Mundo da Lua

bem-vindos ao mundo da lua
o esquadrão do sabonete
nana nenê
vai começar tudo outra vez
achados e perdidos
joão valentão
do oiapoqui ao chuí
o que você vai ser quando crescer?
bye bye big bad boys
muito prazer, blixto
viagem à lua
pais e filhos
meu amigo fido
medo de escuro
hello monalisa
a guerra do quarto
ás do volante
o enigma do vaso chinês
7×8
separação de bens
árvore do dinheiro
lucas de los angeles
o primeiro da classe
bonsai não, é banzai
lar, doce lar
sala de espera
terror lunático
gente grande
aeroporto 2001
profissão tia
a volta dos que não foram
gripe da grife
vpa procurar sua turma
vá já pro seu quarto
controle remoto
filho único
o dono do mundo da lua
marcha a ré
silva e silva super star
vida de artista
a pluma da princesa isabel
a mosca e o zumbi
as três irmãs
de papo pro ar
felizes para sempre
pau-brasil
a pensão do tio dudu
brasil tetracampeão
onde canta o sabiá
sua majestade, o bebê
alô, alô… tchau, tchau!

Ensinar brincando

Criado para o público infantil, Mundo da Lua agradou todas as idades, pela forma como ensinava brincando.

A série apresentava o cotidiano de uma família de classe média, como pano de fundo para temas educacionais. As histórias giravam em torno da cabeça de Lucas (Luciano Amaral) e do seu mundo de sonhos, que chegava a partir de um gravador, presente do avô, que ele considerava mágico. Os conselhos do avô Orlando (Gianfrancesco Guarnieri) e dos pais Rogério (Antônio Fagundes) e Carolina (Mira Haar) ao garoto serviam como lições aos pequenos. Lucas Silva e Silva era um garoto com todos os problemas, diversões e dúvidas decorrentes na sua faixa etária, o que ajudou a atrair ainda mais o público alvo.

A série recebeu o prêmio de melhor programa infantil de 1992 pela APCA, Associação Paulista de Críticos de Arte.

“Quando ele gravava a mensagem: “Alô, alô, planeta Terra chamando, planeta Terra chamando, essa é mais uma edição do diário de bordo de Lucas Silva e Silva, falando diretamente do Mundo da Lua onde tudo pode acontecer”, a tela ficava em névoa e realidade e imaginação se misturavam para ensinar brincando.”
“A produção da série era muito barata, por isso a criatividade tornava-se o material principal nas realização do programa, como artifício para realizar as cenas mais complicadas. Um exemplo disso foi a visita de Lucas ao Japão, gravada com o uso do chromakey, uma técnica feita por sobreposição por separação de cores.”
“Os roteiros de Flávio de Souza soavam como uma aula primária, rica em conhecimentos e sustentada na didática para segurar o público menos interessado.”
(contribuição: Izaías Correia)

Elenco

Atores como Gianfrancesco Guarnieri e Antônio Fagundes pertenciam à Rede Globo, mas foram gentilmente cedidos pela emissora para as gravações de Mundo da Lua. Era no mínimo curioso, em 1991, ver Fagundes em dois papéis tão diferentes: em Mundo da Lua, era o “paizão” Rogério, e na novela O Dono do Mundo, o vilão Felipe Barreto.

Para conciliar a agenda profissional, Antônio Fagundes, de segunda a quarta, no Rio de Janeiro, rodava todas as cenas para a novela da Globo e, de quinta a sábado, na capital paulista, atuava no seriado da Cultura. (“Biografia da Televisão Brasileira”, Flávio Ricco e José Armando Vannucci)

O personagem do ator Dorvilles Pavarina não aparecia. Ele era o radialista Ney Nunes, o preferido da empregada Rosa (Anna D’Lira). Ney e Rosa “conversavam” – o que Rosa falava, Ney respondia.

Repetecos

Os episódios foram reprisados pela Cultura, TVE e TV Rá-Tim-Bum. Na Globo, foi exibido entre 1992 e 1993, dentro do infantil Xou da Xuxa.

Mundo da Lua gerou uma pequena continuação chamada Lucas e Juquinha, com roteiros de Flávio de Souza, feita para ir ao ar antes de Castelo Rá-Tim-Bum e divulgar o programa infantil. Foram 5 episódios de 5 minutos cada, que contavam como Lucas ajudava seu irmão menor nos perigos que toda casa tem, como remédios, tomadas e fogo.