Sinopse
Cláudia é uma jovem que vive atormentada por lembranças do passado, de quando seus pais e irmãos foram vítimas de uma chacina motivada por disputa de terras. A então menina conseguiu escapar com vida e foi criada por Marta, que lhe deu todo amparo e assistência. Quinze anos após a tragédia, Cláudia está disposta a vingar-se daqueles que julga serem os responsáveis pelo crime. Obstinada, prepara-se para voltar ao pequeno município de Rio Novo, empregada em uma das fazendas possivelmente envolvidas em seu triste passado.
Rio Novo cresceu apenas o suficiente para manter o frigorífico que pertence às fazendas Olho D’Água, de Altino Flores, e Gaibú, de Donato Orsini, velhos amigos, sócios e poderosos da região. Sem revelar seus intentos e quem realmente é, Cláudia infiltra-se na casa da família Flores, como funcionária do frigorífico. Altino, que vive preso a uma cadeira de rodas desde a noite da chacina, é o único que a recebe bem. Sua mulher, Joana, é desconfiada e sente que aquele rosto de anjo esconde algo.
A filha mais velha dos Flores, Olívia, vive no Rio de Janeiro em um casamento em crise. O marido, Jorge Mendes, administrador do frigorífico, é um homem violento e de caráter dúbio. No Rio, também mora o caçula dos Flores, Heitor, que toca os negócios juntamente com o cunhado, apesar de não suportá-lo. Heitor é noivo de Marília, filha de Donato, e um casamento uniria definitivamente Flores e Orsinis. Fernando, o filho do meio, é o oposto de Heitor: um vaqueiro rústico, de temperamento forte, que ama o campo.
Cláudia inicia seu plano de vingança desestabilizando a família Flores, colocando uns contra os outros. Ao descobrir que Fernando trai Heitor com Marília, Cláudia arma para que o vaqueiro brigue com o irmão e, depois, com o pai. Seu próximo passo é seduzir os dois irmãos. Porém, ela se sente arrebatada pelo amor de Fernando, o que pode comprometer a sua vingança. Cláudia ainda terá de enfrentar o ódio de Joana, que descobre sua relação com Marta – ou melhor, Mirtes, antigo amor de Altino cujo romance no passado gerou Olívia, criada por Joana.
MALU MADER – Cláudia da Silva
JOSÉ MAYER – Fernando Flores
PAULO GOULART – Altino Flores
YARA AMARAL – Joana Flores
THALES PAN CHACON – Heitor Flores
CARLA CAMURATTI – Marília Orsini
ELIAS GLEIZER – Donato Orsini
LAURA CARDOSO – Marta / Mirtes
DENISE DEL VECCHIO – Olívia Flores Mendes
RODRIGO SANTIAGO – Jorge Mendes
CAZARRÉ – Robério Fernandes
CLEYDE BLOTA – Lourdes Fernandes
CHICA XAVIER – Júlia
MILTON GONÇALVES – Delegado Damasceno Righi Salomão
CLÁUDIA ABREU – Ana Paula Flores Mendes
TATO GABUS MENDES – Paxá
CLÁUDIA MAGNO – Vicky (Victória Regina Fernandes)
ALEXANDRA MARZO – Betty (Elizabeth Cristina Fernandes)
GEORGE OTTO – Rafael Flores Mendes
LUÍS MAÇÃS – Dudu (Luiz Eduardo Lins Albuquerque)
RAUL GAZOLA – Marcelo
REYNALDO GONZAGA – Vítor Menezes
HENRI PAGNONCELLI – Juca “Boas Maneiras”
CARLOS KROEBER – Dr. Ary Nogueira
DAÚDE – Jacy
VERA PAXIE – Tânia
VERA BRITO – Vera
LÍCIA MAGNA – Dulce
ZEZÉ FASSINA – Cris (Crislaine)
PEDRO CASSADOR – Evaldo
e
ABRAÃO RIBEIRO – Ribamar (um dos peões que trabalham para Cláudia em seu sítio)
ADILSON BARROS – Jorjão (caminhoneiro que socorre Olívia na estrada quando o carro dela quebra, no início)
ALEXANDRA PLUBINS – Rosa (do núcleo jovem de Rio Novo)
ALOÍSIO DE ABREU – colega de trabalho de Cláudia, no início
ANA CHRISTINA RODRIGUES – do núcleo jovem de Rio Novo
ÂNGELA TORNATORE – funcionária do frigorífico
ANGELITO MELLO – Célio Cruz (fazendeiro procurado por Jorge, acaba expulsando-o de sua fazenda)
ANTÔNIO CARLOS IGLESIAS JR. – Altino Flores Neto (filho de Cláudia e Fernando, no final)
ANTÔNIO VIANA – do núcleo jovem de Rio Novo
AUGUSTO OLÍMPIO – Cochicho (Moraes, antigo funcionário de Altino procurado por Jorge, quando este quer incriminar os Flores)
AURICÉIA ARAÚJO – moradora de Rio Novo, conversa com Lourdes na casa dos Flores, durante o velório de Joana
BEL GARCIA – Mônica (do núcleo jovem de Rio Novo)
BENJAMIN CATTAN – Dr. Geraldo Lima (advogado de defesa de Cláudia, velho conhecido de Marta)
BIA GEMAL – Helô (amiga de Rafael, do Rio)
