Sinopse

A história da lendária Xica da Silva, escrava que virou rainha em pleno século 18, no Arraial do Tijuco, Minas Gerais. Xica é atrevida e inteligente: conquistou um marido branco rico, deixou de ser escrava e escandalizou a sociedade hipócrita de sua época, movida pela cobiça do diamante.

O Comendador D’Abrantes, encarregado do Rei pelas minas de diamantes, vendeu Xica e sua mãe Maria a um bordel. A moça se vingou roubando-lhe sua fortuna em diamantes guardada em um baú. O plano, executado por Xica com a cumplicidade do negro Quiloa, apaixonado por ela, arruinou seus senhores, que, acusados de traição, foram enviados à prisão em Portugal. Para não levantar suspeitas, Xica e Quiloa esconderam o baú debaixo da terra, para que, mais tarde, pudessem comprar suas alforrias.

Com a desgraça da família do contratador, Quiloa foge para um quilombo enquanto Xica é vendida para o Sargento-Mor Tomaz Cabral, que a viola. Sua nova ama é a perversa Violante, filha de Cabral. Na casa dele, Xica conhece o novo contratador da região, João Fernandes de Oliveira. Prometido a casar-se com Violante, o moço se encanta com a escrava e resolve comprá-la. Não querendo desagradar o contratador, Cabral vende Xica.

A escrava é enviada ao contratador, mas se nega a dormir com ele. Isso aguça ainda mais sua paixão. João, comovido pela beleza de Xica, decide esperar que ela mesma o procure. Depois da primeira noite de amor, e de muito brigar com Violante, o contratador rompe o compromisso com a noiva e resolve assumir em público a sua paixão pela escrava. Esperta e decidida, Xica, liberta, se mune dos maiores luxos possíveis, com direito a um mar e um navio dentro de sua fazenda, além dela mesma possuir sete mucamas.

Xica da Silva transforma-se então em uma verdadeira rainha, esnobando a nobreza que antes a chicoteava. Apaixonada pelo marido, ela está disposta a defender sua relação com unhas e dentes, batendo de frente com Violante. Inconformada de ter sido preterida por uma negra e doente de amor pelo contratador, a sinhá inferniza a ex-escrava. Acusada de bruxaria, por armação de Violante, Xica é presa e condenada à fogueira pela Inquisição.

Para libertar sua amada, João Fernandes aceita casar-se com Violante, que, influente, retira as acusações, libertando Xica. Violante viaja com o contratador para Portugal, separando-o assim de sua amada. Logo após a cerimônia de casamento, João Fernandes aprisiona Violante na torre de seu castelo e parte de volta para o Brasil, para ficar com seu verdadeiro amor, Xica.

Manchete – 21h30
de 17 de setembro de 1996
a 11 de agosto de 1997
231 capítulos

novela de Walcyr Carrasco (sob o pseudônimo Adamo Angel)
colaboração de José de Carvalho
baseada no romance “Xica Que Manda”, de Agripa Vasconcellos
direção de Walter Avancini, Jacques Lagoa, João Camargo, J. Alcântara e Lizâneas Azevedo
direção geral de Walter Avancini

