Sinopse

Décadas de 1930 e 1940, Águas de São Jacinto, interior de Minas Gerais. Acolhido desde os primeiros dias de vida pelos religiosos da Irmandade de São Jacinto dos Clérigos, Marcelino (Levi Asaf), de apenas oito anos, sonha em conhecer sua mãe. Ela é a jovem Maria Elisa Rubião, a Marê (Camila Queiroz).

Marê viu seu sonho de cuidar do filho destruído pela ambição da madrasta Gilda (Mariana Ximenes). E ainda perdeu seu grande amor, o médico Orlando (Diogo Almeida), que partiu para o Canadá, atingido por mentiras e revelações que envolviam suas duas famílias. Mas nem mesmo a distância e a maldade vão vencer o amor verdadeiro.

A história começa com o encontro – e o amor à primeira vista – entre Marê, moça rica, estudante de Administração e Finanças, e o jovem médico Orlando, que se apaixonam. Noiva de Gaspar (Thiago Lacerda), filho mais velho do prefeito Anselmo Evaristo (Paulo Betti) e de Cândida (Zezé Polessa), Marê vai contrariar os desejos do pai, o empresário Leonel Rubião (Paulo Gorgulho), para viver esse amor.

A morte trágica do pai e a ação da madrasta para culpá-la fazem com que Marê seja presa injustamente. O que ela não imaginava é que, naquela altura, já estava grávida de Orlando. Desiludido e enganado, o médico vai embora do país ao descobrir um segredo do passado que envolve as famílias dos jovens e certo de que Marê não se importa mais com ele.

Globo – 18h
de 20 de março a 23 de setembro de 2023
161 capítulos

novela criada por Duca Rachid e Júlio Fischer
escrita com Elísio Lopes Jr.
colaboração de Dora Castellar, Duba Elia e Mariani Ferreira
direção de Oscar Francisco, Alexandre Macedo, Joana Antonaccio, Lúcio Tavares e Larissa Fernandes
direção artística de André Câmara

Novela anterior no horário
Mar do Sertão

Novela posterior
Elas por Elas

CAMILA QUEIROZ – Marê (Maria Elisa Rubião)
DIOGO ALMEIDA – Orlando Gouveia
MARIANA XIMENES – Gilda Rubião
PAULO GORGULHO – Leonel Rubião
THIAGO LACERDA – Gaspar Evaristo
PAULO BETTI – Anselmo Evaristo (Anselmo Queijeiro)
ZEZÉ POLESSA – Cândida Evaristo
CARMO DALLA VECCHIA – Érico Requião
ANA CECÍLIA COSTA – Verônica Medrado
DANIEL RANGEL – Júlio Medrado
BABU SANTANA – Frei Severo (Padrão)
TONICO PEREIRA – Frei Leão (Vovô Leão)
TONY TORNADO – Frei Tomé (Vovô Tomé)
BERNARDO BERRO – Padre Donato (Pai Papinha)
ANTÔNIO PITANGA – Frei Vitório
CHICO PELUCIO – Padre Diógenes (Vovô Diógenes)
ALLAN SOUZA LIMA – Frei João (Feijão)
CAROL CASTRO – Darlene Nogueira
KENIA BÁRBARA – Lucília Oliveira
PAULO MENDES – Luís Evaristo
BRUNO MONTALEONE – Ivan Evaristo
MESTRE IVAMAR – Seu Popô (Apolônio Batista)
MARIA GAL – Neiva Batista
IZA MOREIRA – Tânia Batista
MALU DIMAS – Adélia Batista
GUSTAVO ARTHIDORO – Ademar Monteiro
CAROL BADRA – Ione Monteiro
ALAN ROCHA – Antônio Madureira
ISABEL FILLARDIS – Aparecida Madureira
BÁRBARA SUT – Sônia Madureira
JOÃO FERNANDES NUNES – Justino
BETO MILITANI – Delegado Ciro Albuquerque
LUCY RAMOS – Lívia Albuquerque
RODRIGO DE ODÉ (RODRIGO DOS SANTOS) – Pedro Valente
BUKASSA KABENGELE – Silvio Pacheco
JULIANA ALVES – Wanda Pacheco
GLICÉRIO ROSÁRIO – Turíbio Fonseca
RAQUEL KARRO – Elza Fonseca
BRUNO QUIXOTTE – Odilon Fernandes
GENÉZIO DE BARROS – Dr. Ítalo Miranda
CYDA MORENO – Celeste
ROSE LIMA – Leonor
CRISTIANE AMORIM – Catarina Siqueira
PEDRO SOL VITORINO – Fabiano Fonseca
JORGE FLORÊNCIO – Jesus

as crianças
LEVI ASAF – Marcelino
VALENTINA MELLEU – Aninha (Ana Monteiro)
YGOR MARÇAL – Manoel Madureira
DAVI QUEIROZ – Tobias Albuquerque
VITÓRIA PABST – Clara Nogueira