BIA GRIMALDI – funcionária do frigorífico
CARLOS H. DONESCAU – do núcleo jovem de Rio Novo
CAZUZA como ele mesmo, canta na reinauguração da Arqueria Sherwood
CÉSAR AUGUSTO DE SOUZA
CHICO EXPEDITO – Zeca (um dos peões que trabalham para Cláudia em seu sítio)
CLÁUDIO ALVES – um dos irmãos de Cláudia, nas cenas de flashback
DARY REIS – João Peru (juiz de paz do cartório de Rio Novo)
DJALMA BARBOSA DE LIMA como ele mesmo, leiloeiro de cavalos, nos dois primeiros capítulos
EVANDRO MESQUITA – Alex (participante do campeonato de arco-e-flecha de Rio Novo, envolve-se com Ana Paula)
FÁTIMA CAFÉ – funcionária do frigorífico
FELIPE DONOVAN – Luiz (fisioterapeuta de Altino, quando ele retoma o tratamento para voltar a andar)
FERNANDA MARMORATO – Nandinha (do núcleo jovem de Rio Novo)
FERNANDO AMARAL – padre no enterro de Joana
FERNANDO JOSÉ – Dr. Rui (médico de São Paulo com quem Altino se consulta, parceiro do Dr. Freitas)
FRANCISCO DANTAS – Dr. Paulo (médico de Altino que vai atendê-lo na fazenda Olho D´Água)
FREDY MONTEIRO – funcionário do frigorífico
GABRIELA BICALHO – Cláudia (criança, nas cenas de flashback)
GERALDO CARBUTTI – inspetor na Escola de Agronomia
GUARACY VALENTE – Ramires (motorista de Heitor, no Rio)
GUTO GARRERA – peão durante a chacina na fazenda de Chico da Silva, em flashback
HELDER CARNEIRO – funcionário do frigorífico
HELENA DI CASTRO – Neuza (empregada na Fazenda Gaibú)
HEMÍLCIO FRÓES – médico que cuida de Betty quando ela perde o seu bebê
ILSE RODRIGUES – mãe de Cláudia, nas cenas de flashback
JOANA ROCHA – Tiana (empregada na Fazenda Olho D’Água)
JOÃO CAMARGO LIMA – do núcleo jovem de Rio Novo
JORGE LUÍS DA SILVA – funcionário do frigorífico
JOSÉ AUGUSTO BRANCO – Dr. Freitas (médico de São Paulo com quem Altino se consulta, parceiro do Dr. Rui)
JOSÉ STEINBERG – médico com quem Marília se consulta ao passar mal, quando Donato desconfia de que ela esteja grávida
JÚLIO BRAGA – Chico da Silva (pai de Cláudia, nas cenas de flashback)
KADU KARNEIRO – do núcleo jovem de Rio Novo
KARINE MOURA – irmã de Cláudia, nas cenas de flashback
KATE HANSEN – Marinês (mulher de Amauri, casal paulistano amigo de Heitor, no início)
KAUÊ KAJALLY – César (do núcleo jovem de Rio Novo, no final)
LANA FRANCIS – do núcleo jovem de Rio Novo
LEILA PINHEIRO como ela mesma, canta na Arqueria Sherwood
LENITA MORDACH – empregada na Fazenda Gaibú
LEONARDO JOSÉ – Raul Osório (comparsa de Jorge que continua a tratar de negócios com Rafael)
LUDOVAL CAMPOS – promotor de justiça no julgamento de Cláudia, no final
LUTERO LUIZ – juiz no julgamento de Cláudia, no final
MARCELO PICCHI – Dr. Mário (médico-chefe na Santa Casa de Rio Novo, cuida de Cláudia quando ela é baleada)
MÁRCIA RODRIGUES – Estela Lins Albuquerque (mãe de Dudu, financia a Arqueria Sherwood para ele e Paxá, com quem já se envolveu sme que o filho soubesse)
MARINO JARDIM – porteiro no prédio de Heitor, no Rio
MIGUEL ROSEMBERG – dá carona para Cláudia quando ela foge após a morte de Joana e a assedia
MÔNICA NICOLA – funcionária do frigorífico
NANA CAYMMI como ela mesma, canta em um piano-bar, no Rio, onde Paxá e Estela se encontram
ODENIR FRAGA – segurança na casa de Jorge
PALOMA RIANI – Silvia (do núcleo jovem de Rio Novo)
PAULO LEITE – Dr. Jair (médico que leva Joana para a clínica psiquiátrica)
PEDRO PIMENTEL – do núcleo jovem de Rio Novo
RAUL TOLEDO – César (amigo de Rafael, do Rio)
RENATO NEVES – Renato (do núcleo jovem de Rio Novo)
RODRIGO OCTÁVIO – do núcleo jovem de Rio Novo
RUTH DE SOUZA – Cecília (enfermeira-chefe na Santa Casa de Rio Novo)
SANDRO SOLVIAT – caminhoneiro bêbado que assedia Olívia
SÉRGIO REIS como ele mesmo, canta em um rodeio
SIMONE BRANDÃO – Luísa (ex-namorada de Rafael, com quem ele volta a se envolver no final)
WILLIAM GAVIÃO – Pedro (do núcleo jovem de Rio Novo)
YVAN MESQUITA – Dr. Henrique (médico que atende Joana na fazenda quando ela passa mal)
ZÉ PREÁ – juiz de paz de Rio Novo, que casa Betty e Rafael
ZEZÉ BIGOIS – funcionário do frigorífico
Amauri (marido de Marinês, casal paulistano amigo de Heitor, no início)
Nilton (investiga o paradeiro de Rafael, que fugiu com dinheiro do frigorífico, no final)
