Sinopse

São Paulo, 1945, fim da Segunda Guerra Mundial. Um cortiço no bairro do Bixiga centraliza as tramas e os personagens. A alegre Lalá é uma ex-prostituta que arranjou-se na vida com um senador da República, seu amante, que, ao morrer, a deixou em uma excelente situação financeira, já que tivera uma filha com ele, Marialina. Lalá é cortejada pelo simplório italiano Antônio Sapateiro, homem maduro apaixonado por ela. O português Manoel Vitor ama a judia Ruth, mas os pais dela proíbem o namoro por causa da religião. Este amor é ainda abalado pelas intrigas da ardilosa caipirinha Gracinha, filha do poderoso Coronel Antenor, apaixonada pelo português.

A despachada e trabalhadeira Gema, julgando-se viúva, se casa com Pietro, um italiano apaixonado, e vive feliz até que o primeiro marido, o dúbio Sebastião, aparece vivo. Já o jovem casal Bruno e Bianca prospera com uma rede de cantinas. E Sara, bela dona de uma pensão, é cortejada pelo libanês Michel, um dos hóspedes, bem mais velho que ela. Também o italiano Antônio do Mercado, um trabalhador incansável, que mantém com sacrifício o filho Toninho em um dos melhores colégios da cidade. Ele não vê com bons olhos o envolvimento do filho com Marialina, por ela ser filha de Lalá, uma ex-prostituta, e por achar que um namoro atrapalhará o seu futuro.

Globo – 18h
de 21 de novembro de 1988
a 6 de maio de 1989
143 capítulos

novela de Benedito Ruy Barbosa
colaboração de Edmara Barbosa
direção de Reynaldo Boury e Luís Fernando Carvalho
direção geral de Reynaldo Boury

Novela anterior no horário
Fera Radical

Novela posterior
Pacto de Sangue

YONÁ MAGALHÃES – Lalá (Laura)
CARLOS ZARA – Antônio Sapateiro
OSMAR PRADO – Pietro
NÍVEA MARIA – Gema
LAURO CORONA – Manoel Vitor
DEBORAH EVELYN – Ruth
PAULO JOSÉ – Francesco
GIUSEPPE ORISTÂNIO – Bruno
PATRÍCIA PILLAR – Bianca
ANTÔNIO PETRIN – Antônio do Mercado
MARCOS WINTER – Toninho
GABRIELA OLIVEIRA – Marialina
LUÍS CARLOS ARUTIN – Michel
AÍDA LEINER – Sara
MAURO MENDONÇA – Coronel Antenor
IARA JAMRA – Gracinha
ROBERTO BONFIM – Sebastião (Zé Adhemar)
JOSÉ LEWGOY – Samuel
MÍRIAM MEHLER – Fanny
ROGÉRIO MÁRCICO – Amadeu
SUZANA FAINI – Maria
FELIPE CARONE – Giácomo
ABRAHÃO FARC – Abrahão
IRVING SÃO PAULO – Alcebíades
DEDINA BERNADELLI – Henriqueta
COSME DOS SANTOS – Tatu (Antenor)
ÍRIS NASCIMENTO – Clara
VERA ZIMERMANN – Marta
ANDRÉA AVANCINI – Mariana
CLÁUDIA SCHER – Jurema
STELLA FREITAS – Marieta
CLÁUDIA BORIONI – Nena
AUGUSTO OLÍMPIO – Cupim
HENRIQUE CÉSAR – Juca
LUÍS FABIANO – André
OSMAR DI PIERI – Fogueira

