Sinopse

Eleutério comprou uma estranha relíquia: um diabinho postado dentro de uma garrafa. Manteve-a escondida, não obstante os protestos – das empregadas, dos colonos e de Nena, sua mulher. Quando, porém, a esposa faleceu depois do parto do filho do casal, não demorou para o povo culpar o tal diabinho pelo ocorrido. E, pior que isso, atribuir a ele a paternidade do recém-nascido. O menino cresceu e a história se perpetuou. O inquieto José Eleutério, o Zeca, ganhou e fez jus à fama que trazia desde o berço. Onde quer que chegasse, era tido como o “filho do diabo”. Zeca foi alimentando a crendice do povo e fazendo a história do diabo virar lenda. Peão de espírito aventureiro, desafiava a morte montando touros bravos.

O rapaz ficou oito anos estudando no Rio de Janeiro. Voltou formado à fazenda do pai, nas cercanias da cidade de Paraíso, e ganhou o codinome de “peão dotô”. Pouco interessado nos títulos, o que ele queria mesmo era seguir pelas estradas montado em seu cavalo. Com os diplomas na parede, partiu em comitiva, sem imaginar a surpresa que o aguardava. Na volta para casa, Zeca e o amigo Terêncio corriam em suas montarias pela estrada que levava à fazenda de Eleutério. Na direção contrária, a charrete da santinha. O seu olhar cruzou com o da doce Maria Rita. Bastou isso para que nascesse ali uma linda e conturbada história de amor.

Ao contrário de Zeca, Maria Rita passou parte de sua vida em um colégio de freiras. Desde menina a acompanha a história de que é santa. A mãe beata, Mariana, a criou na igreja. Não bastasse isso, prometeu que a filha viraria freira e passou a vida alimentando versões sobre sua santidade. O pai, o fazendeiro Antero, nunca teve forças para lutar contra as histórias inventadas pela mulher. No dia da ordenação da filha, Antero comemorou quando a madre superiora confirmou o que ele já sabia: Maria Rita não tinha vocação. Mariana se desesperou, chorou, esperneou e se revoltou com a escolha da jovem, que finalmente voltou para casa. Destino! Maria Rita só entendeu isso quando seus olhos se cruzaram com os do filho do diabo.

A incrível história de amor entre Zé Eleutério, o filho do diabo, e Maria Rita, a santinha, em uma pequena cidade chamada Paraíso. Amor que se torna mais acirrado quando ela, rezando reclusa em seu quarto, consegue o “milagre” de salvar Zé Eleutério, que estava aleijado por ter sofrido uma queda. Em pagamento pela graça recebida, ela vai para o convento, realizando o sonho da mãe. Ele, apaixonado e grato, rapta a futura freirinha.

Globo – 18h
de 16 de março a 3 de outubro de 2009
173 capítulos

novela de Benedito Ruy Barbosa
adaptação de Edmara Barbosa
colaboração de Edilene Barbosa
direção de Rogério Gomes, André Felipe Binder, Pedro Vasconcelos e Paulo Ghelli
direção geral de Rogério Gomes