– núcleo de CLÁUDIA DA SILVA (Malu Mader), analista de sistemas do Rio de Janeiro que chega à pequena cidade de Rio Novo para trabalhar na fazenda Olho D´Água, da rica família Flores. Na realidade, ela quer vingar-se dos culpados pela morte de sua família, ocorrida no passado, e acredita que foram os Flores os mandantes da chacina. Apesar de ter um objetivo bem traçado, tem dificuldades para cumpri-lo por ser uma moça de bom caráter. Compra as terras que foram de seus pais e constrói um sítio:
a amiga e confidente MARTA (Laura Cardoso), que a criou, tendo-a encontrado ainda menina, perambulando pela estrada depois do massacre de sua família. Mulher rica, de passado duvidoso: foi uma cafetina em Rio Novo, conhecida como MIRTES, acabou expulsa da cidade, indo se estabelecer no Rio. Tenta em vão demover Cláudia de seu plano de vingança
a família, vítima da chacina quando era criança (então vivida por Gabriela Bicalho): os pais CHICO DA SILVA (Júlio Braga) e (Ilse Rodrigues), e os irmãos (Cláudio Alves e Karine Moura) – aparecem em flashback.
– núcleo da fazenda Olho D´Agua, de propriedade da família Flores, que emprega Cláudia sem imaginar as reais intenções da moça:
o patriarca ALTINO FLORES (Paulo Goulart), homem espirituoso, apesar de exigente e severo. Vive há anos preso a uma cadeira de rodas, desde a noite da chacina que vitimou a família de Cláudia. De boa formação, rico, não se preocupa mais com os negócios, entregue aos filhos. Teve uma paixão no passado por Mirtes. Estabelece uma boa relação com Cláudia quando a conhece. Ao longo da trama, retoma o tratamento médico e volta a andar
a matriarca JOANA (Yara Amaral), cuida da família e não quer que nada perturbe a paz em sua casa. Está sempre atenta a tudo o que acontece à sua volta e não gosta da chegada de Cláudia. Atrás de uma aparente calma e sobriedade, esconde-se uma mulher forte e decidida. É a única que não vê Cláudia com bons olhos. À medida que a paz em sua família fica abalada, vai crescendo seu ódio por Cláudia
os filhos do casal: OLÍVIA (Denise Del Vecchio), a mais velha, filha de Altino criada por Joana. Mora com sua família no Rio e passa por uma crise no casamento. Ao longo da trama, descobre-se que é filha de Marta, antiga paixão de Altino,
FERNANDO (José Mayer), boiadeiro, gosta da terra e de viver na fazenda. Apesar da boa educação e dinheiro, é um homem rude, chucro. Tem uma relação conflituosa com o pai, por causa do gênio esquentado dos dois. Apaixona-se pela noiva de seu irmão, até que conhece Cláudia,
e HEITOR (Thales Pan Chacon), o caçula. O oposto do irmão: um yuppie, prefere a cidade, por isso toma conta dos negócios no escritório das empresas no Rio. Apesar de noivo, encanta-se por Cláudia quando a contrata para trabalhar na fazenda. Rompe o noivado quando descobre, por meio de uma armação de Cláudia, a traição do irmão com a noiva
o advogado DR. NOGUEIRA (Carlos Kroeber), defende os interesses dos Flores
a empregada TIANA (Joana Rocha).
– núcleo da família de Olívia, que mora no Rio de Janeiro:
o marido JORGE MENDES (Rodrigo Santiago), foi o braço direito de Altino até Heitor assumir as empresas. Não se conforma com essa mudança. Oportunista, interesseiro e arrivista, desvia dinheiro do frigorífico e faz negociatas escusas. Trata mal a mulher, que submete-se às suas humilhações em nome do casamento. Após ser demitido do frigorífico e ter se separado da mulher, é misteriosamente assassinado. Olívia vai presa assumindo a culpa pelo crime
os filhos RAFAEL (George Otto), playboy farrista e inconsequente, segue os passos do pai no mau-caratismo. Mais preocupado em torrar a grana da família, não se interessa pelos estudos nem pelos negócios. Casa-se prematuramente depois de ter engravidado a namorada,
e ANA PAULA (Cláudia Abreu), estudante de Agronomia em Rio Novo, mora na fazenda dos avós. Garota romântica, alimenta um amor impossível por seu tio Fernando, que ainda a vê como uma menina
o motorista EVALDO (Pedro Cassador)
a empregada CRISLAINE (Zezé Fassina)
a secretária e amante de Jorge, VERA (Vera Brito), pede demissão após a morte dele.
