEDO NETO – Coronel Clementino
THELMA RESTON – Auricídea
FELIPE DONOVAN – Firmo
BERNADETTE DI PAULA – Tereza
ANGELITO MELLO – Brás Velho
ADALBERTO SILVA – Jarde
THEREZA MASCARENHAS – Maria Sonsa (Maria de Souza Telles)
PAULO GONÇALVES – Padre Bento
ALFREDO MURPHY – João Vermelho
ANTÔNIO PITANGA – Viriato
FERNANDO JOSÉ – Venâncio
EDSON SILVA – Tonico Borges
ELIANA ARAÚJO – Isaltina
REGINA NOGUEIRA – Rosa
ROBERTO MONTINI – Vicente
ELZA GOMES – Dona Menininha
IVAN MESQUITA – Carangau
CLÁUDIO SAVIETTO – Vicente Carangau
NELSON FREITAS – cabo
DARTAGNAN MELLO – soldado
DARY REIS

a menina ARAY DUARTE – filha de Damião

e
ALCEBÍADES BANDEIRA – empregado da fazenda
CÉSAR TEIXEIRA – empregado da fazenda
ELIZEU PEREIRA – empregado da fazenda
HILDA DOS REIS – empregada da fazenda
JOANA ROCHA – empregada da fazenda
LEDA MARIA – empregada da fazenda
ROGÉRIO BLUM – empregado da fazenda
THIÉ – empregado da fazenda

– núcleo do CAPITÃO JOÃO MAGALHÃES (Cláudio Cavalcanti), forasteiro, aventureiro, farsante e jogador profissional. Faz-se passar por engenheiro militar e medidor de terras. Apaixona-se à sua própria revelia. Não imagina que esse envolvimento amoroso o leve a participar das lutas épicas pelo domínio das terras férteis do Sequeira Grande:
o amigo DR. VIRGÍLIO CABRAL (Paulo Figueiredo), advogado recém-formado, enviado a Tabocas para servir ao chefe da oposição local. De maneiras finas, inteligente e sensível, mas ambicioso. Fundamentalmente honesto, não tem a mesma formação dos homens que desde o início se ligaram ao cacau
a protetora de Virgílio, MARGÔ (Maria Cláudia), apaixonada desde os tempos em que ele era estudante. Mulher livre e vivida, não aceita a sua partida, a quem tanto ajudou em outras épocas. Segue-o e vai viver em Tabocas todas as fases de uma dolorosa separação
o parceiro de jogo PEPE (José de Abreu), vigarista e rufião.

– núcleo do CORONEL HORÁCIO DA SILVEIRA (Jonas Mello), o homem mais rico e mais temido da região, chefe político da oposição, com amplo domínio em Ferradas e Tabocas. Viúvo da primeira mulher, com quem teve um filho. De natureza rude, seu sonho é tornar-se o chefe político do lugar e apossar-se das terras férteis – e ainda sem dono – do Sequeira Grande. Virgílio vai trabalhar para ele, servindo-lhe de advogado:
o filho SILVEIRINHA (Edwin Luisi), do primeiro casamento. Não aceita o segundo casamento do pai e frequentemente se assusta com sua rudeza e brutalidade. De caráter fraco, está pronto para fazer valer seus direitos de filho de coronel, desde os mais arriscados, junto com os jagunços, até os mais mesquinhos
a nova mulher ESTER (Sura Berditchevsky), filha de um comerciante de Ilhéus. Foi educada no melhor colégio de freiras da capital. Em situação difícil, aceita casar-se, indo morar na fazenda Bom Nome, nos confins de Ferradas. Sonhava uma vida totalmente diferente da que tem após o casamento. Fraca, melancólica e sensível, não tem condições de suportar seu difícil exílio. Apaixona-se perdidamente por Virgílio e os dois vivem um romance proibido que tende a terminar mal
o amigo DR. JESSÉ FREITAS (Alberto Perez), médico de Tabocas, divide sua profissão com a política, as roças de cacau e as casas que aluga. Sua grande paixão é um grupo de teatro amador, criado, organizado e dirigido por ele, em que também escreve e ensaia peças
o vizinho CORONEL CLEMENTINO (Macedo Neto), fazendeiro
a mucama de Ester, ISALTINA (Eliana Araújo).

– núcleo dos aliados do Coronel Horácio da Silveira:
FIRMO (Felipe Donovan), dono da roça de cacau num ponto estratégico nas matas do Sequeiro Grande. Teimoso e rústico, venera o coronel
TEREZA (Bernadete Di Paula), mulher de Firmo, tem fama de trair o marido, mas na verdade é honesta, doméstica e maternal
BRÁS VELHO (Angelito Mello), dono de uma pequena roça nos limites do campo da luta
JARDE (Adalberto Silva), dono de uma roça próxima ao Sequeiro Grande.