Novela anterior no horário
Negócio da China

Novela posterior
Cama de Gato

ERIBERTO LEÃO – Zeca (José Eleutério)
NATHALIA DILL – Santinha (Maria Rita)
REGINALDO FARIA – Eleutério
SORAYA RAVENLE – Zefa
CÁSSIA KISS – Mariana
MAURO MENDONÇA – Antero
CARLOS VEREZA – Padre Bento
VANESSA GIÁCOMO – Rosinha
ALEXANDRE NERO – Terêncio
JULIANA BOLLER – Aninha (Ana Célia)
GUILHERME BERENGUER – Ricardo
GUILHERME WINTER – Otávio
FERNANDA PAES LEME – Maria Rosa
LUCCI FERREIRA – Geraldo Valfrido
LEOPOLDO PACHECO – Norberto
BIA SEIDL – Aurora
DANIEL – Zé Camilo
ALEXANDRE RODRIGUES – Tóbi
LIDI LISBOA – Das Dores
WALDEREZ DE BARROS – Dona Ida
PAULA BARBOSA – Edite
JOÃO SABIÁ – Marcos
GENÉZIO DE BARROS – Alfredo Modesto
KADU MOLITERNO – Bertoni
CRISTIANA OLIVEIRA – Zuleica
JOSÉ AUGUSTO BRANCO – Nono (Amadeu Bertoni)
CLÁUDIO GALVAN – Vadinho
COSME DOS SANTOS – Zé do Correio
GÉSIO AMADEU – Capita
HUGO GROSS – Pedro do Posto
JACKSON COSTA – Isidoro
CRIS VIANNA – Candinha
CAROLINE ABRAS – Jacira
LUCI RAMOS – Cleusinha
MARELIZ RODRIGUES – Nina
AISHA JAMBO – Leni

e
ADALBERTO NUNES – Cido
ANAMARIA BARRETO – Madre Superiora (do convento onde estava Maria Rita)
ANA PAULA BOTELHO – Dona Noca (modista de Paraíso)
ANNA COTRIM – fisioterapeuta que atendeu Zeca
ANDRÉ LUIZ FRAMBACH – Zico
ARAMIS TRINDADE – Zé das Mortes (matador baiano que procura Eleutério em busca do diabinho da garrafa)
BIA JUNQUEIRA – Célia (mãe de Marcos)
BIJU MARTINS – peão
CARLA ANDREA – Maruca
CLÁUDIA COSTA – Dona Elvira (moradora de Paraíso)
DUDA RIBEIRO – Mané Corrupio (marido de Zefa, amigo de Eleutério, morreu numa emboscada)
EDUARDO DI TARSO – Paraná (peão violeiro)
GABRIEL RODRIGUES – Zeca (criança)
GILBERTO MIRANDA – Aristides (funcionário da prefeitura)
JORGE LUCAS – Tião (caboclo bonachão)
LARISSA VEREZA – Irmã Matilde (do convento onde estava Maria Rita)
LEANDRO LAMAS – conversa sobre política no bar
LEONARDO NETO – Beto (da agência de modelos que acompanha Aninha em uma sessão de fotos)
LUCIANA BARBOSA – Efigênia (empregada na casa de Aurora)
LUCIANO VIANNA – Juca (peão da fazenda de Antero)
LUÍS ANTÔNIO NASCIMENTO – Tião (jovem)
LULI MILLER – Nena (mulher de Eleutério, morre no parto de Zeca)
MANUELA DO MONTE – Tonha (ex-empregada na casa de Mariana, amiga de Candinha)
MARCELO FARIA – Eleutério (jovem)
MARIANA MAMORÉ – Maria Rita (criança)
MURILO GROSSI – João (dono da agência de publicidade onde Ricardo vai pedir emprego no Rio)
OSCAR MAGRINI – Falconi (amigo de Marcos, engenheiro que vai a Paraíso instalar o aeroclube)
OTHON BASTOS – Paulo (pai de Marcos)
PAULO ASCENÇÃO – deputado
PAULO CARVALHO – delegado
PAULO DE ALMEIDA – Dudu (atendente no bar de Bertoni)
ROBERT GUIMARÃES – Tibúrcio (capataz na fazenda de Eleutério)
RODRIGO SATER – Tiago (peão violeiro)
ROSAMARYA COLIN – Antônia (mãe de Das Dores)
THOMMY SCHIAVO – Chico (peão violeiro)
VITOR FRAD – fotógrafo que clica Aninha
WAL SCHNEIDER – morador de Paraíso
YASSIR CHEDIAK – Juvenal (peão violeiro)