– núcleo de DONATO ORSINI (Elias Gleizer), amigo e sócio de Altino nos negócios. Viúvo, bonachão, é dono da Fazenda Gaibú, vizinha da Olho D´Água. Tenta unir as duas famílias apoiando o casamento da filha com Heitor. É também suspeito do crime contra a família de Cláudia:
a filha MARÍLIA (Carla Camuratti), moça impulsiva e mimada. Apesar de ter vivido na cidade, tem forte ligação com a terra e os animais, sentindo-se à vontade na fazenda. Noiva de Heitor, mas apaixonada por Fernando, com quem mantinha um caso no início. Torna-se a principal rival de Cláudia quando assume o romance com Fernando. Porém, Cláudia consegue desestabilizar essa relação. Mais tarde, reata com Heitor
a governanta JÚLIA (Chica Xavier), está com a família há anos e ajudou a criar Marília, por quem tem grande carinho. É muito amiga do patrão e sabe de segredos do passado
a filha de Júlia, JACY (Daúde), cresceu na fazenda e estudou patrocinada pelo patrão. É secretária de Donato
a empregada NEUZA (Helena di Castro).
– núcleo de ROBÉRIO FERNANDES (Cazarré), trabalha para Altino Flores. Sério e compenetrado, é ex-treinador de cavalos. Fiel e muito amigo do patrão, a quem conhece há anos:
a mulher LOURDES (Cleyde Blota), dona de uma pensão, aluga quartos para os estudantes da Escola de Agronomia local. Despachada, fofoqueira e vaidosa, é uma mulher com sonhos de ascensão social, transferidos para a filha caçula, que quer ver bem casada, ou seja, com um marido rico, de preferência um Flores
as filhas: VICTÓRIA REGINA, a VICKY (Cláudia Magno), a mais velha, foi amiga de infância de Cláudia. Teve um caso com Jorge Mendes no passado. Renegada pelos pais, há anos morava longe da família, nos Estados Unidos, sem dar notícias. Retorna no auge da crise de Jorge Mendes com os Flores e os pais receiam que ela cause confusão,
e ELIZABETH CRISTINA, a BETTY (Alexandra Marzo), a caçula, moça romântica, preparada pela mãe para fazer um bom casamento. É amiga de Ana Paula e namora Rafael, que só quer se aproveitar dela. Grávida do namorado, acabam se casando e passam por várias dificuldades, principalmente por ele não querer abdicar de sua boa vida de farras. Acaba perdendo o seu bebê e passa por um período de negação. Até que cai em si e rompe definitivamente com Rafael.
– núcleo dos jovens moradores da pensão de Lourdes, estudantes da Escola de Agronomia de Rio Novo, onde estuda Ana Paula:
PAXÁ (Tato Gabus Mendes), o mais velho, o eterno estudante que não consegue concluir o curso. Vive de armações, pois o pai decidiu não mandar mais dinheiro para seu sustento. Com um financiamento, abre a Arqueria Sherwood, ponto de encontro da moçada local – da qual, mais tarde, Vicky se torna sócia. Simpático, alegre e festeiro, é apaixonado por Ana Paula, até que consegue arrebatar seu coração. Porém, o namoro passa por altos e baixos,
DUDU (Luís Maçãs), sujeito bacana e desajeitado, vive se metendo em confusão por causa dos amigos. Com eles, disputa as atenções de Ana Paula. Acaba se apaixonando por Betty até conseguir conquistá-la
e MARCELO (Raul Gazola), rapaz atlético e bonitão. Também interessa-se por Ana Paula, no início.
– núcleo de Heitor no Rio de Janeiro:
e empregada DULCE (Lícia Magna)
a secretária TÂNIA (Vera Paxie)
o motorista RAMIRES (Guaracy Valente).
