Sinopse

Antilhas, início do século 19. Entre os problemas dos escravos, uma senhora branca, denominada “a Gata”, se faz respeitar e desperta paixões violentas.

Tupi – 20h
de 11 de maio a 2 de julho de 1964

novela de Ivani Ribeiro (sob o pseudônimo Valéria Montenegro)
baseada no original de Manuel Muñoz Rico
direção de Geraldo Vietri

Novela anterior no horário
Alma Cigana

Novela posterior
Se o Mar Contasse

MARISA WOODWARD – Adriana, a Gata
RITA CLEÓS – Mercedes
LIMA DUARTE – Barrabal
ELÍSIO DE ALBUQUERQUE – Bráulio
ALTAIR LIMA – Rodrigo
DALMO FERREIRA – Domingos
VIDA ALVES – Paula
GEÓRGIA GOMIDE – Zulima
NÉA SIMÕES – Isabel
EDUARDO ABBAS – Delacroix
NORAH FONTES – ama de Adriana
MARCOS PLONKA – Coronel Arellana
XISTO GUZZI
BENEDITA RODRIGUES

Pseudônimo

Ivani Ribeiro escreveu esta novela (adaptada do original de Manuel Muñoz Rico) sob o pseudônimo Valéria Montenegro com a supervisão de Glória Magadan. (“Ivani Ribeiro, a Dama das Emoções”, Carolline Rodrigues)

O livro “Memória da Telenovela Brasileira”, de Ismael Fernandes, credita a adaptação dessa novela a Ivani Ribeiro. Entretanto, Mauro Gianfrancesco e Eurico Neiva, em seu livro “De Noite Tem… um Show de Teledramaturgia na Pioneira”, dão o crédito a Oswaldo Sampaio, de acordo com a fonte mencionada no verbete: Nilton Nascimento em sua coluna no jornal Diário de São Paulo, em 26/04/1964.

Atriz-modelo

A Gata foi a primeira a usar de dois expedientes praticados na telenovela brasileira: a atuação de modelos bonitas com pouca noção de interpretação, e as grandes “viradas” na trama (plot twists).

E a virada ocorreu por causa da modelo: o fracasso da participação de Marisa Woodward diminuiu sua personagem na trama e a sua irmã na novela, Rita Cleós, assumiu a protagonização.

Pioneirismo

A Gata foi uma das primeiras novelas a ter um grande elenco de atores negros – mas não creditados no elenco oficial.

Para completar o pioneirismo, foi uma das primeiras a ser censurada pela recém-instaurada ditadura militar do Golpe de 1964.

Baixa audiência

A novela começou bem, mas a partir do vigésimo capítulo passou a perder público. Assustada, a Colgate-Palmolive (que patrocinava a atração) encomendou uma pesquisa para saber o porquê desse esvaziamento. Uma semana depois, a pesquisa revelava os motivos:
1°) O vilão estava malvado demais;
2º) A mocinha era muito canastrona;
3°) Havia escravos demais na história.

Ficou decidido então que a novela sofreria três alterações aliviadoras:
1ª) O vilão passaria a ter aulas de francês para melhorar seu caráter;
2ª) A mocinha iria para Paris e sua irmã vinha para o seu lugar;
3ª) Uma epidemia na senzala mataria a metade dos escravos da novela.

Tudo isso foi feito, mas nada adiantou, pois a audiência não melhorou.

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