e
ADRIANA DE BROUX – Hermínia (enfermeira, tia do Dr. Tadeu, cuidou de Leonel)
ALAN PELLEGRINO – funcionário da prefeitura de BH que ajuda Gilda e Gaspar em um golpe contra Marê
ALBERTO CHAMMUS – meirinho na audiência da guarda de Marcelino
ALEXANDRE BORGES – Presidente Juscelino Kubitschek (em visita a Águas de São Jacinto)
ALEXANDRE BRITTO – Benedito Valadares (governador de Minas Gerais, vai a Águas de São Jacinto pela prisão de Cândida)
ALEXANDRE LINO – Dr. Péricles Lorenzo (advogado que Lucília contrata para reabrir o processo do pai de Orlando)
ALEXANDRE MOFATTI – Jackson (ator que Gilda contrata para assegurar a autenticidade do falso testamento)
ALINE HAFNER – uma das presas que obrigam Gilda a limpar a cela quando ela está presa
AMAURIH OLIVEIRA – Fernando (ex-cliente de Gilda, a reconhece quando ela vai a Belo Horizonte)
ANALU PRESTES – Olímpia Batista (mulher de Popô, governanta na casa de Leonel, morre no início)
ANDRÉ SENA – Ramon (irmão de Alice, leva Marê até ela)
ANDRÉ TEIXEIRA – Galdino (homem que Lucília paga para roubar as cartas do pai de Orlando)
BLAISE MUSIPERE – Gregório (policial assistente do Delegado Lira)
BRENO FILIPPO – Ronaldo Monteiro (marido de Benedita, amante de Catarina)
BRUCE GOMLEVSKY – Milton (diretor do presídio onde Marê cumpre pena)
CAROL GARCIA – Lili Moreno (atriz que vai fazer um filme em Águas de São Jacinto)
CHICO MELLO – treinador do boxe que, no passado, morreu lutando contra o frei Severo
CHRISTÓVAM NETO – Virgílio Gouveia (pai de Orlando)
CLÁUDIA VENTURA – Iolanda (esposa de Gusmão)
CLAUDIO CINTI – padre no seminário que expulsa Luís
CLAUDIO GARCIA – assessor do secretário de Educação e Saúde a quem Gilda entrega um dossiê sobre Marê
DADÁ COELHO – Mirtes (funcionária de um cartório em BH que Gaspar seduz e suborna em troca da escritura da casa de Marê)
DANIEL BOUZAS – Plínio Lemos (paciente que recusa Orlando como médico, por ele ser negro)
DEINHA BARUQUI – uma das presas que obrigam Gilda a limpar a cela quando ela está presa
DHU MORAES – Carminha Laranjeira (famosa cantora, apresenta-se no café-concerto)
DOMINGOS ALCÂNTARA – Romeu Teles (músico, antigo caso amoroso de Érico)
FERNANDO PAGELS – Luís (criança)
FLÁVIO OSÓRIO – Norberto Carreira (detetive com quem Leonel se encontraria no dia em que foi assassinado)
FRANCISCO TORRES – Frei Euzébio (religioso da Irmandade)
GABRIELA MOTTA – Tânia (criança)
GABZ – Laura Pacheco (filha de Silvio e Wanda, faz parte do coro que acompanha Carminha Laranjeira)
GEOVANA ZAMPENINI – Benedita (viúva de Ronaldo que dá um falso depoimento na delegacia contra Marê)
GILLRAY COUTINHO – Romero (executivo da Rádio Nacional, convida Aparecida para ser cantora profissional)
GUARNIER – Beto Cavaquinho (músico cujo depoimento no julgamento incrimina Gilda)
GUILHERME PIVA – Bem-Te-Vi (famoso comediante que vai fazer um filme em Águas de São Jacinto)
GUSTAVO MELLO – Delegado Lira (assume interinamente a delegacia após o afastamento de Ciro)
GUTO GALVÃO – Aníbal (engenheiro da ferrovia vítima de uma explosão, é operado por Orlando)
HENRIQUE FRAGA – Romeu (jovem)
IASMIN PATACHÓ – Rosa (trapezista que deu à luz uma criança confundida pelos religiosos com Marcelino)
ISAAC BERNAT – antigo patrão de Gilda com quem Marê descobre seu passado de crimes
JACK BERRAQUERO – capanga que o delegado Ciro contrata para matar Pedro Valente
JARBAS HOMEM DE MELO – Francisco Alves (famoso cantor, apresenta-se no hotel)
JOÃO CARLOS ARTIGOS – Palhaço Benjamim (do circo que Marcelino tenta acompanhar para encontrar sua mãe)
JOÃO RODRIGO OSTROWER – Dr. Tadeu (médico que auxilia Dr. Ítalo no atendimento a Leonel)
JÚLIO LEVY – Edvaldo (advogado de Gilda)
KAREN COELHO – Alice / Mercedes (presa política que foge da cadeia com Marê)
KAREN MARINHO – Maria Eugênia Rubião (mulher de Leonel, mãe de Marê, em flashback)
KYVILIN PADILHA – Nadir (presa política que foge da cadeia com Marê)
LEDA RIBAS – Jaqueline Dipon (Madame Chantilly, cafetina que comandou o bordel onde Gilda trabalhou)
LETÍCIA ISNARD – Violeta Fernandes (famosa atriz que vai fazer um filme em Águas de São Jacinto)
LUIZA ZIMERMAN – Gilda (criança)
LUIZ LOBO – capitão do navio no qual Orlando parte para o Canadá, no início
MARCELLO MELO – Belmiro Laborda (detetive que depõe durante o julgamento de Marê)
MARCELO ARGENTA – Dr. Clóvis (médico do presídio onde Marê cumpre pena)
MARCELO FLORES – Carlito (cameraman na equipe de filmagem em Águas de São Jacinto)
MARCIO RICCIARDI – juiz que dá a guarda de Marcelino a Gilda
MÁRIO HERMETO – Gusmão (dono da alfaiataria onde Marê consegue trabalho)
MOUHAMED HARFOUCH – Camilo Iglesias (diretor de cinema que vai fazer um filme em Águas de São Jacinto)
NADO GRIMBERG – Seu Almeida (funcionário da ferrovia que entrevista Marê)
PEDRO LIMA – Estevão (chefe de Orlando no hospital no Canadá)
PEDRO LINS – Érico (jovem)
PEDRO LOBO – Toninho (da trupe do circo do Palhaço Benjamim)
PIÉRRE BAITELLI – Felipe Neves (na verdade Jair Queiroz, homem pago por Gilda para seduzir Lucília e matá-la)
PIÉRRE SANTOS – promotor assistente que substitui Silvio no julgamento de Marê
PRAZERES BARBOSA – senhora do orfanato onde Marê e Orlando procuram seu filho
PRISCILA ALCÂNTARA – Carmem Miranda (famosa cantora, apresenta-se na inauguração do café-concerto)
RAFA VACHAUD – funcionário do cartório de Alfenas que mostra a Júlio seu verdadeiro registro de nascimento
RAQUEL MONTEIRO – Sarah Kubitschek (em visita a Águas de São Jacinto)
RICO GONÇALVES – diretor do presídio de onde Gilda foge
ROBERTO FROTA – Desembargador Umbelino Alcântara (com quem Júlio trata o julgamento de Marê)
ROBSON MAIA – Sansão (rapaz que Ione contrata para o armazém, com quem tem um envolvimento)
RODOLFO MESQUITA – Gilmar (enfermeiro que se recusa a receber ordens de Marê no hospital)
RÔMULO WEBER – Nelson Mesquita (amigo de Marê na faculdade, hoje investidor da bolsa em São Paulo)
TALITA FEUSER – Rita (funcionária de Gilda, cúmplice em suas armações)
THIAGO JUSTINO – Juiz Olavo (do julgamento de Gilda)
TITINA MEDEIROS – Alzira Soriano (primeira mulher prefeita no Brasil, participa da posse de Cândida)
XANDO GRAÇA – juiz na audiência da guarda de Marcelino
YARA CHARRY – namorada de Orlando no Canadá
Zuleica Rangel (modista com quem Gilda faz seu vestido de noiva)

