Sinopse

A trama se passa no final dos anos 1970, uma época que marcou a história do Rio de Janeiro, principalmente no que se refere à criminalidade no Brasil. O consumo de drogas se alastra pela sociedade brasileira alterando a estrutura de poder entre os criminosos. Se anteriormente os morros eram controlados por chefes do jogo do bicho, foi no final da década de 1970 que o poder começou a passar para as mãos de traficantes.

Antes disso, em 1941, Stella (Marcela Barrozo), para salvar a própria vida, deu seu bebê recém nascido para Donana (Maytê Piragibe), que sumiu com a criança. Em 1977, Stella (Betty Lago) está de volta, no encalço de seu filho que lhe fora tirado das mãos por Donana (Jussara Freire).

Carlão (Fernando Pavão) é na realidade Marco Antônio Vêneto, mas renegou a família para viver longe do universo do pai, o poderoso bicheiro Michelle Vêneto (Luiz Guilherme), o marido de Donana. Casou-se com a promotora de justiça Patrícia Almeida (Simone Spoladore). O casal vive feliz com dois filhos pequenos, quando Carlão é acusado de assediar as crianças da escola infantil na qual é sócio.

Record – 22h30 / 21h10
de 25 de setembro de 2013
a 30 de maio de 2014
176 capítulos

novela de Carlos Lombardi
escrita com Emílio Boechat, Nélio Abbade, Renê Belmonte e Mário Viana
direção de Alexandre Avancini, Alexandre Boury, Vivianne Jundi, Hamsa Hood, Leonardo Miranda e Arme Manente
direção geral de Alexandre Avancini

Novela anterior no horário
Dona Xepa

Novela posterior
Vitória

FERNANDO PAVÃO – Carlão (Carlos Almeida) / Marco Antônio Vêneto / Poderoso Thor
SIMONE SPOLADORE – Patrícia Almeida
PALOMA DUARTE – Dorotéia Ashcar
VICTOR HUGO – Picasso
LUIZ GUILHERME – Michelle Vêneto
BETTY LAGO – Stella Nolasco
JUSSARA FREIRE – Donana (Ana Vêneto)
FELIPE CARDOSO – Otávio Vêneto
CARLA CABRAL – Laura Escobar / Laura Leblon
DENISE DEL VECCHIO – Das Dores (Maria das Dores Noronha)
GUSTAVO MACHADO – Danilo Ashcar
DANIELA GALLI – Catarina Ashcar
TATYANE GOULART – Lívia Vêneto
HENRIQUE GUIMARÃES – Juliano Vêneto
MARIAH ROCHA – Helena
DANIEL DEL SARTO – Anjo (Ângelo)
FÁBIO VILLA VERDE – Jurandir (Lana Turner)
MARCOS PITOMBO – Ramiro Rodrigues
GUILHERME WINTER – Veludo
MIGUEL NADER – Caravaggio
RENATO LIVERA – Monet
RAFAEL SARDÃO – Baldochi
JULIANA DIDONE – Leila Vergueiro / Maria Clara Vergueiro
BIANCA BYNGTON – Ilana Vergueiro
CLÁUDIO HEINRICH – Paulo Noronha
IRAN MALFITANO – Pedro Noronha
SÔNIA LIMA – Norma Shirley
MÁRIO GOMES – Getúlio
CARLOS BONOW – Starsky
TARCIANA SAAD – Tereza
MEL LISBOA – Marcinha / Eva
GERO PESTOLAZZI – Rocco (Bernardo Avelar)
RICARDO DUQUE – Laerte
BERNARDO VELASCO – Romeu
LUA BLANCO – Silvinha
GABRIELA MOREYRA – Tônia
RICARDO PETRÁGLIA – Omar Ashcar
EDUARDO LAGO – José Vergueiro
ANDRÉA AVANCINI – Fernanda
LUCIANA BRAGA – Rosa
RICARDO VANDRÉ – Vegetal
ANDRÉ RAMIRO – Mineral
NANDA ZIEGLER – Xuxú
LAÍZE CÂMARA – Lili
ALINE BORGES – Joana
ANDRÉ LUIZ MIRANDA – Djalma
LÍVIA ROSSY – Bruna
ROBERTA SANTIAGO – Urana

as crianças
LUÍS AUGUSTO FORMAL – Guilherme (filho de Laura)
PIETRA GOA – Rafaela (filha de Carlão e Patrícia)
LUIZ FELIPE MELLO – Rodolfo (filho de Carlão e Patrícia)
LARISSA HENRIQUE – Duda (filha de Ângelo)