os meninos
JONATHAN NOGUEIRA – Dino
FELIPE FONSECA – Gino

e
AGUINALDO ROCHA – delegado
ANGELITO MELLO – juiz
ANTÔNIO DE BONIS – marido de Marieta
CHAGUINHA
CLÁUDIO CORRÊA E CASTRO – padre que celebra o casamento de Gema e Pietro
CHRISTIANA GUINLE – Irmã da Luz
ELOÍSA MAFALDA – dona de bordel
ELIZABETH HARTMANN – Shatlain (casamenteira que arranja o enlace entre Ruth e Israel)
ÊNIO SANTOS – Mariano (funcionário da fazenda de Antenor)
FERNANDO JOSÉ – funcionário da fábrica
GERMANO FILHO – fazendeiro
IDA GOMES – madre superiora no colégio onde Marialina estudou
JACK MILITELLO – marido de Nena
JULIANA TEIXEIRA – Odete (filha do farmacêutico, namorada de Cupim)
LOUIS ANDRÉ – Jean (violonista da cantina)
LOURDES MAYER – dona do bordel
MÁRIO LAGO – senador da República, pai da Marialina (em off)
PAULO CASTELLI – Israel (marido de Ruth, morre no decorrer da trama)
PAULO FIGUEIREDO – gerente do banco
TONICO PEREIRA – Juvenal
TONY VERMONT
TURÍBIO RUIZ – Padre Antônio

apoio
ALLAN ALENCAR
ANTÔNIO CELSO
ARSTEN LEVI
CARLO DI KARLO
CATALINA BONAKY
CÉSAR MACIEIRA
CLÁUDIA ANCILOTTI
CLÁUDIA BRAGANÇA
CLEIDE MARROLY
CRISTINA NEGRO
DAYSE TENÓRIO
DIMITRIUS SIDERIS
DINO ROMANO
DYAMA BHADRA
EDUARDO VILLA VERDE
ENOCK BATISTA
FLÁVIO ALVES
GENTIL
ÍNDIO BUGRE
ÍRIS NARDINI
IVO CICONHA
IVONE GOMES
JEFFERSON DANTAS
JÔ PINHEIRO
JOSIAS DE ALMEIDA
LEONARDO VERMONT
LILI DOS SANTOS
LUIZ SOUZA
MARCELO FALBO
MÁRCIA MAROTA
MAURY AKLANDER
NÉLIA DE ALMEIDA
NELLY VILLASBOAS
NICE MEIRELLES
PAULO NUNES
PIRIQUITO
QUARTETO ITÁLICO
RÚBEM DE BEM
RÚBEN FARIA
SALMA SAMIR
SALVATORE SERPA
SÉRGIO LEDOUX
TATIANA MICHELE
TERESA CONVÁ
TIQUINHO
TUCA ANDRADA
VICTOR VILLAR
VICTÓRIA VIEIRA
WALMIR SANTOS

– núcleo de LAURA, a LALÁ (Yoná Magalhães), ex-prostituta que arranjou-se na vida com um senador da República, seu amante. Já falecido, o velhote a deixou em uma excelente situação financeira. Alegre, simpática e despachada. Ainda bela, é desejada pelos homens e invejada pelas mulheres. No início, mora em um cortiço no Bixiga. Ao casar-se, vai viver em uma bela casa:
a filha MARIALINA (Gabriela Oliveira), adolescente que vive no colégio, um dos melhores de São Paulo, até se formar. Desconhece o passado da mãe e acreditava que ela era casada com o senador, seu pai. Por isso não aceita o novo envolvimento amoroso dela
o pretendente ANTÔNIO SAPATEIRO (Carlos Zara), italiano que se estabeleceu no Brasil como sapateiro. Tímido, nutre uma paixão por ela, apesar de conhecer bem o seu passado como prostituta
as amigas de Marialina, MARTA (Vera Zimermann), moça liberal, e MARIANA (Andrea Avancini)
a empregada JUREMA (Cláudia Scher), torna-se amiga e confidente de Marialina.

– núcleo de ANTÔNIO DO MERCADO (Antônio Petrin), italiano, trabalhador incansável. Mantém o filho em um dos melhores colégios de São Paulo, onde o visita todas as manhãs de domingo. Depois que se separou da primeira esposa, não pensa em casamento e não quer saber de mulher em sua vida. Obcecado pelo futuro do filho:
o filho TONINHO (Marcos Winter), estuda em uma das melhores escolas de São Paulo, da qual sai formado. Leva o estudo com seriedade, principalmente por saber do esforço do pai para mantê-lo no colégio. Apaixona-se por Marialina e enfrenta a oposição do pai, por ela ser filha de Lalá, uma ex-prostituta, e por ele achar que um namoro atrapalhará o seu futuro.