– núcleo de JOSÉ ELEUTÉRIO, o ZECA (Eriberto Leão), peão de boiadeiro, inquieto, corajoso, conhecido como o FILHO DO DIABO. Foi criado solto nos pastos, onde se sente mais à vontade. Formou-se no Rio de Janeiro, mas prefere a vida livre do campo. No início da trama, está retornando para a casa do pai:
o pai, o CORONEL ELEUTÉRIO (Reginaldo Faria), fazendeiro em Paraíso. Homem rústico e bem humorado, amante de uma boa prosa. Apesar das histórias que contam a seu respeito, tem um enorme coração
a cozinheira ZEFA (Soraya Ravenle), viúva de um capataz da fazenda que morreu ao defender a honra do patrão. Simples, cheia de crendices e medos, alimenta uma paixão secreta pelo velho Eleutério
a filha de Zefa, ROSINHA (Vanessa Giácomo), apaixonada por ele, com quem foi criada. Sofre porque Zeca a considera uma irmã. Os dois acabam se casando, mas são infelizes nessa união
os peões da fazenda: TERÊNCIO (Alexandre Nero), melhor amigo de Zeca, é apaixonado por Rosinha mas não tem coragem de assumir essa paixão,
ZÉ CAMILO (Daniel), violeiro cantador, é a principal atração nas rodas de viola
e TÓBI (Alexandre Rodrigues), criado na fazenda, empregado de confiança. Um tipo simpático e meio ingênuo
a empregada DAS DORES (Lidi Lisboa), braço direito de Zefa nos afazeres domésticos, amiga de Rosinha. Viva, alegre, curiosa e de língua solta. Aos poucos, Tóbi conquista o seu coração
o capataz da fazenda TIBÚRCIO (Robert Guimarães).

– núcleo de MARIA RITA (Nathalia Dill), conhecida como SANTINHA, a quem o povo atribui poderes milagrosos. Moça bonita, de sonhos reprimidos. Vive em conflito, sem saber que rumo tomar na vida. Tem uma grande cumplicidade com o pai, que não aprova as manias de sua mãe, uma beata fervorosa. Fica ainda mais perturbada quando se apaixona por Zeca. Larga o convento para viver a sua vida e não o sonho da mãe, que queria que ela fosse freira:
os pais: ANTERO (Mauro Mendonça), homem simples e justo, desconfiado e um tanto fechado. Não aprova a lenda que corre de que ela é santa. Apoia a filha em suas decisões,
e MARIANA (Cássia Kiss), carola ao extremo. Criou a filha em uma redoma, obrigando-a a cumprir promessas de castidade, e quer que ela seja mesmo uma santa. Fica decepcionada quando a filha decide sair do convento, onde era noviça. Tenta a todo custo impedir seu romance com Zeca
o PADRE BENTO (Carlos Vereza), pároco de Paraíso. Faz de tudo um pouco, mas gosta mesmo é de uma boa partida de bilhar, nas quais busca donativos. Conselheiro de Maria Rita, é contra o mito de que ela seja santa. Tenta conter as sandices de Mariana
a empregada CANDINHA (Chris Vianna)
a ex-empregada TONHA (Manuela do Monte), amiga de Candinha
o peão JUCA (Luciano Vianna).

– núcleo da pensão de DONA IDA (Walderez de Barros), simpática e generosa, sua maior riqueza é a neta. Na sua simplicidade, revela argúcia e sabedoria:
a neta ANA CÉLIA, a ANINHA, (Juliana Boller), caipirinha inocente e ingênua, deslumbrada com as coisas da cidade grande. Não dá bola para os rapazes da região
os inquilinos OTÁVIO (Guilherme Winter), jornalista que vem trabalhar em Paraíso e se interessa por Aninha no início. No decorrer da trama, casa-se com a filha do prefeito da cidade e, depois, apaixonado por Maria Rita, acaba abandonado no altar por ela
RICARDO (Guilherme Berenguer), companheiro de Otávio que chega com ele a Paraíso. Publicitário, apaixona-se por Aninha, com quem acaba se casando
e MARCOS (João Sabiá), engenheiro e piloto de avião que chega a Paraíso logo depois. No final da novela, morre em uma queda, no meio de um show de piruetas
as amigas de Aninha: EDITE (Paula Barbosa), que engravida de Marcos. Expulsa de casa, é amparada por Dona Ida,
JACIRA (Caroline Abras), CLEUSINHA (Lucy Ramos), NINA (Mareliz Rodrigues) e LENI (Aisha Jambo) – as “regateiras”.