Novela anterior no horário
Tocaia Grande

Novela posterior
Mandacaru

TAÍS ARAÚJO – Xica da Silva
VICTOR WAGNER – Contratador João Fernandes
DRICA MORAES – Violante Cabral
CARLOS ALBERTO – Sargento-Mor Thomaz Cabral
ZEZÉ MOTTA – Maria
GUILHERME PIVA – José Maria (Zé Mulher)
MURILO ROSA – Martim
CARLA REGINA – Das Dores
ALTAIR LIMA – Jacobino
EDUARDO DUSSEK – Capitão-Mor Gonçalo
ELIANE GUTTMAN – Dona Céu
FERNANDO EIRAS – Luiz Felipe
TERESA SEQUERRA – Dona Micaela
MAURÍCIO GONÇALVES – Quiloa
DALTON VIGH – Frei Expedito
SÉRGIO BRITTO – Conde Valadares
GIOVANNA ANTONELLI – Elvira
JAYME PERIARD – Félix
ANABELA TEIXEIRA – Graça
ANTÔNIO MARQUES – Manuel Pereira
LÍDIA FRANCO – Guiomar
ROSA CASTRO ANDRÉ – Joaquina
ALEXANDRE LIPIANI – Padre Eurico
ANDRÉA AVANCINI – Eugênia
JOSÉ STEINBERG – Padre Aguiar
RITA RIBEIRO – Úrsula
MATHEUS PETINATTI – Xavier
CHARLES MÖELLER – Santiago
MIRIAN PIRES – Dona Benvinda
LECI BRANDÃO – Severina
DÉO GARCEZ – Paulo
LUCIMARA MARTINS – Maria Benguela
MARIA ALVES – Rosa
HAROLDO DE OLIVEIRA – Jacinto
MARIA CLARA – Paulina
LU GRIMALDI – Fausta
MÁRIO CARDOSO – Sebastião
GONÇALO DINIZ – Dragão Macário
MILENE ACOSTA – Menina Pia
RENATA OLIVEIRA – Agnes
ROMEU EVARISTO – Damião
ILÉIA FERRAZ – Fátima
ALEXANDRE MORENO – Jerônimo
DELMA SILVA – Jelena
LUDMILA DAYER – Isabel
INGRID FRIDMAN – Ana
OCTÁVIO VITORENSE – Carlos
ADRIANE GALISTEU – Clara (Mãe D´Agua)
ÂNGELA LEAL – Marquesa Carlota
SÉRGIO VIOTTI – Conde da Barca
EDSON MONTENEGRO – Mandinga
SÉRGIO FONTAS – Dr. Pedras
GLÓRIA PORTELA – Irmã Veridiana
ANDRÉ FELIPPE DI MAURO – Duarte
PAULO CÉSAR GRANDE – Dom Evaristo de Sepúlveda Toledo
MARJORIE ANDRADE – Amélia
NEY PADILHA – Juvenal
WALNEY COSTA – Dr. Lourenço
JOANA LIMAVERDE – Catarina
ALÉXIA DESCHAMPS – Condessa Efigênia
THALMA DE FREITAS – Caetana
KIKO ZAMBIANCHI – 2° Sargento-Mor
LOURDES MAYER – Madre Superiora
ILONA STALLER (CICCIOLINA) – Princesa Ludovica de Castella
CLÁUDIA BORIONI – Teodora
CARLA TAUSZ – Genoveva
LUCIANO RABELO – Dragão Amaro
FERNANDO VIEIRA – Dragão Bonifácio
IVANO FERREIRA – Diogo (escravo que cuida de Clara)
LUI MENDES – Malé
LÉA GARCIA – Bastiana
NILL MARCONDES – Mambenfe
ANA CECÍLIA COSTA – Tomásia
ÉRICA MARQUES – Benedita
DONA ZICA – Josefina
ADEMIR ZANYOR – Bartolomeu
LÍLIAN PACHECO – Cássia
MARCELA CARVALHO – Imaculada
MÔNICA MOURA – Almerinda

e
ANA LUIZA
ANA PAULA CÂNDIDO – Raimunda
BEATRIZ DE MELLO – Celestina
CAMACHO COSTA – bispo
EDSON BRANCO
ELISEU DE SOUZA
EUGÊNIO BRETAS – jagunço a serviço da Condessa Efigênia
FERNANDA LACULLI
GERALDA LOPES – Deodata
HENRIQUE CÉSAR – velho que mantém Xica em cativeiro a mando da Condessa Efigênia
JOSÉ DE ARAÚJO – Rei do Quilombo
KHRISTEL BYANCCO – Emerenciana
LORENA RIGAUD – Margarida
MARCOS BREDA – Amadeu
MARCOS SILVA
PAULO REIS – Comandante
REYNALDO GONZAGA – Contratador Felisberto Caldeira D´Abrantes
RÔMULO ARANTES – Capataz Geraldo
SILVIA BUARQUE – Elisa
STELLA ALANE
TAÍS ARAÚJO – Joana (filha de Xica)
ZEZÉ MOTTA – Xica (velha)
ZÓZIMO BULBUL – Caetano

Quem é Adamo Angel?