– demais personagens:
DELEGADO DAMASCENO (Milton Gonçalves), investiga os assassinatos de Jorge Mendes e, depois, de Joana Flores
VITOR MENEZES (Reynaldo Gonzaga), antigo peão da fazenda Olho D´Água. Sujeito mau-caráter, usado por Jorge Mendes para incriminar os Flores. É o assassino de Jorge, com quem estava de conluio: obrigou Olívia a atropelar o ex-marido, já que estava com ela no automóvel, e a chantageou, forçando-a a assumir o crime. Descoberto, fugiu, foi capturado e acabou condenado
JUCA “BOAS MANEIRAS” (Henri Pagnoncelli), dono de um haras, namorado de juventude de Olívia. Após a morte de Jorge, os dois se reencontram e voltam a se envolver
os amigos de Ana Paula, Paxá, Dudu e Marcelo: RENATO (Renato Neves), ROSA (Alexandra Plubins), NANDINHA (Fernanda Marmorato), MÔNICA (Bel Garcia), PEDRO (William Gavião) e SILVIA (Paloma Riani), colegas da Escola de Agronomia, alguns trabalham na Arqueira Sherwood
os amigos de Rafael no Rio de Janeiro, companheiros de farra: HELÔ (Bia Gemal), CÉSAR (Raul Toledo) e LUÍSA (Simone Brandão), esta última, ex-namorada com quem ele volta a se envolver no final.
Inspiração
Um sucesso do horário das seis da década de 1980. Walther Negrão, o autor, não negou que a inspiração vinha da peça “A Visita da Velha Senhora” de Friederich Durrenmatt, que já havia servido de base para outras novelas, como Os Inocentes (Tupi, 1974-1975), de Ivani Ribeiro, e Cavalo de Aço (Globo, 1973), do próprio Negrão – ambas com vingança como mote principal.
Cavalo de Aço tem a trama inicial idêntica à de Fera Radical, mas com o sexo dos protagonistas invertidos. Na primeira, é Rodrigo (Tarcísio Meira) quem deseja vingar a morte da família, ocorrida no passado. O título Cavalo de Aço é uma referência à barulhenta moto de Rodrigo, que é também o veículo usado por Cláudia, a protagonista de Fera Radical, vivida por Malu Mader.
O primeiro título pensado para a novela foi A Intrusa. (“Almanaque da TV”, Bia Braune e Rixa)
A toque de caixa
Fera Radical foi feita a toque de caixa, em substituição a uma novela que acabou não vingando.
“Tive exatamente 40 dias entre eles me telefonarem pedindo para eu ir ao Rio de Janeiro para conversar, e a estreia da novela. Foi aquela correria! Fui para casa e inventei uma história”, disse Negrão ao livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia” (do Projeto Memória Globo).
Elenco
Cláudia foi a primeira protagonista de Malu Mader em novelas – ela já havia atuado em cinco novelas e protagonizado uma minissérie (Anos Dourados).
Fera Radical também rendeu a José Mayer o seu primeiro protagonista, Fernando. O ator vinha de cinco novelas e duas minisséries.
Duas sequências inesquecíveis: a morte de Joana Flores (Yara Amaral), baleada em um embate com Cláudia (Malu Mader), vestida de noiva – com quem a vilã não queria ver casado o filho, Fernando (José Mayer). E Fernando, montado em um cavalo, invadindo o tribunal para resgatar Cláudia, durante o julgamento dela, acusada da morte de Joana.
Fera Radical foi o último trabalho de Yara Amaral, que faleceu pouco mais de um mês após o término da novela. A atriz foi uma das vítimas da tragédia do Bateau Mouche, no réveillon de 1989. Levando um grupo de turistas para assistir, do mar, à queima de fogos de artifício do réveillon de Copacabana, o barco Bateau Mouche IV afundou na baía de Guanabara, em 31/12/1988.
Em julho de 2004, a Globo exibiu um episódio do programa Linha Direta que reproduzia a tragédia. Nele, Denise Del Vecchio interpretou Yara Amaral. Denise também havia atuado em Fera Radical, como filha da personagem de Yara.
Milton Gonçalves interpretou o delegado Damasceno Righi Salomão, um personagem recorrente na obra de Walther Negrão. Já havia aparecido nas novelas A Próxima Atração e Editora Mayo, Bom Dia (exibidas entre 1970 e 1971), nas quais foi vivido por um mesmo ator: Silvio de Abreu (antes de consagrar-se como novelista).
De acordo com depoimento de Walther Negrão ao programa Persona em Foco, da TV Cultura, Damasceno Righi Salomão era o nome de um amigo de sua família, um fotógrafo em Avaré (SP), sua cidade natal. O personagem investigador retornou em Sol Nascente (2016-2017), dessa vez na pele de Emílio Orciollo Netto.
Primeira novela na Globo da atriz Denise Del Vecchio. Primeira novela inteira na Globo dos atores Thales Pan Chacon, George Otto e Luís Maçãs (egressos da novela Helena, da TV Manchete).
O cantor Cazuza participou do capítulo 78, na reinauguração da Arqueria Sherwood. Embora tivesse a canção “Vida Fácil” como parte da trilha sonora da novela (tocada para o núcleo jovem), nessa participação, Cazuza cantou “Ideologia”, seu lançamento na época.
Também a cantora Leila Pinheiro apareceu cantando na arqueria, nos capítulos 125 e 126.
Ainda: Sérgio Reis, que participou do capítulo 134, no rodeio onde fez seu show; e Nana Caymmi, cantando no capítulo 38, em um piano-bar.