– núcleo do SINHÔ BADARÓ (Carlos Kroeber), viúvo, inimigo político do Coronel Horácio da Silveira. Veio ainda pequeno para a zona do cacau, onde seus pais montaram a fazenda Santana da Alegria, próxima a Tabocas. Homem de muito prestígio na região, onde representa o Governo. De sentimentos nobres e cristãos, é avesso ao sangue. Contra todos os seus princípios, vê-se envolvido na sangrenta luta pela posse das terras do Sequeiro Grande:
a filha DONANA (Nívea Maria), nasceu na fazenda e ficou órfã de mãe bem cedo. De rosto sério e atitudes decididas e recatadas, pouco chegada a futilidades e festas. Interessa-se pelos assuntos da fazenda, zelando sempre pela estabilidade da família. Como braço-direito do pai, lidera a última resistência na disputa do Sequeiro Grande e reúne todas as forças na luta para reconquistar o poderio perdido pelos Badaró. Apaixona-se por João Magalhães e esse romance a muda completamente
o irmão JUCA BADARÓ (Otávio Augusto), homem extrovertido às voltas com jogo e mulheres. Sua figura nervosa e dinâmica retrata seu método direto e impulsivo de agir, sem medir as consequências. Não tem o menor escrúpulo ao mandar assassinar um adversário. De grande importância na luta pelo Sequeiro Grande, é alvo de vários atentados. Vai ter um caso com Margô, que se torna sua amante
a cunhada OLGA (Bárbara Bruno), mulher de Juca, por quem é apaixonada. Incapaz de reagir ao marido, refugia-se na religião, nas queixas intermináveis e na expectativa do futuro
a sobrinha distante MARIA DE SOUZA TELLES, a MARIA SONSA (Thereza Mascarenhas), de educação recatada para a época e o lugar. Donana a leva constantemente à fazenda
o capanga de Juca, ANTÔNIO VÍTOR, o SERGIPANO (Ademilton José), moço simples, dotado de simpatia e determinação. Esconde uma personalidade forte e emotiva, que lhe permitirá, ao longo de sua participação nas lutas pela posse das terras do Sequeiro Grande, desenvolver um processo de completo amadurecimento
a cozinheira RAIMUNDA (Julciléa Telles) filha de uma mulata com o falecido pai do Sinhô Badaró. Cresceu no meio da família, trabalhando como doméstica, com a fisionomia sempre séria e zangada. Rejeita seus pretendentes, a grande maioria de olho na proteção dos Badaró. Não perdoa a diferença de tratamento dispensado a ela, em comparação com Donana, por quem sente uma afeição contraditória. Apaixona-se por Sergipano
seu advogado GENARO TORRES (Germano Filho).

– núcleo da fazenda da família Badaró:
o capataz ARGEMIRO (Isaac Bardavid), já foi jagunço até ganhar uma pequena roça de trinta arrobas. Odiado por todos, obriga as pessoas a trabalharem sempre mais. Tentará de todas as formas se casar com Raimunda para garantir sua entrada definitiva na casa-grande
os jagunços VICENTE (Roberto Montini), um dos maiores sanguinários da região, contratado por Sinhô Badaró na disputa das terras do Sequeiro Grande,
e DAMIÃO (Milton Gonçalves), conhecido como a melhor pontaria em toda a zona do cacau. Fugitivo da polícia, pede abrigo na Fazenda Santana da Alegria e transforma-se no principal capanga dos Badarós. Homem de temperamento límpido, adorado pelas crianças, companheiro dos demais, alegre e pândego,
a filha de Damião (Aray Duarte), menina que ele faz questão de criar. Toma aulas com as moças da casa-grande para se alfabetizar
os funcionários JOÃO GRILO (Haroldo Oliveira), “alugado” de Sinhô Badaró: deve muito na despensa da família e sabe que jamais chegará a pagar sua dívida, estando assim condenado a continuar trabalhando a vida inteira no cacau. Planeja uma festa com os trabalhadores, com a permissão dos patrões, para tentar a fuga,
AMARELO JOAQUIM (Stênio Garcia), apesar de sua condição de “alugado” tem consciência crítica da vida que levam os trabalhadores do cacau: explorados no trabalho e acorrentados por causa do endividamento da vendola das fazendas. Veio do Sergipe e tem um nebuloso parentesco com Sergipano, a quem tenta abrir os olhos quando ele começa a entender-se com Raimunda e a submeter-se aos Badarós. Apaixona-se por Maria Sonsa,
e VIRIATO (Antônio Pitanga), amigo de Damião
o vendeiro JOÃO VERMELHO (Alfredo Murphy), “alugado”, ocupa uma posição intermediária entre o pessoal da plantação e o da casa-grande. É responsável pelas contas dos devedores
ROSA (Regina Nogueira), moça vistosa que habita os sonhos de João Grilo, de Joaquim e de alguns coronéis.