– núcleo de BRUNO (Giuseppe Oristânio), rapaz italiano que chega ao Brasil ao encontro do pai, que não via há anos. Brincalhão, obstinado e ambicioso, mas sentimental, o que, no entanto, não o impede de ficar por aqui deixando o pai voltar sozinho para a Itália. Começa a trabalhar como lavador de pratos e acaba se transformando em dono de uma rede de cantinas:
o pai FRANCESCO (Paulo José), italiano que veio sozinho para o Brasil tentar a sorte, antes do início da Segunda Guerra. Sonha voltar para a Itália, o que consegue após a chegada do filho. Mas retorna ao Brasil um tempo depois
a irmã HENRIQUETA (Dedina Bernadelli), italiana que casou-se com um brasileiro na Itália e veio embora para o Brasil com o marido
o italiano GIÁCOMO (Felipe Carone), proprietário de uma cantina no Bixiga que lhe dá o primeiro emprego no Brasil. Gosta muito do esforço do rapaz e o ajuda a crescer na profissão. Morre no decorrer da trama
os garçons da cantina que abre no decorrer da trama: JUCA (Henrique César) e ANDRÉ (Luis Fabiano).

– núcleo de BIANCA (Patrícia Pillar), apaixona-se por Bruno quando eles se conhecem. Vivem um romance vigiado pelos pais dela. Acabam se casando e ela o ajuda a prosperar nos negócios das cantinas:
os pais: AMADEU (Rogério Márcico), marceneiro nascido na Itália, mas naturalizado brasileiro. Um homem duro, de rédeas curtas no trato com a família e, principalmente, na educação da filha única
e MARIA (Suzana Faini), vive para o lar e para a família. Ama a filha, mas não sabe como conversar com ela
o funcionário da marcenaria do pai, CUPIM (Augusto Olímpio), que trabalhava com madeira, daí o seu apelido.

– núcleo de GEMA (Nívea Maria), moradora do cortiço no Bixiga, italiana exuberante, apaixonada, de sangue quente. Criou os filhos praticamente sozinha, já que o marido, que a tratava mal, desapareceu e nunca mais deu notícias. Julgando-se viúva, casou-se novamente. Tinha uma relação feliz e tranquila com o novo marido, até o dia em que o “falecido” reapareceu:
o primeiro marido, SEBASTIÃO (Roberto Bonfim), que a tratava mal. Um dia, desapareceu e ela o deu como morto. Mas ele ressurge e a encontra com outro em seu lugar
o novo marido PIETRO (Osmar Prado), filho de imigrantes italianos. É um autodidata, gosta de ler e foi assim que aprendeu tudo na vida. Tem paixão por automóveis e pela mulher
as vizinhas fofoqueiras MARIETA (Stella Freitas) e NENA (Cláudia Borioni), tomam conta de tudo e de todos. Seus principais alvos de maledicência são Gema e Lalá, que criticam e julgam na maior parte das vezes
os filhos pequenos, do primeiro casamento: DINO (Jonathan Nogueira) e GINO (Felipe Fonseca).

– núcleo da pensão de SARA (Aída Leiner), mulata filha de um judeu e de uma negra. Ganha a vida dirigindo sua pensão. É uma mulher trabalhadora e obstinada, sem tempo para pensar em amor, apesar de ser muito bela:
os hóspedes: o libanês MICHEL (Luís Carlos Arutin), vive na pensão há anos, sempre com os pagamentos atrasados. Sente grande atração por ela, mas Sara não lhe dá muitas esperanças. Malandro, não deixa escapar uma boa oportunidade de levar vantagem,
o português MANOEL VITOR (Lauro Corona), recém-chegado ao Brasil. É um aventureiro que vendeu tudo o que herdou dos pais e veio para cá tentar a vida. É culto e inteligente, formado em uma das melhores universidades de Coimbra,
e TATU (Cosme dos Santos), vindo de uma fazenda do interior de São Paulo com Manoel Vitor, de quem ficou muito amigo
a funcionária da pensão CLARA (Íris Nascimento), que se afeiçoa a Tatu e o ensina a ler e escrever.