– núcleo de MARIA ELISA RUBIÃO, a MARÊ (Camila Queiroz), moça sagaz e independente. Venceu a resistência do pai e foi estudar Administração e Finanças em São Paulo. De volta à cidadezinha de Águas de São Jacinto, o pai insiste em mantê-la sob seu domínio, querendo obrigá-la a se casar com o filho do prefeito, em troca de ela assumir a presidência do Grupo Rubião, sua empresa. Porém Marê tem outros planos: está apaixonada e quer se casar com um médico que conheceu em São Paulo. Engravida e é vítima de uma armação de sua madrasta para se apossar de sua fortuna. Acaba presa acusada do assassinato do próprio pai. Durante a fuga da prisão, dá a luz a um menino, mas, capturada, é obrigada a separar-se dele. Luta para provar sua inocência e encontrar o filho desaparecido, até que pistas falsas a convencem de que a criança morreu:
o pai LEONEL RUBIÃO (Paulo Gorgulho), patriarca da família mais rica e poderosa de Águas de São Jacinto. Tornou-se um homem soturno, reservado e impiedoso após a morte da primeira mulher, MARIA EUGÊNIA (Karen Marinho, participação), a única que amou. Casou-se pela segunda vez com uma mulher interesseira, ambiciosa e dissimulada, que esconde a rivalidade que sente em relação a Marê. Acaba assassinado por ela
a madrasta GILDA RUBIÃO (Mariana Ximenes), por trás da máscara de mulher caridosa e religiosa, esconde-se uma criatura capaz de qualquer atrocidade para conseguir o que quer, inclusive matar o marido e fazer a culpa cair sobre a enteada. Sua intenção é herdar sozinha a fortuna e a empresa de Leonel. Travará um embate sem tréguas contra Marê na disputa pelo poder
o advogado ÉRICO REQUIÃO (Carmo Dalla Vecchia), membro da diretoria do Grupo Rubião. Amigo de Leonel, recusa-se a defender Marê quando ela é acusada de ter assassinado o pai. Anos depois, convencido de sua inocência, se redime e vai apoiar a moça quando ela sai da prisão e reivindica a presidência da empresa no lugar de Gilda.