primeira fase
GRACINDO JÚNIOR – Cebolão
MARCELA BARROZO – Stella (jovem)
MAYTÊ PIRAGIBE – Donana (jovem)
HENRIQUE GUIMARÃES – Michelle (jovem)
GUSTAVO LEÃO – Getúlio (jovem)
CLÁUDIO GABRIEL – Júnior (filho de Cebolão)

e
ALEXANDRE BARILARI – Valença (secretário de segurança que “bancava” Picasso)
ALEX CESÁRIO – Zé
ALEX NADER – segurança
ANA CAROLINA – Rainha (cliente de Anjo)
BEMVINDO SIQUEIRA – Tufik Abdalla
BRUNO PADILHA – Quim (Quintino)
CACO BARESI – Joel
CLÁUDIA LIRA – Bia
DANIEL SATTI – Pente Fino
FELIPE MARTINS – Euzébio (réu em um julgamento em que Patrícia foi promotora, no início)
FERNANDO SAMPAIO – Brito (enfermeiro no pronto-socorro)
FLORIANO PEIXOTO – Promotor Vilares (acusa Carlão dos crimes no julgamento dos últimos capítulos)
FRANCISCA QUEIROZ – Valéria
HEITOR MARTINEZ – Van Gogh
HENRI PAGNONCELLI – Evaldo (pai da Patricia)
IRAN LIMA – Berrilo
ÍRIS BRUZZI – Nair
JACK BERRAQUERO – guarda da prisão
JORGE DESTEZ – Leão
JÚNIOR PRATA – carcereiro Ferreira
LU GRIMALDI – Dulce Espozito
MARIA CRISTINA GATTI – Gertrude
MATHEUS FARIA – Danilo Aschar (jovem)
NELITO REIS – Felipe Santiago
PÂMELA CÔTO – Vera
PAULO REIS – Giancarlo
RAQUEL NUNES – Adelaide (testemunha que livrou Carlão da acusação de assédio infantil)
RAUL GAZOLA – Valdo Santiago (bicheiro rival de Michelle)
RAYMUNDO DE SOUZA – Perfume (bicheiro rival de Michelle)
RICARDO PAVÃO – Anselmo
SANDRO PEDROSO – advogado de Giancarlo
SÉRGIO ABREU – enfermeiro
SÉRGIO MONTE – Barbosa
SOLANGE COUTO – Betty Valle (mãe de Laura)
WILLIAM VITA – Rabanete
ZECA CARVALHO – Peixoto
Quina

Melodrama de ação

Após 31 anos de serviços prestados à Globo, Carlos Lombardi foi escrever novelas na Record TV. Porém, não passou de Pecado Mortal.

A novela foi definida pelo autor como um melodrama de ação com algumas pitadas de humor – diferente de seus trabalhos na Globo, pontuados pela comédia de ação. A possibilidade de escrever algo diferente de suas costumeiras comédias na Globo foi o que motivou Lombardi a trocar de emissora. A Record o acenou com um projeto que ele queria em um horário condizente.

Ainda assim, Pecado Mortal esteve e manteve-se dentro do que se esperava de uma trama de Lombardi: diálogos rápidos e cheios de sarcasmo, piadinhas de cunho sexual e/ou duplo sentido, torsos nus, relações familiares conflituosas, muita ação, perseguição e luta.

Capítulo de estreia promissor, mostrando a primeira fase, na década de 1940, com os antecedentes dos protagonistas. Roteiro, direção, fotografia e reconstituição de época impecáveis.

Audiênca decepcionante

Pecado Mortal, apesar de bem recebida pela crítica especializada, teve audiência ainda menor que os massacrados três folhetins anteriores da Record (Máscaras, Balacobaco e Dona Xepa). A média final no Ibope da Grande São Paulo – 6 pontos – empatou com as menores médias entre as novelas desde a retomada da dramaturgia da emissora, em 2004. Era a grande esperança da Record em retomar o público que se esvaiu do canal, mas só decepcionou.

Para chamar a atenção do público, o autor até engrossou o romance e o apelo familiar, com muitas cenas de idílio amoroso entre os protagonistas Carlão (Fernando Pavão) e Patrícia (Simone Spoladore) e sua prole.