Xica da Silva trouxe de volta à Rede Manchete o terceiro lugar no ranking da televisão, fazendo com que a emissora recobrasse seu prestígio depois de anos de crise. Pena que durou apenas o tempo da novela no ar.

O grande mistério de Xica da Silva ocorreu em seus bastidores. Quem era o tal Adamo Angel que escrevia a novela? A imprensa especulou na época e até nomes da Globo foram cogitados.

Faltando um mês para o fim da trama, o suspense terminou: era Walcyr Carrasco, contratado do SBT na época, por isso o pseudônimo. O sobrenome Angel era um contraponto ao sobrenome do autor, Carrasco.

O diretor Walter Avancini convidou Walcyr Carrasco para escrever na Manchete, mas o autor só aceitou se continuasse no SBT e escrevesse Xica da Silva com outro nome, escondido de Silvio Santos. Reza a lenda que, uma vez Carrasco descoberto por Silvio, este o obrigou a escrever uma novela para o SBT, como punição: Fascinação, em 1998.

Ao livro “A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo”, de André Bernardo e Cíntia Lopes, o autor afirmou que Fascinação não nasceu de uma imposição do SBT, mas em decorrência de um novo contrato com a emissora, dessa vez como autor de novelas (o contrato que ele tinha era de assessor do departamento de dramaturgia).

Elenco

A escolha da protagonista foi um problema para o diretor Walter Avancini. Depois de uma rigorosa seleção por todo o país, ele descobriu que sua Xica estava perto: a jovem Taís Araújo, que terminava as gravações de Tocaia Grande, a novela anterior, na qual vivia a personagem Bernarda. Mesmo muito nova para o papel (a atriz tinha 17 anos, enquanto a personagem por volta dos 25), Taís surpreendeu com sua desenvoltura, mostrando-se talentosa e à altura da personagem.

As sequências com nudez ganharam destaque na trama. Adriane Galisteu foi quem mais apareceu nessa condição. Taís Araújo, por sua vez, não tinha idade para aparecer nua. A atriz era menor, por isso, quando completou 18 anos (em 25/11, durante a novela), Avancini comemorou. Uma semana depois de seu aniversário – e depois de mais de 50 capítulos de espera -, a atriz apareceu nua, no capítulo do dia 02/12/1996. O assunto foi, inclusive, capa da revista Manchete. (“Almanaque da TV”, Bia Braune e Rixa)

Aparecer nua na novela foi uma experiência difícil para Taís Araújo.
“Eu chorava muito. Fiz quatro cenas nua e não aguentei. Pedi uma dublê. Aí, Avancini botou mulheres diferentes, com seios grandes, que não se pareciam comigo”, declarou a atriz.

Adriane Galisteu, iniciando a carreira de atriz, também não guarda boas lembranças das gravações de Xica da Silva. Ela desabafou a Flávio Ricco e José Armando Vannucci para o livro “Biografia da Televisão Brasileira”:
“Fui assaltada no set e, várias vezes, obrigada a fazer as cenas durante a madrugada. Eu fiquei traumatizada. Entrava numa cachoeira em Xerém cheia de cobras e gravei várias vezes no mar com água absurdamente gelada!”

No papel da mãe de Xica – Maria – estava Zezé Motta, famosa pela sua interpretação da Xica da Silva do cinema, no célebre filme de Cacá Diegues, de 1976. Em 1979, Zezé voltou ao papel no episódio “O Tesouro de Xica da Silva”, da série Aplauso, da Globo, exibido em 12/11/1979. No elenco deste episódio, estavam também Reynaldo Gonzaga, Sérgio Britto e Maria Alves, que atuaram na novela da TV Manchete.