A cantora Daúde teve em Fera Radical o seu único trabalho como atriz: viveu Jacy, filha de Júlia (Chica Xavier), mas sem história na trama.
Os atores Ênio Santos e José Prata (Pratinha, filho de Grande Otelo), chegaram a ser creditados na abertura, mas nunca atuaram na novela.
Fim da Censura Federal
Vale Tudo, Bebê a Bordo e Fera Radical, as novelas das oito, sete e seis da Globo na época, e Olho por Olho, da TV Manchete, foram as últimas censuradas pela DCDP, a Divisão de Censura de Diversões Públicas, órgão ligado ao Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, extinto com a aprovação da Constituição de 1988 (em setembro deste ano, quando essas novelas estavam no ar).
Locações: rural x urbano
As cenas na fictícia cidadezinha de Rio Novo foram gravadas em Vassouras (RJ). Já a pensão de Lourdes (Cleyde Blota) era, na verdade, o Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Também na cidade de Vassouras, a fazenda Aliança serviu de cenário para a Fazenda Olho D’Água da novela. (Site Memória Globo)
Mesmo tendo sua ação desenvolvida no interior, Fera Radical não é considerada uma novela rural, na acepção da palavra. Mostrou o campo, as fazendas e o gado por meio do mundo dos negócios que o campo proporciona. E, assim, tratou da exportação de carne, de inseminação artificial, de contrabando de sêmen, entre outros assuntos.
Todavia, a trama também tinha núcleos na Zona Sul do Rio de Janeiro, com direito a gravações em praias e boates da moda.
Figurinos
Para compor a motoqueira Cláudia e conferir-lhe um ar urbano e misterioso, Malu Mader usou um figurino totalmente em couro sintético preto, com calça justa e jaqueta, botas e luvas. O capacete complementava o visual. Para as cenas mais à vontade, a personagem vestiu jeans, camiseta regata branca e jaqueta de couro preta com detalhes prateados.
Uma peça do vestuário da personagem Marília, vivida por Carla Camuratti, chamou a atenção: a jaqueta jeans estonada e forrada, com gola de lã de carneiro. A atriz comentou no livro “Carla Camuratti, Luz Natural” (de Carlos Alberto Mattos) que arrumou a peça para livrar-se do visual de patricinha da personagem, que queria evitar:
“Eu – logo eu! – tinha que ser a filhinha de papai rico, toda arrumadinha, que odiava o campo e calçava salto alto para andar no mato. Para mim, era difícil construir esse papel no tempo veloz da televisão. Então eu ficava arrumando coisas que (…) quebrassem um pouco da frescura da Marília. Um dia, consegui uma jaqueta forrada com lã de carneiro e de gola peluda. Sempre que podia, enfiava a jaqueta para gravar, aproveitando que as cenas transcorriam no inverno. Mas o tempo passou, o verão chegou e eu não tirava a jaqueta peluda. O Paulo Ubiratan, diretor geral, teve que fazer sumir a peça de roupa.”
Foi com a jaqueta de gola de lã que Carla Camuratti posou para a capa da trilha nacional de Fera Radical. “Mas, pelo menos na capa do disco da novela, estou eu lá, com minha jaqueta adorada!”
Abertura
Pela primeira vez, uma novela contou com o auxílio da informática como elemento de narrativa, modernizando os tradicionais ingredientes folhetinescos: a protagonista Cláudia era analista de sistemas.
O computador era também um dos elementos da abertura da novela, no sentido literal (o trabalho da protagonista Cláudia) e no figurado, fazendo uma associação simbólica moderna e contemporânea (obviamente para os padrões da época) de como foram “armazenadas” as imagens traumatizantes do incêndio que dizimou a família de Cláudia e que mais tarde tornou-se seu projeto de vingança. (colaboração André Luiz Sens, blog Televisual)
Outro elemento da abertura é a motocicleta de Cláudia, seu meio de locomoção, urbano, em contraponto com o rural – no caso, o cavalo de seu par romântico, Fernando (José Mayer).
Em uma ação de merchandising, a moto de Cláudia era do fabricante Agrale (segunda vez que a Agrale aparecia em abertura de novela, a anterior foi em Roque Santeiro, em 1985-1986).
Telefonema para os Flores
A vida da família de Janko Predovic, morador de São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro, virou um inferno depois que Ana Paula (Cláudia Abreu) deu um número de telefone em cena do capítulo de Fera Radical exibido em 31/08/1988. Na trama, a personagem foi sequestrada por Vitor (Reynaldo Gonzaga), que pediu o número do telefone de sua casa e ela respondeu: 322-0001.
A partir de então, por um bom tempo, os proprietários da linha telefônica real passaram a receber centenas de chamadas, inclusive interurbanos a cobrar. Todos queriam falar com alguém da “família Flores” ou com Cláudia (Malu Mader), personagens da novela.
Predovic procurou o departamento jurídico da Globo, que foi sucinto: “Resumiram que os números de telefone utilizados pela emissora são escolhidos aleatoriamente pelos autores e que, por isso, nada pode ser feito”, disse Predovic ao Jornal do Brasil, em matéria publicada em 10/09/1988.
