Arte em comemoração aos 10 anos do Viva (imagem: Viva)

Nesta segunda-feira, 18/05, o canal Viva completa 10 anos de existência com muito para comemorar. O principal motivo, lógico, é a sua aceitação, audiência e repercussão – o que atrai anunciantes. O Viva é um dos canais líderes da TV paga: “No mês passado, em São Paulo, só ficou atrás da GloboNews“, informou meu amigo Flavio Ricco em sua coluna no UOL.

Mais do que isso, o Viva firmou-se na cabeça do telespectador como um canal querido, justamente pela sua proposta de resgatar programas antigos e, assim, mexer com a memória afetiva do público. O apelo é irresistível. Desde o lançamento, sua campanha para cativar corações e mentes tem sido das mais efetivas. O Viva é um canal “quentinho“, que “aquece o coração” – termo hoje atribuído figurativamente ao que se gosta e se quer bem.

Maria de Fátima brindando o aniversário (Odete Roitman diria que é jeca brindar com suco de laranja) (Glória Pires em Vale Tudo, foto: Acervo/TV Globo)

E mais ainda: o Viva é um case de sucesso. Uma pena que tenha demorado tanto para chegar. Era para ter sido lançado nos anos 1990, quando a TV paga se valia muito de produções voltadas à nostalgia. Desde essa época, já se cobrava da Globo um canal exclusivo para reprises.

Devemos a Letícia Muhana – que eu tive o prazer de conhecer – a implantação do Viva e seus primeiros anos de sucesso, como diretora-geral. Daniela Mignoni, que já era diretora do GNT, acumulou o Viva em fevereiro de 2017, após a saída de Letícia. O Viva ganhou nova identidade visual e passou a anunciar em sua programação os demais canais do grupo Globosat.

Porém, com a nova diretoria e junções a outros canais, o Viva perdeu muito de sua exclusividade e centralização, como o seu portal na Internet (para o qual este colunista escrevia) e algumas produções próprias (como o programa Reviva), além de a maioria de sua equipe própria de colaboradores ter sido dispensada – o que muito se lastima. Contudo, a proposta sempre se manteve – inclusive os programas especias de reedições, como a Escolinha do Professor Raimundo.

Elenco da reedição do Sai de Baixo (foto: Viva)

Críticas à atual programação? Não a acho muito diferente do que sempre foi, com repetições exaustivas de alguns programas (ainda passa Toma Lá Dá Cá!). Tampouco vou ser aquele saudosista chato que fica cobrando novelas dos anos 70. Depois de dez anos, já deu para entender que quanto mais antigo o programa, mais dificultosa a sua reprise por uma série de questões alheias à vontade do canal.

Meu amigo Duh Secco, em sua coluna no RD1, obteve com exclusividade o ranking das 5 novelas de maior audiência da história do Viva. A relação apenas mostra friamente a posição de cada uma, mas devemos considerar que o número de assinantes do canal foi bem menor por, pelo menos, seus primeiros cinco anos de existência.

Finalizo com um clichezão de aniversário: Parabéns Viva, que continue o sucesso e que venham mais 10, 20, 30 anos – quando as novelas de hoje estarão sendo reprisadas no canal. Nostalgia sempre lucrou e continuará lucrando independentemente de novas tecnologias, mudanças sociais ou intempéries.

AQUI a relação completa das novelas e minisséries exibidas no Viva.

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