No último capítulo, há uma passagem de tempo e Zezé Motta (a mãe de Xica, que havia morrido), retorna para viver a Xica velha. Por sua vez, Taís Araújo também reaparece, como Joana, filha de Xica.

Além de Taís Araújo e Zezé Motta, vários foram os destaques do elenco. Guilherme Piva, em sua estreia em novelas, ficou marcado como o homossexual Zé Mulher. Drica Moraes teve seu primeiro grande momento na televisão, ao interpretar a vilã Violante, um papel marcante e um dos melhores da carreira da atriz.

Por sua atuação, Drica Moraes foi eleita pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) a melhor atriz na televisão em 1996 (juntamente com Arlete Salles pela novela Salsa e Merengue).
A então atriz Tereza Sequerra foi premiada como revelação feminina na TV. Xica da Silva e Mandacaru foram seus dois únicos trabalhos na televisão.
E Taís Araújo foi premiada com o Troféu Imprensa de revelação na TV em 1996.

O ator Alexandre Lipiani – o Padre Eurico da novela – morreu antes do fim de Xica da Silva. O ator faleceu em decorrência de acidente automobilístico, em 24/05/1997 (aos 32 anos), quando as gravações ainda não haviam sido encerradas. Sua última aparição foi no capítulo exibido em 28/07/1997. No início do primeiro bloco, a produção da novela prestou uma homenagem por meio do seguinte texto:
“Termina hoje a participação do ator Alexandre Lipiani. O nosso Padre Eurico, que esperamos ter encontrado o refúgio da paz. Queremos deixar registrada aqui a única palavra capaz de expressar o nosso mais profundo sentimento: saudade.”

Walcyr Carrasco relatou ao livro “A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo” (de André Bernardo e Cíntia Lopes) sobre uma atriz que se recusou a fazer uma cena e acabou demitida pelo diretor Walter Avancini:
“Era uma escrava branca na qual Xica da Silva botava arreios, como em um cavalo, só para humilhar. A atriz se recusou a botar os arreios. Logo, Avancini criou uma cena onde ela levava um tiro e morria. E só depois me avisou. Explicou que não podia admitir uma atriz que se recusasse a fazer o que estava no texto. E eu concordei.”
A atriz em questão é Ana Cecília Costa, que vivia Tomásia, que tornou-se escrava branca de Xica e logo depois foi morta com um tiro quando os quilombolas invadiram a casa grande do contratador.

A novela teve várias participações especiais, como da atriz pornô italiana Cicciolina (Ilona Staller), e dos cantores Eduardo Dussek, Kiko Zambianchi e Leci Brandão.

Durante a fase final de exibição da novela, em 1997, a Manchete promoveu sorteios de prêmios para os telespectadores de Xica da Silva. O público tinha de adivinhar com quem o Contratador João Fernandes (Victor Wagner) ficaria no final da história: com Xica, com Violante ou sozinho.

Violência explícita

Com primorosa e caprichada direção de Avancini, Xica da Silva foi uma novela empolgante, forte, sensual, realista e não poupou em cenas de violência explícita. Foram inúmeras as sequências de assassinatos, execuções e torturas.

Um dos fortes momentos da novela foi a morte de Maria (Zezé Motta): teve seus braços e pernas amarrados a quatro cavalos que, assustados por um tiro, correram em direções contrárias, esquartejando o seu corpo em plena praça pública. Além dessa, as cenas que envolviam as bruxarias de Benvinda (Mírian Pires) e Violante (Drica Moraes) também não economizaram em realismo.

Cenografia e locações

Mais uma vez a arma utilizada foi o erotismo e a excelente retratação histórica. Para tanto, a emissora investiu algo em torno de 6 milhões de dólares. Uma cidade cenográfica foi construída em Maricá, onde o Arraial do Tijuco (MG) do século 18 foi reconstituído.