– núcleo de ORLANDO GOUVEIA (Diogo Almeida), médico que se apaixona por Marê em São Paulo, onde está concluindo a residência. Impulsivo, apesar de amar Marê, decide se afastar dela quando cai em uma armação de Leonel para separar os dois. Para piorar as coisas, descobre que, no passado, Leonel e seu pai foram sócios e que Leonel o acusou injustamente de roubo. Como resultado, sua família foi expulsa de Águas de São Jacinto, quando ainda era criança. Sem conseguir esquecer Marê, volta à cidade, oito anos depois, e então descobre o martírio sofrido por ela:
o pai VIRGÍLIO GOUVEIA (Christovam Neto, participação), morre de desgosto e o filho luta para limpar seu nome, sujo por uma armação de Leonel, no passado
a prima LUCÍLIA (Kenia Barbara), solteira, nutre desde muito jovem uma paixão doentia por Orlando e não vai medir esforços para conquistá-lo. Para isso, torna-se aliada de Gilda para tentar separá-lo de Marê e reaver o dinheiro do tio
o amigo DR. ÍTALO MIRANDA (Genézio de Barros), que também era amigo de Leonel. Velho médico, diretor do Hospital de São Jacinto. Viúvo e solitário.

– núcleo do pequeno órfão MARCELINO (Levi Asaf), o filho desaparecido de Marê e Orlando. Entregue a uma colega de cela de Marê, foi abandonado recém-nascido na porta da Irmandade dos Clérigos de São Jacinto e criado pelos religiosos de diversas congregações, que o tratam como filho. É um menino sensível, inteligente e esperto. Seu maior desejo é encontrar a mãe:
os religiosos: FREI SEVERO, o PADRÃO (Babu Santana), dominicano, é o “comandante” da Irmandade. Aparentemente durão e disciplinador, no fundo tem um grande coração,
FREI LEÃO (Tonico Pereira), franciscano, nascido na Itália. Por suas condições físicas, não faz trabalhos pesados e vive quase que exclusivamente dentro da Irmandade. É o mais irreverente e sonhador deles,
FREI TOMÉ (Tony Tornado), dominicano, é o mais idoso, o antigo pároco, que antecedeu Severo,
PADRE DONATO, o PAI PAPINHA (Bernardo Berro), salesiano. Bonachão, dedicado e emotivo, é quem faz a comida, lava as roupas e cuida da organização da Irmandade,
PADRE DIÓGENES (Chico Pelúcio), jesuíta, tem bom coração, mas é um tanto ranzinza. Hábil na costura, é o responsável por confeccionar e remendar os hábitos dos religiosos,
FREI VITÓRIO (Antônio Pitanga), franciscano, partiu para Angola em uma missão religiosa, e foi substituído por Frei Leão. Anos depois, com o objetivo de se aposentar, retorna a São Jacinto,
e FREI JOÃO, o FEIJÃO (Allan Souza Lima), dominicano. Sensível às causas sociais e às reivindicações políticas dos menos favorecidos. Responsável pela manutenção da Irmandade. No passado, viveu um grande amor, mesmo já sendo frei. Depois de um período de dúvidas e conflito interior, acabou decidindo manter-se fiel à Igreja
as professoras da escola: CELESTE (Cyda Moreno), de ideias progressistas, preocupada com os alunos e interessada em desenvolver a humanidade das crianças. Vive sendo surpreendida pelas perguntas de Marcelino,
e LEONOR (Rose Lima), substituta de Celeste
o “amigo imaginário” JESUS (Jorge Florêncio), seu confidente. Está sempre presente em seu caminho nos momentos em que precisa de ajuda ou aconselhamento.

– núcleo de GASPAR EVARISTO (Thiago Lacerda), filho mais velho do prefeito da cidade, escolhido por Leonel para desposar Marê e sedimentar o acordo que garante o direito do empresário de explorar as águas termais da cidade. Rapaz ambicioso e sem escrúpulos. Não se conforma com a recusa de Marê em casar-se com ele. É envolvido na teia de Gilda para, juntos, se apossarem da fortuna de Leonel:
os pais: ANSELMO EVARISTO (Paulo Betti), prefeito da cidade, dono da Queijaria São Jacinto, o que lhe rendeu a alcunha de ANSELMO QUEIJEIRO. Apesar de bem casado, há muitos anos mantem uma amante na cidade e tem pavor de ser descoberto, o que arruinaria seus planos políticos. Tem um filho com a amante, jamais o assumiu, mas financiou seus estudos na Faculdade de Direito de Belo Horizonte. É um homem ambicioso, inescrupuloso, covarde e patético,
e CÂNDIDA (Zezé Polessa), a primeira-dama. Oriunda de uma família de políticos, foi por meio dela que o marido conseguiu ser nomeado prefeito. Dominadora e religiosa, por causa de uma promessa, obriga o filho caçula a se manter na Irmandade com a esperança de que se torne padre. É também a mulher forte por trás do prefeito, que nunca a enfrenta, preferindo agir pelas suas costas
os irmãos mais novos: IVAN (Bruno Montaleone), filho do meio, trabalha como salva-vidas nas termas do Grande Hotel Budapeste. Metido a conquistador, é cobiçado por todas as moças, moradoras e turistas da cidade,
e LUÍS (Paulo Mendes), o caçula. Não tem a menor vocação para a vida religiosa, mas submeteu-se à promessa da mãe. Vai apaixonar-se por uma moça da cidade.