– núcleo de MARIA ROSA (Fernanda Paes Leme), professora formada, estudou no Rio de Janeiro. Moderna e esclarecida, faz um contraponto com as moças caipiras de Paraíso. É o melhor partido da cidade, tanto por ser rica quanto por ser filha do prefeito. Disputada pelos amigos Otávio e Ricardo, casa-se com o primeiro, mas o casamento fracassa:
os pais: NORBERTO (Leopoldo Pacheco), prefeito de Paraíso, tipo bem intencionado, mas inábil para vencer a resistência dos políticos locais e empreender obras de que a cidade necessita. Tem uma visão simples e precisa dos vícios da política,
e AURORA (Bia Seidl), companheira do marido, apesar de viver criticando suas atitudes na prefeitura. Ao longo da trama, revela-se uma grande política, a ponto de disputar a prefeitura contra o marido nas próximas eleições. Morre no decorrer da trama, em um acidente de carro
a empregada EFIGÊNIA (Luciana Barbosa)
o funcionário da prefeitura ARISTIDES (Gilberto Miranda).

– núcleo de GERALDO VALFRIDO (Lucci Ferreira), dono da rádio local, a “Voz do Paraíso”. Rapaz do interior, porém esclarecido. Ama sua terra e sua gente e vira o maior opositor de Otávio e Ricardo, aos quais chama de aventureiros, principalmente quando percebe o interesse de Maria Rosa por eles. É apaixonado pela moça, e tem o apoio da mãe dela. Une-se finalmente à sua amada quando o casamento dela com Otávio fracassa:
o locutor ALFREDO MODESTO (Genézio de Barros), tem um programa na rádio em que critica os políticos da cidade. Teve um caso com Aurora, com quem estava no acidente de carro. Os dois são dados como mortos, mas Alfredo reaparece, vivo
o operador de som ISIDORO (Jackson Costa), seu amigo.

– núcleo de BERTONI (Kadu Moliterno), proprietário do melhor bar da cidade, onde os moradores se reúnem para jogar sinuca, discutir política ou tomar cerveja:
o pai NONO (José Augusto Branco), idoso já esclerosado, o que enche o filho de preocupações
a empregada ZULEICA (Cristiana Oliveira), amiga de Zeca da capital que se estabelece em Paraíso. Vai ser disputada por Bertoni e Nono, pai e filho que se apaixonam por ela
o atendente no bar DUDU (Paulo de Almeida)
os frequentadores do bar: o farmacêutico VADINHO (Cláudio Galvan), dono da farmácia da cidade, onde desenrolam-se grandes debates sobre a política, o que o leva a ser atuante no tema,
ZÉ DO CORREIO (Cosme dos Santos), carteiro sempre bem informado. É um leva-e-traz, mas nunca toma partido, com medo de perder o emprego,
CAPITA (Gésio Amadeu) e PEDRO DO POSTO (Hugo Gross).

Espichamento

Remake da novela rural de Benedito Ruy Barbosa exibida entre 1982 e 1983, na ocasião estrelada por Kadu Moliterno (Zeca) e Cristina Mullins (Santinha). Outro título na onda de regravações de tramas de Benedito do horário das seis, a exemplo de Cabocla (2004), Sinhá Moça (2006) e Meu Pedacinho de Chão (2014).

Paraíso conseguiu cumprir a difícil missão de recuperar a audiência perdida no horário, após quatro novelas de Ibope descendente (Eterna Magia, Desejo Proibido, Ciranda de Pedra e Negócio da China).