– núcleo de RUTH (Deborah Evelyn), judia que estava na Europa estudando quando estourou a Segunda Guerra. Durante a viagem de volta, no navio, conheceu o português Manoel Vitor, por quem se apaixonou. Só que, como ele não é judeu, seu pai não aceitou a relação. Por conta disso, Ruth aceitou casar-se com um judeu escolhido pela casamenteira da comunidade judaica. Com seu marido, tem um bebê que leva o nome dele:
os pais: SAMUEL (José Lewgoy), enriqueceu trabalhando duro desde que chegou ao Brasil, ainda moço, vindo da Polônia. É o pai de Sara, a quem visita de vez em quando. Morre no decorrer da trama,
e FANNY (Míriam Mehler), procura apoiar o marido e a filha em suas decisões
o pretendente ISRAEL (Paulo Castelli), escolhido para ser seu marido. Rapaz trabalhador, apaixonado por ela e que tudo fará para que ela também venha a amá-lo. Infelizmente, acaba morto ao longo da trama
o pai de Israel, ABRAHÃO (Abrahão Farc), da comunidade judaica, tenta superar a morte do filho através do neto.

– núcleo do CORONEL ANTENOR (Mauro Mendonça), fazendeiro rude, um déspota dentro e fora de casa. Trata os empregados como se fossem escravos. Por conta disso, é mais temido do que respeitado. Do seu casamento, restaram os filhos, que ele tenta dominar:
os filhos: GRACINHA (Iara Jamra), moça mimada pelo pai, faceira e insinuante. Apaixona-se por Manoel Vitor e faz de tudo para não deixá-lo escapar. Mas ele não lhe dá bola. Inventa uma gravidez perante o pai para fazê-lo obrigar o português a casar-se com ela. Ao final, descobre-se que o filho que esperava não era de Manoel Vitor,
e ALCEBÍADES (Irving São Paulo), pracinha, foi para a Itália lutar na guerra e não retornou nem deu mais notícias. O pai acreditava que ele tivesse morrido. Retorna à fazenda casado com uma italiana, HENRIQUETA (Dedina Bernadelli), irmã de Bruno, e enfrenta a ira do pai, que renega a nora já que detesta “carcamanos”
os funcionários da fazenda: SEBASTIÃO (Roberto Bonfim), o primeiro marido de Gema que havia desaparecido. Ressurge e vai trabalhar na fazenda. Acaba virando homem de confiança do coronel, uma espécie de agregado. O coronel até tenta lançá-lo na política com outro nome, ZÉ ADHEMAR. Envolve-se com Gracinha, mesmo ela apaixonada por Manoel Vitor. É o pai do filho de Gracinha,
e TATU (Cosme dos Santos), o fazedor de cercas da região e exímio fuçador da terra, daí o seu apelido. Nascido e criado na fazenda, ao longo da trama, descobre-se que seu nome verdadeiro era ANTENOR, nome do coronel. Nunca estudou e se sentia um escravo. Amigo de Manoel Vitor, deixou a fazenda e partiu com ele para São Paulo.

Faltou um filão central

Belíssima reconstituição da São Paulo dos anos 1940. Uma atração com lançamento forte e promissor. Ao redor de um grupo de personagens, centralizado em um cortiço, traçou-se um perfil do desenvolvimento da cidade que se preparava para ser a grande metrópole brasileira.

