Sinopse

Elisa é casada com um candidato a vereador, Fernando, sujeito bem quisto, boa índole e que começa a ficar obcecado pela política, acabando por esquecer a mulher e o filho bebê, Marcelo. Desgostosa, Elisa arruma um amante, mas sua cunhada, Natália, desconfia e descobre a verdade. Como nunca gostou de Elisa, promete difamá-la diante da família. Elisa cai em si e resolve terminar o caso. O amante não aceita, há uma discussão e uma briga, em que ela o mata acidentalmente.

Desesperada Elisa foge e esquece um agasalho no local do crime. Natália, que a seguira, a vê saindo desesperada, entra e pega o agasalho. A cunhada então chantageia Elisa: para não estragar a carreira de Fernando, a expulsa de casa fazendo parecer que ela fugiu com o amante. Elisa sofre muito e volta à casa pedindo perdão ao marido, que a joga na cara toda a falsa história que Natália lhe contou. Fernando a expulsa sem permitir que Elisa se defenda. Ela então abandona a cidade.

Anos depois, Marcelo é um estudante que acha que a mãe morreu, conforme a história contada pela tia, que nunca lhe revelou a verdade. Elisa tornou-se prostituta para se manter, graças a um amante gigolô. Contraiu tifo e ficou irreconhecível. Com outro amante, o mau-caráter Silvio, Elisa volta à sua cidade. Silvio desconfia dela e, ao investigar, descobre a verdade sobre o seu passado. Ele então chantageia Elisa: exige muito dinheiro para não revelar a verdade em público.

Elisa se desespera, pois não quer prejudicar o ex-marido e tampouco que o filho saiba quem ela é. Há uma discussão e Elisa acaba matando Silvio. Cansada de tudo, ela se entrega à polícia, mas se nega a revelar o motivo do assassinato. Os jornais passam a chamá-la de “a Ré Misteriosa”. Em seu julgamento, o defensor público, um rapaz recém-formado, não tem argumentos para fazer Elisa confessar, mas acredita em sua inocência. Ele revela-se um brilhante advogado, usando os melhores argumentos.

Em determinado momento, Elisa presencia o advogado abraçando Fernando, seu ex-marido, e tem um choque: seu defensor é seu filho Marcelo. Elisa sabe que será condenada, mas sabe que não pode deixar com que Marcelo perca seu primeiro caso. Desnorteada, revela a verdade a todos. Fernando agora sabe porque ela fugiu, Marcelo descobre quem é sua mãe, e Natália é desmascarada. Marcelo quer dar todo apoio à mãe, mas Elisa passa mal e morre no momento em que é dado o veredito: inocente.

Tupi – 21h30
de 2 maio a 28 de julho de 1966

novela de Geraldo Vietri
baseada na peça “Madame X”, de Alexandre Bisson
direção de Geraldo Vietri

Novela anterior no horário:
A Inimiga

Novela posterior
Ciúmes

NATHÁLIA TIMBERG – Elisa
LIMA DUARTE – Fernando
HÉLIO SOUTO – Marcelo
MARISA SANCHES – Roberta
JUCA DE OLIVEIRA – Silvio
MARIA LUIZA CASTELLI – Flora
ELIAS GLEIZER
MARIA CÉLIA CAMARGO – Natália
GIAN CARLO – Vítor
MARCOS PLONKA – Jonas
MARLENE FRANÇA – Sandra
SEBASTIÃO CAMPOS
ANNAMARIA DIAS – Lina
ÊNIO GONÇALVES – Batista
TERESA CAMPOS – Helena
NORAH FONTES – Deolinda
LUIZ HUMBERTO ASPESI
FRANCISCO TOLEDO
LAERTE APARECIDO
JOÃO FRANCISCO – Marcelo (criança)
RENÊ DANTAS – Marcelo (criança)

Dramalhão

O clima era do mais perfeito dramalhão, em cenas em que Nathalia Timberg chorava excessivamente, o que remetia à sua atuação em O Direito de Nascer, no ano anterior.

Outras versões

Novela baseada na peça Madame X, do francês Alexandre Bisson, do início do século 20, que rendeu algumas versões para o cinema. Na época da exibição da novela, fazia sucesso nas telas a versão com Lana Turner, John Forsythe e Ricardo Montalban como os protagonistas.

A mesma obra inspirou a trama de Glória Pires na novela O Outro Lado do Paraíso, de Walcyr Carrasco, em 2017-2018.

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