Várias cenas foram gravadas em Minas Gerais, mostrando a natureza de rara beleza da região. A novela também teve locações em Portugal – cenas dos últimos capítulos gravados no Palácio Pombal, em Lisboa.

Música

A música “Encontro das Águas” – tema do par romântico Martim (Murilo Rosa) e Das Dores (Carla Regina) – era interpretada por Eduardo Dussek, o ator que, na novela, vivia o vilão Capitão-Mor Gonçalo, pai de Das Dores e algoz do casal.

Exibição

Com 231 capítulos, Xica da Silva é a quarta novela mais longa da TV Manchete. A primeira é Mandacaru (1997-1998), com 259 capítulos, a segunda é A História de Ana Raio e Zé Trovão (1991-1992), com 251 capítulos, e a terceira é Tocaia Grande (1995-1996), com 236 capítulos.

Xica da Silva fez uma carreira internacional de sucesso, tendo sido exibida (e reexibida) em diversos países: Portugal, Chile (onde foi líder absoluta de audiência, inclusive na reprise), República Dominicana, Angola (onde Taís Araújo foi recebida com honras de chefe de Estado por causa do sucesso da trama), Venezuela, Equador, Rússia, Colômbia, Bolívia, Honduras, Nicarágua, Porto Rico, Panamá, Paraguai, Peru, Guatemala, Japão, Argentina e outros.

Nos Estados Unidos, foi exibida pela emissora Telemundo (depois reprisada pela TV Azteca America) e abriu caminho para as novelas brasileiras no país. Taís Araújo foi contratada pela Telemundo por um ano para promover a novela e acabou participando de um reality show da emissora. Por causa do êxito de Xica da Silva, Taís fez uma participação especial na novela colombiana Betty, a Feia. Na época, foi eleita pela revista People espanhola uma das 50 personalidades mais bonitas do mundo. (Fernando Shcweitzer para o portal Observatório da Imprensa, 15/09/2009)

Reprise no SBT

Em 2005, o SBT comprou os direitos de exibição de Xica da Silva e a novela foi reexibida, entre 28/03 e 09/12, em 218 capítulos.

Para esta reprise, o SBT fez uma nova abertura com outro tema musical: a famosa música cantada por Jorge Benjor, que havia sido tema do filme de 1976 (Xica da… Xica da… Xica da Silva, a negra!).

Por causa dessa reprise, Giovanna Antonelli processou o SBT. Segundo a atriz, o canal não havia lhe pedido autorização para a nova exibição da trama.

O sucesso da exibição de Xica da Silva pelo SBT fez a Band adquirir os direitos de outra novela da extinta TV Manchete: Mandacaru, que foi reprisada em 2006.

Trilhas compostas, orquestradas, executadas e produzidas por Marcus Viana. A primeira trilha foi lançada na época da novela, pela Bloch Som e Imagem. A segunda trilha foi lançada por ocasião da reprise no SBT, em 2005, e saiu pela Sonhos e Sons, de Marcus Viana. As trilhas se diferem uma da outra pela inclusão e exclusão de algumas músicas em cada uma delas.

Trilha sonora 1 (1996)

01. XICA RAINHA – Patrícia Amaral, Marcus Viana e Transfônica Orkestra (tema de abertura)
02. QÜENDA – Patrícia Amaral (tema de Xica)
03. TRINDADE – Marcus Viana (tema de Luiz Felipe e Micaela)
04. CONCERTO DE OUTUNO – Transfônica Orkestra (tema de Zé Maria)
05. CACO DE ESTRELA – Zezé Motta (tema de Xica)
06. TOQUE DE ALBA – Transfônica Orkestra (tema do Conde Valadares)
07. CANÇÃO DE NINAR – Carla Villar (tema de Clara)
08. TEMA DE XICA (QÜENDA) – Marcus Viana (tema de Xica e João Fernandes)
09. CAPITÃO DO MATO – Transfônica Orkestra (tema de Jacobino)
10. ENCONTRO DAS ÁGUAS – Eduardo Dussek (tema de Martim e Das Dores)
11. ESCARLATE – Marcus Viana e Transfônica Orkestra (tema de Violante)
12. CANÇÃO E LUNDU – Collegium Musicum Brasiliensis (tema do núcleo dos escravos )
13. COROAÇÃO DO REI DO QUILOMBO – Transfônica Orkestra (tema de Quiloa)
14. BRINCADEIRAS BARROCAS: ANTÍFONA DE NOSSA SENHORA / TRAVESSURAS – Transfônica Orkestra (tema de Úrsula e Xavier)