Com o bom desempenho da trama de Benedito Ruy Barbosa, a Globo solicitou ao autor que a história fosse espichada em aproximadamente 30 capítulos.

Atualização

Mesmo sendo uma novela de 26 anos antes, Paraíso trouxe elementos atuais, como explicou o autor.
“O texto traz enfoques políticos, aborda a questão agrária, alerta sobre o desmatamento e mostra a chegada do progresso à pequena cidade de Paraíso”, disse Benedito à época da estreia.
As filhas do autor, Edmara e Edilene Barbosa, foram as responsáveis pela atualização da trama e assinaram esta nova versão.

Edmara Barbosa, que colaborou na primeira versão e atualizou e assinou este remake com a irmã, preocupou-se em preservar a história original, atualizando temas que foram mostrados na novela, como a questão da distribuição de terras, a ocupação planejada e o desmatamento. Coube a Edilene Barbosa, o trabalho de pesquisa para o desenvolvimento destes assuntos.
“Estamos atualizando a novela, compromissados com a primeira versão. Vamos modernizar algumas questões, aumentar a participação de alguns personagens, aproveitar algumas histórias, sempre dentro do contexto da novela original”, explicou Edmara.

No capítulo do dia 25/03/2009, os personagens Zeca (Eriberto Leão), Terêncio (Alexandre Nero) e Zé Camilo (Daniel) transmitiram uma mensagem sobre o aquecimento global e a preservação da natureza, passando imagens de poluição, desmatamentos e catástrofes reais, como as enchentes que atingiram, em novembro de 2008, o Vale do Itajaí, em Santa Catarina.

Daniel

Uma das curiosidades deste remake foi a presença do cantor Daniel assumindo o papel que na primeira versão foi do também cantor Sérgio Reis. Esse, aliás, foi o segundo personagem de Reis que Daniel assumiu. Ele também esteve na nova versão do filme O Menino da Porteira (2009), protagonizado por Sérgio Reis em 1976.

Apesar de ser uma regravação, alguns toques de exclusividade foram acrescentados, como o nome do personagem de Daniel: Zé Camilo. Não poderia ser o mesmo de Sérgio Reis em 1982, Diogo, pois este foi também o nome de Daniel no filme O Menino da Porteira. O cantor pediu pessoalmente ao autor Benedito Ruy Barbosa que mudasse o nome de Diogo para o nome de seu pai, e teve o pedido prontamente atendido.

“Ele se chamaria Diogo, mas o Benedito e eu decidimos em comum acordo mudar o nome para não haver confusão com o meu papel no filme. Então sugeri que fosse Zé Camilo, em homenagem ao meu pai, José Sebastião Camilo, que nasceu em uma fazenda chamada Paraíso”, contou Daniel, que também é Zé Camilo, José Daniel Camilo.

Elenco

Na primeira versão de Paraíso, Kadu Moliterno viveu o protagonista, José Eleutério e, 26 anos depois, voltou a atuar na mesma trama, desta vez como o comerciante Bertoni. Para Kadu foi uma honra estar novamente na novela que lhe deu tanto destaque em 1982.
“Até hoje em alguns lugares me chamam de Filho do Diabo”, lembrou o ator falando da importância do personagem para sua carreira.

Os atores Cosme dos Santos e Bia Seidl (Zé do Correio e Aurora desta versão) também participaram da novela original, como os personagens Tóbi e Edite.

Primeira novela das atrizes Nathalia Dill, Paula Barbosa e Caroline Abras.

Nathalia Dill quebrou o braço direito no dia 01/10/2009, durante a gravação do último capítulo de Paraíso. A atriz estava andando a cavalo quando levou um tombo. Ela estava em uma locação em Guaratiba, Zona Oeste do Rio, gravando a cena em que sua personagem, Maria Rita, foge a cavalo da igreja. A atriz tomou analgésicos e foi levada a uma clínica em Botafogo, para tirar radiografias.

