Sinopse
Na Irlanda do século 17, a jovem Brida fugia das maldições de um bruxo. Passados trezentos anos, o bruxo continua perseguindo a moça, a única com poderes capazes de destruí-lo.
Nessa encarnação, Brida é filha de uma família abastada e noiva de Lorens. O pai dele é um dos sócios de uma empresa na qual um dos principais empregados, Vargas, é o mago arqui-inimigo de Brida. Ela passa então por muitos perigos sem desconfiar que o bruxo que a atormentara em encarnações passadas está tão perto.
Quando os poderes de Brida começam a ficar evidentes, ela não consegue administrá-los. O dom da premonição é um deles. Porém, ela não percebe que uma de suas amigas, a ambiciosa Priscila, é apaixonada por Lorens. Seduzida por Vargas, Priscila arma ciladas na tentativa de destruir o romance de Brida e seu amado.
CAROLINA KASTING – Brida
LEONARDO VIEIRA – Lorens
RUBENS DE FALCO – Vargas
AUGUSTO XAVIER – Mariano
EDNEY GIOVENAZZI – Patrick O’Neal
BETE MENDES – Diva
GUILHERMINA GUINLE – Priscilla / Eileen
NADIA LIPPI – Leonor
TÂNIA ALVES – Mercedes
FAFY SIQUEIRA – Valdete
VICTOR WAGNER – Edmundo
CARLA REGINA – Elisa
PATRICIA NOVAES – Isabel
GIOVANNA DE TONI – Vica
GIAN CARLO – Alberto Vaz de Couto
PAULO RAMOS – Chrystian
WANESSA BONELLI – Guta
MANUELA DIAS – Inês
FABIANA AMORIM – Andréa
SANDRA BARSOTTI – Malu
JARBAS TOLEDO – Cláudio
CARLOS SATO – Tanaka
ROBERTA PORTO – Lílian
SIMONE MORENO – Ongala
WANDA STEFANIA – Marília
ANSELMO VASCONCELLOS – Henrique
ALEXIA DESCHAMPS – Diana
DANIEL LOUREIRO – Álvaro
CLÁUDIA RANGEL – Celina
CANDICE VALDUGA – Silvia
ROSANE GOFMAN – Socorro
ÂNGELA FIGUEIREDO – Elvira
SÉRGIO ABREU – Guilherme
ANDRÉA AVANCINI – Ermée
VIVIANE NOVAES – Beatriz
MARCELO BOSSCHART – Técio
LUÍS LOBO – Zé Alberto
FÁBIO MÁSSIMO – Ariovaldo
FABIANA RAMOS – Paulina
GISELE FRAGA – Selma
JOSÉ MARINHO – Varela
GLÓRIA PORTELA – Helena
ESTELA RENNER – Rita
FÁBIO PILLAR – Jacaré
JÚLIO LEVY – Clerston
NILL MARCONDES – Caio
PAULA SARDÁ – Dedé
RONALDO REIS – Afrânio
GUSTAVO LONG – Jonas
ROBERTA PORTO – Lílian
MARCOS PASQUIM
CHRISTINA FERRO – Bianca
MÁRCIA BARROS – Helga
MURILO ELBAS – Santos
e
OTHON BASTOS – Fradique
apoio
ADRIANA RODRIGUES
ANTÔNIO DESTRO
BRUNO PADILHA
CHRISTINE BETHLEM
DANIEL DE OLIVEIRA
DEYSE BRAGA
EDUARDO ALBERGARIA
ELAINE GARCIA
ÉRIKA THEBALDI
FÁBIO DIAS
GILSON GOMES
MARCELO FILHO
MASSAYUKI ONISHI
MATILDE FIGUEIREDO
MILA RODRIGUES
MÔNICA MOURA
RICARDO HERRIOT
ROBERTA REPETTO
ROBERTO GRYCHAT
ROGÉRIO WAGNER
SÉRGIO MARANHA
TATHIANA NOVAES
TATIANA TOMÉ
THAÍS TEDESCO
VÁLTER MARCELO
VITOR MIHAILOFF
WAGNER BRAUDE
Crise na emissora
Problemática produção da TV Manchete que agravou a crise financeira da emissora, o que culminou com o seu fim, em maio de 1999.
A novela foi baseada no best-seller de Paulo Coelho. O fato do livro ter sido um sucesso de vendas (na época da estreia da novela, já havia sido lançado 86 vezes) excitava a emissora a investir na versão para a TV.
Brida estreou em 11/08/1998, às 19 horas, mas logo o horário foi cancelado e, a partir de 14/09, passou para as 22h20.
A novela começou escrita por Jaime Camargo, que a levou até o capítulo 14. Sônia Mota e Angélica Lopes continuaram. As autoras foram escolhidas para que o público feminino tivesse mais identificação com a novela.
Prejuízo
Brida tinha um custo caro para os padrões da Manchete. Inclusive com cenas gravadas na Irlanda. Mesmo não sendo uma novela de época, os recursos que precisavam ser utilizados se mostraram dispendiosos. Ainda assim, a direção da emissora decidiu arriscar.
No contrato com a Manchete, os patrocinadores só liberariam verba se a novela passasse dos 5 pontos de audiência. A previsão da emissora era de que a novela atingisse 10 pontos, mas o ibope estacionou nos 2. Sem patrocínio, o canal ficava no prejuízo. Mesmo recorrendo a velhas fórmulas para alavancar a audiência (como erotismo), a novela não emplacou.