– núcleo de VERÔNICA MEDRADO (Ana Cecília Costa), secretária e amante do prefeito Anselmo, com quem teve um filho, que ele nunca reconheceu. Esconde do filho a verdade sobre sua origem: disse que seu pai morreu quando ele era muito pequeno. Ama Anselmo e, por isso, aceita essa situação. O prefeito promete se separar de Cândida e, assim, por décadas ele enrola Verônica. Vai envolver-se com Érico:
o filho JÚLIO (Daniel Rangel), filho bastardo de Anselmo. Amigo de infância de Marê, com quem cresceu, é desde sempre apaixonado por ela. Custeado por Anselmo, formou-se em Direito em Belo Horizonte. Advogado de Marê, é seu aliado na tentativa de provar sua inocência, recuperar o filho e sua condição de herdeira do império Rubião.

– núcleo de APOLÔNIO BATISTA, o SEU POPÔ (Mestre Ivamar), concièrge do Grande Hotel Budapeste, o principal da cidade. Gaba-se de conhecer intimamente todas as “personalidades” que por lá se hospedam, suas manias e peculiaridades. Fica viúvo no início da trama:
a mulher OLÍMPIA (Analu Prestes, participação), trabalha na casa de Leonel como governanta. Ajudou a criar Marê com carinho de mãe. Defende Marê em tudo e não acredita no jeito bondoso de Gilda. Acaba morta no início
a filha NEIVA (Maria Gal), viúva como o pai. Amiga de Marê desde que ela era criança. Substitui a mãe Olímpia na casa de Gilda e vive o conflito de não querer repetir a vida da mãe
as netas, filhas de Neiva: ADÉLIA (Malu Dimas), enfermeira. Informante de Gilda, tem o desejo de crescer na vida, progredir pelo próprio esforço e mudar a história da sua família,
e TÂNIA (Iza Moreira), camareira do hotel. Disputada pelos irmãos Ivan e Luís, é apaixonada pelo noviço. Sonha ser professora
a colega de trabalho de Tânia, CATARINA (Cristiane Amorim), camareira do hotel. Comprada por Gilda, é testemunha-chave para que Marê ganhe a liberdade.

– núcleo de DARLENE NOGUEIRA (Carol Castro), garçonete do café-concerto do hotel. Depois de enviuvar, vai a Águas de São Jacinto procurar Frei João, seu namorado do passado, e lhe apresentar sua filha, que ele desconhecia. O amor dos dois renasce após esse reencontro e João fica dividido entre a vida religiosa e seu amor do passado:
a filha CLARA (Vitória Pabst), menina de oito anos. É cadeirante, consequência da poliomielite. Conquista o coração de Frei João, seu pai. Será grande amiga de Marcelino.

– núcleo de ADEMAR MONTEIRO (Gustavo Arthidoro), dono da Casa Minhota, a principal mercearia da cidade. Casado, teve um caso com uma moça da cidade, que engravidou dele. Segue apaixonado por ela, mas não tem coragem de se separar da mulher:
a mulher IONE (Carol Badra), a fofoqueira oficial da cidade, sempre ávida por comentar a vida alheia
a filha ANINHA (Valentina Melleu), de oito anos. É amiga de Marcelino, que tem um carinho especial por ela.

– núcleo de ANTÔNIO MADUREIRA (Alan Rocha), sobrinho de Frei Tomé e patriarca de uma família de sitiantes, que vivem junto à Irmandade. Trabalha na Queijaria São Jacinto, junto com a mulher e seu afilhado:
a mulher APARECIDA (Isabel Fillardis), ajudou os freis a criarem Marcelino, quando ele foi abandonado, ainda bebê, na Irmandade. Mulher de coração bom e extremamente maternal
os filhos: SÔNIA (Bárbara Sut), a mais velha. Trabalha como recepcionista do hotel. Envolveu-se com Ademar, de quem engravidou, mas o filho nasceu morto
e MANOEL (Ygor Marçal), de nove anos, o melhor amigo de Marcelino
o afilhado JUSTINO (João Fernandes), agregado à família. Trabalha na delegacia e ajuda na queijaria. É apaixonado por Sônia, que o trata mal. Tem um burrinho de estimação, Mindim, seu amigo e “confidente”, do qual nunca se separa.