Além de Daniel, a novela teve participações (presenciais) de cantores e duplas sertanejas, como Sérgio Reis, Chitãozinho e Xororó, Bruno e Marrone, Victor e Léo, Enzo e Rodrigo, Hugo e Tiago e outros.

Locações

Diferentemente da primeira versão, em que a fictícia cidade de Paraíso ficava no interior do estado de São Paulo, neste remake a cidadezinha foi localizada próxima à Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. Edmara Barbosa explicou a mudança de cenário:
“Desde o início pensei no Mato Grosso como cenário dessa história. Primeiro porque o Mato Grosso é reconhecidamente forte no agronegócio e possui um vasto rebanho bovino. A pecuária de corte faz parte do universo ficcional da novela, como faz parte do universo real desse estado. E a Chapada dos Guimarães é lindíssima. As cenas que foram gravadas ali enriqueceram e deram um colorido todo especial à trama.”

Paraíso teve externas em três estados diferentes. No Rio de Janeiro, as cidades de Cachoeira de Macacú, Itaboraí, Conservatória e Miguel Pereira serviram de cenário. Em Mato Grosso, Cuiabá, Nobres, Chapada dos Guimarães e Poconé receberam a comitiva dos peões da novela. E, por fim, Carrancas, em Minas Gerais, registrou o primeiro encontro entre Zeca e Santinha.

Abertura e trilha sonora

A abertura exibia cenas bucólicas de dois cavalos correndo um em direção ao outro, fazendo uma analogia ao romance do casal protagonista Zeca e Maria Rita. Os destaques, no entanto, são a fotografia e as belíssimas paisagens da Chapada dos Guimarães, onde as sequências foram gravadas.

Durante a primeira semana da novela, a música-tema da abertura foi a instrumental suave “Mistérios de Eleutério”, composta por Rodolpho Rebuzzi e André Sperling especialmente para a novela. Depois a música foi substituída por “Deus e Eu no Sertão”, gravação da dupla Victor e Léo.

O primeiro CD da trilha sonora de Paraíso teve uma vendagem superior a 80 mil cópias, número considerado excelente para a época.

O1. NADA NORMAL – Victor & Léo (tema de Rosinha)
02. JEITO DE MATO – Paula Fernandes (tema de Zeca e Maria Rita)
03. CORAÇÃO SÓ VÊ VOCÊ – João Bosco e Vinícius (tema de Terêncio)
04. FAÇA ALGUMA COISA – Zezé Di Camargo & Luciano (tema de Zefa)
05. DEUS E EU NO SERTÃO – Victor & Léo (tema de abertura)
06. LONGE – Leonardo (tema de Maria Rosa e Otávio)
07. MEU DENGO (ao vivo) – Tânia Mara (participação especial Roberta Miranda) (tema das regateiras)
08. PARAÍSO – César Menotti & Fabiano (tema de locação – Paraíso)
09. CHUÁ-CHUÁ (ao vivo) – Chitãozinho & Xororó (tema de Geraldo)
10. MULHER PARA NAMORAR – Janaina Kais (tema de Jacira)
11. AH, QUE DEUS É ESSE! – Zé Henrique e Gabriel (tema de Norberto e Aurora)
12. LINDA MENINA – Roger & Robson (tema de Aninha e Ricardo)
13. PITANGUEIRA – Monique Kessous (tema geral)
14. SERTANEJA – Fioravante & Guimarães (tema de Antero e Candinha)
15. TRAZ DE VOLTA A MINHA VIDA – Enzo & Rodrigo (tema de Edite e Marcos)
16. ORDEM NATURAL DAS COISAS – Rodrigo Sater (tema de Zeca)
17. A FÉ – Geraldo (tema de Mariana e Padre Bento)
18. O CONTADOR DE CAUSO – Chico Teixeira (participação especial Renato Teixeira) (tema de Eleutério)
19. ANUNCIAÇÃO – Yassir Chediak (tema de locação – Paraíso)
20. POR CAUSA DE VOCÊ – The Originals / Almir Bezerra (tema de Zuleica)