Trilha sonora 2 (2005)

01. XICA RAINHA – Patrícia Amaral, Marcus Viana e Transfônica Orkestra (tema de abertura)
02. QÜENDA – Patrícia Amaral (tema de Xica)
03. ESCARLATE – Marcus Viana e Transfônica Orkestra (tema de Violante)
04. CONCERTO DE OUTUNO – Transfônica Orkestra (tema de Zé Maria)
05. TRINDADE – Marcus Viana (tema de Luiz Felipe e Micaela)
06. CACO DE ESTRELA – Zezé Motta (tema de Xica)
07. TOQUE DE ALBA – Transfônica Orkestra (tema do Conde Valadares)
08. CANÇÃO DE NINAR – Carla Villar (tema de Clara)
09. TEMA DE XICA (QÜENDA) – Marcus Viana (tema de Xica e João Fernandes)
10. MINUETO E SERENATA (ZÉ MULHER) – Rosane Viana (tema de Zé Maria)
11. ESCRAVA RAINHA – Carla Villar
12. CAPITÃO DO MATO – Transfônica Orkestra (tema de Jacobino)
13. CANÇÃO E LUNDU – Collegium Musicum Brasiliensis (tema do núcleo dos escravos )
14. COROAÇÃO DO REI DO QUILOMBO – Transfônica Orkestra (tema de Quiloa)
15. ALMA DAS PEDRAS – Transfônica Orkestra
16. TRAVESSURAS BARROCAS – Transfônica Orkestra (tema de Úrsula e Xavier)

Tema de abertura: (1996, original da Manchete) XICA RAINHA – Patrícia Amaral, Marcus Viana e Transfônica Orkestra

Glória, glória rainha
Glória Xica da Silva

Sou Xica, sou Xica da Silva
Sou Xica escrava, Sou Xica Rainha

Sou, sou anjo barroco (barroco?)
Sou, santa do pau oco (do pau oco?)

Do céu das gerais a mais linda estrela
Do Tijuco a princesa
Me chame de alteza!

Anjo, diabo e mulher
Negro diamante
Sou Xica da Silva

Mas pro meu senhor amado
Meu amor é ouro no cascalho

Anjo, diabo e mulher
Negro diamante
Sou Xica da Silva…

Tema de abertura: (2005, reprise do SBT) XICA DA SILVA – Jorge Ben

Xica da, Xica da, Xica da
Xica da Silva
A negra!

De escrava a amante
Mulher
Mulher do fidalgo contratador João Fernandes

Xica da, Xica da, Xica da
Xica da Silva
A negra!

A imperatriz do Tijuco
A dona de Diamantina
Morava com a sua côrte
Cercada de belas mucamas
Num castelo da Chácara da Palha
De arquitetura sólida e requintada
Onde tinha até um lago artifical
E uma luxuosa galera
Que seu amor, João Fernandes, o tratador
Mandou fazer só para ela

Xica da, Xica da, Xica da
Xica da Silva
A negra!

Muito rica e invejada
Temida e odiada
Pois com as suas perucas
Cada uma de uma cor
Jóias, roupas exóticas
Das Índias, Lisboa e Paris
A negra era obrigada a ser recebida
Como uma grande senhora da côrte
Do Rei Luís
Da côrte do Rei Luís

Xica da, Xica da, Xica da
Xica da Silva
A negra!…

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