Em uma estratégia para alavancar o primetime da emissora, a novela foi rearranjada na grade, a partir de 03/02/2014. Pecado Mortal migrou da faixa das 22h30 para a das 21h10, concorrendo diretamente, neste dia, com a estreia de Em Família, na Globo. Uma demonstração da falta de cuidado e atenção da emissora com sua principal novela frente um desempenho aquém do desejado. A mudança de horário não surtiu efeito e o Ibope não deu sinal de melhoras.

Mesmo prejudicado, Lombardi se virou para levar sua trama adiante. E não faltaram obstáculos nessa trajetória.

Elenco

O elenco contou com o costumeiro casting da Record – vários da minissérie José do Egito (que ainda estava no ar quando a novela estreou), dirigida por Alexandre Avancini, o diretor geral de Pecado Mortal) -, com algumas contratações e com atores da “companhia lombardiana de comédia” – elenco que já trabalhou com Lombardi antes – Betty Lago, Heitor Martinez, Luiz Guilherme, Mário Gomes, Cláudio Heinrich, Tatyane Goulart, Bianca Byngton, Gero Pestolazzi e Carlos Bonow.

Por causa do déficit no casting da emissora, atores e diretores foram remanejados. O ator Marcos Pitombo perdeu seu personagem (Ramiro) para entrar na próxima novela, Vitória.

Em fevereiro de 2014, a atriz Mel Lisboa, alegando motivos profissionais, pediu para sair da novela. Ela queria maior tempo livre para ensaiar um musical no teatro sobre a cantora Rita Lee. O pedido gerou um mal estar entre ela e a produção. Carlos Lombardi tentou mantê-la na trama, diminuindo o número de cenas e propondo junto à direção que as gravações de Mel não interferissem nos ensaios da peça. Mas não houve jeito e o autor teve de matar a personagem, o que não estava em seus planos. Lombardi chegou a queixar-se em sua conta no Twitter. (“Novela, a Obra Aberta e Seus Problemas”, Fábio Costa)

Pela mesma época da saída de Mel Lisboa e do novo horário da novela, o diretor geral, Alexande Avancini, foi realocado para outras produções da Record, deixando Pecado Mortal nas mãos de seus diretores assistentes.

A saúde de Betty Lago, que vivia uma das protagonistas (Stella), a manteve afastada da trama por um bom tempo, prejudicando o desenvolvimento de sua personagem.
Por causa desses ajustes todos, Lombardi ainda sacrificou a excelente personagem de Jussara Freire, a vilã Donana – ela travava ótimos embates com Stella e a duas ainda formavam um triângulo amoroso maduro, com Michelle Vêneto (Luiz Guilherme).

Nas mexidas para adequar a novela, alguns focos foram perdendo força ao longo do tempo, como a trama de Laura (Carla Cabral), que tinha uma das principais histórias paralelas dentro da novela. Nesse sobe e desce, ganhou Denise Del Vecchio, cuja personagem, Das Dores, passou a ter mais destaque.

A história ziguezagueou, centralizada na perseguição de Picasso (Victor Hugo) a Carlão (Fernando Pavão), uma briga de gato e rato sem fim, mas que segurou-se bem, graça ao talento dos atores.
Victor Hugo foi a grande revelação da novela. Desde o início, uma interpretação segura e convincente. Fernando Pavão, tendo nas mãos o papel do herói, teve a seu favor o porte físico.
O elenco teve outros destaques, como Paloma Duarte (Doroteia), Simone Spoladore (Patrícia), Luiz Guilherme (Michelle), Felipe Cardoso (Otávio), Gustavo Machado (Danilo), Carla Cabral (Laura) e Denise Del Vecchio (Das Dores).

Primeira novela do ator Bernardo Velasco.

Realidade paralela

Pecado Mortal exibiu um capítulo especial no dia 23/12/2013 com a seguinte premissa: o que teria acontecido se o protagonista Carlão (Fernando Pavão), em vez de ter abandonado a família e virado um hippie, tivesse assumido o lugar do pai no comando do jogo do bicho no Rio de Janeiro? O capítulo inteiro desenvolveu esta ideia, que o autor chamou de “realidade paralela”.

Descrevendo um sonho do protagonista, os principais personagens encarnaram papeis muito diferentes do que já viviam na trama. Em vez de Patricia (Simone Spoladore), Carlão estava casado com Dorotéia (Paloma Duarte), o corrupto Picasso (Vitor Hugo) era um policial exemplar, etc. Nenhum personagem se comportou ou agiu como de hábito.