– núcleo do CORONEL MANECA DANTAS (José Lewgoy), amigo e compadre do Coronel Horácio da Silveira, a quem é leal – o que não o impede de manter relações formais e amistosas com os Badaró, exceto nas horas de combate. É proprietário da Fazenda Auricídia – nome de sua esposa –, encravada nas bordas da mata do Sequeiro Grande, entre as terras de Badaró e do Coronel Horácio. Gosta de dedicar-se ao jogo e às aventuras amorosas. Será dos poucos coronéis que conseguem escapar da ruína completa depois da alta do cacau forjada pelos exportadores:
a mulher AURICÍDIA (Thelma Reston), exigente em matéria de galanteios e carícias, apesar de ser uma matrona gorda e preguiçosa. É atendida por seu marido com infinita paciência, o que mantém a paz em sua casa
o fiho RUI (Mário Cardoso), está começando sua vida como advogado e ainda não tem clientela. Ganhará evidência ao lutar contra a ação proposta por Silveirinha para derrubar o velho Coronel Horácio da Silveira.

– núcleo do CORONEL TEODORO DAS BARAÚNAS (Sebastião Vasconcelos), proprietário da Fazenda das Baraúnas, nas proximidades da mata do Sequeiro Grande, amigo e aliado dos Badaró. Tipo curioso, trata as mulheres e os amigos da forma mais doce possível, enquanto pratica atos de selvageria contra os empregados e os inimigos. Manda incendiar o cartório para invalidar o registro das terras do Sequeiro Grande, que estavam em nome de seus adversários:
a mulher que acolhe em sua casa AGRIPINA, a VAMPIREZA (Bárbara Fazzio), atraente e notável, especialmente pelos constantes altos e baixos de sua vida. Depois de passar por cabarés de Ilhéus e Tabocas, passa a fazer vida social entre os proprietários de terras, embora contra a vontade das demais esposas. Com a fuga do Coronel Teodoro para outro Estado durante as lutas do Sequeiro Grande, volta à vida antiga. Tenta dar uma autêntica dignidade à vida de Rui Dantas.

– núcleo de CARLOS ZUDE (Fernando Torres), exportador de cacau, representante de uma das principais firmas do ramo. Está sempre procurando um meio de abocanhar uma parte importante do império do cacau. Isto acontece após as lutas pelas terras do Sequeiro Grande, quando se une a outros exportadores e provoca uma alta fictícia do cacau. A repentina inflação leva os cacaueiros às dívidas, para depois dar o bote decisivo, com a baixa brusca do valor da safra:
a noiva JULIETA (Heloísa Milet), moça da melhor sociedade baiana, submissa a ele, bem mais velho do que ela, com quem se casa. Vive em Tabocas e depois em Ilhéus, amenizando sua existência com algumas viagens à capital. Torce para que o marido enriqueça de verdade, e que a leve a morar em outro lugar. É uma pessoa insatisfeita, às vezes deprimida e nostálgica
o amigo de Julieta, SÉRGIO MOURA (Fábio Junqueira), secretário da Associação Comercial. Rapaz sensível, poeta. Ela lhe ensina a conquistar a energia que ele nunca teve. E ele, por sua vez, a ajuda a transformar sua personalidade.

– demais personagens:
PADRE BENTO (Paulo Gonçalves), encarregado da capela de Ferradas. Tem pouca simpatia do povoado, pois cuida pouco dos assuntos religiosos locais, já que está mais preocupado com a construção de um colégio de freiras em Ilhéus
VENÂNCIO (Fernando José), dono do cartório onde estão registrados os falsos documentos de posse do Sequeiro Grande
TONICO BORGES (Edson Silva), alfaiate em Tabocas, dono da melhor alfaiataria da cidade e, ainda, o quartel general das más línguas locais.

Adaptação

Sai a dramática Ciranda de Pedra, trama psicológica de apelo feminino, e entra Terras do Sem Fim, uma história de aventura, masculina.

Última produção no período sob o comando do diretor Herval Rossano, que, em 1975, implantou e solidificou o horário das seis para novelas, basicamente com tramas inspiradas em obras da Literatura Brasileira, a maioria de época. Herval escolhia as tramas e fazia a pré-produção, a maioria delas dirigida por ele mesmo. Depois de Terras do Sem Fim, o diretor ausentou-se por um período da TV brasileira, retornando em 1984.

Walter George Durst já havia adaptado Jorge Amado para a TV: Gabriela, em 1975, baseada no livro “Gabriela Cravo e Canela”. Desta vez, o novelista reuniu três romances do escritor de uma vez só – “Terras do Sem Fim”, “Cacau” e “São Jorge dos Ilhéus” -, o que resultou em um faroeste baiano, com lutas sangrentas entre coronéis e seus jagunços por domínio de terras e poder, nunca visto no tradicional – e leve – horário das seis.

