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01. TEMA DE LUCIANO – Luiz Eça
02. TELETEMA – Regininha
03. AZIMUTH – Apolo VI  (tema de abertura)
04. GENTE HUMILDE – Márcia
05. DEPOIS DA QUEDA – Roberto Menescal
06. IRENE – Elis Regina
07. ANDRÉA – Joyce
08. AZIMUTH – Apolo VI  (tema de abertura)
09. TELETEMA – Regininha e Laércio
10. IRENE – Wilson das Neves
11. ABERTURA – The Youngsters *
12. TELETEMA – Cláudio Roditi

1969
Direção de produção: Nelson Motta
Philips

Primeira novela a ter um LP de trilha sonora lançado no mercado com músicas especialmente compostas. Anteriormente, as trilhas vinham em compactos (como de A Deusa Vencida, em 1965) ou agrupadas várias novelas em um LP só (como o disco “Salathiel Coelho Apresenta Temas de Novelas”).

Segundo o diretor Daniel Filho, essa foi uma grande jogada de marketing, porque um produto promovia o outro (o disco e a novela), em uma época em que a TV Globo não tinha ainda a hegemonia do mercado televisivo brasileiro.

O disco vendeu 70 mil cópias. A trilha, feita sob encomenda, foi produzida por Nelson Motta e lançada pela Philips (quando ainda não existia a Som Livre). (“Almanaque da TV”, Bia Braune e Rixa)
Sobre a trilha, Daniel Filho revelou no livro “O Circo Eletrônico”:
“Toda concepção (…) foi pedida por mim ao Nelson Motta, que era o produtor musical. Eu passei para ele o briefing do que eu queria, isto é, o espírito de Um Homem, Uma Mulher, filme romântico de Claude Lelouch [de 1966]. Se o leitor comparar as músicas, verá que tem o mesmo feeling.”

Uma música de grande sucesso em Véu de Noiva foi “Teletema”, de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, interpretada pela cantora Regininha, que marcou a época e é sempre associada à novela. No disco, a música aparece em três versões: cantada, instrumental e sussurrada (por Regininha).

A personagem de Betty Faria se chamaria, inicialmente, Lúcia, mas seu nome foi alterado por causa da música-tema escolhida para ela. Sobre a canção “Irene”, Nelson Motta narrou em seu livro “Noites Tropicais”:
“Precisávamos também de uma bela música para a personagem Lúcia, de Betty Faria, e estava difícil. Foi quando ouvi na Philips a recém-chegada gravação que Caetano Veloso tinha feito de ‘Irene’ na Bahia, antes de partir para o exílio [feita especialmente para sua irmã]. Era sofrida e lindíssima, só com Gilberto Gil acompanhando no violão, gravada num estudiozinho baiano. A música era tão boa que não foi difícil convencer Daniel Filho a ligar para Janete Clair e pedir que ela trocasse o nome da personagem de Betty Faria para Irene.”

Só em 1971, a Globo criou a empresa SIGLA – Sistema Globo de Gravações Audio-Visuais, cujos produtos ficaram conhecidos pelo selo Som Livre. A trilha sonora da novela O Cafona foi a primeira feita pela Som Livre e a excelente vendagem do disco levou ao lançamento da primeira trilha internacional para uma novela.

Em 2001, as trilhas sonoras das novelas Véu de NoivaPigmalião 70 e A Próxima Atração (lançadas em 1970), que pertencem ao catálogo da gravadora Universal Music, foram reeditadas em CD no Japão, mas nunca foram relançadas no Brasil.

* Apesar de constar na trilha uma música intitulada “Abertura”, a que de fato ilustrava a abertura da novela era “Azimuth”, gravada pelo grupo Apolo IV. (“Teletema, a História da Música Popular Através da Teledramaturgia Brasileira”, Guilherme Bryan e Vincent Villari)

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Véu de Noiva