Exibições
Fera Radical não exibia as “cenas do próximo capítulo” ao final do capítulo corrente. Por outro lado, exibia, logo no início do capítulo, as principais cenas do dia anterior – um recurso raro entre as telenovelas brasileiras até então, mas que ficou comum na década de 2010.
Fera Radical foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo, entre 16/12/1991 e 08/05/1992.
A novela foi reprisada também no Viva (canal de TV por assinatura pertencente ao Grupo Globo) entre 05/06/2017 e 27/01/2018, às 14h30 e 1h30.
Fera Radical foi disponibilizada no Globoplay (plataforma streaming do Grupo Globo) em 17/08/2020.
Trilha sonora nacional
01. VERDADES E MENTIRAS – Maria Bethânia (tema romântico de Cláudia)
02. A CURA – Lulu Santos (tema de ação de Cláudia)
03. SONHOS – Jane Duboc (tema de Cláudia e Fernando)
04. MÁS COMPANHIAS – Virginie e o Fruto Proibido (tema de Ana Paula)
05. CASTIGO – Eduardo Dussek (tema de Robério e Lourdes)
06. CREMOSO – César Camargo Mariano (tema de locação: Rio de Janeiro)
07. PEÃO – Almir Sater (tema de Altino)
08. ME FAZ BEM – Gal Costa (tema de Marília)
09. TABULEIRO – Sá & Guarabira (tema de Fernando)
10. VIDA FÁCIL – Cazuza (tema de Paxá)
11. PARAÍSO – Mú Carvalho (tema de Heitor)
12. SOBROU PRA MIM – Tunai (tema de Betty)
13. PEDAÇOS – João Caetano (tema de Olívia)
14. FERA RADICAL – Solange (tema de abertura)
Sonoplastia: Sérgio Seixas
Supervisão musical: Márcio Antonucci
Gerente de produto: Toninho Paladino
Produção musical: Sérgio de Carvalho
Trilha sonora internacional
01. SHE’S LIKE THE WIND – Patrick Swayze & Wendy Fraser (tema de Ana Paula)
02. GET OUTTA MY DREAMS, GET INTO MY CAR – Billy Ocean (tema geral)
03. (YOU MAKE ME FEEL LIKE A) NATURAL WOMAN – Carrie Hamilton & Yutaka Tadokoro (tema de Cláudia e Fernando)
04. LIVING IN A BOX – Living in a Box
05. THAT’S WHAT LOVE IS ALL ABOUT – Michael Bolton (tema de Marília e Heitor)
06. LESSONS IN LOVE – Level 42 (tema de Cláudia)
07. MAGIC EMOTIONS – Joel Paul Drade (tema de Altino e Marta)
08. LOVE CHANGES EVERYTHING – Climie Fischer (tema de Rafael)
09. TELL IT TO MY HEART – Taylor Dayne
10. JUST A LITTLE LOVE – Rainier Hoeglmeier (tema de Betty e Dudu)
11. PROMISES – Basia (tema de Paxá)
12. SPECIAL WAY – Kool & The Gang (tema de Vicky)
13. WATCH YOUR STEP – Star
14. MARY’S PRAYER – Danny Wilson
Gerente de produto: Toninho Paladino
Seleção de repertório: Sérgio Motta
Ainda
SUGAR FREE – Wa Wa Nee (em uma boate no Rio)
Tema de abertura: FERA RADICAL – Solange
Por onde vou
Sempre haverá você
Alô, oh baby hello!
Foi bom te conhecer
Prazer demais
Não nos veremos mais
Pra nós adeus
Fique só com os sonhos meus
Não me leve a mal
Não é nada pessoal
Fera, fera radical
Viver além do bem, do mal
Se não sou nada
Posso ser o que quiser
Linda no meu corpo de mulher
A vida tece teias demais
Quanta ilusão
Cadê meu coração
Alô, quem sabe se perdeu
Onde andará
Quem te escondeu de mim
Quem me feriu
Quem me esqueceu
Nem mesmo sequer sentiu
Pra você, meu bem, adeus
Não me leve a mal
Não é nada pessoal…
Em busca de emoção
A favor do tempo e do coração
Basta uma palavra que ninguém me diz
Feliz, baby…
Tá aí o exemplo de uma novela superestimada, a premissa da novela era interessante mas apesar da história forte a vingança de Cláudia nunca chega á acontecer de fato, até o capítulo 137 a protagonista não fez quase nada a novela inteira á não ser causar umas intriguinhas bobas na família flores apenas no início da trama, intrigas essas que atingiram pessoas que no fim das contas nem eram os responsáveis pela chacina de sua família no sítio, entre os fatos estão: dar em cima de Jorge para a esposa ciumenta Olívia surtar e quase se matar tomando comprimidos e fazer Heitor brigar com o irmão Fernando fazendo ele descobrir que ele tinha um caso com sua noiva, em seguida separar Marília de Fernando, ainda no início a personagem que era pra ser uma mulher forte e decidida se mostra uma garota boazinha principalmente depois que ela vira sócia do Fernando enquanto isso a trama vai se arrastando sendo levada totalmente em banho-maria escorada nos desinteressantes núcleos paralelos, pouco depois do centésimo capítulo a “vingança” de Cláudia é deixada em segundo plano e a trama passa á ter enfoque no assassinato de Jorge criando assim um mistério desnecessário pois era evidente que o responsável era Vítor, isso sem contar na inverossimilhança que se dá quando Altino e a família Flores finalmente descobrem que Cláudia é a filha sobrevivente da família que foi incendiada, eles continuam permitindo que ela transite livremente pela fazenda e só Fernando permanece ingênuo sem saber de toda história, me limito á não comentar o machismo irritante do personagem misógino de José Mayer pois muitos vão dizer que isso é coisa da época e tal, mas é fato que assim como a maioria das novelas que ele fez, essa também envelheceu mal. Mas enfim…a novela tem algumas cenas boas porquê eu adoro novela que se passa no interior mas em dizer que essa novelinha é melhor que Avenida Brasil ou até mesmo O Outro Lado do Paraíso ou Chocolate com Pimenta é um erro, ela não é definitivamente isso tudo que pintam e digo mais só é taxada de boa novela porquê é uma trama feita na década de 80, não porquê de fato seja boa.