Sonoplastia: Nelson Zeitoune e Marcelo Arruda
Produção musical: Rodolpho Rebuzzi e Marcelo Barbosa
Direção musical e seleção de repertório: Mariozinho Rocha

Ainda
MISTÉRIOS DE ELEUTÉRIO – Rodolpho Rebuzzi e André Sperling (tema de Eleutério de tema da abertura na primeira semana)

Trilha sonora complementar: A Voz do Paraíso

01. DETONOU (ao vivo) – João Neto & Frederico (tema de locação – Paraíso)
02. 100% CASAMENTO – Bruno & Marrone (tema de locação – Paraíso)
03. POT-POURRI DE VIOLA: PAGODE / PAGODE EM BRASÍLIA / VOU TOMÁ UM PINGÃO (ao vivo) – Hugo Pena & Gabriel (tema geral)
04. VOCÊ DE VOLTA – Maria Cecília & Rodolfo (tema de Maria Rosa)
05. ESTRELA – Álvaro & Daniel (tema romântico geral)
06. BRUTO RÚSTICO E SISTEMÁTICO – João Carreiro & Capataz (tema de Geraldo)
07. ÔH… VIOLA ILUMINADA – Sérgio Reis (tema de locação – Paraíso)
08. TRÊS TOQUES NA MADEIRA – Almir Sater (tema do Padre Bento)
09. TOMÁ UM GOLE – Rud & Robson (tema de locação – Paraíso)
10. COM DINHEIRO É MOLE – Gino & Geno (tema de locação – Paraíso)
11. EU NÃO CONTEI ATÉ DEZ – Guilherme & Santiago (tema de locação – Paraíso)
12. ARREPIOU, ARREPIOU – Gian & Giovani (tema de locação – Paraíso)
13. NO LUGAR ONDE EU MORO – Hugo & Tiago (tema de locação – Paraíso)
14. TÁ MEIO FRACO – Ricardo & Eduardo
15. ETA, ETA, ETA – Jõao Pedro & Giuliano (tema de locação – Paraíso)
16. AÍ NÓIS BEBE – Cezar & Paulinho
17. COWBOY DE RODEIO (YOU WIN MY LOVE) – Érika & Elayne

Trilha sonora complementar: Os Violeiros de Paraíso – Tiago & Juvenal

01. AMANHECEU, PEGUEI A VIOLA
02. ESTRELA DE BOIADEIRO (participação especial de Almir Sater e Sérgio Reis)
03. O TREM DAS SETE
04. VIDE, VIDA MARVADA
05. TE AMO EM SONHOS (participação especial de Paula Fernandes)
06. FEIJÃO QUEIMADO
07. AI, QUE FALTA DE AR
08. PRENDA MINHA
09. DO PRINCÍPIO ATÉ O FIM
10. FELICIDADE
11. DE PAPO PRO AR
12. SERENOU NA MADRUGADA
13. DEIXA AMOR
14. SAUDADE DE MINHA TERRA

Tema de abertura: DEUS E EU NO SERTÃO – Victor e Léo

Nunca vi ninguém
Viver tão feliz
Como eu no sertão

Perto de uma mata
E de um ribeirão
Deus e eu no sertão

Casa simplesinha
Rede pra dormir
De noite um show no céu
Deito pra assistir
Deus e eu no sertão

Das horas não sei
Mas vejo o clarão
Lá vou eu cuidar do chão
Trabalho cantando
A terra é a inspiração
Deus e eu no sertão

Não há solidão
Tem festa lá na vila
Depois da missa vou
Ver minha menina

De volta pra casa
Queima a lenha no fogão
E junto ao som da mata
Vou eu e um violão
Deus e eu no sertão…

Veja também

  • paraiso82_logo4

Paraíso (1982)

  • cabocla2004_logo

Cabocla (2004)

  • sinhamoca06

Sinhá Moça (2006)