Novela encurtada

Infelizmente, a união dos romances não surtiu o efeito esperado. O público rejeitou a novela, apesar da excelente produção e do elenco robusto, repleto de atores veteranos, a maioria homens.

Diante da baixa audiência, e sem poder reproduzir no visado horário das 18 horas a sensualidade dos personagens de Jorge Amado, a novela foi encurtada em dois meses. Em seu lugar, para reconquistar o público perdido, a Globo criou alarde ao lançar a adaptação de um folhetim de Nelson Rodrigues, em uma trama contemporânea: O Homem Proibido.

Elenco

Destaque para o trabalho irrepreensível dos atores Carlos Kroeber e Jonas Mello, como os fazendeiros rivais Sinhô Badaró e Coronel Horácio da Silveira.

Primeira novela da atriz Thereza Mascarenhas. Primeira novela na Globo da atriz Bárbara Bruno (filha mais velha do atores Paulo Goulart e Nicette Bruno).

Locações e cenografia

As primeiras cenas foram gravadas em Pirapora, cidade de Minas Gerais. Algumas sequências foram realizadas em uma “gaiola”, embarcação utilizada para navegar pelo Rio São Francisco. (Site Memória Globo)

Em Guaratiba (RJ) foram construídas três cidades cenográficas, Ferradas, Tabocas e Ilhéus, reconstituindo cidades baianas do início do século 20, em uma área de cerca de 1.600 m2. Os cenários de Mário Monteiro e Leila Moreira reproduziam tanto ambientes interiores como exteriores, o que não era utilizado até então. Essa mudança possibilitou uma redução no tempo de gravação em estúdio. (Site Memória Globo)

Abertura

O artista plástico Aldemir Martins, que já ilustrava os livros de Jorge Amado, foi o responsável pela abertura de Terras do Sem Fim, que apresentava suas belas aquarelas. Suas pinturas também ilustraram a abertura de Gabriela, em 1975.

E mais

Jorge Amado é o escritor mais adaptado para a televisão brasileira. Além de Terras do Sem Fim: Gabriela (1975 e 2012), Tenda dos Milagres (1985), Tieta (1989), Capitães de Areia (1989), Tereza Batista (1992), Tocaia Grande (1995), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1998), Porto dos Milagres (2001 – adaptação dos romances “Mar Morto” e “A Descoberta da América pelos Turcos”), Pastores da Noite (2002) e alguns casos especiais inspirados em sua obra.

01. POVO RAÇA BRASIL – Simone
02. MOÇA BONITA – Geraldo Azevedo (tema de Margot)
03. BICHO HOMEM – Fafá de Belém (tema do Coronel Horácio)
04. CONTRADANÇA – Ruy Maurity
05. ESTRELA DA TERRA – Nana Caymmi e Boca Livre (tema de João Magalhães e Donana)
06. DESAFIO – Dori Caymmi (tema de abertura)
07. RODA BAIANA – Gal Costa
08. CANTIGA DE CEGO – Dorival Caymmi (tema geral)
09. VEIO D’AGUA – Elba Ramalho
10. OSSAIN (BAMBOXÊ) – Antônio Carlos e Jocafi (tema das lavadeiras)
11. RÉQUIEM PARA MATRAGA – Geraldo Vandré
12. CABARÉ DE BANDIDO – Dominguinhos

Sonoplastia: Jenny Tausz
Produção musical: Guto Graça Mello e Dori Caymmi
Pesquisa de repertório: Arnaldo Schneider

Tema de abertura: DESAFIO – Dori Caymmi

Éramos eu e um cavalo
No seu galope macio
Pulando cerca de arame
Pisando morro de pedra
Andando em leito de rio

Éramos eu e um cavalo
E era um cavalo bravio
Casco de lâmina forte
Andar de chão de montanha
Crina de véu e pavio

Ele bufando fagulha
E eu contraído de frio
Mandado pelo barroso
Éramos eu e um cavalo
Indo de encontro ao vazio

Éramos nós e os cavalos
Feitos do mesmo feitio
Vindo de todos os lados
E sobre eles sangrentos
Seus cavaleiros sombrios

Éramos nós e os cavalos
A nos causar calafrios
Todos os outros já mortos
Por essa causa contrária
Que se chamou poderio

E eu com uma bala no peito
Meu alazão nos baixios
Caímos da cordilheira
Deixando a causa nas lendas
Pra quem quiser desafio…

Veja também

  • tocaiagrande

Tocaia Grande

  • gabriela1975

Gabriela (1975)

  • tendadosmilagres_logo

Tenda dos Milagres

  • tieta

Tieta