Assistindo no Globoplay. Estou adorando.
Estou vendo agora pelo Globoplay e o que me choca é que essa novela era das 6. Eu jurava que tinha sido das 8… chocada mesmo hahahahahaha Eu era muito criança na época (3 anos) e nem lembro. Mas a novela é maravilhosa.
Estou tendo a oportunidade de assistir agora no ela FeraRadcl pela globoplay. Na época em 1988 eu tinha 21 anos e não tinha TV em casa. Algumas vezes assistir bacana de vizinhos. Estou amando assistir agora. É uma novela que conta uma história forte, sólida e coerente pois aborda várias temáticas vividas pela sociedade na época e nos dias de hoje.
Pode ser. Mas também pode ser uma coincidência, afinal as idades de Claudia precisariam casar com os fatos, menina (uns 8 anos em 1973) e jovem (uns 23-24 em 1988).
Nilson, você disse que Negrão usa a trama central de Cavalo de Aço em Fera Radical, escrita 15 anos depois. Em Fera Radical, fala-se que o crime da família de Cláudia aconteceu há 15 anos. Seria uma mensagem subliminar, uma referência à novela de 1973?
Sempre foi minha novela das 18h preferida. Tinha 7 anos, em 1988, chegava da escola e quando não estava na rua brincando, estava vendo a novela. Foi um prazer imenso rever no Viva em 2017. Foi com essa novela que me apaixonei por Malu Mader e segue como minha atriz preferida, de sempre e pra sempre. Adoro os jovens da história e aquele núcleo da pensão. Saudades de George Otto, Luiz Maças e Thales Pan Chacon, que precocemente, se foram. Melhor trilha sonora incidental e instrumental. Causavam muito impacto. Novelão!!!
Estou assistindo pelo Globoplay. A história é interessante, porém sinto que Malu Mader não se entregava totalmente ao papel, pelo menos no início. Às vezes declamava o texto como quem lia no papel. Para uma pessoa que queria vingança, eu não via sangue nos olhos dela. Nota-se que Malu Mader cresceu enormemente como atriz em seus próximos trabalhos. Alguns núcleos também completamente desnecessários, como o da pensão. Personagens chatíssimos, como o Paxá. Continuarei assistindo.
Foi uma novela importante na minha vida, na época eu tinha 13 anos e a vingança da Cláudia(Malu Mader) me inspirou a agir com frieza e autocontrole diante dos problemas pessoais que eu enfrentava, me identificava com os traumas e os conflitos da Cláudia, assim como a amizade da Cláudia e da Vicki (Cláudia Magno) assim como a do Paxá, do Marcelo e do Dudu (Tato Gabus Mendes, Raul Gazolla e Luis Maçãs), a atração da Cláudia e do Fernando (José Mayer), par parceiro assim como o Paxá e a Vicki, a Betty (Alexandra Marzo) passa da inocente para a mulher de fibra, assim como a Olívia e a Ana Paula (Denise Del Vecchio e Cláudia Abreu). Lições importantes na minha vida: usar de frieza e autocontrole para revidar injustiças como Cláudia, porém reagir aos traumas e ao invés de atritar como ao descobrir o segredo da Marta (Laura Cardoso), que era o romance com Altino ( Paulo Goulart) e a maternidade de Olívia, sondar os fatos e colocar as cartas na mesa, valorizar as conquistas de amizade como a do Altino, que apesar de severo era bem humorado, dos hóspedes da pensão, do Robério, Vicki e Betty, isto me ajudou num amadurecimento e evolução de sociabilidade.
Acompanhei a reprise de 92 e lembro que adorava. Estou ansioso para amanhã no Globoplay.