– núcleo do DELEGADO CIRO ALBUQUERQUE (Beto Militani), homem ambicioso e de pouco caráter, é aliado de Gilda e contribui para a prisão e condenação de Marê:
a mulher LÍVIA (Lucy Ramos), responsável pelo salão de beleza do hotel. Doce e bondosa, é infeliz no casamento, pois seu marido é um homem seco e truculento. De instinto maternal, mas sem conseguir engravidar, convenceu o marido a adotar um menino, mesmo contra a vontade dele
o filho TOBIAS (Davi Queiroz), de oito anos. Adotado, chegou à família quando tinha dois anos. Tem grande admiração pelo pai, que o despreza, por ele não ser seu filho biológico. Amiguinho de Marcelino
o pai biológico de Tobias, PEDRO VALENTE (Rodrigo de Odé), vai a São Jacinto recuperar seu filho roubado pelo delegado.

– núcleo do jornalista TURÍBIO FONSECA (Glicério do Rosário), homem sem princípios e um dos primeiros a ser comprado por Gilda em sua armação contra Marê. Dono da Gazeta de São Jacinto, incita, por meio do jornal, a opinião pública contra Marê e está sempre promovendo a boa imagem de Gilda e bajulando os poderosos da cidade para proveito próprio. É um homem rude e deselegante, que vive uma relação abusiva com a esposa:
a mulher ELZA (Raquel Karro), infeliz no casamento, é constantemente humilhada e agredida por ele. Apaixona-se e tem um caso com um repórter da gazeta
o filho FABIANO (Pedro Sol Vitorino), adolescente. Influenciado pelo pai, fica do seu lado, contra a mãe
o repórter e fotógrafo ODILON FERNANDES (Bruno Quixotte), seu funcionário na gazeta. Não concorda com os métodos do patrão. Apaixona-se por Elza, com quem mantem um caso, e os dois fogem da cidade.

– núcleo do promotor de Justiça SILVIO PACHECO (Bukassa Kabengele), magistrado muito respeitado, mas que se vende para Gilda a peso de ouro, tornando-se peça-chave no plano da vilã para conseguir a condenação de Marê:
a mulher WANDA (Juliana Alves), não suspeita que o marido foi comprado por Gilda. Moderna e de espírito cosmopolita, é dona da loja A Brasileira Elegante, que oferece produtos femininos “ousados” para a mentalidade interiorana da época, roupas que ela mesma não se furta em usar
a filha LAURA (Gabz), de volta à cidade depois de passar anos seguindo sua carreira como cantora no Rio de Janeiro. Tem uma relação difícil com o pai.

Inspiração

“Se vem do coração, é amor perfeito!” foi o slogan de lançamento da novela.

História livremente inspirada no livro “Marcelino Pão e Vinho”, de José María Sánchez Silva, publicado pela primeira vez em 1953. A obra literária tornou o escritor espanhol mundialmente conhecido e rendeu um famoso filme, dirigido por Ladislao Vajda, lançado em 1955, com o então garoto Pablito Calvo no papel do protagonista.

A autora Duca Rachid falou (ao material de divulgação da novela) sobre sua relação afetiva com o filme:
“A primeira vez que eu fui ao cinema foi com a minha avó, uma imigrante portuguesa, analfabeta, que nunca tinha ido ao cinema também. (…) Eu tenho uma relação muito afetiva com essa história. Devia ter uns seis ou sete anos de idade e foi muito marcante para mim. (…) Eu acho que a gente está sempre honrando alguém [com esses projetos]. Sinto um pouco isso escrevendo essa novela com uma história que era muito cara à minha avó.”

Para a construção da novela, os autores ressaltaram a importância da estética baseada na história do Brasil, muitas vezes, desconhecida.
“A gente começa pelo fato de que o nosso Marcelino (Levi Asaf), na nossa versão, é um menino negro. Isso já norteia todo o desenvolvimento da história. Esteticamente, também, a gente está obedecendo a referências históricas. É uma cidade ficcional, sim, mas não é uma cidade fantasiosa. É uma cidade que bebe muito da realidade que a gente absorveu em pesquisa. Temos referências quase absolutamente desconhecidas da nossa chamada elite intelectual”, afirmou Júlio Fischer, um dos autores.

Licença histórica na representação do negro

A trama se passava entre as décadas de 1930 e 1940, mas personagens negros eram bem postos e aceitos socialmente, vivendo uma espécie de democracia racial, algo impensável para a época. Usando essa licença histórica, a novela até propunha abordar o racismo, mas os personagens não cumpriam a representatividade baseada na origem escravocrata e no preconceito racial.

A licença histórica que subverte a realidade para desfazer um passado de opressão racial foi inspirada na série Bridgerton (2020-2022), da Netflix, cuja trama era ambientada na Inglaterra do século 19, com personagens negros nobres convivendo com brancos.

Outra referência a Bridgerton esteve na trilha sonora. Foi executada em Amor Perfeito uma versão instrumental em violino da música “A Queda”, sucesso de Glória Groove, recurso usado na série da Netflix, que executou versões em violino de sucessos modernos de Taylor Swift, Ariana Grande e Maroon 5, entre outros.