O primeiro título pensado para a novela foi Uma Canção Para Você. (“Almanaque da TV”, Bia Braune e Rixa)

Porém, de acordo com o livro Memória da Telenovela Brasileira (de Ismael Fernandes), a proposta inicial se desvaneceu em seu desenvolvimento: “Faltava um filão central, um fio condutor que despertasse o interesse geral”.

Imigrantes

O autor, Benedito Ruy Barbosa, propunha uma continuação da saga iniciada na novela Os Imigrantes (TV Bandeirantes, 1981-1982), na qual a sua participação no roteiro terminara exatamente na década de 1940, quando se iniciava a trama de Vida Nova.
Já a história de Os Imigrantes continuou, sem Benedito: rebatizada de Os Imigrantes, Terceira Geração, a trama se estendeu até a década de 1950, com texto de Renata Pallottini e Wilson Aguiar Filho.

Benedito Ruy Barbosa voltou à temática nas novelas Terra Nostra (1999-2000) e Esperança (2002-2003).

Novela melancólica

“A novela trouxe o lado mais sombrio da época da Segunda Guerra Mundial, refletido no Brasil: a desigualdade social, o preconceito religioso, a xenofobia, a miséria dos cortiços, a saúde mental abalada dos pracinhas que retornavam da guerra. Tudo isso fez Vida Nova enveredar por um caminho melancólico, que talvez tenha afastado uma parte dos telespectadores do horário das seis. Juntando a isso, o drama pessoal de Lauro Corona pesou ainda mais para que seja lembrada como uma novela triste.” (Kennedy Leite)

A fotografia quase noir de Luiz Fernando Carvalho, que deixava tudo ainda mais sombrio, potencializou essa impressão melancólica sobre Vida Nova.

Elenco

Um triste episódio marcou Vida Nova: o afastamento do ator Lauro Corona, por motivo de doença. Ele veio a falecer em 20/07/1989, um mês e meio após o término da novela, aos 32 anos, vítima de problemas decorrentes da Aids.
Foi marcante a última participação do ator: no ar, seu personagem, o português Manoel Vitor, partiu de volta para Portugal, em um carro escuro, noite de chuva, ao som de um poema de Fernando Pessoa, declamado em off pelo ator.

Rubens de Falco foi o primeiro nome cogitado para viver Antônio do Mercado, papel que ficou com Antônio Petrin.
Juca de Oliveira iria interpretar Francesco, que acabou com Paulo José.
E o primeiro intérprete pensado para Pietro foi Nuno Leal Maia, personagem que foi vivido por Osmar Prado.

Primeira novela do ator Marcos Winter e da atriz Vera Zimermann.
Primeira novela na Globo dos atores Antônio Petrin e Giuseppe Oristânio e da atriz Cláudia Borioni.

Por sua atuação na novela, Marcos Winter foi eleito pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) a revelação masculina na televisão em 1989. Suzana Faini foi premiada como melhor atriz coadjuvante.

Cenografia e figurinos

Na cidade cenográfica de Guaratiba, sob a supervisão de Mário Monteiro, foram recriadas antigas ruas do Bixiga – bairro de São Paulo onde a trama era ambientada -, com calçamento de pedras, casas humildes mal conservadas, trilhos de bonde, lojas de comércio local, etc. (Site Memória Globo)

A figurinista Beth Filipecki destacou a importância da luz na valorização dos figurinos da novela. A luz implantada pelo diretor Luiz Fernando Carvalho era barroca e refletia as constantes mudanças climáticas de São Paulo. Luz, figurino e cenário estavam intensamente ligados. Tudo foi pensado para que a roupa recebesse a projeção da luz do cenário. (Site Memória Globo)

Música da abertura

A música da abertura, “Nada Além” (gravação de Nelson Gonçalves), serviu para embalar outra novela, 19 anos depois: Eterna Magia, dessa vez na voz de Sidney Magal (a partir da segunda fase da trama).