Brida significava o desperdício do que poderia ter sido uma ótima história e a consequência da situação econômica do país. Aliado aos problemas da novela, os juros das dívidas da TV Manchete cresciam. Em outubro de 1998, o elenco e equipe técnica entraram em greve por falta de salários. O vice-presidente da emissora confessou aos atores que “o fracasso da novela esgotou os recursos da empresa”.
Interrupção
Sem ter o que fazer, a direção da rede decidiu tirar Brida do ar na sexta-feira da mesma semana: em 23/10/1998, a emissora interrompeu subitamente a trama, apresentando uma narração que explicava qual seria o desfecho da história. O final narrado pelo locutor oficial da Manchete, Eloy de Carlo, foi improvisado naquele dia.
Poucos imaginavam o que estava acontecendo. A pergunta era uma só: “a novela acabou?” Ninguém sabia ao menos se ela voltaria ao ar na segunda-feira seguinte.
Anúncios de uma reprise de Pantanal começaram a ser exibidos. Sem anunciar o horário de exibição, muitos acreditaram que se abriria um novo horário de novelas. Porém, Brida fora interrompida e Pantanal a substituiu em seu horário. Juntamente com o fim da novela, o restante da programação da emissora também se esvaziava.
Elenco
O apresentador de telejornal da TV Manchete Augusto Xavier estreou como ator em Brida, mas cessou sua carreira em novelas aqui. Em seguida, voltou a apresentar telejornais.
Ainda a presença no elenco de Manuela Dias, na época em que era atriz, antes de firmar-se como roteirista na Globo. Manuela atuou ainda na novela Dona Anja, no SBT, em 1996-1997.
E mais
Outras novelas que foram interrompidas abruptamente, no meio da trama: Somos Todos Irmãos (Record, 1965), Como Salvar Meu Casamento (Tupi, 1980) e Renúncia (Bandeirantes, 1982).
Tema de Abertura: BRIDA – Rosa Marya Colin
E se você me pergunta
Perguntas não vão me mostrar
Que eu sou feita da Terra
Do fogo, da água e do ar
Eu sou o seu sacríficio
Eu sou o medo de amar
Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Perguntem, não sei
O início, o fim e o meio
Brida…
Brida poderia ser um sucesso de audiência se não fosse a situação da saudosa Manchete, que estava morrendo aos poucos. O final da novela foi muito triste, bem como o fim das atividades da emissora.
Se não fosse a crise da emissora a história faria sucesso, mas a Manchete não estava em condições de estrear uma produção inédita.
Uma boa lembrança que tenho da Rede Manchete era a abertura cedinho da emissora. Aquele “M” sobrevoando o Brasil e pousando na sede da emissora me encantava. Pensando hoje era uma coisa tão boba, mas acho que na época sem muito recurso para nada era um encanto!
Eu lembro com muita tristeza do encerramento da Manchete. Minha amiga estava toda empolgada para acompanhar Brida e disse a ela que na sexta a novela ia acabar, ela não acreditou. Fazíamos faculdade na época e ela disse que ia assistir ao capítulo pra me convencer que era mentira. Infelizmente era verdade.
O jeito Manchete de fazer novela nunca mais apareceu em emissora alguma.
Saudades.
A Manchete acabou melancólica como a Tupi.
Pelo que constava na época, era para ter sido gravados mais 3 capítulos que encerrariam a trama, ainda que de forma apressada.e no dia 27/10/1998. Só que, sem salários, ninguém quis gravar mais nada e o que se viu foi aquele “final” improvisado. E curiosamente, já se passaram 22 anos deste fiasco e ninguém mais quis adaptar Paulo Coelho para a televisão depois disso…
Eu amava a rede Manchete,um canal inovador,muitas novelas de 1° fiquei muito triste quando acabou esse canal maravilhoso. Mas estou feliz em saber que existe pessoas que fizeram esse site sobre as novelas maravilhosas da rede Manchete. Obrigado, vc merece todo apoio de pessoas como nós fãs da telemadramatugia.
Sinto falta da Rede Manchete até hoje. Era uma emissora muito interessante, que frequentemente aparecia com um produto bom, diferente, inovador. Pena quem nem chegou ao séc. XXI.
Era o começo do fim da Manchete,nessa época aqui em Goiânia ñ tinha mais sinal.da Manchete acho que a última vez que vi a programação da Manchete foi em 93/94 a Band ocupou o canal que era da Manchete aqui,eu só sabia das notícias através de revistas Contigo/Minha Novela e por programas de tv,triste fim
Eu acompanhei a agonia da novela até o final. Não era ruim, mas acho q a pressão para q a novela fosse a salvadora da pátria da manchete gerou muita expectativa e se tornou maior q a própria novela. Sobrou ousadia e faltou investimento. Na situação que a Manchete estava, jamais poderia ter seguido essa opção. Poderiam estudar um produto menos oneroso.
O último capítulo foi bizarrissimo. A essas alturas o Victor Wagner já tinha sido recrutado pra aparecer pelado e tentar subir a audiência. Fafy siqueira tb entrou pra ter a cota comedia mas de nada adiantou. Do nada veio uma narração do Eloy de Carlo lendo o destino dos personagens (fulano morreu, siclano foi pra Europa) e fim. A novela saiu do ar.
Foi um momento lamentável da teledramaturgia brasileira.
Fantasiaram demais a história, dai a descoberta da espiritualidade de bruxa virou mágica de Harry Potter