Cabelos esculturais

Bridgerton, e a releitura de um Brasil pop e representativo das décadas de 1930 e 1940, inspiraram o trabalho da equipe de caracterização, comandada por Anna Van Steen e Marcelo Dias. Para os cabelos dos personagens, especialmente os crespos e ondulados, optou-se por esculturas capilares buscando uma estética da qual Águas de São Jacinto seria vanguardista.
“Comecei a achar que a gente tinha que fazer algo que talvez ninguém nunca tivesse visto em lugar nenhum. E aí a gente começou a fazer umas esculturas de cabelo super incríveis, com formatos tridimensionais e isso ligado ao figurino que está com a mesma ideia”, explicou Anna.

A sintonia entre a caracterização e o figurino foi importante para chegar a esse conceito estético muito próprio.
“Nós trouxemos algumas coisas inspiradas no figurino para o cabelo, como algumas flores. Então a gente decora esses penteados extraordinários com essas florezinhas, que já identificamos como sendo do povo de São Jacinto. Então, quando vamos para outras cidades, não usamos na caracterização, usamos apenas nas cenas que se passam em São Jacinto. O Marcelino sonha muito, ele é muito mágico e romântico, então é dentro da linguagem do projeto mesmo”, contou Anna.

Era no salão de beleza do Grande Hotel Budapeste, sob a condução de Lívia (Lucy Ramos), que a ousadia ganhava formas, principalmente na beleza dos cabelos afro.
“Os personagens do hotel terão cabelos com releituras de penteados africanos e muito fashion e atuais”, disse Anna. “A Lívia, por exemplo, vai fazer vários cabelos rebuscados, já que ela é cabelereira e sabe essa técnica.”

Figurinos

No figurino, predominaram as cores vivas das obras dos pintores Heitor dos Prazeres e Tarsila do Amaral. As figurinistas Karla Monteiro e Daniela Garcia tiveram como referências a arte do “feito à mão” e artistas mineiros, como Aleijadinho e Maria Auxiliadora, e contemporâneos, como Ronaldo Fraga, tudo isso atravessado pelo lúdico olhar de uma criança, como se elas estivessem sendo conduzidas pelo protagonista Marcelino (Levi Asaf).
“É uma novela que se passa nos anos 30 e 40 e, em nosso projeto, há essa mistura com o pensamento contemporâneo da valorização do feito à mão, do reuso do acervo de figurinos da TV Globo, da compra em brechós junto ao uso da moda de 2023”, explicou Karla.

As figurinistas buscaram materializar no vestir de Marcelino a alegria e traquinagem tão marcantes em sua personalidade.
“Sua alegria contagiante está refletida nas cores fortes e puras. Para ir à escola, por exemplo, ele usa um gorro de pacthwork colorido, feito a partir de uma peça pronta do acervo, que respeita a liberdade de seus cachos (…), e com uma versão mochila supercolorida do que seria a pasta ‘bauzinho’ para estudantes dessa época”, contou Daniela.

A deslumbrante Wanda Pacheco (Juliana Alves) era uma mulher moderna que encarnava o espírito cosmopolita e, não à toa, era a proprietária da loja A Brasileira Elegante, onde as mulheres da cidade encontravam produtos, no mínimo, “ousados” para a mentalidade interiorana da época, como tops, calças compridas, terninhos e outros artigos.
“A Wanda inaugura em Águas de São Jacinto uma loja de roupas ousadas numa época em que as roupas eram confeccionadas, na maior parte, por costureiras em pequenos ateliês copiando a moda francesa. Ela é uma personagem moderna inspirada em figuras extravagantes da época como Elza Schiaparelli e em traços futuristas de marcas contemporâneas. Wanda é a mais moderna, com macramês, cores e estampas fortes”, disse Daniela.

Locações e cenografia

A trama era ambientada na fictícia cidade de Águas de São Jacinto, interior de Minas Gerais, mas teve gravações em São Paulo, com locações na Estação da Luz, Parque da Independência e Edifício Martinelli; no Rio de Janeiro, com gravações no centro da capital; e nas cidades mineiras de Caxambu, Baependi e São Lourenço, que integram o chamado Circuito das Águas.

Além da pesquisa histórica, esses lugares foram fundamentais para a equipe de cenografia reunir referências arquitetônicas e artísticas que pudessem ser incorporadas nos cenários e na cidade cenográfica. Veio de Caxambu, por exemplo, a inspiração para a fonte próxima ao Grande Hotel Budapeste, em homenagem a São Jacinto.
“Criamos uma identidade própria, sem perder de vista as referências do período que estamos tratando na novela. O Parque das Águas de Caxambu foi uma grande inspiração e construímos uma fonte que remete às existentes lá para reforçarmos esse elemento água, que está tão presente na nossa dramaturgia”, destacou Mauro Vicente, responsável pela cenografia.