Sem fim

No último capítulo, em vez do simples e tradicional “Fim”, a tela exibiu a frase “Essa história não tem fim.” A última cena com personagens foi a festa de casamento de Marialina e Toninho (Gabriela Oliveira e Marcos Winter). A imagem congelou com os dois dançando e entrou a legenda. Depois, uma imagem antiga de São Paulo, vista de cima, foi se modernizando e os créditos de encerramento, subindo (sobre a imagem, e não sobre a abertura, como de praxe).

O autor voltou a usar esse expediente na novela Terra Nostra (em 2000), que encerrou-se com com a frase “Essa história não termina aqui”.

Trilha sonora nacional

01. AMOR É SEMPRE AMOR (AS TIME GOES BY) – Patrícia (tema de Bianca)
02. SAMBA ITALIANO – Adoniran Barbosa (tema do cortiço)
03. EU SONHEI QUE TU ESTAVAS TÃO LINDA – Erasmo Carlos (tema de Toninho e Marialina)
04. NÃO TENHO LÁGRIMAS – Paulinho da Viola (tema de Sara e Michel)
05. LINDA JUDIA – Ronaldo Barcellos (tema de Ruth)
06. FOI DEUS – Francisco José (tema de Manoel Vitor)
07. AS MARIPOSAS – Adoniran Barbosa (tema do cortiço)
08. VIDA DE BAILARINA – Zizi Possi (tema de Laura)
09. SAMBA ERUDITO – Chico Buarque (tema de Antônio Sapateiro)
10. SAIA DO CAMINHO – Miucha e Tom Jobim (tema de Gema)
11. DEUSA DA MINHA RUA – Sílvio Caldas (tema de Pietro)
12. UMA CANÇÃO DE AMOR – Instrumental (tema de Gema e Pietro)
13. BOM DIA TRISTEZA – Adoniran Barbosa (participação especial de Roberto Ribeiro) (tema de Laura e Antônio Sapateiro)
14. NADA ALÉM – Nelson Gonçalves (tema de abertura)

Sonoplastia: Sérgio Seixas
Produção musical: Guto Graça Mello
Supervisão musical: Walter D’Ávila Filho
Pesquisa de repertório: Lia Sampaio e Celso Lessa

Trilha sonora internacional

01. CORE ‘NGRATTO – Tullio Pane (tema de Antônio do Mercado)
02. UEI… PAESANO – Niccola Paone
03. AGAIN – Del Kiggar (Malcolm Forest) (tema de Toninho e Marialina)
04. TORNA PICCINA – Tito Schipa
05. LUNA ROSSA – Claudio Villa
06. MY YIDDISHE MOMME – Debora Sznajder (tema de Sara e Michel)
07. TARANTELLA – Gli Amici (tema do cortiço)
08. MAMMA – Beniamino Gigli (tema de Antônio Sapateiro)
09. O MARENARIELLO – Enrico Muzani (tema de Bruno)
10. BELLI FIORI – Bello Mingroni (tema de Maria)
11. LA STRADA DEL BOSCO – Gino Bechi
12. SERENADE – Mandolin Serenaders (tema de Gema e Pietro)
13. OH FACIULLA, ALL´IMBRUNIR (DELL’ALCOVA NEL TEPOR) – Franco Artioli (tema de Bianca e Bruno)
14. NOVO FADO DA SEVERA – Carlos Moreira (tema de Manoel Vitor)
15. BEGIN THE BEGUINE – Artie Shaw (tema de Laura)
16. DICITENCELLO VUIE – Giacomo Rondinella (tema de Alcebíades e Henriqueta)

Seleção de repertório: Toninho Paladino

Tema de abertura: NADA ALÉM – Nelson Gonçalves

Nada além
Nada além de uma ilusão
Veja bem
É demais para o meu coração

Acreditando em tudo
Que o amor mentindo sempre diz
Eu vou vivendo assim feliz
Na ilusão de ser feliz

Se um amor
Só nos causa sofrimento e dor
É melhor
Bem melhor a ilusão do amor

Eu não quero e nem peço
Para o meu coração
Nada além
De uma linda ilusão…

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