Segundo Lombardi, a inspiração veio do seriado americano Mad Men e do filme A Felicidade Não de Compra (1946, de Frank Capra). Ao final do capítulo, Carlão acordou do sonho e ficou aliviado ao se dar conta de que tudo continuava como antes.

Reconstituição de época atemporal

Com a história se passando na década de 1970, a produção de Pecado Mortal optou por uma reconstituição de época atemporal, que misturava elementos dos anos 1970 (como alguns cenários, automóveis, figurinos) com referências atuais. Estranhou no início, mas funcionou na trama de Lombardi, muito pautada em gírias e expressões modernas – também nos corpos sarados e bombados, quando este não era um padrão de beleza de quarenta anos atrás.

De acordo com o diretor de dramaturgia da Record, Anderson de Souza, os gastos com cenografia foram de R$ 11 milhões e cada capítulo custou para emissora algo em torno de R$ 500 mil.
“É um produto caro porque em qualquer outra novela contemporânea você trabalha com uma base de acervo já existente de produções anteriores, ou seja, você tem um acervo de figurino, de móveis e cenários que podem ser reaproveitados. Para uma novela de época não existe acervo. Temos que desenhar o figurino, costurar o figurino, tem que ir em busca de carros de quem é colecionador. Por tudo isso o custo é mais elevado”, disse ele.

Abertura

Ao som de “Street Life”, clássico da Era Disco, a abertura resumia em uma cena congelada a trama policial da novela, na qual a câmera percorria uma complexa sequência, cheia de efeitos, objetos e pessoas, que brincava com as leis naturais da física.

A vinheta usou o recurso bullet time – visto anteriormente na abertura da novela Sete Pecados (2007), da Globo -, rotoscopia de fotografias que cobrem todos os ângulos de uma cena com congelamento de imagens em movimento, técnica que mescla filmagens em live-action com steadycam e inserções hiper-realistas em computação gráfica.

O recurso impressiona desde o filme Matrix (1999) e já foi exaustivamente utilizado em cinema, televisão, internet e publicidade. No caso da abertura de Pecado Mortal, a principal inspiração foi o premiado comercial da “Philips Carousel” (2009). (André Luiz Sens, blog Televisual)

Reprises

A novela foi reapresentada pela Rede Família, emissora pertencente ao grupo Record, de 09/03 a 07/11/2020.

A Record TV a reprisou em sua programação a partir de 02/01/2024, às 22h45.

pecadomortalt
01. STREET LIFE – Laudia Tanzin (tema de abertura)
02. I JUST WANNA STOP – Maurício Manieri (tema de Carlão e Patrícia)
03. YOU MAKE FEEL – Paul Fields (tema de locação: Disco Stars Like Dust)
04. DOIS PRA LÁ, DOIS PRA CÁ – Elis Regina (tema de Stella)
05. STOP, LOOK, LISTEN (TO YOUR HEART) – Moysés e Erkka Rodrigues (tema de Silvinha e Romeu)
06. NOBODY DOES IT BETTER – Alexandra Pradella (tema de Laura e Bernardo/Rocco)
07. CHARME DO MUNDO – Marina (tema de Leila)
08. DO YOU WANNA DANCE? – Adriana Dre (tema de Carlão e Dorotéia)
09. I WILL SURVIVE – Issy Gordon
10. COLEÇÃO – Cassiano
11. RAINY DAYS AND MONDAYS – Alexandra Pradella (tema de Maria Clara)
12. NA SOMBRA DE UMA ÁRVORE – Banda Play

Ainda
EU PRECISO TE ESQUECER – Cláudia Telles (tema de Laura)
MACHO MAN – Village People
SEPTEMBER – Earth, Wind and Fire

Tema de abertura: STREET LIFE – Laudia Tanzin

I play the street life
Because there’s no place I can go
Street life, it’s the only life I know
Street life, and there’s a thousand parts to play
Street life, until you play your life away

You let the people see
Just who you wanna be
And every night you shine
Just like a superstar
That’s how the life is played
A ten cent masquerade
You’re dressed, you walk, you talk
You’re who you think you are

Street life, you can run away from time
Street life, for a nickel or a dime
Street life, but you better not get old
Street life, or you’re gonna feel the cold

There’s always love for sale
A grown-up fairy tale
Prince charming always smiles
Behind a silver spoon
And if you keep it young
Your song is always sung
Your love will pay your way
Beneath the silver moon

Street life, street life, street life, street life…

Veja também

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