Em uma revisita à Semana de Arte Moderna de 1922, olhando especialmente para os artistas renegados pelo movimento, desponta a mais importante referência artística para a novela: o artista negro e carioca Heitor dos Prazeres (1898-1966).
“Como a nossa cidade cenográfica fica ali entre Minas Gerais e Bahia é superinteressante a gente trabalhar com muita cor e com umas pitadas de art déco misturadas. E o Heitor dos Prazeres é um artista que deu todo o embasamento para a direção de arte da novela, em todos os sentidos”, destacou o diretor de arte Billy Castilho. “Toda a paleta de cores que estamos usando é bem forte, é uma novela bem colorida.”

Abertura

O mergulho ao universo cromático da arte brasileira, baseado nas obras de Heitor dos Prazeres e Tarsila do Amaral, foi percebido também na abertura da novela, que extrapolou o conceito de romantismo, mostrando as faces de um amor que também podia ser divino, fraterno, familiar ou assumir tantas outras formas, com fotos produzidas especialmente, dispostas sobre grafismos inspirados nas telas dos dois artistas.

A abertura retratava o amor em todas as formas – incondicional, divino, fraternal, de amizade, familiar, pelos animais e pela natureza, e outros – feita a partir de fotos dispostas sobre grafismos inspirados no universo artístico dos pintores Tarsila do Amaral e Heitor dos Prazeres, compondo a pluralidade a que a novela se propunha.

In memoriam

O último capítulo prestou uma homenagem a Marcelo Pereira, operador de câmera que faleceu durante a novela. Amor Perfeito terminou com um número musical e com cenas de Marê (Camila Queiroz) e Orlando (Diego Almeida) em um rio, recebendo a bênção de Jesus (Jorge Florêncio).

Em seguida, foi exibida uma homenagem póstuma com a mensagem “Em memória do nosso querido amigo Marcelo Pereira, que sempre estará em nossos corações.” O operador de câmera morreu no início de junho de 2023, vítima de um infarto.

E mais

Amor Perfeito foi o primeiro título pensando para a novela Força de um Desejo (quando a sinopse foi criada por Alcides Nogueira), produzida entre 1999 e 2000. (“Almanaque da TV”, Bia Braune e Rixa)

A CANÇÃO MAIS SINCERA DO MUNDO – Rafa Bicalho
AMENDOIM TORRADINHO – Ney Matogrosso
AMOR PERFEITO – Anavitória
AOS PÉS DA CRUZ – Gilberto Gil
A QUEDA – Gloria Groove
BOLA DE MEIA, BOLA DE GUDE – Milton Nascimento
CANTA BRASIL – Angela Maria e Cauby Peixoto
CLAIR DE LUNE – Claude Debussy
DONA DE CASTELO – Adriana Calcanhotto
ENQUANTO ME BEIJA – Jão
ESTRELA ESTRELA – Vitor Ramil
EU NÃO EXISTO SEM VOCÊ – Maria Bethânia
IN THE MOOD – Glenn Miller & Orchestra
MINA – Negra Li
MINAS COM BAHIA – Skank
MOON RIVER – Rod Stewart
MY CAVE – Moons
NINGUÉM PODE SABER – Marcos & Belutti
O AMOR É UM ATO REVOLUCIONÁRIO – Sandy
O CADERNO – Sandy part. Toquinho
O SEU OLHAR – Ceumar Coelho
QUEM SABE ISSO QUER DIZER AMOR – Paulinho Moska
SÓ VOU GOSTAR DE QUEM GOSTA DE MIM – Roberto Carlos
TEMPO REI – Gilberto Gil
THE HOMECOMING – Hagood Hardy
TICO-TICO NO FUBÁ – Carmen Miranda
UMA VELHA CANÇÃO ROCK N’ ROLL – 14 Bis
UN VESTIDO Y UN AMOR – Caetano Veloso
VOCÊ SABE – Pablo

Tema de abertura: O AMOR É UM ATO REVOLUCIONÁRIO – Sandy

O amor é um ato revolucionário
Quem vive amando dando amor e sendo amado
Colhendo o que lhe é oferecido
E a si mesmo se coloca ofertado
Se este está nu veste-o manto sagrado
Que ao que ama o infinito faz vestido
De Deus e os deuses sim é o mais querido
Mesmo no escuro seu sentir é iluminado.

O amor é um ato revolucionário
Por estados e religiões temido
Quem pelo amor é pertencido
A si governa e só a ele é confessado
Quem ama ao andar cria sua estrada
Em seu voo vê as planícies prazerosas
E no cume das montanhas alterosas
Toca em gozo a rosa viva imaculada.

Não será jamais pelo mal tocado
Seu eu profundo não é nunca profanado
Só mesmo o tolo nega do amor o apostolado
E a seus apóstolos diz que vivem em pecado.

O amor é um ato revolucionário
À besta humana torna em anjo apascentado
Em amoroso afia o espírito mais irado
O corpo e a alma um no outro todo e tudo
Quem ama fala ao mundo mesmo mudo
Seu pulso é a pulsação do universo em dança
Nas inquietações da guerra insana a paz alcança
Quem traz a lança do amor e seu escudo…

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